Maria Clara
Fui até Rebekah, ela parecia muito abalada.
- Rebekah? - A chamei antes de entrar.
- Não quero ver ninguém. - Ela gritou do seu quarto.
- Nem sua cunhada? - Eu disse já entrando.
- Ah.. me desculpe eu pensei que fosse um dos meus irmãos.
- É só eu, vim ver como você está!!
- Estou péssima... - Tentei ligar os fatos.
- Rebekah, posso te perguntar uma coisa?
- Pode sim.
- Aquele rapaz é o menino que você gosta? Que você disse pra mim outro dia?
- É sim Maria Clara... por que você acha que eu estou assim?
- Ah entendo, mas não será bom? quer dizer vocês vão estar pertos um do outro. - Tentei ver o lado positivo da situação.
- Mas como eu vou me aproximar dele agora?
- Calma, não pode ser tão ruim assim...
Ela revirou os olhos e continuou:
- Não é ruim? Ele sempre vai ver agora como a filhinha do papai que precisa de proteção. Eu nunca vou me aproximar dele como gostaria. - ela reclamava e eu tentava entender a situação. Tá, vamos combinar que era horrivel mesmo.
- Vai melhorar. - Eu tentava consolá-la.
Nisso Carlos Eduardo entra e me chama para ir embora. Estavamos cansados da viagem. Nos depesdimos da Rebekah e prometi vê-la em breve. O caminho até nossa casa foi em um perfeito silêncio, por um lado eu adoraria saber o que Carlos Eduardo e seu pai conversaram... mas por outro, eu tentava pensar que realmente fosse tudo um pequeno assalto.
- Finalmente chegamos... - Eu disse ao entrar. Estavamos exaustos. Eu deixei minhas malas para arrumar depois e fui direto pro banho. Demorei uns 20 minutos no chuveiro, me sequei, passei meu hidratante e vesti meu pijama.
Não vi Carlos Eduardo no quarto, então desci e fui pra cozinha. Ele estava lá e cozinhando, fiquei surpresa:
- Você cozinha?
- Nem vi você ai, cozinho assim.
- E o que você está fazendo?
- Senti vontade de comer sopa e só fiz porque tinha umas sobras de frango, desfiei o frango, acrescentei mais algumas coisas e tá quase pronto.
Depois de alguns minutos me surpreendi com o prato que ele arrumou pra mim.
- Nossa que lindo!!! Está de parabéns.
- Você nem provou ainda. - Ele disse se sentando na cadeira em frente a minha para comer também.
- Mas pela cara, parece boa. - Eu disse provando a sopa pela primeira vez. - Huuummmmm... Está Deuses...
- Está boa mesmo?
- Está sim.
- Que bom que você gostou. Maria Clara precisamos conversar.
- Já???
- Você sabe que precisamos conversar sobre esse assunto né!
- Sei sim, mas hoje não.. Hoje eu quero dormi e saborear sua sopa.
- Tá bom, mas já vou avisando que não quero você sozinha!!
- Ok, amanha? - Eu disse e ele fico um pouco bravo comigo.
- Ok ok, amanhã.
Ele não insistiu. Terminamos de comer e deixamos a louça dentro do lava-louças. Subimos para o quarto, ele foi tomar banho e eu terminei minhas higienes e fui me deitas. Depois que ele saiu do banho, ele se deitou ao meu lado e dormimos de conchinha. Era uma sensação muito boa, eu me sentia segura ao seu lado.
Na manhã seguinte eu acordei decidida. Carlos Eduardo não estava mais em casa, já havia saído.
- Bom dia Angelica.
- Bom dia Senhora... - Angelica disse timidamente.
- Angélica, não precisa ser tão formal comigo, já disse.
- Desculpe, a senhora... - Ela se corrigiu. - Você parece animada hoje!
- E estou, quero sair um pouco dessa casa. Vou convidar Rebekah para procurar um curso de inglês comigo, quem sabe até ela pode fazer junto.
- Será que é uma boa idéia? Seu Carlos Eduardo...
- Falarei com ele assim que tiver uma idéia de escola, essas coisas.
- Ah sim. - Ela disse sorrindo.
- Vou indo Angélica, quero pegar a Rebekah ainda em casa e quem sabe podemos almoçar juntas. Qualquer coisa te ligo, mas não me espere pro almoço.
- Tudo bem Maria Clara.
Fui com o motorista até a casa dos Albuquerques e por sorte Rebekah estava em casa.
- Oi cunhada... - Eu disse entrando, ela não estava com uma cara muito boa.
- Ainda triste pelo segurança?
- Sim, ele está lá fora como um cão de guarda.
- Não fique triste, tudo melhora com o tempo, acredite. - Eu disse pensando em mim e no Carlos Eduardo.
- Deus te ouça.
- Você vai para a faculdade hoje?
- Hoje não tenho aula.
- Que bom, você quer ir comigo procurar uma escola de inglês?
- Pra que isso? Já falou com o Carlos Eduardo?
- Ainda não e não quero ficar sempre em casa.
- Do jeito que estão as coisas, é a melhor solução.
- Ai não tem que haver outro jeito. - Eu disse para não desanimar logo de cara.
- Tem, em minha faculdade tem curso de inglês de tarde e a noite, eles abriram mais para os alunos... mas se Carlos Eduardo te apoiar ele pode mexer uns pauzinhos e conseguir que você se matricule e podemos nos encontrar por lá.
- Não queria depender dele pra isso, mas já que não tem jeito vamos comigo até a empresa do seu pai e ver o que ele acha.
- Teremos que levar o segurança? - Ela disse se entristecendo.
- Vamos já com o meu motorista, não será necessário ele ir junto.
- Graças a Deus, vou me livrar por uns segundos de minha sombra.
- Vamos então?
- Vamos. - Rebekah pegou sua bolsa e não deu muito tempo, Charles já estava na porta nos esperando.
- Charles... - Eu disse. - Rebekah vai comigo até a empresa do seu pai onde vamos nos encontrar com meu marido. Você não precisa ir junto, não iremos demorar.
- Tem certeza? - Ele disse olhando para Rebekah.
- Tenho sim, será rápido. Você pode usar esse tempo para estudar ou fazer algum trabalho da faculdade.
- Mas e se seu pai perguntar?
- Eu assumo a responsabilidade. - Eu disse, o que deixou Rebekah ainda mais animada.
- Tudo bem. Até depois.
Não demorou muito para chegarmos a sala onde Carlos Eduardo estava.
- A que devo a honra da visita das duas mulheres que eu mais amo?
"duas mulheres que eu mais amo..."
Eu repetia suas palavras em meus pensamentos e com certeza estava corada porque senti meu rosto ficar quente.
- Bom, sua mulher estava entediada e teve uma idéia.
- Que idéia? - Ele disse olhando pra mim.
- Eu não quero ficar em casa o dia inteiro e como já sou formada, eu quero fazer um curso de inglês.
- Curso de inglês? Eu posso ver algum professor particular e...
- Não, Carlos Eduardo. - Eu o repreendi. - Eu quero sair um pouco de casa e como você não ia me deixar fazer em qualquer lugar, Rebekah disse que tem curso de inglês na faculdade dela. São alguns dias da semana e a posso ver a Rebekah quanto tiver lá, você só tem que fazer minha matricula porque a principio parece que só alunos podem fazer o tal curso.
- E por isso as senhoritas vieram aqui?
- Ah mano, dá esse crédito pra gente né, já basta ter aguentar minha sombra todos os dias.
- Tenho que falar direto com o diretor?
- Provavelmente.
- Você vai deixar?
- Vou, mas terá que vir direto pra casa.
- Sim eu irei...
- E se você não se adaptar, mudarei para um professor particular!
- Ok, aceito suas condições...Quando terei uma resposta?
- Até hoje a noite já tenho uma resposta, farei uns contatos.
- Obrigada mesmo amor. - Eu disse indo ao seu encontro e iniciando um beijo onde ambos retribuíram.
- Você vai almoçar ? - Eu disse parando de beijá-lo.
- Vou fazer um lanche por aqui mesmo, tenho que terminar de rever uns relatórios.
- Tudo bem, vamos indo então... - Eu disse me dirigindo a Rebekah.
Nos despedimos e fomos pra casa. Mandei uma mensagem para Angélica que estava adivinhando que eu ia almoçar em casa e já estava preparando algo. Quando chegamos, a mesa já estava posta para mim e minha cunhada e tudo estava delicioso.
- Você e Carlos Eduardo estão se dando tão bem né?
- Estamos sim, pensei que ele ia odiar a história do curso.
- Pode ser que ele não tenha gostado, mas não demonstrou.
- Verdade.
- Será que seu motorista me dá uma carona até em casa?
- Você já vai?
- Já sim, se eu demorar, o exercito estará atrás de mim. - Rimos da situação por alguns minutos.
- Obrigada por tudo. - Eu agradeci e ela foi pra casa.
Esperei por Carlos Eduardo impaciente, queria muito que desse certo minhas aulas de inglês.
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Boa noite amors....
Capitulo bem grande pra vocês *-*
Desculpe a demora, a semana foi corrida e não tive quase tempo de me sentar para pensar algo e hoje, graças a Game of Thrones e a um domingo tranquilo, estou aqui escrevendo!!!
Será que Maria Clara ficará mais perto de Bruno?
Aguardem os próximos capitulos!!!!!
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