A noite encobre a cidade de Presidente Prudente, o sino da catedral anuncia o badalar de oito e meia. Após seu turno no Skada, Sabrina conversa com Flávia em uma das mesas da área descoberta do café.
― Tem falado com a Heloá?
― E ela quer papo, Sá?
― Ainda no regime do silêncio?
― Sai cedinho de casa, dá aula, volta à noite e vai dormir. Isso quando dorme em casa. E isso quando está na escola também...
-
Becka fica sem qualquer retorno do cumprimento. Escutam o barulho da porta da frente sendo fechada. As loiras se olham. Flávia dá de ombros e finaliza o café.
-
A amiga vai reclamar, mas Benê a interrompe, mais rápida.
― A gente se vê amanhã.
Bernardete beija rapidamente a face de Heloá e sai para o estacionamento.
― Benê... ― murmura sofrida.
A morena fica parada um tempo, olhando a amiga se afastar. Tem vontade de jogar a toalha, falar de uma vez por todas com ele e acabar com tudo, não é nenhum pouco fã de drama, mas precisam entender que a magoaram, não podem fazer o que bem quiserem com as pessoas, de jeito nenhum. Ela não é um bonequinho num jogo de tabuleiros.