Amor Entre Amigos 2

Capítulo 12 - Hora da verdade 1

Capítulo 12 - Hora da verdade 1

Pam

Senti meu corpo gelar. O susto foi tão , que eu mal conseguia pronunciar as palavras.

— Na-na-da Rafael, digo, Gabriel, só só estávamos conversando sobre...

— Eu estava falando com a Pam sobre a Lunna, amiga dela. – Mattheus tomou a palavra, sem demonstrar o mesmo nervosismo que eu demonstrei.

— É, era isso. – eu confirmei balançando a cabeça. — Ele quer saber algumas coisas sobre ela, para facilitar o lance entre eles. – completei.

— Ah tá... – Gabriel olhou pra mim, olhou para o Mattheus... Parecia que buscava a verdade em nossos olhos.

— Eu vou lá ficar com a Lunna. – Mattheus disse, se afastando.

— E eu vou ficar com o Rafa, deixei ele sozinho. – avisei dando as costas para o loirinho.

Gabriel nos olhou desconfiado, tava na cara que ele não acreditou nisso. Só espero que ele não pense o pior. Mas também, a desconfiança vai ficar apenas na desconfiança, ele não tem certeza de nada. Gabriel só não pode falar nada com o Rafa, mas acho que não fará isso.

Mais que depressa, voltei para perto do meu namorado, que me esperava na pista de dança, encostado numa parede.

— Demorei porque estava retocando a make. – me justifiquei antes que ele perguntasse.

— Sem problemas, amor.

O abracei e continuamos dançando. De longe, vi que Mattheus conversava com Lunna.

Gabriel

Achei muito estranho o modo como Pam e Mattheus conversavam. Estavam falando de um jeito que... Parece que existe algo a mais.

Não quero achar que estou vendo coisas, ou tirar conclusões precipitadas. Com certeza a Babi sabe de alguma coisa e será com ela que tirarei minhas dúvidas em casa

Mattheus

Como sou idiota! Um perfeito idiota! Gabriel por muito pouco não escutou nossa conversa, ou escutou? Não vi a hora exata que ele apareceu, mas pela cara que ele fez, sei que depois vai querer conversar comigo, e até lá, terei que inventar uma história bem convincente. Para não dar mais mancadas, voltei para a mesa, para ficar com a Lunna.

— Demorei? – perguntei me sentando ao lado dela.

— Não. – ela sorriu. — Na verdade eu estava aqui me distraindo, vendo aquelas meninas dançando.

Ela apontou para umas garotas que dançavam com o corpo duro e sem gingado nenhum.

— É feio rir dos outros, dona Lunna! – a repreendi.

— Eu não estava rindo. – ela ficou sem graça. — Só achei um pouco engraçado.

Formou-se um silêncio por alguns instantes, mas Lunna teve a missão de quebrá-lo.

— Está gostando da festa? – ela perguntou.

— Não muito. – respondi na lata, e percebi sua cara de decepção. Então, contornei o que havia dito. — É porque não estão tocando nenhuma música que eu curto.

— E você curte quais tipos de música?

— Internacionais, e você?

— Eu curto de tudo um pouco.

Depois que ela respondeu, mais um período de silêncio. Eu não tenho assunto com ela, e a achei nova demais... Que droga! Porque não consigo parar de pensar na Pam? Lunna é tão bonita...