After the dream - l.s (a/b/o)

By Wulfrico

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Enfrentar um sistema não era uma tarefa fácil. Enfrentar um sistema e lidar com os sintomas da gravidez, um c... More

Primeiros sintomas
Nossa família
Fracasso
Pequenas coisas
Preenchimento
História de família
Eu sempre escolherei você
Instinto paternal
Um novo desafio
Tempos de paz?
Energia sugada
Outro golpe do ciúme
Eu perco a cabeça quando o assunto é você
Esperança nas próximas gerações
Os benefícios da paternidade
Eu anseio por você
Eu tenho idolatrado a luz em seus olhos
Obrigado por sonhar comigo
Epílogo

Entregue-se a mim

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By Wulfrico


Antes de ir para casa, passei em um local que eu não visitava há algum tempo. Estacionei e olhei para a casa acolhedora a minha frente e pude ver pela janela Rose pulando sobre o sofá.

Abri um sorriso terno que só se alargou ainda mais quando eu vi o garoto loiro com a barriga já bem grande por conta da gravidez aparecer na janela e repreender a filha pela bagunça que fazia, abrindo um sorriso sapeca assim que a garota não podia mais vê-lo.

Desci do carro e toquei a campainha, que foi aberta rapidamente revelando uma garotinha animada que correu para abraçar minhas pernas.

– Rose! – Seu pai a repreendeu novamente. – O que eu disse sobre abrir a porta para estranhos?! – Ele apareceu logo depois e sua expressão se aliviou ao me ver.

– Não é um estranho, papai. – Ela disse como se aquilo fosse óbvio.

– E agora você tem um detector para saber quando é seu tio ou não?

– Tenho. – Ela me pediu colo e eu dei, sorrindo. – Nós dois estamos interligados. – Os três rimos.

– Tem razão, amor. – Eu me intrometi. – Temos uma super ligação mental de padrinho e afilhada. – Dei um beijo em seus cabelos e ela deu a língua para seu pai, que revirou os olhos e me deu passagem para finalmente entrar na casa.

– Agora a senhorita Interligada aqui tem que ir tomar banho, não é mesmo? – Eu a coloquei no chão para que obedecesse.

– Mas paaaaai... – Ela fez um bico fofo que me convenceu totalmente, mas não pareceu ter o mesmo efeito sobre seu pai.

– Sem mas, Rose. Se você não for agora esquece a história de ir dormir na casa de Elisa amanhã.

E como se algo estalasse em sua mente ou ela tivesse levado um beliscão, a garotinha correu escadaria acima, quase tropeçando nos últimos degraus e me fazendo rir.

– Sério, nunca vi uma garota tão terrível. – Niall comentou, sentando-se no sofá visivelmente cansado. – Ela é tão arteira!

– Liam disse que ela é igualzinha a você quando criança. – Eu respondi me sentando também.

– Parece mesmo que eu estou me vendo em Rose e Elisa, sabe? Elisa cuida dela da mesma forma que Liam cuidava de mim, ela faz tudo que a garota quer e Rose que não é nem um pouco boba já percebeu isso.

– Dizem que acontece às vezes. – Ele me olhou confuso. – Esses fenômenos de soulmate. Acontecem antes mesmo da mordida. E olhando para as duas, realmente parece ser isso.

– Assustador. – Niall murmurou e eu sabia que ele estava pensando em todos os problemas que isso poderia acarretar para as duas, principalmente Elisa.

– Não se preocupe. – Eu afaguei sua coxa e ele sorriu. – Nós vamos estar por perto, monitorando tudo. – Ele assentiu. – E como estão os bebês?

Toquei no assunto que havia se tornado um tabu em minha vida e levei minha mão até a barriga saliente de Niall, acariciando por um tempo até perceber que eles estavam mexendo, deixando a experiência ainda mais marcante para mim.

– Eles estão ótimos, está sendo bem tranquilo, bem diferente de como foi com Rose. Eu até estou trabalhando ainda, embora agora Liam já ache que é melhor ficar em casa.

– E de quanto tempo você está?

– Entrei no sétimo mês essa semana.

– Uou! – Exclamei assustado. – Quanto tempo eu estive fora? – Disse me referindo ao tempo em que fiquei em casa, remoendo o que havia acontecido em minha vida.

– Eu não sei. – Ele ergueu os ombros. – Acho que uns três meses.

– Não pareceu tanto tempo assim para mim.

– Para mim foi uma eternidade. – Ele disse um tom mais baixo, eu me aproximei e passei as mãos por seus ombros, abraçando-o de lado.

– Desculpa.

– Você não tem que pedir desculpa, Lou. Só tem que ficar bem e voltar para todos nós.

– Eu voltei. Acredite em mim. – Deixei um beijo em seus cabelos e nós dois sorrimos grande, voltando a estabelecer nossa velha conexão de amizade.

Não demorei muito mais tempo na casa dos Payne, afinal, eu ainda tinha coisas a fazer. Cheguei em casa e encontrei Anne as meninas prontas para saírem.

– Aonde vão?

– Passar uns dias na casa da mamãe. – Gemma respondeu trazendo uma pequena mala até o hall de entrada.

– O que? Por que? – Eu disse confuso.

– Vamos deixar você e Harry sozinhos por uns dias. – Ela me lançou uma piscada e eu senti minhas bochechas corarem.

– Não precisa. – Eu tentei argumentar, mas Lottie interrompeu.

– Seu cheiro e do Harry estão impregnando toda a casa, Lou, você não percebeu? – Eu neguei com a cabeça e ela deu uma risadinha.

– Harry vai ficar uma fera por você ter estragado a surpresa que ele ia te fazer. – Gemma riu nasalado. – É incrível a habilidade dos Tomlinsons em estragar uma surpresa.

– Você ainda não superou aquele jantar péssimo que você fez e quase queimou a casa inteira? – Lottie disse, fazendo-me rir da alfa que bufou.

– Estava tudo sob controle até que você apareceu e resolveu me distrair. – A alfa rebateu.

– Você que me agarrou!

– Você apareceu só de lingerie na cozinha, queria que eu fizesse o que? – Gemma disse como se agarrar a beta fosse a única opção que ela tinha.

– Eu estava indo tomar banho, não foi proposital.

– Aham, me engana que eu gosto, Charlotte.

– Não me chame de Charlotte. – Minha irmã fez um pequeno bico e foi recebida nos braços da alfa que lhe deu um beijinho no pescoço, recolocando o sorriso em seu rosto.

– Eu realmente não sei qual de vocês duas é mais louca... – Eu disse rindo.

– Pronto, meninas, já peguei tudo. – Anne entrou na sala nesse momento e só então percebeu minha presença. – Louis! O que faz aqui há essa hora?

– Na verdade, eu vim conversar com você, Anne. – Ela pareceu surpresa, mas assentiu, então as garotas foram até o carro e ficamos só nós dois em casa e eu me vi em dificuldades para introduzir o assunto.

– Você está se sentindo bem? Precisa de alguma coisa? – Ela chegou perto e acariciou meus cabelos, com um sorriso calmo no rosto. – Pode pedir. – Ela incentivou.

– Eu só queria agradecer. Por tudo. Desde o começo. – Eu suspirei e também sorri. – Quando as coisas ainda eram um mistério entre eu e Harry, você ficou ao nosso lado. Todas as imagens que eu tenho de você em minha vida é de alguém que realmente torceu por mim e esteve ao meu lado. – Percebi seus olhos marejados e segurei suas mãos. – Lembro de sua alegria ao me conhecer mesmo sabendo que eu era diferente e que talvez isso fosse ruim para seu filho. Vi você ficar a meu lado mesmo quando eu dividi sua família e os fiz brigar. Lembro o quanto estava alegre em minha formatura e de seu beijo calmo em meu rosto no dia de nosso casamento, que me trouxe um pouco de paz, já que eu estava quase desmaiando de nervoso. Você recebeu a mim, minha irmã e toda a minha família, que não é nada pequena, como se realmente fossemos parte da sua família e não há palavras no mundo que são capazes de expressar o quanto eu sou grato por isso e mais ainda por ter ficado perto de mim durante todo esse período ruim, principalmente por saber que não foi nem um pouco fácil estar aqui para mim e Harry. – Beijei suas mãos e percebi que as lágrimas rolavam livremente por seu rosto.

– Desmond te contou? – Ela perguntou com dificuldades pela voz embargada e eu assenti.

– Você foi incrível, Anne. A ômega mais forte que eu já conheci. E agora, inspirado por sua história, é a minha vez de ser forte. Nossa família crescerá e, em breve, você estará segurando seus netinhos, eu garanto.

[...]

A água quente do chuveiro caindo sobre meu corpo era reconfortante, eu tinha as duas mãos encostadas à parede e os olhos fechados, perdido em meu próprio mundo, repassando mentalmente tudo o que Des havia me dito: a história oculta dos Styles. Tão oculta que nem mesmo os filhos pareciam saber.

Senti um par de mãos em meu peito e automaticamente o corpo de Harry se uniu ao meu da forma íntima que não tínhamos desde o incidente com o bebê, não porque faltava vontade, mas por conta de um medo meu de que algo ainda estivesse errado comigo. Porém dessa vez eu abri um sorriso e aninhei meu corpo junto ao dele, aproveitando a carícia.

– Não era para você estar em casa. – Ele murmurou perto de meu pescoço e meu corpo, já muito sensível, se arrepiou.

– Desculpe, eu vim mais cedo, mas não tinha intenção de estragar sua surpresa.

– Eu já me acostumei com isso e fui avisado a tempo, portanto, tenho um plano B.

– Gemma é rápida.

– Ela é uma Styles. – Ele se gabou e eu revirei os olhos divertidamente. – Você está diferente. – Ele comentou.

E eu realmente estava. Nos últimos meses eu estava muito próximo a Harry, eu queria tê-lo comigo o tempo todo, mas não da forma como queria hoje, também por conta de meu heat, mas porque eu me sentia preparado para aquilo. Eu queria voltar a tentar, voltar a viver plenamente.

– Eu me sinto diferente.

– O seu cheiro está acabando comigo. – Ele sussurrou após algum tempo, quebrando o silêncio e depois fungou meu pescoço, sobre sua marca, me fazendo soltar um gemido involuntário.

– O seu também. – Eu levei minha mão a seus cabelos e os puxei quando ele deixou um chupão naquela região sensível.

– Parece que estamos naquele período maravilhoso em que coincide nossos cios. – Ele ainda parecia um pouco receoso quanto a isso, como se tivesse dito isso como um teste e, por isso, eu me virei para encará-lo.

– Parece perfeito. – Eu disse enquanto segurava seu rosto com as minhas mãos, fazendo-o me olhar e causar o turbilhão de sentimentos que sempre acontecia quando nossos olhares se fixavam um ao outro.

Eu fiquei na ponta dos pés e deixei um beijo rápido em seus lábios, mas ele fez questão de aprofundá-lo, apertando minha cintura e trazendo meu corpo junto ao seu, unindo nossos lábios de maneira erótica.

Eu arfei e enlacei minhas pernas em sua cintura. Suas mãos foram automaticamente para minha bunda e ele a apertou firme, me fazendo gemer e agarrar seus cabelos molhados. Ele desligou o chuveiro e nos tirou dali, jogando-nos sobre a cama sem interromper o beijo.

– Qual é o seu plano B? Eu não quero ser responsável por estragar outra surpresa sua. – Eu disse ao me lembrar do que Gemma havia dito, sentando-me sobre ele, me mantendo apoiado por conta de minhas mãos espalmadas em seu peito.

– Esse é o meu plano B. – Ele abriu um sorriso. – Vir para casa, aproveitar todo o tempo com você e fazer amor sempre que você quiser e precisar.

– Que bom, porque eu preciso de você agora. – Ele sorriu ainda mais e abraçou minha cintura, jogando-me no colchão e invertendo nossas posições.

– Eu preciso de você para sempre. – Ele disse enquanto me encarava, fazendo meu coração aquecer.

Trocamos juras de amor antes de nos entregarmos de vez ao desejo que já começava a tomar conta de nossos corpos, em beijos acompanhados de carícias e gemidos, principalmente quando eu passei a chupar sua língua, aproveitando para descer minha mão até seu membro e masturbá-lo lentamente.

Ele afastou minha mão e separou nosso beijo, ergueu uma de minhas pernas para que ela enlaçasse sua cintura e se alinhou em minha entrada, invadindo-me lentamente, me fazendo gemer manhoso e abraçar seu corpo, arranhando suas costas de leve.

Seus movimentos eram lentos e ritmados, embora o aperto que ele mantinha em minha coxa fosse cada vez mais firme. Eu sentia sua respiração ficar mais pesada a cada segundo e os gemidos roucos que ele soltava denunciavam que seu rut havia chegado e ele se controlava para não extravasar.

Seu rosto estava escondido em meu pescoço, mas eu fiz questão de erguê-lo para que me encarasse, encontrando seus olhos totalmente escuros, dominados pelo desejo. E sua aparência ficava ainda mais selvagem pela forma bagunçada que seu cabelo caia sobre seu rosto, grudados em sua testa pelo suor que escorria de seu rosto.

– Eu estou bem, relaxe. – Ele gemeu alto, junto de mim, e fechou os olhos ao que eu impulsionei meu corpo para baixo, acompanhando sua investida. – Me ame como deseja, Harry. Se entregue.

Ele pareceu obedecer, já que ergueu minhas duas pernas e as apoiou em seu peito, ganhando ainda mais liberdade para me invadir. Suas mãos estavam apoiadas na cabeceira da cama e ele começou a estocar forte em meu interior, me fazendo gemer de forma escandalosa.

Levei minhas mãos a seus cabelos rebeldes e os puxei com força, gemendo seu nome alto enquanto era banhado por um orgasmo intenso. Ele estocou firme mais algumas vezes em meu interior antes de se desmanchar, gemendo selvagemente e levando suas duas mãos a minhas coxas e as apertando, como forma de ajudar a liberar tudo o que ele estava sentindo.

– Me desculpe, não era para ser assim. – Ele murmurou, após uns minutos, com alguma dificuldade pelos tremores e por seu nó, que nos unia, enquanto ainda se mantinha sobre meu corpo, abraçado a ele como se quisesse fundir nossos corpos. – Não hoje. – Ele se referia ao momento pelo qual passamos, mas eu não poderia ter me importado menos.

Eu havia pertencido a ele mais uma vez e isso era perfeito.

Era sempre assim, ele dava tudo de si em meus heats, mas se sentia culpado em seus ruts por se tornar um pouco mais violento, mas eu não me importava. Harry sempre seria perfeito para mim e eu sempre seria feliz por satisfazê-lo tanto quanto ele fazia por mim.

– Te desculpar por me amar? Não desculpo. Você terá que fazer isso pelo resto de sua vida.

Eu o olhei e ele tinha um sorriso no rosto, eu deixei um beijo sobre sua covinha e ele sorriu ainda mais largo e nós finalmente nos entregamos ao sono, afinal, esse ainda era só o começo.


-X-

Bom, eu sei que provavelmente alguém vai dizer que a primeira vez deles depois do incidente teria que ser mais romântica, mas eu quis mostrar que não é porque estamos em um cio que não pode ser romântico, não é? Ainda estamos em um universo abo e assim fica tudo mais intenso. E aproveitem que eu estou animada para escrever smut ;)   

No mais, espero que tenham gostado.

XO

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