O Cristalizar da Água - O Flo...

millarbastos

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{CAPÍTULO INÉDITO! Mais detalhes em breve} Qual é o preço de se lutar por algo que você sempre acreditou ser... Еще

Antes de ler!
Sinopse
Capítulo 1 - Brianna
Capítulo 2 - Brianna
Capítulo 3 - Brianna
Capítulo 4 - Brianna
Capítulo 6 - Brianna
Capítulo 7 - Brianna
Capítulo 8 - Chad
Capítulo 9 - Brianna
Capítulo 10 - Chad
Capítulo 11 - Brianna
Capítulo 12 - Brianna
Capítulo 13 - Chad
Capítulo 14 - Tirzah
Por onde eu ando...
CAPÍTULO 15 - BRIANNA
Eu estou de volta (e nem é click bait)

Capítulo 5 - Brianna

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SIMPLES ASSIM.

Eu simplesmente soltei minha mão, a única coisa que a prendia em vida, e a deixei cair, mergulhar na imensidão do desconhecido que estava escondido naquela parede branca de névoa. Com um sorriso no rosto, minha mãe cortou o ar como um pássaro que havia desaprendido a voar, sumindo de nossas vidas tão rapidamente que, em um piscar de olhos, ela já não estava mais lá. Era como se nada daquilo tivesse acontecido. Como se ela nunca tivesse existido.

O silêncio preencheu o ar por um tempo infinito, permitindo–me apenas ouvir as batidas do meu próprio coração, palpitando em minha cabeça com martelos de ferro fundido.

Eu vi Abbey mover os seus lábios, gritando. Um par de mãos apareceu atrás de nós, puxando–nos para cima. Lembro–me levemente de ter sido colocada em cima de outro cavalo e depois de correr por uma trilha.

Estava mais frio do que eu me lembrava, mas eu não conseguia notar se havia nevado novamente ou não. Meus braços estavam dormentes. Tudo em mim estava dormente e a única coisa que eu conseguia ter em mente era a imagem da minha mãe, sorrindo, enquanto caia para a sua morte, para a sua inexistência. E eu, abrindo minhas mãos com a facilidade de abrir os olhos, como se deixar minha mãe morrer fosse tão fácil e automático como respirar.

A forma como minha mãe havia morrido, sorrindo, veio–me à cabeça de novo e de novo. Ela pensava que eu estava fazendo a coisa certa. Pensava que eu estava sendo obediente pela primeira vez na vida. Mas eu sabia que não era assim. Eu sabia porque eu a havia deixado ir. Não porque aquele era seu último pedido.

Mas porque, desde o princípio, eu havia vindo aqui para salvar Abbey.

Eu só não imaginava que me sentiria a pessoa mais terrível do mundo inteiro.

Apenas fui despertada quando já havíamos descido do cavalo e estávamos em alguma pequena clareira no meio da floresta. Minúsculos pontinhos brancos cobriam meus cabelos, umedecendo–os por completo. Abbey estava aninhada a mim, com seu rosto afundado em meu colo enquanto chorava aos soluços. Chad estava sentado em minha frente, com as pernas cruzadas, os dedos entrelaçados e os olhos vazios, fixos em um ponto qualquer.

– Eu sinto muito. – Ele murmurou, ainda encarando o vazio, quando notou que eu estava a observa–lo.

Eu apenas balancei a cabeça. O que eu poderia dizer?

– É serio. – Ele voltou seu rosto para mim e fixou seus olhos nos meus. – Se... Se eu tivesse chegado alguns segundos antes eu... – Ele deixou morrer sua voz, suprimindo os lábios. – Eu sinto muito mesmo.

Desviei minha visão dele. Se ele soubesse do que de fato havia acontecido. Se ele soubesse o que se passava na minha mente, no meu coração, ele nunca estaria pedindo desculpas assim.

Se ele verdadeiramente soubesse o que eu havia feito, ele nunca mais olharia para mim. Isso era um fato. E, só de imaginar isso, um nó se formou em minha garganta e eu pisquei várias vezes, tentando impedir que as lágrimas caíssem. Abaixei mais ainda meu rosto, deixando meu cabelo cobrir–me para que Chad não notasse. Eu não gostava de admitir isso, mas Chad havia se tornado alguém importante para mim apesar dos pesares. Eu não aguentaria o perder outra vez. Sequei meu rosto com as costas da minha mão quando eu não mais pude aguentar e deixei que algumas lágrimas escorressem. Se ele também soubesse que não era pela minha mãe que eu estava chorando...

– Ei, – Chad alcançou meu braço, tocando–me de leve. – Está tudo bem. Você não precisa esconder de mim. Nós não podemos ser fortes o tempo inteiro.

Chad tocou suavemente meu queixo, erguendo–o para que eu pudesse encara-lo, e enviando uma corrente de arrepios pela minha pele. – Vou te lembrar de novo. – Ele disse. – Eu estou aqui para o que você precisar, tudo bem? Não precisa guardar tudo para você.

Eu sorri ligeiramente com meus lábios. Mas, por dentro, meu coração estava apertado. Eu queria que fosse tão fácil assim, mas infelizmente não era. Infelizmente, se eu quisesse mantê-lo por perto, eu teria que guardar algumas coisas para mim e ter certeza de que nunca, nunca, nada sairia de mim.

O silêncio voltou a preencher o ar, permitindo apenas o vento agitar meu cabelo, que outrora estivera preso, e a neve cair sobre nós. Eu fitava o chão, tentando ainda entender o que havia acontecido enquanto sentia o olhar de Chad sobre mim, como se ele estivesse esperando que eu falasse alguma coisa a qualquer momento. Mas eu não falei. Eu não tinha o que falar. Não agora.

Abbey revirou-se em meu colo, voltando seu rostinho vermelho para mim. Seus olhos estavam tão inchados que eu mal conseguia ver a cor de sua íris. Ela apertou os lábios, tentando segurar outra correnteza que eu sabia que estava prestes a escorrer pelo seu rosto. Ela respirou fundo e abriu a boca várias vezes, mas nunca conseguia falar o que quer que seja que ela tinha em mente.

E então, como se ainda fosse possível, meu coração se partiu mais ainda.

O que viria a ser de Abbey? Como ela conseguiria crescer sem a presença de um pai e de uma mãe? Como eu poderia sustenta-la e dar-lhe tudo o que ela precisa sendo que eu nunca nem me esforcei para ser a irmã que ela merecia durante toda a sua vida? Eu não conseguiria imaginar como seria o futuro de Abbey, mas eu sabia que essas perdas a acompanhariam o resto de sua vida. Eu não fazia ideia de como, mas ali, enquanto ela me olhava nos olhos e tentava me dizer alguma coisa, eu decidi que eu nunca deixaria que nada mais a machucasse.

Passei meus dedos entre os fios de cabelo de Abbey, limpando seu rosto com a outra mão. Eu me aproximei dela e a beijei na testa, deixando que minhas lágrimas a alcançasse.

– Somos só nos duas agora, Abbey. – Eu sussurrei para ela, – e eu nunca deixarei que nada te perturbe, que nada te machuque. Você está me ouvindo? – Eu tentei sorrir para ela, mas deve ter parecido qualquer outra coisa, menos um sorriso. Olhei de soslaio para Chad, lembrando–me de algo que ele sempre disse para mim. – Nós vamos ficar bem, Bey. Tudo vai ficar bem.

Embora a dor estivesse estampada em seu olhar, um projeto de sorriso surgiu no canto dos lábios de Abbey e, pela primeira vez, eu acreditei no que Chad dissera.

De uma forma ou de outra, tudo ficaria bem.

Não ficamos parados ali por muito tempo. Apenas o suficiente para descansarmos antes da próxima eminente luta. Precisávamos sair de Sergal e, para isso, precisávamos chegar antes dos portões da cidade fechar. Eu tinha certeza que morreria se ficasse naquela cidade por mais tempo.

Levantei–me rapidamente, ajeitando minha capa que já estava com inúmeros cortes. Minhas mãos trabalhavam freneticamente, ansiosas por fazer alguma coisa e ocupar minha mente. Pelos últimos trinta minutos, tudo o que eu conseguia pensar era em minha mãe e aquilo já estava me corroendo por dentro. Porque tudo isso teve de acontecer? Porque submeter–me à esse tipo de situação? Como um dia eu pude duvidar de que as coisas poderiam ficar pior? E, afinal, onde estava Guyok nesse tempo todo? Não fora ele que me disse que sempre esteve presente em tudo?

Eu havia afastado os pensamentos sobre ele durante esse período todo. Tornar–me Guardiã significava tornar–me fiel à causa de Guyok: a restauração do Reino de Astafleer, que há sabe lá quantos anos havia sido tomada pelo maldito Dwengall, aquele que até hoje reina sobre nós, mantendo–nos como escravos em nossa ignorância. Foi apenas quando pessoalmente vi Guyok, o Rei de direito de Astafleer, que acreditei nisso tudo que antes para mim não passavam apenas de lendas antigas. Porém, apesar disso, eu achava difícil imagina-lo por perto como ele disse que estaria.

Um movimento em minha frente chamou minha atenção, despertando–me dos meus pensamentos. Chad estalou os dedos varias vezes mesmo depois de eu já ter fixado meus olhos nele esperando ele dizer o que queria.

– Você está pronta? – Ele perguntou, segurando o cabo de sua espada pendurada no cinto.

Eu dei de ombros.

– Eu tenho outra opção?

Chad apertou os lábios, consternado. Ele respirou fundo, fechando os olhos por um momento. Eu cheguei a abrir meus lábios para dizer alguma coisa, mas preferi calar-me.

– Ei, – Chad aproximou–se de Abbey, abaixando-se no nível dela e falando com uma voz suave. – Eu sei que parece loucura tudo isso. Mas você precisa confiar em nós.

Abbey virou o rosto em minha direção, com os olhos vermelhos arregalados, esperando alguma confirmação vinda de mim. Eu apertei meus lábios e assenti com a cabeça. Ela voltou sua atenção para Chad.

– Você precisa fazer exatamente aquilo que pedirmos, na hora em que pedirmos. – Ele continuou. – Conversaremos sobre isso assim que sairmos daqui. Tudo bem?

Ela engoliu a seco e acenou afirmativamente com a cabeça.

Chad sorriu tristemente e virou-se, arrumando a sela do cavalo roubado que, querendo ou não, teria que aguentar nós três.

Abbey veio em minha direção, com o pavor tomando conta de sua expressão enquanto ela tentava segurar-se para não chorar novamente. Ela parou bem em minha frente, fitou-me por uns segundos e me abraçou, apertando minha cintura como se aquilo fosse a única coisa que a prendesse no chão.

– Eu estou com tanto medo. – Ela sussurrou, escondendo seu rosto em mim.

Eu a apertei de volta, não conseguindo conter o aperto em meu coração.

– Eu sei, Bey. – Eu sussurrei de volta. – Eu também estou.

Ela afastou seu rosto subitamente, encarando-me com espanto.

– Está?

Eu apenas acenei com a cabeça.

– Eu sempre achei que você não teria medo de nada. – Ela murmurou, afastando-se e projetando um pequeno sorriso em seu rosto. E, por algum motivo, eu não vi frustração no seu rosto.

Eu apenas sei fingir muito bem, Abbey, eu disse para mim mesma.

Pela primeira vez em minha vida, me surgiu o pensamento de que eu era grata por não ser um cavalo.

Chad, Abbey e eu nos apertamos no dorso do cavalo negro de algum serviçal. Segundo o plano de Chad, ficaríamos nele apenas o suficiente para ganharmos terreno e nos aproximarmos dos portões da cidade com velocidade.

Uma trilha passou a se abrir entre a floresta à medida que andávamos. Aparentemente, Chad sabia qual era a direção que tínhamos que seguir e isso já não mais me surpreendia. As habilidades que Chad havia adquirido com seu Dom apenas aumentavam.

O vento uivava em meus ouvidos, trazendo o frio consigo. Abbey, sentada entre eu e Chad, estava completamente coberta com as mantas que havíamos encontrado no cavalo, mas mesmo assim, ela ainda tremia de frio.

A tensão no ar apenas aumentava, e eu sabia que não era apenas pela neve, que se tornava mais espessa a cada instante e conseguia nos alcançar com mais facilidade apesar das árvores ao nosso redor. Chad batucava os dedos das duas mãos em antecipação, lançando-me olhares nervosos como se quisesse compartilhar alguma coisa mas não queria assustar Abbey.

Chad começou a diminuir o ritmo do cavalo, indicando que estávamos próximos da orla da floresta e que em breve sairíamos a céu aberto. Ele parou com o cavalo e desceu subitamente, colocando uma capa sobre os ombros e cobrindo a cabeça com o capuz. Com passos ligeiros, como se soubesse cada perímetro daquela floresta, Chad sumiu entre as árvores. Abbey voltou-se para mim, com o rosto confuso. Eu apenas dei de ombro. Até eu estava confusa com o que Chad estava a fazer.

Passou-se um minuto. Depois cinco. Depois mais dez e nada do Chad. O céu lá no alto começava a dar os primeiros sinais da noite e eu sabia que estávamos perto do horário do fechar dos portões.

O vento uivante passou a ser mais forte, fazendo até mesmo o cavalo se remexer embaixo de nós. Abbey tremia mais ainda e apertava os braços em sua volta, tentando se conter. O medo se instalou em mim e a cada vez que o vento balançava os galhos de alguma árvore, eu já imaginava um grupo de serviçais surgindo, desembainhando suas espadas negras à prova de mim. Prendi minha respiração e agarrei as rédeas do cavalo com uma mão, e o cabo de minha adaga com a outra.

Eu permanecia meu olhar penetrado no lugar onde Chad havia desaparecido, capturando qualquer movimento que indicasse que ele havia voltado, quando, atrás de mim, eu ouvi um som bem ao longe. O cavalo em que eu estava moveu-se, sentindo também o que eu sentia. O som de galhos se movendo aumentou e eu sabia que não era um simples vento.

Senti algo atrás de mim, como se eu estivesse sendo observada à distância, mas estava com muito medo de olhar para trás de uma vez.

Segurando minha adaga, eu olhei para o chão e voltei-me para trás lentamente. Meu coração palpitava descompassadamente, dando a impressão de que tudo ao meu redor pulsava. Uma sombra surgiu de trás da árvore logo atrás de mim e, sem pensar duas vezes, eu desembainhei minha adaga que, em menos de um segundo, se acendeu em chamas.

Abbey soltou um grito, cobrindo seu rosto, juntamente com a pessoa do outro lado.

Eu abaixei minha adaga, conseguindo ver Chad montado um cavalo marrom e puxando as rédeas de outro, um branco com grandes manchas escuras.

Embainhei minha adaga e desci do cavalo que eu estava e corri em direção de Chad.

– Você é louco? – Eu vociferei, agarrando a camisa dele e puxando-o para baixo. – Está querendo me matar de susto?!

– Mas eu não... – Chad começou a dizer, confuso com a minha postura.

– Eu quase incendiei você, Chad!

– Mas eu te trouxe um cavalo! – Ele disse silenciosamente, seu rosto se assemelhando ao de uma criança ao se justificar.

– Argh! – Eu coloquei minha mão em meu rosto, em frustração, desistindo de argumentar com Chad. – Você, pelo menos deveria ter me avisado!

Ele me ignorou e desceu do cavalo, trazendo-os para perto do outro cavalo preto.

– Como você conseguiu esses cavalos? – Eu perguntei, cruzando meus braços.

Chad olhou para os lados antes de responder, mordendo o canto dos lábios.

– Eu... peguei emprestado.

– Claro. – Eu continuei encarando-o.

– Podemos discutir isso depois? Precisamos sair daqui agora.

– Depois de você devolver os cavalos para os donos? Sem problema.

Chad pressionou os lábios, impaciente.

– Primeiro saímos. Depois brigamos, combinado? – Ele se aproximou, projetando um sorriso zombeteiro.

Eu ergui uma de minhas sobrancelhas.

– Combinado.

Chad me entregou as rédeas do cavalo malhado e eu dei meia volta, indo em direção de Abbey. Apesar dos olhos vermelhos, ela me encarava com um pequeno sorriso no canto dos lábios, com as sobrancelhas erguidas.

Eu senti minhas bochechas queimarem de repente.

– O que foi?

Ela olhou para Chad, depois para mim novamente.

– Nada.

– Bom mesmo. – Eu fiz uma expressão séria e Abbey suprimiu os lábios.

Ajudei-a a descer do cavalo negro e montamos o cavalo malhado em seguida. Segundo Chad, estávamos na beirada da floresta, muito próximo da estrada que levava para a Praça Central. Precisaríamos atravessa-la sem sermos notados e sair da cidade um minuto antes de os portões se fecharem.

O plano pareceu fácil até chegarmos à Praça.

Serviçais se posicionavam a cada esquina, encarando a multidão que andava de um lado para o outro com expressões amedrontadas.

Puxei novamente meu capuz, certificando–me que cobria todo o meu cabelo, e fiz o mesmo com Abbey. Chad também ajeitava a capa, mantendo os ombros encurvados para parecer com os outros homens da cidade.

Adentramos ao fluxo de carroças que davam a volta pela Praça Central, indo em direção aos portões negros de Sergal. Tudo estava silencioso, com exceção do som das rodas das carroças na lama, e dos cochichos dos serviçais.

Eu prendia meus dedos ao redor das rédeas, apertando-as com mais e mais força à medida que nos aproximávamos dos serviçais. Apesar do frio, eu sentia um calor descomunal. Minhas mãos suavam e eu só queria sair dali correndo.

Chad passou pelos serviçais, seguido por Abbey e eu. Olhando para baixo, continuei no mesmo passo, não me arriscando nem ao menos ver para que direção eles estavam olhando.

Estávamos a meros trinta metros dos portões, os últimos a saírem da cidade. Um burburinho atrás de mim chamou minha atenção, mas eu me neguei a olhar para trás. Um serviçal à nossa frente fitou algo atrás de nós, acenou e começou a mover a manivela, colocando os portões a se moverem.

Fixei meus olhos nos portões, que já haviam percorrido um terço de sua trajetória. Meu coração pulsava freneticamente.

Chad voltou seu rosto em minha direção por um segundo, voltando–se para frente logo em seguida. Ele olhou para os dois lados, seu ombro movendo–se ligeiramente. Sorrateiramente, consegui ver a mão de Chad segurar o cabo de sua espada escondida pela capa. Ele voltou–se novamente para trás e acenou com a cabeça.

Eu não demorei muito para entender o que ele quis dizer.

– Brianna, corra! – Chad gritou ao desembainhar sua espada no momento em que um serviçal atirou-lhe uma flecha. A lâmina dourada de Chad acertou a flecha, desviando-a para longe de si.

Eu não hesitei em correr.

– Abbey, se segure! – Eu sussurrei para minha irmã.

Segurei as rédeas do cavalo com força e, com os calcanhares, acertei o ventre dele, incitando-o a correr. Franzi o cenho e fixei meus olhos em meu alvo. Os portões já estavam pela metade.

Ultrapassei Chad, que investia a espada contra dois serviçais ao mesmo tempo. Uma flecha vinda de sabe-se lá onde percorria o caminho até o peito de Chad com velocidade. Eu apontei minha mão na direção da flecha, que se desintegrou a centímetros de alcançar as costas de Chad. Os dois serviçais aos seus pés começaram a afundar em uma mistura de lama e neve, dando-o espaço para se afastar. Assim que ele o fez, uma barreira de chamas surgiu entre Chad e os serviçais.

Um grupo de uns cinco serviçais apareceu em minha frente, tampando o pouco que restava da abertura dos portões.

– AAH NÃO! – Eu gritei, a raiva subindo à cada segundo.

O chão ao pé dos serviçais explodiu, lançando-os para o ar. Os serviçais caíram longe dali, com suas roupas chamuscadas. Outros três serviçais se afastaram de susto ao verem a explosão e foram logo detidos por uma parede de fogo que fiz aparecer na frente deles.

Voltei-me para trás e vi Chad finalmente se aproximando de mim. Encarei novamente o portão. Se dissesse que faltavam apenas dois metros para fechar, seria muito.

Quando finalmente alcancei a porta, fechando-se em uma velocidade impressionante, ouvi um zunido atrás de mim. O cavalo acelerou a velocidade, saltando adiante e ultrapassando a porta, que se fechou três segundos depois. Um sorriso de vitória surgiu em meu rosto e eu me virei para falar com Chad.

Apenas para notar que as portas haviam fechado com ele lá dentro.

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Mais um capítulo para vocês! Não se esqueçam de deixar seu comentário aqui para eu saber o que vocês estão achando, hein?

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