Prólogo

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Era noite, uma longa noite de um pesadelo sem fim, afinal, a hora do cordeiro descer ao mundo estava se aproximando e junto com ela, inúmeras forças que se interessavam pela passagem que dividiria o tempo e a história da terra.

O sangue escorria pela boca da criatura que segurava o jovem príncipe com apenas uma de suas mãos até a altura de seus olhos. Era uma forma humana que trazia consigo uma força sobrenatural e olhos vermelhos da cor de todo sangue derramado pelo chão do castelo. Ódio e revolta pareciam ser os únicos sentimentos existentes naquela forma assustadora, trajada de preto com respingos de sangue, inclusive do príncipe, o último a quem ela atacara. Tentava ela por sua vez, acorda-lo de seu desmaio sofrido pelas inúmeras mutilações causadas por seu ataque, ela o ferira gravemente.

Rurubi era o príncipe do Vale de Árnon, um pequeno reino localizado em um dos vales entre Amom e Moabe. Este era um acontecimento atípico, por ser um reino pequeno e de difícil acesso, quase nunca era invadido. Aquela figura estranha se esgueirou no meio da noite assassinando todos que viviam ali até chegar ao castelo.

Rurubi recuperava seus sentidos vagarosamente, e a dor vinda das feridas causadas pela criatura, eram o suficiente para mantê-lo acordado, ouvindo o soar da morte em seus ouvidos.

- Toda essa situação foi causada pela briga entre Deus e Samael. Eles são os responsáveis. – Dizia ela o encarando.

Vez ou outra ele desviava o olhar da criatura, observando os corpos espalhados no chão, dois deles, eram os de seus pais. A fúria por ver seu pai e sua mãe, caídos mortos bem ali a sua frente, expelia por todo seu corpo, fazendo-o tentar mais um ataque.

Com um último esforço vil, tentou socar a face amedrontadora de escárnio da criatura, mas ela segurou seu braço, quebrando-o em um movimento simples e rápido, causando ao príncipe uma nova dor que o fez gritar. Após o soar de um alto gemido de dor, a criatura o encarou friamente, olho a olho, dizendo.

- O único motivo de você ainda estar vivo, é por essa marca em seu peito. A marca de um amaldiçoado por Deus, uma cruz passada de geração para geração.

- Como você sabe disso? – Rurubi reuniu forças para poder falar.

- Sei porque aguardo e procuro por vocês a muitos anos, meu irmão até tentou esconder sua localização, mas de agora em diante, serão meus. Você não vai morrer hoje, porém, aguardo sua próxima geração vir recuperar seu castelo. Seu filho será muito importante.

A criatura mística parecia conhecer seu futuro, mas não havia nada de mágico naquela atrocidade cometida por ela. Com um último vislumbre dos corpos sem vida de seus pais, Rurubi desmaiou.

A maldição do discípuloWhere stories live. Discover now