Literalmente Apaixonados [2°...

By GiseleLynch

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SEM REVISÃO Depois de alguns meses, Austin, Kathryn, Maia e Luke se reencontram. O amor nunca esquecido, e si... More

AVISO
Capítulo 1 (Por Maia)
Capítulo 2 (Por Kathryn)
Capítulo 3 (Por Luke)
Capítulo 4 (Por Austin)
Capítulo 5 (Por Maia)
Capítulo 6 (Por Laura)
Capítulo 7 (Por Maia)
Capítulo 8 (Por Kathryn)
Capítulo 9 (Por Austin)
Capítulo 10 (Por Kathryn)
Capítulo 11 (Por Maia)
Capítulo 12 (Por Luke)
Capítulo 13 (Por Laura)
Capítulo 14 (Por Austin)
Capítulo 15 (Por Laura)
Capítulo 16 (Por Maia)
Capítulo 17 (Por Laura)
Capítulo 18 (Por Kathryn)
AVISO
Capítulo 19 (Por Austin)
Capítulo 20 (Por Austin)
Capítulo 21 (Por Laura)
Capítulo 23 (Por Maia)
Capítulo 24 (Por Laura)
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo (Part.1)
Epílogo (Part.2)
Agradecimento
VOLTEI

Capítulo 22 (Por Luke)

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By GiseleLynch

O fim da tarde estava sendo ótimo até um Playboy chamado Lysandre aparecer aqui. Sério, quem bota o nome do filho de Lysandre? Que nome gay! Não que eu tenha nada contra os gays mas ... Argh!

Continuo alimentando os porcos mas paro quando vejo ele e Maia aos beijos.

Sério que eles tinham que fazer isso bem aqui? Em um lugar que todos podem ver? Fala sério!

- Oi, amor! - Diz Beatrix me dando um beijo na bochecha.

- Oi. - Falo ríspido.

- Hum, tudo bem? - Pergunta parecendo preocupada.

- Sim, desculpe, só estou estressado. - Falo antes de depositar em beijo em seus lábios.

- Você quer ajuda? - Perguntou.

- Por favor. - Falo.

Beatrix me ajudou a alimentar os porcos e em poucos minutos já tínhamos terminado. Lavamos nossas mãos em uma torneira ali perto e em seguida andamos pela fazenda de mãos dadas.

- Você viu o namorado da Maia? Ele é muito gentil. - Disse Beatrix.

- Hum, ele não é lá essas coisas. - Falei entediado.

- Luke ... - Falou Beatrix parando de andar e se virando para mim, com os braços cruzados e uma expressão analisadora.

- Hum? - Falei.

- Você está com ciúmes? É isso? - Perguntou me deixando sem fala. Nem mesmo eu sabia. Eu estou realmente com ciúmes de Maia? Droga, acho que sim, mas como admitir isso para minha namorada?

- Ahn ... eu ... Ok, talvez eu esteja com ciúmes e ... - Comecei a falar mas então Beatrix me interrompeu.

- É a primeira vez que você admite que sente ciúmes de mim! Meu Deus, Luke! Você é tão fofo. - Falou.

- Ah, claro, ciúmes de você ... - Falei. Eu sou uma pessoa horrível, eu deveria ter ciúmes da minha namorada e não de ... vocês-sabem-quem.

- Pois não precisa ter, você sabe que eu te amo. - Então ela me beijou.

- Luke! Luke! - Escutei uma voz fininha e doce me chamar. Beatrix e eu paramos de nos beijar e eu encarei a criatura adorável na minha frente, Zoey.

- Oi baixinha. - Falei me agachando.

- É que eu tava brincando na casinha na árvore e tinha uma coisa oval e beeeeem grande lá, aí eu resolvi mexer e saiu um monte de abelhas. - Falou.

Arregalei meus olhos. Abelhas? Isso não é nada bom.

- Você está bem? - Perguntei analisando-a inteira.

- Sim, mas agora elas estão soltas por aí. - Falou.

- Eu vou procurar o vovô pra resolver isso. Fique aqui com Beatrix, certo? - Perguntei.

- Certo. - Respondi.

- Se aparecer alguma abelha por aqui corra com Zoey, acho que você não vai gostar do resultado se elas te picarem. - Falei pra Beatrix.

- Pode ir, eu cuido dela. - Falou dando uma piscadela. Dei um selinho na mesma e então saí a procura do meu avô.

- | | -

Depois de resolver toda a situação das abelhas (que foi bem difícil) finalmente anoiteceu, e logo depois uma chuva começou, e está até agora.

- A janta está pronta. - Anunciou vovó. Todos correram (literalmente) para a mesa. Estávamos morrendo de fome e como o cheiro estava dos deuses correr foi a solução para chegar mais rápido.

Dessa vez Zoey sentou entre mim e Lysandre.

Eu tinha que estar atento sempre que ela fosse beber seu suco, porque sempre que ela pega no maldito copo acaba derramando tudo, e eu não estava afim de sujar toda minha roupa.

- Falta menos de um mês para nascer, que emoção! - Disse mamãe para a mãe dos Buchmann's.

- Sim, estou muito ansiosa, quero ver o sorriso dela logo. - Falou a Sra.Buchmann com convicção.

- Ou dele. - Alertou seu marido.

- Será uma menina, eu sinto. - Falou a Sra.Buchmann.

- Você disse a mesma coisa com Austin, querida. - Alertou-a o sr.Buchmann.

Todos explodimos em risadas.

A Sra.Buchmann olhou constrangida para Austin, que até parou de comer com a confissão.

- Você me confundiu com uma menina, mãe? - Perguntou Austin.

- Ah querido, foi um pequeno erro ... - Disse sua mãe se explicando.

- Não foi só isso ... - Disse o pai de Austin.

Sua esposa o olhou com um olhar mortal e ele se calou.

- Como assim não foi só isso? Me contem! - Exigiu Austin.

- Bem ... Talvez eu tenha vestido você de menina algumas vezes, mas é só porque você ficava muito bonitinho, eu juro! - Disse a Sra.Buchmann.

Todos rimos mais ainda.

E enquanto eu ria não percebi que Zoey alcançou seu copo. Só percebi quando o estrago estava feito, mas o estrago não foi pra mim, e sim para Lysandre.

O suco de uva manchou toda a sua blusa branca.

- Meu Deus! Essa blusa custou setecentos dólares! - Exclamou se levantando rapidamente.

- Calma Lysandre, podemos consertar. - Disse Maia.

- Consertar? Você tem ideia de quanto é setecentos dólares na crise de hoje em dia?! - Perguntou elevando um pouco mais a voz.

- Não fale assim com ela, Maia não teve culpa. - Falei. Quem esse idiota pensa que é pra gritar com a própria namorada?

- Desculpa, eu sempre faço isso, mas eu posso te pagar com minha mesada. - Falou Zoey inocente.

- Ah claro! Quanto você ganha? Uns quarenta reais? - Perguntou de deboche.

Zoey se virou para mim.

- Luke, qual o valor de 2000? - Perguntou soletrando os números.

- Dois mil reais. - Falei sorrindo.

- Dois mil reais da pra pagar, moço? - Perguntou Zoey.

- Deixe sua mesada guardada, eu pago. - Se pronunciou papai. Ele tirou uma bolada de 10 notas de cem reais para Lysandre e o entregou. - Pode ficar com o troco. - E então se sentou, e todo mundo voltou a conversar normalmente, sem se importar com Lysandre.

- | | -

Todos já haviam ido dormir, menos eu. Parece que de tantos dias para aparecer a insônia resolveu aparecer justo hoje.

Suspirei enquanto mudava de canal.

- Ainda acordado? - Não precisei me virar pra saber que era Maia, mas mesmo assim senti necessidade.

Ela usava uma calça de moletom preta, uma blusa azul caída em um dos ombros e uma pantufa do Bob Esponja. E seu cabelo estava amarrado em um coque frouxo.

- É, não estou com sono. - Respondi.

- Comigo é o contrário. Eu estou com sono mas Laura e Kathryn não param de fofocar e bem ... Sua namorada ronca muito. - Ela diz segurando a risada.

- Sério? - Perguntei. Beatrix ronca?

- Sim e noossaaa! Parece até que o quarto inteiro está tremendo. - Falou rindo. Eu ri também. Faz tempo que não via a risada ou o sorriso de Maia, e percebi que sentia falta de tudo aquilo.

- Então, você ainda dança? - Perguntei puxando assunto. Maia se sentou ao meu lado e deu de ombros.

- Agora só por hobby. - Falou. - Depois que voltei de Milão com Laura nós duas decidimos fazer faculdade de moda e eu estou amando, é a minha praia. E você? - Perguntou.

- Entrei na de medicina faz pouco tempo. No começo meu pai disse que eu tinha que entrar na de administração para substituir ele depois que ele falecer mas o convenci de fazer apenas um curso. - Falei.

- Você quer ser médico? Isso é muito nobre, salvar a vida das pessoas deve ser um sentimento sem tamanho. - Falou com admiração.

- É assim que eu me sinto, só entrei na faculdade há poucos meses e já sinto um peso enorme nas costas, mas um peso bom. - Falei.

- Lembra quando eu passei maquiagem em você? Foi hilário! - Falou Maia rindo.

- Não, não foi. - Falei.

- Foi sim! Eu tenho a foto ainda, olha. - Ela disse me mostrando a foto.

- Não acredito que me deixei passar por essa humilhação. - Falei descrente.

- Bem que eu podia fazer de novo, foi divertido. - Falou com um sorriso travesso nos lábios.

- Não mesmo! - Falei.

- Ah qual é, Luke! - Falou fazendo biquinho. Balancei a cabeça negativamente. Maia parou de me perturbar e ficamos assistindo calados por um tempo.

- Você já sentiu que ... Talvez a pessoa que você esteja não seja o amor da sua vida? - Perguntou sem desgrudar os olhos da TV.

- Porque essa pergunta? - Perguntei.

- É que ... Esquece. - Falou.

Será que é assim que ela se sente em relação a Lysandre? Não sei, mas essa pergunta despertou algo em mim.

É assim que eu me sinto em relação a Beatrix?

Perdido em meus pensamentos deixo minha mão cair ao meu lado, no sofá, e é aí que sinto a mão de Maia, e o nosso toque foi como um choque de eletricidade. Nossos olhos se encontram e nos encaramos sem falar nenhuma palavra, meus olhos pairam em sua boca avermelhada e carnuda e de repente não existe mais ninguém ali.

Só eu e ela. Só eu e Maia.

Nossos rostos se aproximam e então o clima é cortado.

- Luke! - Ouço a voz sonolenta de Zoey. Maia e eu acordamos do nosso transe e nos recompomos assustados. Meu Deus! Eu ia trair Beatrix agora?

- Oi, Zoey. - Falei.

- Não consigo dormir. - Falou esfregando os olhos. Quando ela finalmente enxergou Maia ali ela deixou escapar um grande sorriso. - Maia! - Falou indo abraçá-la.

- Oi. - Disse Maia sorrindo e acariciando seus cabelos.

- O que vocês estavam fazendo sozinhos? - Perguntou Zoey.

- Nada, apenas conversando. - Falei.

- Posso conversar com vocês? - Perguntou empolgada.

- Na verdade eu já ia dormir, Zoey. - Falei para minha irmã.

- Ah. - Falou tristonha.

- Mas eu e você ainda podemos conversar! - Exclamou Maia.

- Ebaa! - Falou Zoey animada.

Sorri e subi para meu quarto.

Eu quase traí Beatrix.

Meu Deus, se Zoey não tivesse chegado o que teria acontecido? E o pior é que eu queria que tivesse acontecido. Droga! Essa situação não pode permanecer assim. Eu amo Maia e não tenho mais com o que me enganar.

- | | -

Acordei mais cedo do que todos e me preparei para saber o que falar com Beatrix.

Fiquei na varanda da casa e fiquei pensando em toda a minha situação. Se eu pudesse compartilhar com alguém seria bem mais fácil, mas infelizmente não posso.

- Bom dia! - Falou Beatrix sentando-se ao meu lado e me dando um beijo.

- Você acordou cedo hoje. - Falei.

- É, não estava conseguindo dormir mais do que isso, não sei porque. - Falou dando de ombros.

- Beatrix ... precisamos conversar. - Falei.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.

- Vamos conversar mais afastados. - Falei.

Andamos em silêncio pela fazenda e quando estávamos longe suficiente resolvi logo fazer o que eu tinha para fazer.

- Beatrix ... - Comecei.

- Fala logo, você está me deixando nervosa. - Disse.

- Bia, você sabe que eu te adoro e também adoro a sua companhia mas eu não posso continuar nos enganando. O que eu sinto por você não é amor e nem muito menos paixão, só amizade e admiração da pessoa que você é. - Falei.

Beatrix estava com os olhos inundados pelas lágrimas, fazendo meu coração se apertar.

- Eu ... Eu acho que é melhor pra nós dois que a gente termine. - Falei.

- Você ... Você se apaixonou por outra? - Perguntou soluçando.

- Não foi agora, foi algum tempo atrás, antes mesmo de te conhecer. - Falei sentindo um peso enorme sair das minhas costas.

- Eu te amo ... - Falou.

- Beatrix ... - Tentei falar.

- Eu não terminei de falar. - Disse. Ela enxugou as lágrimas e soluçou antes de falar novamente. - Eu te amo, e é por esse motivo que ... - Ela se desabou em lágrimas. - Eu quero que você seja muito feliz e vou torcer pra que você e essa outra garota fiquem juntos. - Disse Beatrix, me deixando com o coração partido.

- Adeus, Luke. - Então ela saiu correndo.

Droga.

Corri atrás dela e a puxei pelo braço, fazendo a mesma se aconchegar em meus braços.

- Desculpa, eu não queria te magoar. - Falei confortando-a em meus braços.

- Tudo bem, eu só não esperava que todos os seus "eu te amos" fossem falsos. - Falou saindo do meu abraço.

- Não eram falsos. Eu te amo, só que como ... Uma amiga, uma irmã. - Falei segurando seu rosto com minhas mãos.

- Eu acho melhor eu ir embora logo, até algum dia. - Falou.

E dessa vez eu a deixei ir.


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