Sara na multimídia
"If he want play, let's go play ..."
[...]
Chego em casa as 22:00 horas e subo direto pro quarto. Troco de roupa e desço para comer algo, opto por pegar uma maçã que está na geladeira.
Depois que termino,subo e escovo os dentes,me deito na cama e fico um tempo olhando para o teto,sei que daqui a pouco papai chega e não quero nem ver o que ele pode fazer,então prefiro cochilar um pouco para não ficar muito cansada amanhã.
Ouço barulhos no andar de baixo e já sei que ele chegou,me encolhi na cama e esperei ele subir.
Se passaram alguns minutos e nada dele vim,decidi descer e quando chego na sala vejo ele jogado no sofá repleto de machucados.
-Papai!?
O chamo e tento me aproximar,mas sua voz me faz querer correr.
-Nem chegue perto Kiara,se não quiser apanhar suba já!
Ele diz com seu tom frio e arrogante.
-Deixa eu te ajudar papai!
Digo,tentando se aproximar novamente.
-SAI!
Ele diz bruto e me dá um tapa.
Saiu imediatamente da sala e vou para meu quarto,fico revirando na cama e tentando dormir.
Até que por alguns momentos me desligo do mundo e fico me perguntando.
Por que ele se transformou nesse monstro!?
Por que ele ficou tão mal?
E acabo dormindo em meio a várias perguntas que é muito provável que eu não tenha as respostas...
(...)
Acordo com meu rosto latejando Ainda pelo tapa que recebi. Vou direto para o banheiro e faço minhas necessidades e tomo meu banho gelado para despertar.
Quando já estou no quarto,consigo ver meu rosto um pouco vermelho. Descido me vestir logo,coloco uma calça surrada e a blusa do trabalho,nos pés coloco meu all star bem velhinho e que é meu xodo,ganhei da mamãe a bastante tempo,e como na época ele não cabia em meu pé eu só comecei a usar com meus 15 anos. Ela dizia que era um presente adiantado de aniversário de 15,não sei como ela adivinhou que eu calçaria tal número.
Volto pra frente do espelho e passo um pouco de pó que já é bem antigo e eu preciso de outro,para esconder o vermelho,e um gloss que já está no fim,ele é da cor rosa e só passei para dar uma cor.
Faço uma trança de lado nos cabelos e desço para a cozinha. Pego o leite e faço um achocolatado,pego um pão que eu comprei quando estava vindo do trabalho alguns dias atrás.
Depois de café tomado eu subo novamente e escovo meus dentes,saiu de casa correndo para o ponto para pegar o ônibus direto para o trabalho.
(...)
-Olha quem chegooou!!
Diz Pen em meu ouvido e eu olho para porta. Vejo Henry entrar mais lindo que tudo.
Uma bermuda de lavagem clara e uma polo preta,nos pés trajava um sapatênis e um boné de aba reta na cabeça.
Nossos olhares se encontraram e logo ele tratou de quebrá-lo.
-Que ótimo.
Digo sarcasticamente e ela vai para cozinha e eu vou para uma mesa que chama a mim.
-Em que posso ajudá-los?
-Trás um refrigerante de 1L e uma porção de batatas.
-Hmm. Ok! Mas alguma coisa!?
-Não,obrigada!
A senhora sorri simpática e eu retribuo o sorriso. Vou para cozinha e faço os pedidos.
-Olha se ela não decidiu se arrumar!
Ouço uma voz grave e já sei de quem se trata.
Olho para Henry que está com um olhar sínico no rosto.
Mas ele tá me irritando.
-Pois é,às vezes é bom sabe!
Digo com uma carinha de inocência.
Pen que está servindo a mesa deles prende o riso é ele continua a me olhar.
-Kira,pedido da mesa 05!
Saiu em direção ao balcão e vou servir a senhora que fez o pedido.
-Kira!? Posso falar com você!?
Tio Roger pergunta e eu me sento de frente para ele no balcão.
-Sabe,como só falta mais ou menos 2 semanas para acabar seus estudos,estou pensando em a lanchonete virar também um restaurante.
O olho muito feliz,pois a maioria das pessoas ama o almoço da tia Rose e sempre perguntam por que não trabalham a noite também.
-Isso é ótimo tio Roger,vai crescer o movimento aqui!
Digo com um sorriso que ocupa meu rosto inteiro.
-Que bom que gostou,também vai ter show ao vivo,e acho que seus amigos vão querer se apresentar.
-Que amigos tio!?
-O Thiago e os meninos da mesa.
Ele diz,e eu fico surpresa,não sabia que eles tocavam e cantavam.
-Nossa!
Digo sem ter mais palavras para dizer.
-Fico feliz que tenha gostado,vamos começar na semana que vem!!
-Eba!! Acho que vou ver se já posso pegar minhas notas,quem passou direto já pode ficar em casa se não me engano.
Digo com um sorriso para o tio Roger.
-Tudo bem querida,agora o moço loiro não para de te olhar.
Ele diz e eu fico vermelha.
-Que nada tio,vou voltar ao trabalho.
Beijo sua bochecha e te dou um abraço e saiu em direção a mesa que tinha acabado de entrar.
Quando estou voltando da mesa que tinha acabado de servir,ouço novamente Henry me chamar.
-Cega!?
Me viro para ele e ele continua.
-Podia trazer outro refrigerante?
Me pergunta com maior olhar de sínico.
-Claro,idiota.
Nem espero sua resposta e pego o refrigerante e levo a sua mesa.
Quando viro de costas para voltar ao balcão sinto um líquido gelado na minha blusa branca.
-Mas o que...
-Opa,desculpe querida,eu juro que não te vi.
Olho para cima e vejo uma menina que estava comendo Henry com os olhos desde quando entrou.
-Ah,que ótimo.
-Os meninos estavam mais sérios que o normal é o olhar de Henry era de ódio.
-Henry amor!!!
Ela diz com aquela voz enjoada e eu vou na direção do balcão.
-O que você está fazendo aqui Sara!?
Ele pergunta rude para a menina,seus olhos já brilham com as lágrimas.
-Eu vim te ver!!
Ele da uma risada magoada.
-Me ver!? Você não lembra o que fez né? Eu não quero saber de você garota,eu te odeio,não chegue perto de mim e nem se dirija a mim,nunca mais ouviu bem!?
Ele diz e as lágrimas já escorem dos olhos dela. Logo seu olhar é de fúria e ela vem em minha direção.
-É ela né !!!!
Ela diz alto o suficiente para todos começarem a prestar mais atenção. Ela puxa meus cabelos para trás e eu sinto um dor bem grande.
-DEIXA ELE EM PAZ GAROTA,ELE É MEU.
Ela diz e me acerta um tapa.
Um ódio tremendo me sobe e eu lhe dou outro que seu rosto vira com o impacto,logo sinto mãos em minha cintura e uma voz falando.
-Vai embora daqui Sara,você não tem nada a ver com minha vida,e deixa ela em paz.
Dito isso ela saiu batendo os pés e duas meninas que estavam a acompanhando vão atrás.
-Podem voltar a comer.
Henry diz e todos voltam a conversar e comer como antes. Pen vem correndo em minha direção.
-Você tá bem!? Ela te machucou!?
Ela pergunta tudo muito rápido e eu falo que tô bem.
-Me desculpa por isso!
Ele diz e eu me solto de seus braços,e vou na direção da cozinha.
To vendo que esse cara vai me trazer problemas e vai ser minha perdição.
Não posso me aproximar dele,mas com ele me sinto segura,tenho que me manter longe o suficiente para não me machucar.
Tenho que tentar não me apaixonar...
[...]
"Se ele quer jogar,vamos jogar..."