Elafium: A guerra oculta

By RVCASSIANO

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Com o intuito de fugir dos fantasmas de seu passado, a enfermeira Sofia Guerra resolve começar uma vida nova... More

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VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
QUARENTA E UM
QUARENTA E DOIS
QUARENTA E TRÊS
QUARENTA E QUATRO
QUARENTA E CINCO
QUARENTA E SEIS
QUARENTA E SETE
QUARENTA E OITO
QUARENTA E NOVE
CINQUENTA
CINQUENTA E UM (Parte um)
CINQUENTA E UM (Parte dois)
CINQUENTA E UM (Parte três)
CINQUENTA E DOIS
CINQUENTA E TRÊS
CINQUENTA E QUATRO
CINQUENTA E CINCO
CINQUENTA E SEIS (Parte um)
CINQUENTA E SEIS (Parte dois)
CINQUENTA E SEIS (Parte três)
CINQUENTA E SETE
CINQUENTA E OITO
CINQUENTA E NOVE
SESSENTA
SESSENTA E UM
SESSENTA E DOIS
AGRADECIMENTOS
...
Mini Dicionário Savatinah - Português
Introdução ao Volume Dois

VINTE E NOVE

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By RVCASSIANO

O carro já havia dado tantas voltas em meio a ruas sinuosas e estreitas que Sofia já havia perdido a noção das horas. Parecia que estava presa ali dentro junto com aqueles dois maníacos há dias. Um silêncio estrangulador pairava no ar agravando a angustia que lhe ressecava a garganta, se ao menos conseguisse mexer as mãos poderia descontar a ansiedade que sentia em suas unhas. Havia se sacrificado por meses contendo a compulsão que sentia por roê-las apenas para conseguir deixá-las crescer alguns centímetros, mas se pudesse naquele momento arruinaria tudo sem nem ao menos pensar duas vezes, afinal de contas, provavelmente estaria morta em algumas horas então a boa aparência de suas mãos não lhe seria mais tão importante.

Por um minuto achou engraçado em se imaginar morta. Os mortos a haviam perseguido arduamente durante toda a sua vida, portanto quando se juntasse a eles, faria questão de azucrinar tanto cada um que lhe cruzasse o caminho que com certeza iriam se reunir para fazer um plebiscito e exigir que ela voltasse ao mundo dos vivos. Só assim se sentiria justiçada.

- Porque é que está demorando tanto para chegarmos? – Questionou Plínio rasgando o silêncio frio. – Para onde estamos indo afinal?

- Quando chegarmos você saberá. – Respondeu Lecto Sirrah utilizando a suave voz de Anabella sem tirar os olhos da rua.

- Mas já estamos a quase uma hora andando dentro deste carro sem chegarmos a lugar nenhum. Parece até que estamos andando em círculos.

- Estamos seguindo o plano, irei parar de dirigir na hora certa. Por enquanto, cale a boca e relaxa.

- Como assim relaxa? Você não me conta nada do que está acontecendo, nem parece que estamos nessa juntos.

- Nós não estamos nessa juntos, Plínio. – Fez questão de salientar Sirrah. – Eu sou o único que precisa saber o que está acontecendo, entendeu?

- Pois eu estou de saco cheio disso. Desde que conheci vocês eu não faço mais nada além de seguir ordens às escuras. Eu perdi toda a minha vida por causa disso e por isso exijo explicações. Agora! – Gritou Plínio esmurrando o painel do veiculo.

Como resposta ao ataque de fúria do outro, subitamente Lecto Sirrah com um único e ligeiro movimento, puxou o freio de mão e rodou o volante fazendo o carro girar quase 180 graus em uma pista de terra seca.

O coração de Plínio disparou assustado e antes que pudesse esboçar qualquer reação, já se encontrava pressionado contra o vidro de sua porta por um braço rígido que apertava o seu pescoço enquanto um cano de revólver era forçado para dentro de sua garganta.

- Eu vou te dizer isso apenas mais uma vez, então preste bastante atenção. – Ameaçou Sirrah sob os olhos verdes e raivosos de Anabella. – Eu não suporto mais essa sua choradeira, aja como um homem ao menos uma vez na vida e cale esta boca resmungona ou eu juro que estouro seus miolos de dentro para fora e dou sua carcaça para um gohren comer, entendeu?

Mesmo sem saber o que era um gohren, Plínio concordou com a cabeça sem tirar os olhos da arma fria que tocava sua garganta.

- Eu não sei qual o real interesse de Il Sabar contigo, mas prefiro me resolver com ele depois que lhe entregar seu cadáver do que ter que agüentar estas suas reclamações por mais um minuto sequer. – Concluiu Sirrah soltando o pescoço do homem amedrontado enquanto guardava novamente a arma na cintura. – Espero que tenha entendido de uma vez por todas que não está em condições de exigir nada.

Plínio tossiu por diversos minutos massageando o pescoço enquanto Sirrah dava a meia volta para a estrada.

Assustada com a cena que acabara de presenciar do banco de trás, Sofia teve certeza que em breve realmente iria se reunir aos finados amigos que lhe rodearam durante tanto tempo.

Voltou então a olhar pela janela se esforçando para reconhecer onde se encontravam, mas não conhecia tão bem aquela cidade, principalmente aquele lugar aparentemente deserto que estavam. Passavam por uma rua escura e estreita de terra batida rodeada apenas por vegetação fechada dos dois lados. Lecto Sirrah acelerava cada vez mais, repetindo em voz baixa algo que Sofia julgou serem xingamentos em savatinah. Foi nesse momento que passaram por um cruzamento e subitamente foram atingidos em cheio na lateral esquerda por outro veiculo que vinha a uma velocidade ainda maior que a deles.

A Tucson preta que Sofia se encontrava, em um rodopio foi arremessada com força colidindo com uma árvore do outro lado da rua. A enfermeira que se encontrava amarrada, foi jogada contra a porta e bateu a cabeça com tanta violência no vidro que apenas por um milagre não fora arremessada para fora do veiculo.

Com o cérebro latejando, Sofia levantou zonza e pôde perceber que do lado de fora a Captiva prata que os atingira, permanecia parada como se os encarasse com dois grandes olhos brancos e fumegantes.

- Insikirus! – Praguejou Sirrah se recompondo enquanto limpava a boca ensangüentada com a mão.

Sofia ouviu então um rangido do lado de fora e viu quando uma figura saltou do outro carro para a escuridão, se posicionando em pé atrás da porta do passageiro enquanto apontava uma arma na direção deles.

- Saia do veiculo com as mãos na cabeça. – Ordenou então a pessoa.

Mesmo sem poder enxergar o rosto, Sofia reconheceu imediatamente àquela voz.

- Maia, eu estou aqui atrás. – Gritou instintivamente.

A mão dura de Anabella imediatamente acertou sua cabeça com um tapa a fazendo bater a testa no vidro novamente.

- Silêncio zamon koriarve ou arranco sua língua fora. – Ameaçou Sirrah com os olhos inflamados de raiva.

- Sofia, mantenha a calma que já iremos resgatá-la. – Prometeu Maia da escuridão ainda com a arma em porte. – E quanto à vocês, não irei repetir mais. Saiam do veiculo sem tentar nenhuma gracinha.

Neste instante o vidro completamente negro no lado do motorista da Tucson começou a descer e aos poucos a imagem da bela e jovem agente surgiu exibindo um sorriso macabro e ameaçador.

Maia, ao perceber que o motorista se tratava na verdade de sua companheira de equipe, paralisou por um momento e nem conseguiu reagir quando ela lhe apontou uma arma e começou a atirar. Um dos projéteis acertou sem misericórdia seu ombro.

Sentindo a dor dilacerante lhe rasgar a pele, se jogou no chão de terra apenas para observar quando a Tucson preta partiu em disparada levantando poeira.

- Era a Anabella mesmo. – Constatou Maia com um misto de surpresa e tristeza na voz enquanto entrava em seu veiculo.

- Você já sabia disso. – Respondeu Barbara no banco do motorista já acelerando apressadamente.

- Eu achei que aquela moça poderia ter se confundido. Não é possível que a Anabella esteja envolvida com estes criminosos.

Barbara deu risada.

- Provavelmente a resposta é um pouco mais complexa do que isto. – Respondeu o agente sem tirar os olhos das luzes vermelhas que seguia.

No outro veículo, Lecto Sirrah acelerava pelas ruas desertas e estreitas de terra sem se importar com o que pudesse surgir pela frente.

- Eles estão muito próximos Sirrah, não vai ter como escapar. – Previu Plínio observando pelo retrovisor os dois grandes faróis que os perseguiam.

- Então precisamos atrasá-los. – Respondeu Sirrah sacando o revólver novamente. – Segure o volante. – Ordenou girando o torso e colocando metade do corpo para fora do carro.

Instintivamente Plínio agarrou o volante com as duas mãos e então a mulher possuída começou a disparar contra o veiculo da C.H.As.E.

Com um som seco e um ricochete, Maia e Barbara viram o momento que a bala acertou o pára-brisa trincando o vidro da Captiva. No mesmo instante Maia abriu a janela do seu lado e começou a atirar em resposta.

Sofia tentava se segurar e se proteger da forma que podia, mas o esforço era praticamente em vão e estava se sentindo como uma vaca em meio a um furacão.

Inesperadamente uma bala acertou o retrovisor direito da Tucson em cheio, destruindo o espelho. Assustado com o barulho causado pelo tiro, Plínio virou o volante abruptamente quase derrubando Sirrah para fora do veículo.

- Cuidado imbecil! – Berrou o beriarti se agarrando à lateral do carro.

Sem se importar com a ofensa, Plínio continuou manobrando o volante sob a chuva de balas quando ouviu o som seco de estouro. Um dos projéteis havia atingido um dos pneus traseiros. Plínio tentou desesperadamente segurar o volante, mas o veiculo começou a dançar desgovernado. Violentamente Lecto Sirrah foi arremessado para a rua momentos antes do veiculo girar e começar a capotar.

A Captiva prata dirigida por Dani Barbara estacionou logo atrás do carro preto que perseguia. O veiculo capotara duas vezes antes de parar em meio às árvores com o teto virado para baixo.

- Sofia! – Gritou Maia preocupado, correndo para fora do veiculo em direção ao outro. Barbara saiu logo atrás para verificar o local.

Maia abriu a porta traseira impetuosamente e encontrou a ex-namorada aparentemente desacordada deitada sob os destroços. Possuía diversos cortes pelos braços, mas nada que lhe pareceu muito grave.

O agente instintivamente entrou no carro e com cuidado puxou a enfermeira para fora.

Ajoelhado, conseguiu apenas averiguar os sinais vitais antes de sentir o cano do revólver pressionando sua nuca. Com as mãos erguidas, colocou-se vagarosamente em pé então e se virou para encontrar com um Plínio ainda mais pálido do que o usual segurando com as mãos trêmulas a arma apontada para seu rosto.

- Não faça nenhuma besteira. – Aconselhou Maia calmamente.

Plínio estava com um grande corte na testa e parte do sangue escorria pelo seu nariz ainda inchado.

- Eu não cheguei até aqui para acabar deste jeito. – Disse o quase raquítico homem manifestando uma voz tão fraca e trêmula quanto seus ossos. – Precisamos dela. Irei levá-la comigo. – Disse olhando para Sofia.

- Eu sugiro que o senhor se acalme. Para onde pretende levar a mulher?

- Isso não te interessa. – Gritou Plínio com a voz falha. – O que importa é que precisamos dela. Eu preciso. Tenho que acabar com essa merda de uma vez por todas.

- O senhor está muito alterado. Porque não abaixa a arma e então poderemos conversar melhor?

- Você acha que sou imbecil por acaso? Saiba que já matei dezenas de pessoas, uma a mais não seria nenhum sacrifício. – Respondeu o homem engolindo a seco.

- Pois eu não acredito que o senhor seja um assassino. Não creio que irá me matar, portanto eu sugiro que se renda para o seu próprio bem.

- Está me desafiando por acaso?

Plínio deu então um passo à frente forçando o cano da pequena Taurus 817 que empunhava na testa de Maia.

Como se estivesse apenas aguardando este movimento, o ex policial girou o corpo com um rápido golpe e torceu o braço do oponente tomando lhe a arma.

Plínio caiu com as costas sobre chão de terra.

- Senhor Plínio Bianco, o senhor está preso. – Anunciou Maia em pé apontando a arma para o homem no chão. – Eu sugiro que o senhor não reaja ou...

As palavras de Maia foram interrompidas por uma forte pancada na cabeça que levou inesperadamente. Cambaleando e com os ouvidos zunindo, se virou encontrando Anabella sorrindo segurando uma pá erguida com as duas mãos.

Ainda zonzo e trocando os pés, foi obrigado a correr para escapar da investida de diversos golpes que a mulher começou a lhe aplicar.

Em um determinado momento, tropeçou e caiu no chão. De joelhos, percebeu então que Plínio estava tentando arrastar Sofia para algum lugar. Sem conseguir se livrar de Anabella começou a procurar por Barbara e o localizou se aproximando sorrateiramente de Plínio. A excitação momentânea que sentiu ao vê-lo foi suspensa assim que tomou outra "pazada" na cara.

Maia podia jurar que literalmente havia visto estrelas.

Deitado de costas no chão e segurando a cabeça com uma das mãos, ele percebeu quando a mulher se aproximou e com um único movimento enterrou a pá na terra entre suas pernas.

- Uma bela noite para morrer, não é mesmo novato? – Disse Anabella se inclinando sobre o cabo da ferramenta.

- Porque você está fazendo isto Ana? O que está acontecendo?

Ela então soltou uma gargalhada sinistra.

- Pelo visto o treinamento da C.H.As.E. é um dos piores do mundo. - Disse então. - Mas para que você não morra enganado eu irei te explicar. Apesar da bela aparência que seu olhos apreciam, quem realmente está na sua presença é outra pessoa. Talvez já tenha ouvido falar alguma coisa sobre mim, mas de qualquer forma irei me apresentar. Prazer, meu nome é Lecto Sirrah.

A principio o nome lhe pareceu apenas familiar, mas logo se lembrou da história que Anabella havia lhe contado outro dia.

- Ah, lembrou-se né? – Concluiu Sirrah sorrindo enquanto analisava a expressão de Maia. – A agente Ricoletti já deve ter comentado algo sobre nosso histórico familiar, não é mesmo? Ironicamente ela é uma das muitas pessoas que dariam a vida para me ver morto.

Maia parecia estar em estado de choque e custou para conseguir se convencer daquilo que ouvia.

- Bom, feito as devidas apresentações continuemos com nossa execução. – Continuou o beriarti sacando a arma da cintura. – Adeus novato.

O som do gatilho obrigou Maia a despertar imediatamente, e então por impulso, girou as pernas no chão e acertou um chute forte no cabo da pá que por sua vez bateu certeiramente no nariz de Anabella.

Maia aproveitou enquanto a mulher segurava o nariz esbravejando em outra língua, para surgir por trás e lhe aplicar um mata leão.

Surpreso e irritado com o golpe, Sirrah pisou em um dos pés de Maia como resposta e se jogou para trás levando os dois de costas ao chão.

Em meio a luta dos dois, Plínio reunia todas as forças que ainda tinha na tentativa de arrastar Sofia para longe dali. Porém em um determinado momento, no auge da exaustão, quando percebeu que não iria conseguir carregá-la muito longe, concluiu que o melhor que poderia fazer era desistir de tudo e sair correndo antes que fosse capturado por algum dos agentes.

Barbara se encontrava escondido, agachado atrás da Tucson capotada, e quando viu que Plínio tentava fugir, pulou de seu esconderijo derrubando o homem no chão.

Imediatamente então sem lhe dizer nada, ele o colocou de pé e algemou sua mão junto à maçaneta do carro.

- Quietinho agora, entendeu? – Ordenou Barbara apontando o dedo no nariz do homem.

Plínio apenas concordou com a cabeça e logo o agente lhe deu às costas, agachou para sentir a pulsação de Sofia que ainda estava deitada e inconsciente no chão, e continuou a caminhada em direção a luta de Maia.

Dani Barbara havia dado menos de dez passos quando ouviu um grito de horror. Automaticamente se virou para verificar o que estava acontecendo e não encontrou mais Plínio no local que o havia prendido.

Correu de volta então e percebeu que a maçaneta do veículo tinha sido arrancada com violência. Impulsivamente sacou seu revólver e deu uma volta ao redor da Tucson, olhou na mata, mas não encontrou nenhum vestígio do homem até ouvir novamente o grito.

- Socorro!

A voz soava do alto e Barbara instintivamente olhou para averiguar. Apesar da escuridão que tomava todo o local, conseguiu enxergar um vulto de uma pessoa pendurado de cabeça para baixo entre os galhos das árvores.

- Socorro, me tira daqui! – Gritou Plínio novamente balançando os braços.

Ignorando a estranheza da situação, Barbara apontou a arma em direção às folhas da árvore e disparou.

Ouviu um ganido agudo seguido do barulho do ar sendo cortado, e então o corpo de Plínio começou a levitar em direção às nuvens até sumir junto ao som de seus gritos de desespero na imensidão negra do céu.

Por um momento o agente ficou admirando surpreso a cena sem entender direito o que presenciava, quando uma enorme criatura pulou do meio das árvores pousando brutalmente ao seu lado. Com um único empurrão então, o arremessou para longe.

Enquanto isso, Maia continuava tentando quase inutilmente acertar algum golpe em Sirrah.

- Apesar de todo esse porte físico, você não passa de um fracote, novato. – Riu Sirrah acertando uma joelhada no estômago de Maia.

- Você só está levando vantagem porque usa do corpo de uma mulher para me atingir. Saiba que eu nunca teria coragem de machucar minha parceira.

- Pois está muito enganado se pensa que Anabella é uma frágil mulher. Sua amiguinha aqui tem alta graduação em quase todos os tipos de artes marciais. Se eu fosse você me empenharia mais porque nem assim seria capaz de me derrotar.

Maia tentou vociferar algo, mas logo levou outro soco no olho.

Barbara nesse momenton estava do outro lado da rua jogado no chão, tentando enxergar o que acabara de lhe atingir, e então a criatura que estava há alguns passos de distância, pulou alto aterrissando quase em cima dele.

Tratava-se de uma .

Próximo ao veiculo tombado, aparentemente analisando Sofia deitada no chão, se encontrava outra criatura igual aquela e foi somente neste momento que ele percebeu que ao invés de pés elas tinham grandes garras como de águias e suas pernas estavam completamente coberta por penas pretas até a cintura.

A criatura que o arremessara, agarrou seu pescoço com uma das mãos e o levantou até a altura dos olhos. Soltou um grunhido alto e rouco e começou a cheirá-lo.

Com os olhos brilhantes o analisou novamente lhe encarando de cima a baixo e repentinamente largou seu pescoço, levantando vôo logo em seguida.

Barbara ficou observando a criatura sumir aos poucos na imensidão escura, seguida logo atrás pela outra que voava majestosamente carregando o corpo inconsciente de Sofia preso em suas garras.

No mesmo momento, Sirrah havia conseguido derrubar Maia no chão e estava pronto para lhe acertar o golpe final com a pá quando algo o paralisou. Subitamente então, Anabella despencou inconsciente sobre o chão.

Maia correu para socorrê-la enquanto Barbara, ainda confuso, se aproximava mancando.

- Ela está bem? – Questionou o agente agachando junto a ele.

- Acho que sim. Parece que o tal do Sirrah resolveu libertá-la.

Maia com o rosto inchado e dolorido se permitiu então sentar no chão e observar as duas criaturas voando já longe.

- Mas que merda toda foi essa que aconteceu aqui? – Questionou incrédulo. – Acabei de ser arrebentado pela minha parceira e perdi minha ex-namorada para um bando de galinhas pretas voadoras. Eu simplesmente não entendi nada.

- Nem eu. – Admitiu Barbara também se sentando ao lado de Maia. – Só sei que nós acabamos de voltar para a estaca zero meu amigo.

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