POV Harry
Na sexta-feira acordei um pouco antes do Louis, mas mesmo assim já era depois das nove da manhã, o silêncio na casa deixava claro que as crianças já tinham ido para o colégio e eu me permiti ficar mais uns minutinhos na cama, observando o sono tranquilo dele.
Era uma sensação estranha, mas também boa, estar aqui de novo. Eu tive tanto receio de como seria recebido pela Jay, mas no fim das contas deu tudo certo. Esse quarto ainda me trazia muitas lembranças, algumas maravilhosas, outras bem dolorosas, e por mais que o Louis dissesse que precisávamos apenas nos concentrar nas boas memórias, não era muito fácil e eu sabia que para ele também não devia ser.
Louis se remexeu em meio ao seu sono, o corpo ficando mais aconchegado em mim, e eu apertei os meus braços com carinho ao redor dele. Beijei o seu pescoço e inalei o seu perfume que me inebriava, ainda parecia um sonho poder tê-lo nos meus braços desse jeito.
Fiquei mais um tempo ali naquela posição, sem me mexer muito por receio de acordá-lo, mas em certo momento precisei ir ao banheiro e então me desvencilhei com cuidado dele, que continuou a dormir profundamente.
Depois de ir ao banheiro, eu me vesti rapidamente e desci para a cozinha em busca de um pouco de café, mas me surpreendi ao chegar lá e encontrar Jay, que aparentemente já preparava o almoço.
-Bom dia. – murmurei um pouco tímido ainda.
Jay foi quase uma segunda mãe durante o tempo que Louis e eu namoramos, e ela tinha me recebido muito bem ontem, mas eu ainda ficava um pouco envergonhado por tudo o que aconteceu.
-Bom dia, querido. – ela sorriu com carinho. –Louis ainda está dormindo?
-Está sim, e não quis acordá-lo. – respondi. –Precisa de alguma ajuda aqui?
-Não. – ela negou com um gesto de cabeça, mas voltou a sua atenção para as verduras que cortava. –Pegue um pouco de café, quer comer algo também?
-Não, só o café mesmo. – fui até a cafeteira e me servi de uma caneca, depois me encostei no balcão, ao lado dela. –Já foram todos para o colégio?
-Sim, e o Dan foi trabalhar, então tenho algum tempinho de silêncio. – ela riu. –Mas admito que sinto falta daquele barulho todo, ainda estranho o fato de Doris e Ernest também já estarem no colégio, eles estão crescendo tão rápido.
-Eles são adoráveis. – sorri me lembrando de como os gêmeos grudaram em mim ontem.
-Ah, são mesmo. – ela disse com orgulho. –Mas e você, dormiu bem?
-Dormi, mesmo tendo sido um pouco estranho entrar naquele quarto de novo.
-Imagino, foi lá que vocês brigaram antes desse tempo separados, não é?! - o olhar dela era compreensivo.
-Foi. – eu disse. –O Louis aceitou me dar uma nova chance, ele é tão bom, apesar de tudo o que fiz está conseguindo me perdoar... Mas acho que eu é quem não consigo me perdoar totalmente ainda.
-O Louis tem um coração enorme, e eu sempre soube que ele jamais amaria alguém do jeito como te ama, então, apesar de tudo, eu tinha certeza que em algum momento vocês voltariam a ficar juntos. – ela disse, dessa vez me olhando nos olhos. –Mas é verdade que ele sofreu muito quando você foi embora daquele jeito e eu sofri com ele.
-Me desculpe, Jay...
-Você tinha o direito de seguir os seus sonhos. – ela me interrompeu com delicadeza. –Todos temos, essa não é a questão, nunca foi, sabe?! O problema é que o Lou merecia ter sido informado antes, entende? Você devia tê-lo preparado para isso.
-Eu sei. – afirmei. –Mas na época eu não soube lidar com isso, essa necessidade de seguir o meu sonho e o pavor de perdê-lo.
-Eu imagino, você sempre foi muito mais emocional do que racional, tão afobado, impulsivo... – ela riu e eu me vi rindo junto. –Foi uma decisão mal planejada que acabou separando vocês dois por tempo demais, mas o importante é que se reencontraram.
-Eu nunca poderei agradecer o suficiente ao Louis por ter me perdoado.
-Basta amá-lo, fazê-lo feliz e nunca mais partir o coração dele. – ela aconselhou, ainda com aquele toque de carinho em sua voz, mas também foi como um aviso, e eu entendi perfeitamente. –Eu admiro o Louis por ter conseguido superar as mágoas e medos e te aceitado de volta, a vida é muito curta e passa tão, tão rápido, temos que aproveitar as oportunidades boas que ela nos dá e vocês dois estão tendo uma maravilhosa.
-Prometo que não irei desperdiçá-la. – garanti.
-É bom mesmo. – ela se ergueu para beijar a minha testa e eu aproveitei para abraçá-la por um instante.
-Tudo bem? – Louis surgiu na entrada da cozinha, os olhos ainda sonolentos, os cabelos meio bagunçados, e vestindo um moletom meu que nele ficava enorme e adorável.
-Melhor agora. – sorri esticando a mão em sua direção.
Ele sorriu e se recostou contra o meu peito. Deixei a caneca com o café de lado e segurei o rosto dele, inclinando o meu para baixo até poder beijá-lo, foi um beijo rápido, só um toque de lábios, até porque Jay estava bem ali ao nosso lado, mas mesmo aqueles beijos mais singelos me faziam sentir o homem mais sortudo do mundo... Louis era um ser humano incomparável, poucas pessoas teriam a capacidade dele de perdoar e de amar.
****
Nós dois ficamos a manhã toda com a Jay, mas, como combinado, fomos almoçar na casa da minha mãe. Jay não teve como ir e as crianças só chegariam do colégio um pouco mais tarde, mas ainda tínhamos o sábado e domingo todo para aproveitarmos juntos.
O almoço foi maravilhoso, Robin e Gemma também estavam presentes e era bom voltar para o lugar onde eu tinha passado tanto tempo e vivido tantas coisas. E voltar com o Louis ao meu lado era melhor ainda!
Depois do almoço os três tiveram que sair novamente e então ficamos Louis e eu sozinhos, nós pensamos em voltar logo para a casa de Jay, essa hora as crianças já deveriam estar por lá, mas resolvemos ficar mais um pouquinho e ir até o meu antigo quarto, que, assim como o dele, estava intacto.
-É impressionante como a minha mãe deixou tudo guardadinho. – sorri olhando ao redor do pequeno cômodo, enquanto Louis se sentou no meio da cama depois de tirar os sapatos.
Eu fui até o armário e o abri, não tinha muitas roupas ali, quase nada, mas algumas caixas guardavam antigas lembranças. Peguei as duas que vi primeiro e as levei para a cama, também tirei os meus sapatos e me acomodei ao lado do Louis.
-O que tem aí? – ele perguntou com curiosidade.
-Não tenho muita certeza. – admiti com uma risada e já abri a primeira caixa.
Ali dentro encontramos vários cadernos e eu sorri ao reconhecê-los imediatamente.
-Era onde vocês escrevia as suas músicas, não é? – Louis também os reconheceu, já pegando um e folheando-o.
-Sim... Músicas, alguns pensamentos... Tem de tudo escrito aí. – ri. –E olha só...
No meio de um deles também tinham algumas fotos perdidas, a maioria de nós dois junto no colégio.
-Essa foi logo depois de começarmos a namorar. – Louis pegou uma das fotos, nessa eu o tinha sentado entre as minhas pernas e beijava o seu rosto enquanto ele fazia uma careta engraçada para a câmera.
-São tantas lembranças... – murmurei abrindo a outra caixa, nessa tinham mais alguns cadernos e fotos, mas também algumas outras coisas soltas.
-Ei... Aqui tinha uma lista de lugares que você queria conhecer. – Louis sussurrou e eu me virei para ver a página do caderno aberto em suas mãos.
-Eu escrevi isso antes mesmo de te conhecer, ainda em Holmes Chapel. – eu disse.
E eu tinha conseguido conhecer todos aqueles lugares e muitos outros, mas isso também tinha me custado tanto. Percebendo para onde os meus pensamentos iam, Louis foi rápido em virar a página.
-Tatuagens que você queria fazer. – ele sorriu ao ver a próxima lista na página seguinte. -Você nunca tinha me mostrado todas essas listas, nem todos esses cadernos, só alguns.
-Eu tinha vergonha. – admiti e ele deu risada. –Ainda tenho cadernos assim, onde escrevo um pouco de tudo.
-Você ainda não cantou para mim todas as músicas que escreveu sobre nós dois. – ele chegou mais perto e deu um jeito de sentar no meu colo, mas ficando de frente para mim.
-Posso fazer isso. – sorri.
Ele deixou o caderno de lado e começou a passar os dedos delicadamente por algumas das minhas tatuagens que estavam visíveis. Ergueu bem a manga da minha camisa e olhou com atenção para o enorme barco que eu tinha tatuado no braço.
-Essa eu fiz pouco antes de voltar. – contei e ele ergueu os olhos para o meu rosto, me ouvindo com atenção. –Um colega me disse que barcos ou navios piratas podem significar aventura e liberdade, e era exatamente o que eu estava vivendo, ele disse que todo pirata está sempre viajando de um lugar para outro, e só volta se tiver algo ou alguém especial o esperando... E eu tinha você.
-Harry... – ele sussurrou surpreso, ainda traçando a tatuagem com os dedos.
-E também fiz essa âncora. – ergui a mão para lhe mostrar. –Quer dizer que eu encontrei o meu caminho, realizar o meu sonho de sair viajando por aí foi incrível, mas então eu me dei conta de que você era o meu lar, de que era para você que eu precisava voltar, você é a minha âncora, a minha bússola... Eu também ia tatuar uma, mas não tive tempo.
-Talvez eu devesse fazer essa. – ele comentou quase que timidamente e foi a minha vez de ficar surpreso.
-Sério?
-Bem, se eu sou a sua bússola, então talvez seja na minha pele que ela deva estar. – ele disse.
-Você faria mesmo isso? – eu ainda não conseguia acreditar.
-Por que não? – ele passou os braços pelo meu pescoço e encostou a testa na minha. –Acho que seria um gesto bonito, uma ligação a mais entre nós dois, nosso amor marcado de uma forma diferente e significativa...
-Eu amaria. – admiti. –Não sei se mereço tanto...
-Nós dois merecemos! Então em algum momento eu farei. – ele sorriu ligeiramente antes de me beijar com suavidade. –Em algum momento especial...
-Louis Tomlinson, você é tão extraordinário que nem parece real! – exclamei.
-Você devia comprovar então se eu sou ou não real... – um sorriso travesso surgiu no canto de sua boca.
O empurrei para trás, até ele estar totalmente deitado sobre a cama e me sentei em cima dele, agarrando os seus braços e erguendo-os acima de sua cabeça com apenas uma das minhas mãos, enquanto com a outra eu erguia lentamente a sua camisa.
-O que você vai fazer? – ele ofegou e riu ao mesmo tempo.
-Ué, comprovar se você é mesmo real ou não. – pisquei e inclinei meu rosto para baixo, até a barriga dele estar ao alcance da minha boca.
Mordisquei a pele bem embaixo do seu umbigo e ele se contorceu ligeiramente, mas as suas mãos ainda estavam bem presas pela minha. Ergui ainda mais a camisa e subi a minha boca pelo seu peito... Louis gemeu baixinho quando rodeei um dos seus mamilos com a minha língua e o prendi de leve entre os meus dentes, chupando-o em seguida.
-Harry... – ele gemeu mais alto agora e tentou soltar as mãos, mas eu não deixei.
-Você vai ficar bem quietinho enquanto eu provo cada pedacinho do seu corpo... – sorri ao ver o desejo refletido nos olhos dele.
-Isso é tortura, baby. – ele arfou quando fui rápido em tirar sua camisa, retirando a minha logo em seguida.
-Mas será uma tortura deliciosa, garanto. – me deitei sobre ele para beijar a sua boca rápida e vorazmente, mas depois voltei a prender os seus pulsos com uma das minhas mãos e voltei a percorrer o peito dele com a minha boca.
Louis gemia e se contorcia enquanto eu deixava marcas pela sua pele.
-Essa calça precisa sair. – resmunguei, arrancando uma risada gostosa dele.
Precisei soltar as suas mãos para conseguir tirar a calça com mais rapidez. Ele sussurrou o meu nome quando abri o botão e deslizei o zíper, e enquanto tirava a peça de roupa do corpo dele eu aproveitei para beijar e morder levemente suas coxas que sempre foram tão deliciosas.
-Tão gostoso! – exclamei ao jogar a calça longe e também aproveitei para tirar a minha.
A visão dele deitado ali, todo a minha mercê, era indescritível. O pano fino da cueca deixava bem evidente o contorno da sua ereção e eu me encaixei entre as pernas dele, agarrando com força sua cintura e deslizando a minha língua por seu membro, ainda coberto.
-Merda! – ele ergueu o quadril e eu abaixei lentamente a cueca, o que fez seu pênis saltar na minha direção.
-Você já está tão duro, amor. – apertei suas coxas.
-Não muito diferente de você. – ele lançou um olhar para a minha virilha e, mesmo ainda com minha cueca, era possível ver nitidamente o quão duro eu estava.
Sorri e voltei a prová-lo, beijei, lambi e mordi cada pedaço ao meu alcance, mas sem tocar em seu membro, o que começou a deixá-lo impaciente.
-Harry, por favor... – ele implorou.
-Você quer isso, baby? – enfim o segurei e o deslizei pelos meus lábios.
O gosto dele era tão bom... Era viciante.
-Isso... – ele gemeu enquanto rebolava contra o meu rosto e segurava meus cabelos.
O deixei foder a minha boca, amando ver o brilho de prazer nos olhos dele, que pareciam mais azuis e belos do que nunca. Meu nome saía em forma de gemidos entrecortados pelos seus lábios.
-Amor... – ele arfou e eu deixei o seu membro escapulir da minha boca, mas o segurei e comecei a masturbá-lo enquanto voltava a me sentar em cima dele. –Me deixa te provar também, baby...
Ele tentou nos virar na cama, mas não permiti, então ele resmungou, mas se contentou em também começar a me masturbar no mesmo ritmo em que eu o tocava.
Gemi o seu nome e me debrucei sobre ele até as nossas bocas estarem grudadas. O beijei com volúpia e um desejo que me dominava por inteiro. Meu corpo parecia em chamas, poder que só ele tinha sobre mim.
Ainda segurando seu pênis, eu me posicionei melhor sobre o corpo dele e então comecei a deslizá-lo pela minha entrada.
Nós dois gememos em meio ao beijo, ele ainda me tocava com uma de suas mãos, mas a outra estava no meu quadril, me fazendo rebolar com mais força e precisão contra seu pênis.
-Me deixa te preparar melhor, amor. – ele murmurou sem fôlego na minha boca.
-Não... Eu sempre estou pronto para você. – mordisquei seu lábio inferior e ele gritou de prazer quando comecei a sentar sobre seu membro que a cada instante ficava ainda mais duro em minha mão.
Ignorei o desconforto e a dor inicial, eu já sabia muito bem como ficaria delicioso em pouco tempo... E tê-lo assim dentro de mim, me completando do jeito mais literal possível, era a melhor sensação do mundo.
Ele aumentou o ritmo com que me masturbava enquanto eu aumentava o ritmo em que cavalgava sobre ele. Nossas bocas se buscavam o tempo todo, os beijos abafando os gemidos altos e incontroláveis.
Nossos corpos nunca deixariam de se reconhecer, o encaixe era perfeito, o prazer surreal... Tudo tão intenso, tão explosivo... Sempre foi e sempre seria assim entre nós dois.
Cada parte do meu corpo sentiu o prazer de quando Louis gemeu meu nome mais uma vez e atingiu seu clímax dentro de mim... E eu estava totalmente perdido naquelas sensações que só ele me proporcionava quando gozei por todo o peito e barriga dele.
Ele sorriu, um sorriso lindo e malicioso, enquanto olhava a marca e prova do meu prazer espalhado pela sua pele.
Nós dois rimos em meio a outro beijo delicioso... E nos perdemos novamente um no outro!
****
Louis e eu ainda ficamos mais um tempo no meu antigo quarto. Nossos corpos em um completo e pleno êxtase depois de se amarem tão intensamente. Mas sabíamos que a qualquer momento alguém poderia chegar e também precisávamos voltar para a casa da Jay, ele queria ficar mais tempo com os irmãos.
Acabei levando um dos cadernos que estavam perdidos naquelas caixas, além das fotos, um que ainda tinha algumas páginas em branco, mas onde também estavam algumas músicas das quais eu nem me lembrava mais de ter escrito.
Louis teve a ideia de comprarmos um bolo para levarmos e é óbvio que seus irmãos acharam a ideia maravilhosa quando chegamos com o enorme bolo de chocolate em mãos.
-Era tudo o que eu estava precisando. – Lottie saltou em nossa direção assim que nos viu entrar na casa.
-O que foi? – Louis a seguiu para a cozinha enquanto eu era atacado por Doris e Ernest que se penduraram em mim até eu erguê-los em meus braços.
-Brigou com o namorado. – Fizzy é quem respondeu a pergunta que Louis havia feito para Lottie.
-E desde quando ela tem namorado? – Louis resmungou recebendo apenas um revirar de olhos das irmãs e eu dei risada.
-Fala sério, Lou, até eu já tenho um quase namorado. – Phoebe entrou na cozinha indo direto até o bolo.
-O quê? Mãe, está ouvindo isso? – Louis se virou para Jay que apenas riu da reação do filho.
-Vocês tem um irmão muito ciumento. – murmurei para os gêmeos em meus colo.
-Olha quem fala, senhor ciumento. – Louis se aproximou de mim e se ergueu para alcançar os meus lábios.
-Lou... – Ernest tentou afastá-lo de mim enquanto Doris meio sonolenta encostava a cabeça no meu ombro e ria baixinho.
-Ei, além de terem me trocado, agora também não posso nem dar mais um beijinho nele? – Louis o agarrou de mim e começou a fazer cosquinhas no pequeno que gargalhou.
O restante do dia passou naquele clima maravilhoso. Gemma e minha mãe apareceram de tardezinha, Robin também vindo logo depois, e tivemos outro jantar em família.
Ao fim do dia, Louis e eu nos ocupamos em colocar os gêmeos para dormir, depois voltamos a descer para nos despedir da minha família que estava indo embora, já que nós dois dormiríamos por aqui de novo.
Enquanto Louis ria de algo que minha mãe tinha dito, eu fui lá para fora com Gemma.
-Você não faz ideia do quanto estou feliz por vê-lo com o Louis de novo. – ela disse depois de se encostar em mim para se aquecer do vento frio que fazia.
-Não mais do que eu. – ri ao envolvê-la com meus braços e beijar o topo de sua cabeça carinhosamente.
-Não o magoe de novo, Harry, eu sei que nunca foi sua intenção, mais do que ninguém sei o quanto você também sofreu... Mas não o perca de novo, ok?! – a voz dela era suave e inclinei o rosto para poder encontrar seus olhos fixos no meu rosto.
-Nunca mais. – garanti.
****
Saí do banheiro vestindo apenas uma calça de moletom, os cabelos ainda molhados do banho tomado, e fui direto para o quarto. Louis, que já tinha tomado o banho dele e estava pronto para dormir, já tinha se ajeitado na cama e ria com o celular nas mãos.
-Alguma novidade? – perguntei curioso ao ver como ele parecia se divertir.
-É o Niall... – ele explicou ao digitar algo rapidamente e depois deixar o celular na mesinha de cabeceira, abrindo espaço para eu deitar ao seu lado. –Ele está surtando porque o Josh quer apresentá-lo oficialmente para a família dele.
-Eu já conheço bem o Josh e dá para ver como ele está apaixonado de verdade pelo Niall. – apoiei a minha cabeça em seu peito e sorri ao senti-lo me envolvendo em seus braços.
-Eles formam um casal lindo e eu fico muito contente em ver o meu amigo tão feliz, ele ainda não tinha tido muita sorte no amor. – ele disse enquanto acariciava os meus cabelos distraidamente. –O Niall também perguntou como estava a nossa viagem e sugeriu que em algum fim de semana fizéssemos uma para algum lugar divertido... Nós dois, ele, Josh, Zayn e Liam.
-Acho que pode mesmo ser uma boa. – concordei. –Para onde vocês pensaram em ir?
-Não sabemos ainda, mas eu adoraria ir para algum lugar bem quente...
-Quente? – encostei meu queixo em seu peito para poder olhar seu rosto, um sorriso malicioso em meus lábios.
-Tarado. – ele revirou os olhos, puxando meu cabelo um pouco. –Uma praia talvez.
-Bem, eu topo ir para onde você quiser. – lhe dei um beijo.
Nós passamos mais um tempo trocando beijos e carícias enquanto falávamos sobre aquela possível viagem com nossos amigos, até que Louis acabou adormecendo.
Eu ainda me sentia muito desperto para dormir, então fiquei um tempo apenas deitado ao lado dele, até uma chama de inspiração me inquietar e eu ser obrigado a sair da cama. Fiz isso com todo o cuidado para não acordá-lo, busquei o caderno que eu tinha achado mais cedo no meu antigo quarto e procurei por uma caneta em minha mochila. Louis se virou na cama, mas não acordou, ele apenas abraçou com força o meu travesseiro e continuou a ressonar tranquilamente.
Me sentei aos pés da cama e procurei por uma das páginas em branco daquele caderno, a maior parte do que estava escrito ali foi tendo o Louis como inspiração... E não seria diferente agora.
Encontrei a página e encostei a ponta da caneta no topo dela, não demorando muito para a primeira frase ser escrita... E depois outra, e outra... A letra do que se tornaria uma música fluía de mim e ia preenchendo a folha antes em branco... E, sem que eu me desse conta, cheguei ao fim.
Ergui os olhos, só então percebendo que já era tarde da madrugada, Louis permanecia dormindo na mesma posição e eu sorri ao observá-lo, eu ainda precisaria trabalhar mais um pouco naquela letra para que ela enfim fosse mesmo uma música... Mas estava ali, mais uma para ele, era um jeito de eu deixar transbordar um pouco do amor que sentia por ele e que me preenchia cada vez mais e mais.
Voltei a encarar a página do caderno, agora coberta de palavras, e encontrei um pedacinho ainda em branco no topo, então pensei mais um pouco e escolhi o nome da canção.
-You & I... – murmurei enquanto escrevia.
-Ei, o que está fazendo aí? – a voz sonolenta do Louis me despertou e virei o rosto em sua direção.
-Escrevendo. – sorri, deixando o caderno no canto e indo me deitar ao lado dele novamente.
-Escrevendo o quê? – ele perguntou, os olhos fechados, a voz baixinha, enquanto seu corpo automaticamente se encaixava ao meu.
-Sobre nós dois. – respondi, mas ele já tinha dormido de novo.
Ainda sorrindo, beijei seus lábios suavemente e apertei meus braços ao redor dele.
-Eu te amo. – sussurrei e só então também consegui dormir.
****
N/A: Oii :)
Me desculpem por estar postando meio tarde, mas foi a única hora que consegui e não queria deixar para amanhã, então aqui estou... E também sinto muito por demorar um pouco em atualizar a fic, mas a faculdade está me matando e eu ainda tive a brilhante ideia de escrever 3 fanfics ao mesmo tempo, aí é complicado... kkkk... Então posso demorar um pouquinho para postar, mas sempre me esforço ao máximo para esse pouquinho não ser muito, ok?! rs... Até pq eu não quero escrever de qualquer jeito só para postar logo e isso demanda tempo :)
Espero, sempre, que vocês estejam gostando... Muitíssimo obrigada <3
Beijos