The law

Door bechloelight

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Camila Cabello está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na a... Meer

Capítulo 1 - Dois caminhos
Capítulo 2 - Milagres de Veronica Iglesias
Capítulo 3 - O encontro
Capítulo 4 - Destino?
Capítulo 5 - O julgamento part 1
Capítulo 6 - A parceria
Capítulo 7 - O julgamento part 2
Capítulo 8 - Lembranças
Capítulo 9 - Pausa na rotina
Capítulo 11 - Os últimos momentos
Capítulo 12 - Los Angeles part. 1
Capítulo 13 - Los Angeles part 2
Capítulo 14 - Adeus
Capítulo 15 - O início do trabalho
Capítulo 16 - Separando as peças do quebra-cabeça
Capítulo 17 - Em busca da resposta certa
Capítulo 18 - Alá Taylor Jauregui
Capítulo 19 - Percepções
Capítulo 20 - Perdidas
Capítulo 21 - O julgamento de Sinu Cabello part. 1
Capítulo 22 - Esqueça...
Capítulo 23 - Passo 1 para esquecer
Capítulo 24 - Rebobinando...
Capítulo 25 - Deixando-a de lado
Capítulo 26 - Metáfora
Capítulo 27 - Entre nós duas
Capítulo 28 - Quase na cara da justiça
Capítulo 29 - O julgamento de Sinue Cabello part. 2
Capítulo 30 - O julgamento de Sinue Cabello part. 3
Capítulo 31 - Provações
Capítulo 32 - Final

Capítulo 10 - O caso de Davidson James

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Door bechloelight

Pov Lauren

O início de tarde em Miami era calmo. Minhas mãos envolviam o volante da BMW M6 que dirigia. O banco ao meu lado era ocupado pela morena que agora me ajudava. Suas mãos estavam ocupadas com uma caneta e um celular, no seu colo, a pasta com as informações do caso aberta em uma página com a fodo de Daniel Hale.

Tirei os olhos da estrada por um segundo e observei a caneta em.sua mão. Com o pouco que já estive com ela, me parecia que a caneta era um costume. Era melhor não pregunta-la sobre o assunto, não abrir espaço para assuntos pessoais, mas só podia ser impulso de advogada.

- Das poucas vezes que te vi concentrada em algo você estava com essa caneta em mãos. - ela me olhou e no mesmo instante parou de girar o objeto. - Qual o significado?

Ela suspirou olhando a caneta e colocou um sorriso de canto no rosto olhando para mim em seguida.

- É involuntário. Não me lembro quando comecei com isso, mas me acalma e mantém concentrada.

Concordei com a cabeça voltando minha total atenção para a estrada. A mulher ao meu lado respirou fundo, e assim eu sabia que começaria a falar.

- Daniel Hale. Negro, 27 anos, funcionário de Petters Anington. Mora sozinho, sobrevive do salário que ganha na pizzaria. O garoto estava fora da cidade desde que o caso foi aberto a um mês atrás.

- Estava em outro país. O juiz recusou meu pedido de intimação na época.

- Com certeza esconde alguma coisa. Provavelmente voltou porque acha que com.o julgamento sendo hoje não há mais tempo para procura-lo. Afinal, - ela mecheu em algumas folhas da pasta. - o vôo dele pousou a apenas algumas horas.

- Exato, e não é só isso.

- Claro que não. O recibo das passagens usadas por Daniel estão em nome de Patricia Anington, esposa de Petters. Ele não foi esperto o suficiente para escolher alguém de maior distanciamento famíliar. Obviamente, Anington não o queria por perto e Hale tem muito o que explicar... Por que não apresentou o recibo como prova no mês passado?

- Recibos assim demoram um tempo para ser adquiridos. Quando consegui procurei o juiz e pedi um reagendamento do julgamento mas foi negado. Não esperava que ele cedesse.

A mulher balançou a cabeça demonstrando que compreendia.

- Hipóteses para a retirada de Daniel da cidade?

- Bom... Pelos documentos aqui presentes, Daniel me parece que depende do emprego para pagar os remédios da mãe em estado vegetativo no hospital. Um pouco, desesperado eu diria, julgo que usaria de subterfúgios para consegui-los. Já Petters, olhando os documentos gerados do julgamento, me parece bem tranquilo como se não tivesse nada a esconder, o que não é o que tudo isso está mostrando.

Um sorriso se moldou em meu rosto. Ela sabia exatamente do que se tratava.

- Você pensa como eu Srta. Cabello. Compreende facilmente do que de trata e analisa os detalhes com clareza.

- Mas é claro! Davidson é claramente inocente, o caso só se torna complicado pelo fato do réu ser negro e Anington branco! Podia ter terminado o caso a um mês atrás, mas não conseguiu, por que a peça principal estava fora.

Neguei com a cabeça enquanto puxava o freio de mão. Me imprecionava as habilidades que ela demonstrava a cada dia.

Abri a porta e desci do carro ouvindo o barulho da outra se fechar. Caminhei lentamente até o outro lado do carro e fitei a casa na qual havíamos parado em frente. Era uma casa simples, de um andar. Ao julgar pela fachada os cômodos deveriam ser bem apertados. Não me parecia bem cuidada, Daniel morava sozinho nela desde que a mãe foi internada a quatro meses atrás.

Nos aproximamos da porta na qual bati algumas vezes com o punho fechado. Contei os segundos mentalmente esperando que alguém atendesse ou respondesse antes que eu chegasse no vinte, o que não aconteceu. Sendo assim, não havia ninguém em casa.

Dei mais três batidas na porta, um pouco mais forte, fazendo com que o barulho emitido fosse mais alto.

Nada.

Me virei para ir embora e me deparei com ele a minha frente. Carregava sacolas de plástico nas mãos. Todas apresentavam a logomarca de um supermercado regional.

O menino ficou parado e sem reação ao nos ver. Suas mãos apertaram em torno das alças da sacola enquanto ele respirava fundo.

- Daniel Hale? - perguntei olhando fixamente em seus olhos.

Percebi um desconforto seu diante de meu ato, já que desviou seus olhos dos meus.

- Sim, em que posso ajuda-las?

- Meu nome é Lauren Jauregui, essa aqui ao meu lado é minha secretária Srta. Camila Cabello, mas creio que isso você já saiba. Viemos fazer umas perguntas a você se não se incomodar.

Ele pigarreou antes de começar a falar.

- Lamento, mas não posso ajudar as senhoritas. - disse passando entre nós e pegando a chave para abrir a porta.

- Por que não Daniel? Se não tem nada a esconder, suas palavras só tem a ajudar Petters. Ele é seu chefe, não é?

Colocava a chave na fechadura quando parou seus movimentos ao ouvir minhas palavras, como se entrasse em choque. Alguns segundos depois ele continuou abrindo a porta e colocando as sacolas dentro da casa. A partir desse momento, ele mudou totalmente sua postura.

- Escuta, eu não posso te ajudar, a menos que procure algo para relaxar. - disse apalpando seu pênis. - Mas se não é isso que procura, terá que dar meia volta. Se bem que não seria nada mal te ter aqui e agora!

Um sorriso sacana tomou seu rosto.

- Insinuação e assédio sexual a uma advogada. Está se complicando moleque! Antes tivesse respondido nossas perguntas. - A mulher ao meu lado se pronunciou.

O sorriso no rosto de Daniel sumiu. Ele engoliu a seco e piscou várias vezes. Claramente sinais de nervosismo por não saber o que estava fazendo. Ele se virou e entrou na casa olhando para nós.

- Vocês só vão arrancar algo de mim na presença do meu advogado! - disse batendo a porta.

- Advogado, que sabemos, será pago por Petters. - disse fazendo com que só eu e a morena escutassemos.

Nos viramos e caminhamos até o carro.

- Ele está nervoso. Todas as suas ações aqui comprovaram seu nervosismo, que não seria existente se não tivesse nada a esconder. - ela concluiu.

- Na verdade, conseguimos o que precisavamos. - disse a observando por cima do carro e adentrando o mesmo logo em seguida. - Uma confirmação de nossas teorias. Pode me fazer o favor de cita-las senhoritas? - Perguntei enquanto prendia o cinto e ligava o carro.

Ela então respirou fundo e começou a dizer com um leve sorriso no rosto.

- Petters armou tudo. Só esteve tranquilo até agora por que as perguntas certas não puderam lhe ser feitas, mas agora podem. E hoje, ele terá que confessar o que fez o próprio funcionário fazer.

Com estas frases ditas, formulei tudo o que faria no julgamento daqui a algumas horas. Assim, liguei o carro novamente e dirigi deixando o local onde estávamos.

[...]

Pov Camila

Já estávamos todos sentados ali a cerca de alguns minutos. Davidson se encontrava ao meu lado. O homem de quarenta e três anos estava um pouco tenso com o rumo em que as coisas estavam tomando, me parecia bastante preocupado. Lauren estava a minha esquerda observando Daniel se levantar e o Sr. Collins, advogado de Petters, acompanha-lo ao banco. Assim que Hale executou o juramento e se sentou, Collins começou a falar.

- Pode se apresentar, por favor?

- Meu nome é Daniel Hale, sou funcionário de Petters na pizzaria a cerca de três anos.

- Daniel, pode me contar o que fazia na noite de 2 de maio?

- Eu estava trabalhando.

- Então estava na pizzaria, correto?

- Sim senhor.

- Pode nos dizer o que viu aquela noite?

- Eu estava no caixa fixando as comandas com os pedidos que tinha acabado de anotar quando ouvi algumas pessoas gritarem. Os gritos foram baixos, mais como murmúrios agitados. - dizia olhando fixamente para Lauren. - Pouco depois um homem se aproximou e disparou algumas vezes.

- Pode dizer quantas?

Ele fez silêncio por alguns segundos, desviando seus olhos para depois responder.

- Quatro.

- O que aconteceu depois?

- Eu vi o Sr. Anington no chão. Havia sangue em sua blusa, muito sangue. Quando olhei para dentro da cozinha não consegui ver o pizzaiolo, por que ele estava no chão, também foi atingido.

- O que fez em seguida?

- Eu liguei para emergência.

O homem em pé no tribunal se virou para os presentes e uniu as mãos atrás de suas costas.

- Sem mais perguntas meritíssimo. - disse caminhando de volta a sua cadeira.

Virei meu rosto para Lauren e comecei a falar.

- Existem alguns pontos a serem analisados no depoimento de Daniel.

- Exatamente. O primeiro deles, o contato visual que manteve comigo durante quase todo depoimento. Ele estava mentindo.

- No entanto, quando foi perguntado sobre quantos tiros havia ouvido ele desviou o olhar de você.

- Procurava lembrar da noite para dizer o número certo.

- Se ele mentiu sobre estar no caixa, mas disse a verdade sobre a quantidade de tiros, isso abre espaço para uma nova hipótese. - a morena assentiu.

- Já esteve nessa pizzaria Srta. Cabello?

- Não senhora.

- Uma pena. Sorte nossa que eu já estive, o que nos leva ao segundo ponto a se observar. O local é espaçoso e em formato de L. A cozinha e o caixa ficam nos fundos, onde não se tem visão da parte da frente. No entanto, se você estiver na entrada pode-se ver um pedaço da cozinha, exatamente onde fica o forno de pizzas.

- Com isso só nos resta mais um ponto a se analisar. Não era necessário dar detalhes específicos do que ele ouvia ou via, a menos que esteja tentando fazer com que os outros acreditem.

Sorri diante de todos os pontos que havíamos colocado. Olhei para o Sr. James que nos encarava tentando compreender nossa conversa. Observei seu rosto por alguns segundos e voltei a olhar Daniel sentado no banco. Lauren se levantava para começar a falar quando segurei em seu braço.

- O que foi?

- Procure observar mais o rosto dos dois. - disse fazendo menção a Davidson e Daniel.

A mulher assentiu antes de caminhar até a frente de Daniel.

- Então você estava trabalhando no dia 2 de maio?

- Sim. - disse olhando para ela.

- A pizzaria estava muito cheia?

- Bom... haviam algumas pessoas sentadas bem a frente. - respondeu desviando os olhos pela segunda vez.

- Sabe de uma coisa Daniel? Nenhuma mentira consegue ser 100% escondida. Já ouviu algo como "sua boca diz que sim, mas seu corpo diz que não?" Essa é uma frase que se aplica perfeitamente aqui. Quando faz contato visual comigo está me olhando para ver se eu acredito no que diz, e isso ocorre quando você diz o que estava fazendo. Porém, quando a pergunta feita é relacionado ao que ocorreu na pizzaria você desvia seus olhos a procura da verdade. Isso tudo só indica que você estava na pizzaria mas não estava no caixa, não é?

- Eu estava entregando os pedidos ao pizzaiolo.

- Tem certeza?

- Tenho...

- Ah sim. Por que eu já estive em seu local de trabalho e sei exatamente que do caixa a única coisa que se vê é a cozinha. A única maneira de se ter a visão que você descreveu é estando na parte da frente da loja. - ela começou a andar pelo local com as mãos unidas na frente do corpo. - Você disse que só haviam algumas pessoas na parte da frente e também citou que os gritos eram como murmúrios agitados, mais uma prova de que só poderia estar na frente da loja. Uma pena porque isso só me leva a dizer que você estava na pizzaria, mas não trabalhando e sim, com uma arma na mão.

- Mas isso é um absurdo! - essa foi a primeira vez que Petters se pronunciou no tribunal.

- Protesto! - seu advogado do dizia.

- Protesto negado. Devo concordar com as palavras da Srta. Jauregui. Prossiga.

- Obrigado excelência. Daniel, - disse caminhando em sua direção. - você mora sozinho, não é?

- Sim.

- Seus pais, onde estão?

- Não conheci meu pai, fui criado pela minha mãe.

- Ela está em estado vegetativo no hospital, certo? - uma pergunta que ficou sem resposta. - Certo?

- Protesto! - Collins exclamou mais uma vez. - A vida pessoal do garoto não tem nada a ver com esse caso.

- Pois eu posso lhe provar o contrário se me permitir terminar. - concluiu olhando para o homem de bata que retribuiu seu olhar.

- Protesto negado. Responda a pergunta Daniel.

- Sim, ela está.

- Presumo que o tratamento seja bastante caro.

- É sim senhora.

Sim senhora. Com esse respeito todo, mal parecia que a horas atrás se jogava em cima dela...

- Pode me dizer quanto ganha na pizzaria?

- Um pouco mais que um salário mínimo.

- Bom, já que ganha somente isso deve ser difícil administrar a sua sobrevivência com o tratamento. Mal deve sobrar dinheiro algum. - o garoto nada disse. - Você costuma economizar?

Ainda sem resposta alguma Lauren começou a encara-lo.

- Responda a pergunta Sr. Hale. - disse o juiz.

- N-não.

- Então, - ela começou a caminhar em minha direção e eu separei o recibo das passagens para entregar. - se não economiza e tem um salário apertado, pode explicar como viajou e passou um mês em Nova York deixando sua mãe internada.

- Com todo respeito, eu não sou obrigado a contar minha vida pessoal a você!

- Não, não é. A não ser que ela interfira diretamente no caso em questão. - Lauren pegou o recibo de minhas mãos e levou até o juiz. - Acabo de lhe entregar o recibo das passagens de Daniel Hale que estão em nome de Patricia Anington, esposa de Petters.

Os murmúrios pelo tribunal começaram e foram aumentando cada vez mais.

- Silêncio no tribunal! - o homem sentado ao patamar mais elevado disse dando três batidas com o martelo de madeira em suas mãos.

- Daniel, pode me explicar porque suas passagens foram pagas pela esposa de Petters?

O garoto engoliu a seco e deixou a pergunta sem respostas.

Pov Lauren

- Acho que não. Como eu esperava.

Voltei a andar pelo tribunal procurando mais uma brecha para observar pela centésima vez o rosto de Davidson James. Era incrível as semelhanças entre eles.

- Sabe o que eu acho? O Sr. Anington aqui estava desesperado com o rumo em que o financeiro de seu negócio ia tomando desde a abertura da Majest. Ele precisava de algo fizesse a imagem da pizzaria cair, algo terrível que traria seus clientes de volta, e aqui estamos, no meio de sua ideia. Ele viu em você, um garoto assustado com a mãe em estado crítico, uma oportunidade de executar suas idéias. Como você dependia do salário, nada mais simples do que uma pequena ameaça. Algo como "Faça o que eu mando ou você está na rua." Mas é claro, você não poderia ser demitido, isso estava fora dos seus planos. Então, se viu em um beco sem saída, e teve que aceitar a idéia maluca do seu chefe de entrar na própria pizzaria em que trabalha, com uma arma na mão e efetuar alguns disparos.

- Isso é uma calúnia contra a minha pessoa! - Petters disse se levantando.

- Não, não é! É apenas a verdade. - disse encarando o homem. - Depois disso você tentou lhe dar proteção e o mandou para Nova York. Podia ter disfarçado melhor se não tivesse pago as passagens com o cartão de sua esposa. E agora, se puder tornar meu trabalho mais fácil e admitir toda essa sua armação contra o meu cliente eu agradeceria.

- Não vou admitir o que não fiz!

- Claro que não, quem fez foi Daniel, você só ordenou, ou melhor, o ameaçou para que fizesse.

O homem levou a mão à testa, um claro sinal de vergonha. Dessa forma ele acabava de entregar seus atos.

O caso estava resolvido. Mas ainda havia algo que eu precisava saber. Caminhei até a mesa onde interrompi a conversa entre Cabello e Davidson.

- E então? - perguntei.

- Quando Davidson tinha 16 anos ele se envolveu em um caso de uma noite com uma menina mais velha que conheceu em uma festa. Nunca soube seu nome, nem sobrenome, só descobriu mais tarde que ela havia engravidado. O pai da menina ordenou que ele se afastasse da família.

Esse caso, acabava de se tornar extraordinário. Haveria essa possibilidade, e se fosse verdade seria um choque descobri-la de tal maneira.

- Permite que eu pergunte sobre? - perguntei ao homem que assentiu brevemente. - Daniel, posso te fazer umas perguntas sobre sua mãe?

O garoto semicerrou os olhos e depois assentiu.

- Sabe com quanto anos ela te teve?

- 18.

- Protesto! Que relevância isso tem?

- Para o nosso caso, nenhuma. Creio que seu cliente só percebeu uma semelhança entre Daniel e Davidson para que colocasse alguém parecido para executar o trabalho. No entanto, ao que vejo aqui essa semelhança entre os dois não é mera conhecidencia. Sugiro a você garoto, que saia daqui e vá para um hospital fazer um exame de DNA por que pelo que parece você acabou de armar contra seu próprio pai. - o silêncio permaneceu no local. - sem mais perguntas meritíssimo.

Caminhei até a mesa onde me sentei.

- Sr. Collins, deseja fazer mais perguntas?

- Não senhor, excelência.

- Sendo assim, o júri pode se retirar para votação.

Cerca de vinte pessoas se levantaram e deixaram o tribunal pelas portas laterais. Olhei a mulher ao meu lado que tinha um sorriso de canto. Apesar de difícil, esse seria mais um caso que havia concluído, sem dúvidas, com minha vitória.

- Bom trabalho, Srta. Cabello.

- Obrigada senhorita, digo o mesmo.

Depois de quinze minutos do lado de fora em um debate não moderado, as vinte pessoas que se retiraram voltaram e se sentaram em seus lugares, com exceção de um homem que permaneceu em pé.

- O júri declara o réu, Davidson James, inocente de todas as acusações. - pude ouvir a comemoração do homem ao meu lado. - No entanto, acusa Petters por falsa acusação de um crime forjado e pede um julgamento para a testemunha, Daniel Hale, a colocando.como cúmplice do crime.

O juiz, uniu as evidências e levou a mão ao queixo, pensando sobre o que diria a seguir é logo depois tomou o martelo em mãos.

- Sendo assim, haverá novo julgamento tendo Petters como réu, sendo acusado por crimes como implantação de falsas provas e outros. Daniel será preso por assassinato e aguardará na prisão tendo a oportunidade de recorrer contra Petters. - o homem deu duas batidas com o objeto e assim, mais um caso foi concluído.

Davidson abraçou repentinamente a mulher ao seu lado e logo em seguida veio me cumprimentar.

- Obrigado! Por tudo!

- Não há de quê. Não poderia deixar um inocente na prisão por mais tempo.

O homem soltou um sorriso sincero e se afastou a procura de familiares ali presentes.

Respirei fundo sentindo o oxigênio preencher aos poucos meu pulmão e olhei a mulher a minha frente. Por um momentos meus olhos travaram nos seus.

- Me acompanhe senhorita. Te levarei de volta ao escritório para que possa ir embora depois.

A morena assentiu e me acompanhou para fora do tribunal e em seguida para fora do prédio. A imprensa hoje estava em peso. Tratei de responder às perguntas rapidamente, eu estava exausta. Me dirigi até o carro que tratei de ligar o mais rápido possível, naquele momento eu queria chegar o mais rápido possível ao meu escritório.

Nesse quesito fui infeliz. Miami me acolheu com um trânsito pesado fazendo com que demorasse cerca de uma hora para chegar ao local. Deixei o carro no estacionamento e comecei a subir pelo prédio.

- Obrigado por me trazer, daqui eu já vou embora. - disse quando estávamos na portaria.

- Mas e suas coisa? Elas estão lá em cima, não vai pega-las? Tudo bem se não quiser, pode deixa-las aqui.

- Ow! Tinha me esquecido delas. Prefiro leva-las comigo.

- Me acompanhe por favor.

Entramos no elevador e subimos até o 13° andar. Caminhamos sem pressa pelo corredor até chegarmos ao escritório. Destranquei a porta e deixei que ela entrasse. Suas coisas estavam em minha sala então eu a acompanhei até lá. Me sentei em minha cadeira arrumando a bagunça da mesa enquanto a observava procurar algo em sua bolsa. Assim que encontrou o que queria me chamou para se despedir.

- Eu vou indo senhorita.

- Sem problemas, não precisa comparecer amanhã.

- Sim senhora. Tenha uma boa noite.

- Você também.

A mulher deixava minha sala quando seu telefone tocou. Ao olhar o visor, sua expressão cansada abriu espaço para um leve sorriso.

- Sim?

Eu observava cada detalhe do seu rosto enquanto ela ouvia a voz do outro lado da linha. Aos poucos percebi seu sorriso sumindo e seu rosto tomar uma expressão séria. Seus olhos se arregalaram por um momento e depois voltaram ao normal.

- Está tudo bem Sta. Cabello?

Minha pergunta foi seguida de um silêncio e de uma piora na reação da mulher. Vi sua boca se entreabrir e sua respiração ficar fraca. Me levantei de minha cadeira e caminhei em.sua direção.

- Cabello? - disse já bem perto dela.

O braço que segurava o celular se relaxou, deixando que o mesmo caísse no chão. A morena piscou várias vezes e fechou os olhos antes de desmaiar em meus braços.

- Camila!

***

TANTANTAAAAM!

EEEEITA E AGR??? O q será q a Camila ouviu na ligação? Só lendo o próximo capítulo...

Bom, espero que vocês tenham gostado.

No último capítulo eu mencionei um Q&A, quem estiver interessado pd fazer as perguntas marcando essa frase ou a parte em q falo sobre o assunto no capítulo anterior.

Um beijo p vcs e até o próximo cap 😘

PS.: Se eu não fiz merda e vc tá lendo direitinho, essa é a primeira vez que Lauren chama a Camila, de Camila. Perceberam?

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