A maldição do discípulo

By alfaklaus

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Uma aventura épica que transportará você dos céus ao inferno vivendo as constantes batalhas que o príncipe Er... More

Prólogo
Um pouco da verdade
Sentimentos
A primeira prova
O acordo
O noivado
Uma surpresa
Uma noiva assíria
Atitude Assíria
Selando um acordo
O treino com o rei
Uma festa de despedida
A partida
Novas criaturas
Um novo sonho
A destruição
Terra santa
De volta a batalha
Em Jerusalém
O final da primeira batalha
No castelo era pior
A verdadeira história
Uma última batalha
De volta para casa
Um outro meio de entrar no castelo
O recomeço que na verdade é um fim
De volta a Jerusalém
A tentação
A desconfiança
A entrega
A morte e o renascimento

Como tudo começa

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By alfaklaus

galerinha vamos votar e comentar, eu agradeço sempre, toda opinião é bem vinda...

- Eis que mais uma vez me curvo diante de ti, guardião do universo. – Rurubi havia se colocado de joelhos, curvando sua cabeça até que ela fosse de encontro ao chão. – Somente a ti e a tua clemencia me curvo, colocando-me mais uma vez a sua inteira disposição. Faz de mim o que tu quiseres, mas permita que meu filho não sofra os atentados dessa marca que carregamos a tantos anos em nossas vidas. – Esse era o final da oração que o rei vinha realizando nos últimos anos desde que tivera seu filho.

- Querido, não ore dessa forma, você já se sacrifica a muito tempo por todos. Nosso reino é repleto de prosperidade e paz, seu filho te ama de tal maneira, a querer se tornar igual a você algum dia, não desmereça o caminho de nosso filho dessa forma. – A voz de Medéia soava doce ao sair de seus lábios com tamanha leveza e calma.

- Um caminho amaldiçoado, marcado por tragédia. Não quero que ele se arrisque, quando o momento chegar, eu mesmo irei até aquele lugar. Tomarei o castelo de volta, ou morrerei tentando.

- Calma meu amor, ainda não sabemos quando isso irá acontecer, mas reconheço o perigo. Não se preocupe tanto, nosso filho é especial, desde que ele completou seus 15 anos que você vem se alterando desta forma. – Ela manteve a suavidade de sua voz, porém, encarou o rei com um olhar sério.

- Ele cresceu rápido demais, não parece um garoto qualquer. – Enquanto Rurubi pausou sua fala em um suspiro, a rainha aproveitou para continuar tecendo seus comentários.

- Realmente, cresceu rápido. O problema é que ele tem um pai maravilhoso, que é o guerreiro mais temido de todo território do mar morto. Ele olha para o pai dele com os olhos todos cintilantes, tendo a figura paterna como seu maior herói. Já parou para pensar isso, tem noção do quanto ele quer ser como você?

- Eu sei sim, por isso adiei tanto seu treinamento, queria que ele aproveitasse ao máximo sua vida simples sem obrigações. Parece que não adiantou muito, aquele trio sempre se mete em confusão. Fico tranquilo por Horus estar se tornando um dos melhores soldados do nosso reino, sei que ele protegeria Erick com sua vida.

- Estamos falando do mesmo Horus? Aquele que vira e mexe faz Erick chegar aqui no castelo sangrando porque brigaram?

- Ele mesmo, ele está fazendo nosso filho forte. Sei que não é o ideal, mas queria que Erick aproveitasse melhor sua vida. O garoto insiste em se aventurar, insiste em tudo o que eu não queria. Quando não está aprontando com Horus e Kéfera, está enfiado dentro da cabana de Hermes. Tenho até medo do que ele ensina ao garoto.

- Calma, Hermes é nosso mago a muito tempo. Mago do reino muito antes de você ser rei, sei que nosso garoto está em boas mãos. – A rainha abriu um largo sorriso, confirmando a leveza de suas palavras.

- Eu não tenho tanta certeza.

- Acho que isso é ciúmes, não se preocupe, seu filho quer ser igual a você. Basta parar e observar, você é o único herói que existe para o garoto.

- Claro. – Confirmou o rei ao se deitar. Essa noite eles dormiriam tranquilamente em seu leito, mas essa seria a última noite de paz que teriam.

Na década de 15 D.C. o reino de Amom era um dos mais prósperos e bem estabelecidos em todo território do mar morto. Conquistara respeito e poder através de Rurubi e seu mago, que seguidos por um exército bem treinado, resistiram a todos os ataques sofridos nas últimas décadas. Há muito tempo no reino perdura a paz constante e a tranquilidade de uma administração estratégica trazida por Rurubi de seu antigo reino. A família real era querida e admirada por seus súditos, todos em unanimidade amavam seus senhores, que mais pareciam pessoas comum, devotos por igual de suas terras.

A rainha Medéia gostava de caminhar todas as manhãs pelo mercado do castelo, uma oradora perspicaz, a rainha gostava de barganhar e fazer ela mesma as compras de seu lar. Naturalmente ela descia com Erick, um filho ao qual ela protegia demasiadamente, tratando o menino a panos de ouro. Essa saída matinal durava pouco tempo, logo o príncipe dava um jeito de encontrar-se com Kéfera e fugir de volta ao castelo. Os dois gostavam de assistir o treinamento que Rurubi realizava com os soldados do reino todas as manhãs, claro que o fato de Horus estar presente dentre os soldados e se sobressair a todos era o melhor momento do treino. Assim que liberado de suas atividades, o soldado se juntava aos dois e ficavam os três vagando pelo castelo até a hora do almoço, comiam rapidamente e sumiam floresta a dentro para encontrarem Hermes.

Exatamente neste dia Erick resolvera tentar uma nova aventura, sugeriu aos amigos que se embreassem floresta a dentro, cada qual por um lado, ganhava quem encontrasse primeiro a cabana do mago. O príncipe imaginou ser a missão mais fácil, fora criado ali, estava com o mago todos os dias, conhecia a pequena floresta como a palma de sua mão.

O garoto sentiu o vento mudar, soprando em direção contrária, assim que seus amigos sumiram, cada um entrando por um local diferente da pequena floresta encantada. Não dava mais para mudar de ideia, não conseguiria alcançar seus amigos para avisar que mudara o plano e queria seguir juntos como sempre o fizeram.

Alguns minutos se passaram até que o príncipe cruzou novamente pela árvore em que havia feito um corte. Decidira marcar o local ao desconfiar que estava perdido, rodando em circulas dentro daquela mata.

A pausa para verificação da marca de passagem, foi a deixa exata para que as coisas acontecessem, ao virar-se, Erick percebeu uma neblina tomar conta do lugar, mantendo sua visão parcialmente ofuscada, ele não enxergava dois passos a sua frente. Não poderia continuar a caminhada. Logo, sombras estranhas circulavam a seu redor, passando por entre a fumaça freneticamente ao som de correntes sendo arrastadas pelo chão, causando uma sensação de medo sentida pelo príncipe.

- Quem está aí? – A voz do garoto soou imponente entre a vegetação.

O som de risos se chocavam no ar com o som das sombras estridentes. Nesse ponto, o garoto começava a se preocupar. Seu semblante de dúvida foi a deixa para que a criatura transpassasse a neblina e o atingisse com um soco.

Seu corpo causara um som agudo ao tocar o solo, sua consciência estava apagada, o príncipe desmaiara ao receber o golpe.

Suas órbitas oculares se espremiam com força, um zunido bem ao fundo de sua cabeça, incomodava ao tentar abrir os olhos. O barulho de correntes sendo arrastadas ao solo, fizera o garoto despertar, vagarosamente, mas estava recuperando sua consciência aos poucos.

Erick não acreditava na imagem que seus solhos estavam lhe oferecendo naquele momento, algo estava muito errado ali. Um manto preto com um capuz que cobria a cabeça, escondendo a face, percorria o pequeno espaço na frente do garoto de um lado para o outro. Em seu tronco espessas correntes estavam sobrepostas se estendendo até o chão, a criatura parecia não possuir pés, flutuava, arrastando o manto e as correntes.

- Sua hora é chegada. – Aquela figura emblemática e assustadora falou ao virar-se para Erick, percebendo seu despertar confuso.

Foi tudo o que ele ouviu. Um raio de luz amarela cortou o ar vindo aparentemente do lado de trás de sua localização, atingindo a criatura em cheio. O impacto foi tão forte que arremessou aquela forma estranha direto ao encontro de uma árvore gigantesca que existia ali. Chocando-se contra o tronco de uma gameleira, a imagem assustadora se desfez em pó e luz que desapareceram no ar.

- Erick! Tudo bem com você meu filho? – O garoto sentiu seus músculos saltarem de total tensão para um relaxamento extremo ao ouvir a voz de Hermes.

- Estou, mas graças a você, meu mago predileto.

- Eu sou o único mago que você conhece. – Comentou Hermes sério, embora sua frase tivesse saído cômica.

- Você é o melhor, obrigado por me salvar. – A voz do príncipe saiu cansada.

- Agradeça seus amigos. Assim que chegaram e viram que você não estava lá, me chamaram para te procurar, sabiam que você sempre era o primeiro, conhece o lugar como ninguém, talvez até melhor que eu mesmo. – Novamente o comentário do mago soou cômico.

- Obrigado a vocês dois, por não esquecerem de mim. – Ele encarou os amigos com um olhar vergonhoso. Queria ser um guerreiro tão destemido quanto seu pai, e apesar de todas aventuras e algum treino com Horus, não conseguiu se defender.

- Calma meu garoto, levante-se e retorne ao castelo. Relate todo o ocorrido a seu pai, devemos ter uma conversa urgente.

Diante da seriedade estampada na face do mago, o príncipe apenas concordou com a cabeça, aproximou-se de seus amigos e seguiram de volta ao castelo.

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