Pov Marinette
Estava conversando com Alya na cantina e então ouvimos um barulho de microfone. Assim, todos na cantina se viraram em direção ao local de onde veio o som e vimos então a professora Elaine.
- Alunos! Por favor, prestem atenção neste aviso. - disse ela. - Nesse ano, haverá uma peça de teatro. A história é sobre Romeu e Julieta. Aqueles que quiserem participar, dirijam-se ao salão de teatro.
Depois que ela falou isso, fiquei muito animada, pois eu sempre quis atuar nessa peça. Quando eu era pequena, minha mãe lia para mim alguns trechos dos livros de Shakespeare e eu decorava alguns, principalmente os trechos do livro de Romeu e Julieta. Eu sempre sonhei em atuar e essa pode ser a minha chance de mostrar meu talento.
- Marinette, você vai tentar entrar, não vai? - perguntou Alya.
- Sim! Claro! Vai ser uma bela chance de a minha familia me notar, além de eu poder mostrar meu talento.
- Bem, se você quer tanto atuar, *olha no relógio* não deveria já estar lá no salão?
- *olha espantada* Nossa verdade. Obrigada por me lembrar! - digo me levantando. - Tchau Alya.
- Ei, espera! Eu também vou com você. Vou tentar entrar também. Tem um papel que eu adoraria fazer.
- Então vamos correndo. Senão vamos chegar mais atrasadas do que já estamos. - digo correndo.
No salão de teatro
Ao chegar lá, vi uma fila enorme de meninas que vieram para tentar pegar o papel de Julieta ( é óbvio né querida). Coitada, nem terão chance contra mim ( iiii, convencida, mas com razão). Ao chegar a minha vez, subi ao palco com um trecho que escolhi para atuar.
- Aqui está professora Elaine. - disse lhe entregando o trecho
- Muito bem. Pode começar. - disse ela
*inspira* *expira* Não se preocupe Mari. Você sabe o trecho de cor então, calma que você consegue.
E, lá vai.
(Obs, está em itálico pq é a fala de Julieta)
- "Vem, noite! Vem, Romeu! tu, noite e dia, pois vais ficar nas asas desta noite mais branco do que neve sobre um corvo.
Eu digo com a maior doçura.
- Vem, gentil noite! vem, noite amorosa de escuras sobrancelhas!
Digo com o mais puro amor em cada palavra.
- Restitui-me o meu Romeu, e quando, mais adiante, ele vier a morrer, em pedacinhos o corta, como estrelas bem pequenas, e ele a face do céu fará tão bela que apaixonado o mundo vai mostrar-se da morte, sem que o sol esplendoroso continue a cultuar".
Quando parei, percebi que todos estavam em silêncio me olhando. Alguns me olhavam com ódio, outros com felicidade, e foi nesses olhares que vi Alya. Olhei para a professora Elaine e vi que, em seu rosto, uma lágrima escorria. Depois fui aplaudida por todos, exceto pela Chloé, que me olhava com uma cara de nojo.
- Bravo, bravo. Meus parabéns, Marinette! - disse a prof. Elaine - Nunca vi uma pessoa atuar tão bem! O papel de Julieta é seu. Venha ensaiar todos os dias depois da aula. - disse ela, me abraçando
- Obrigada. Desde pequena eu sonhei em atuar nessa peça. Não se preocupe, pois a senhora não vai se arrepender.
Depois de ter dito isso, fui ao encontro de Alya.
- Amiga! O que foi aquilo? Você arrasou! Parecia até que as falas eram suas como se estivesse conversando normalmente. Tenho certeza que você vai arrasar na peça.
- Valeu Alya. Mas e você? Conseguiu o papel que queria?
- Não. - disse ela, triste. - Chloé o pegou.
- Aff. Tinha que ter sido ela. Mas, a propósito, que papel você queria fazer mesmo?
- A ama de Julieta.
- Não se preocupe. Você pode pegar outro papel ainda! Além do mais, a professora Elaine logo verá que a Chloé não merece ele.
- Tomara que você esteja certa. Bem, vamos embora?
- Vamos!
Dessa maneira fomos até o parque e de lá fomos para as nossas casas. Mal posso esperar para fazer essa peça!
No outro dia...
- TRIMMM, TRIMMM,TRIMMM,TRIMMM
- Ah, despertador idiota. Deixa eu cochilar só mais um pouquinho. - bocejo batendo no despertador
- TRIMMM, TRIMMM,TRIMMM,TRIMMM * joga no chão*
- Humpf. Pronto, mas que horas são?
Dessa maneira, olhei para o relógio do meu celular e vi que em menos de 10 minutos Alya iria aparecer aqui para irmos até a cafeteria, onde sempre gostamos de nos encontrar e conversar.
- Dindom!? - levantei num pulo e fui atender a porta, descendo as escadas correndo.
- Minha nossa, deve ser a Alya. - falei tropeçando nos degraus e abrindo a porta. - Você sabe que sempre pode entrar sem tocar a campainha, não é? - pergunto a ela.
- Sim, mas é que não quero preocupar seus pais.
- *revira os olhos* Doida, eles te conhecem há anos. Entra aí.
Assim que Alya entrou, minha mãe apareceu na escada.
- Bom Dia, meninas! - diz minha mãe animada e já arrumada para o dia.
- Bom Dia, mãe.
- Bom Dia, senhora Cheng!
- Ah! Que isso, Alya. Pode me chamar de tia Sabine. - disse mamãe.
- Desculpe, senhora... tia! É força do hábito! - diz Alya coçando a nuca e rindo no final.
Então meu pai aparece descendo as escadas.
- Bom Dia, garotas! - ele nos cumprimenta.
- Bom Dia, pai!
- Bom Dia, senhor Cheng!
- Bom Dia, Alya! Para que formalidades logo cedo, você sabe que pode me chamar de tio Tom! Bom dia querida. - disse meu pai, dando um selinho em minha mãe e depois abrindo a geladeira.
- Sabe Tom, vai ter um encontro no hospital em que eu doei alguns pães e... eu queria que você fosse comigo. - ela fala com delicadeza e calma. - Mas... ele estará lá. - para contextualizar-los, "ele" é o maior "inimigo" do meu pai e tem altas intrigas.
Então, meu pai para de mexer dentro da geladeira e olha para minha mãe, sem aquele sorriso de antes, agora mais sério.
- O quê? - pergunta, sem reação.
- Vocês nem precisam se falar. Se esbarrarem um com com o outro, é só você se desviar... - ela começou. Como eu já sabia o que ia sair dessa conversa, sinalizei para que Alya se sentasse com um olhar de "Não fala nada. Haja naturalmente". Ela logo percebeu e sentou-se, pegando seu celular para tentar disfarçar sua atenção da conversa.
- ELE É QUEM DEVERIA SE DESVIAR! - diz meu pai, exaltando-se.
- Então isso é um "não"? - perguntou, sem emoção, minha mãe.
- *suspira* Tudo bem. - diz, espairecendo sua raiva. - Eu vou. - ele diz, abraçando minha mãe, que logo depois disse:
- Filha, - ela diz, se dirigindo a mim. - tem dez euros na segunda gaveta do armário. Pegue para o seu café hoje. Bom, ja vou indo. Beijos, meninas! - diz acenando para Alya e eu.
- Tchau, meninas! - meu pai também se despede de nós e segue minha mãe até a padaria.
- E então Alya, quem é o Romeu? - digo para quebrar o gelo que ficou depois da "briga" de meus pais.
- Sinceramente, nem eu sei. - ela diz jogando os ombros com casualidade.
- Hm, então tá. - digo, mesmo achando estranho já que Alya sempre sabe das coisas. - Bom, em qual cafeteria você quer ir? The coffee, The Black Cake ou a de sempre, Le cafe? - assim que disse Le cafe, os olhos de Alya brilharam, pois lá trabalhava um garoto Dj (advinha quem é) que ela estava toda apaixonadinha. - Pela sua reação, acho que no Le cafe! - falo rindo e pegando o dinheiro, já me dirigindo para a porta.
- Epa, Mari, você vai sair assim mesmo? - disse Alya apontando o dedo para a minha roupa. - E sua mochila? Temos escola hoje, louquinha!! - ela fala rindo de mim.
- Meu Deus! Espera um pouco Alya que eu vou me trocar rapidinho. - digo subindo as escadas para o meu quarto correndo.
Troquei de roupa, colocando uma blusa branca com flores rosas, uma jaqueta jeans com bolinhas rosadas por dentro, uma calça rosa e uma sapatilha bege (para facilitar, o look do desenho original). Depois de me vestir, desci as escadas apressadamente, peguei minha bolsa e o dinheiro e fomos até a cafeteria.
Ao chegar lá, percebi o quanto estava cheia e fiquei impressionada, já que normalmente é um local muito tranquilo. Chegamos na fila e olhei para Alya, que estava vasculhando o local com os olhos à procura do Dj.
- Alya! - chamei-na uma vez. - Alya! - segunda vez chamando e ela não me escuta... - ALYA! - falei mais alto, além de a balançar, sem querer assustando-na, pois ela deu um pulo.
- AH! O que foi? Não 'tá vendo que estou ocupada procurando o meu raio de sol? - disse ela "brava", cruzando os braços e revirando os olhos.
- Calma 'fia' ! Eu só queria perguntar o que você vai querer tomar e comer! - digo rindo. Ela me acompanha na risada.
- Ah tá! Desculpa! Eu vou querer um cappuccino com um croissant. - fala, já voltando para sua "caça".
- Okay. - digo rindo novamente e voltando minha atenção para a fila.
Quando chego até o balcão, sou bloqueada por, advinhe quem, Chloé.
- Oi, Marinette Dupain-Cheng! - disse ela, me olhando com ódio. Sinceramente, que foi que eu fiz para ela me odiar tanto?
- Ah, oi Chloé. - falei sem qualquer emoção.
- Então, eu só queria te dar os parabéns por ter conseguido o papel de Julieta. - disse ela. Desde quando a Chloé parabeniza as pessoas?, perguntei a mim mesma.
- Obrigada, eu acho... - falei meio duvidosa.
- Você já sabe quem é o Romeu? - ela diz. Perai, ela sabe quem é? Pela cara que ela fez, a pergunta foi apenas para me atingir.
- Não, não sei. Quem é? - perguntei irônica.
- Nossa! Não acredito que você não sabe. - ela fala, debochando. Se soubesse, eu não estaria perguntando, idiota. Não é a toa que é loira! (sem ofensa as loiras q estão lendo essa fic) Pensei comigo mesma. - É o... - Alya me puxou bem na hora em que ela iria falar, me levando até a mesa do fundo e me tirando da fila.
- Ei, aonde você vai? - perguntou Chloé, brava. Provavelmente não conseguiu seu objetivo.
- Senta, Mari! - Alya me ordenou.
- O que é que 'tá acontecendo com você, Alya? Por que não deixou ela terminar de falar? Vc disse que não sabia quem era! Ao que parece mentiu, então por que não me falou lá em casa, quando eu perguntei?- falei com raiva.
- Simplesmente porque iria armar o maior barraco lá e o clima não estava próprio para isso.
- Como se agora estivesse, né? Mas agora me conta, quem é o Romeu? - perguntei. Pela cara da Alya não é coisa boa. Ai não. E se o Romeu for um cara estranho? Nada contra, mas poxa.
- *suspiro* AdrienAgresteéoRomeu.
- O quê? Perdão, não entendi. Fala de novo, mais calmamente mulher!
- * suspiro* Adrien Agreste é o Romeu. - disse Alya, bem baixinho, quase sussurrando.
Meus olhos quase saíram do rosto.
- Adrien Agreste? POR QUE ELE? - falei quase gritando (quase? eu acho q quase é pouco).
- Fica calma, meu deus mulher! - Alta tenta me acalmar.
- Calma? CAL-MA? VOCÊ TA ME PEDINDO CALMA? COMO EU VOU TER CALMA SE O MAIOR CONCORRENTE DA MINHA FAMÍLIA IRÁ FAZER UMA PEÇA AO MEU LADO?
- Marinette, fica calma. Não é o fim do mundo. E outra, a professora Elaine adorou a atuação dele. Você não pode mudar isso.
- Como ela acha que a atuação dele ficou boa? A família dele é de pessoas horríveis, que não sabem ser amigas. Só sabem trair. Então, como ela adorou a atuação dele?
- Olha, eu não sei e nem me diz respeito, mas fica na paz. Você é bem resolvida e vai conseguir atuar com ele.
Então, pegamos nossos pedidos e saímos da cafeteria para ir a escola. Fiquei pensando no que eu iria fazer sendo que Adrien Agreste iria fazer o papel de Romeu. Não acho que minha família aceitará. Já sei, eu posso sair da peça! Não, eu esperei muito para entrar! Então, O QUE EU VOU FAZER?
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Oi povo. Como prometido, um Cap maior.
Espero que estejam gostando. Talvez eu vá postar todo dia mas senão postar, no dia seguinte ao q eu não postei, eu posto 2 caps.
Bjs meus lindos💋💋💋