Violada

By MiCardasi

60.5K 2.1K 675

"Violada" conta a história de Rosalye Parker, uma jovem de 17 anos que é vítima de um estupro e tem sua vida... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo Bônus

Capítulo 3

12.5K 399 187
By MiCardasi

Na noite seguinte eu estava nervosa e ansiosa. Era a primeira vez que eu tinha um encontro de verdade com um cara, e não com qualquer cara, mas sim Brian Scott, o solteiro mais lindo e cobiçado da cidade, e o homem por quem sempre fui  perdidamente apaixonada. O pensamento fez o nervosismo crescer dentro de mim.

Será que ele vai tentar me beijar?! E, se ele tentar, eu devo permitir?! Eram tantas perguntas... Começei a ficar um pouco assustada. Metade das garotas que eu conhecia iam pra cama com os caras logo no primeiro encontro, mas comigo jamais seria assim. Eu ainda não me sentia pronta pra entregar minha virgindade a um cara que eu mal conhecia, mesmo estando apaixonada por ele. Era algo que estava fora de cogitação.

Mas se ele quisesse tentar "algo mais" eu sempre poderia dizer "Não", certo? E talvez depois disso ele fosse me odiar ao perceber que eu não era a garota que ele pensava que fosse... Mas se ele pensasse assim, de uma forma tão pequena, eu que teria me enganado com ele. Se tudo que ele queria comigo fosse sexo, então que procurasse outra para satisfazê-lo. O pensamento me causou tristeza, pois eu realmente gostava dele, mas parte de mim comemorava orgulhosa pela minha decisão.

Era isso: Eu sairia com ele e veria suas atitudes. Se ele fosse gentil, galanteador e carinhoso eu aceitaria sair com ele mais vezes. Por outro lado, se ele tentasse me beijar logo no primeiro encontro, ou quisesse algo mais, eu simplesmente diria "Não" e pediria que ele me trouxesse para casa. Simples assim. Na minha mente tudo estava claro e resolvido.

Suspirei enquanto dava uma última olhada no espelho: Eu estava vestindo um vestido na cor prata, com alças finas e um decote comportado. Seu comprimento ia até o joelho, e ele me deixou com um ar elegante, ao mesmo tempo fazendo com que eu me sentisse mais madura e bonita. Claro que ele não era meu. Mia que fizera questão de me emprestar para que eu usasse no encontro. Bem, ela disse que era um presente e que não precisava devolvê-lo, pois ele tinha ficado bem melhor em mim, mas eu não achava certo, afinal o vestido me parecia ser muito caro.

No mais, eu estava usando uma sandália nude delicada, com um salto médio e uma pulseira de prata que a Mia me emprestou para combinar com o vestido.

Minha maquiagem estava um pouco mais elaborada, mas dessa vez fiz uma inversão, deixando os olhos bem marcados com o delineador preto, e optando por um batom cor de boca para dar um toque de leveza. Por fim, optei por meus cabelos soltos e com um liso natural.

Gostei do que vi. Nada exagerado, com a leveza e beleza que eu queria.

—Ótimo! - Falei para mim mesma mentalmente, enquanto respirava fundo e saía do quarto.

[...]

Faltavam dez minutos para as sete da noite quando cheguei ao Parque Central de Phoenix. Sei que o combinado era para nos encontrarmos pontualmente às sete, mas não consegui esperar. Além disso, pedi alguns conselhos à Mia e ela me disse que os homens odiavam ter que esperar, então resolvi ser o mais pontual possível para o nosso primeiro encontro.

Confesso que fiquei surpresa ao encontrá-lo lá. Ele estava lindo, vestindo camisa pólo azul marinho, quase preta, com uma jaqueta de couro preta e jeans escuro, escostado em um Audi reluzente, também preto.

Parece que ele gosta de cores escuras, pensei enquanto me aproximava, lamentando a infeliz escolha do vestido claro para o nosso encontro.

Seus braços estavam cruzados sobre o peito, enquanto ele fitava o meu corpo de uma forma estranha. Novamente o brilho perverso surgiu nos olhos azuis dele, e eu tremi, mas não de frio. Por um momento eu tive medo: A rua vazia com pouca luz, e o principe negro extremamente belo e sedutor me esperando próximo à carruagem que me levaria à escuridão. E mais uma vez o medo me fez tremer e hesitar um pouco, mas nesse momento, seus olhos clarearam e ele sorriu docemente para mim.

Eu devo estar imaginando coisas... Não há por que ter medo! Falei para mim mesma, tranquilizando-me.

-Você está linda. –Ele me disse com sua voz rouca e eu corei, sorrindo levemente para ele.

-Obrigada... –Falei sem jeito.

Por um momento pensei em dizer que ele estava lindo, mas não precisava. A beleza dele era óbvia e ele sabia disso.

-Está pronta para ir? –Ele perguntou e balancei a cabeça, afirmando. –Então vamos! – Disse dando passagem e no momento seguinte eu entrei no carro.

Brian fechou a porta, e enquanto eu me entretia colocando o cinto de segurança, deu a volta e entrou no carro, ocupando o lugar do motorista e dando partida pelas ruas escuras da cidade.

-Para onde nós vamos? –Perguntei curiosa, olhando para a estrada.

-Para um lugar que você vai gostar muito... -Ele sorriu de alguma piada particular. –Estamos indo para uma festa em Portland. –Informou por fim, e minha boca se abriu por alguns instantes.

Não esperava que fosse a um lugar tão longe... Percebi que fiz bem em avisar a minha mãe que voltaria tarde. Não falei para ela que estava saindo com o Brian.  Tive que mentir, falando que ia para uma festa com a Mia e que não sabia que horas voltaria. Foi melhor assim.

Me mexi desconfortavelmente no banco do carro, tentando relaxar, mas eu sentia uma sensação estranha que me impedia de me deixar à vontade.

[...]

Depois de mais de uma hora de viagem, a inquietação crescia dentro de mim.

Eu só fui a Portland uma ou duas vezes, mas não lembrava que era tão longe assim, e muito menos lembrava de que a estrada fosse tão isolada.  Algo dentro de mim começou a gritar ALERTA, e o sangue fugiu das minhas veias.

-P...Para onde estamos indo? –Perguntei gaguejando e com os olhos arregalados. Todos os meus piores medos estavam se tornando realidade.

-Você já vai saber... –Ele falou com a voz maliciosa e assustadora. Todo o meu corpo tremeu.

Sua expressão tinha mudado completamente: Seus olhos estavam completamente escuros, e a malícia no seu rosto era evidente. Por um momento ele me fitou, e a ameaça estava clara no brilho perigoso do ser sorriso.

Como eu não percebi isso antes? Como eu pude ser tão idiota?!

O pânico me tomou e eu comecei a tremer, principalmente quando ele saiu da pista e seguiu por uma estrada de terra, que seguia pela mata escura e assustadora.

As lágrimas começaram a cair dos meus olhos ao entender tudo. Ele mentiu o tempo todo! Em nenhum momento ele pensou em me levar para Portland! Eu devia ter ouvido a Heidi... Céus, a Heidi!

Foi aí que a ficha caiu, mostrando que a realidade era mais terrível do que eu imaginava. Ele deveria ter feito o mesmo com ela, e só Deus sabe com quantas outras mais... Céus, por isso o seu olhar de medo, e por isso ela saiu tão rápido e tão assustada da mesa quando ele chegou...

-Por favor, não f...faça nada! –Implorei em pânico. –Pare o carro! Me deixa sair! –Falei com a voz estrangulada ao mesmo tempo em que as lágrimas caíam pelo meu rosto. Comecei a rezar baixinho enquanto emplorava para ele não fazer nada.

Foi então que, como se atendesse o meu pedido, ele parou o carro. Ele vai me deixar ir? Meu coração batia acelerado no peito, mas quando ele me olhou perversamente e retirou seu cinto de segurança, minha respiração cessou por alguns segundos e pela primeira vez na vida eu implorei pela morte. Essa palavra nunca me pareceu tão bonita... Eu preferia morrer a ter que passar por aquilo, mas a morte não veio, então tive que partir para outro plano: tremulamente levei as mãos até o cinto de segurança, o retirando, e rapidamente tentei abrir a porta do carro para escapar, mas ela estava travada.

O choro se intensificou e ouvi sua risada maléfica ecoar pelo carro. Ele parecia estar se divertindo com o meu sofrimento.

Isso não pode estar acontecendo...
Falei fechando os olhos, tremendo e esperando que ele desaparecesse quando eu abrisse os olhos novamente, mas o resultado foi contrário. Quando abri meus olhos ele estava mais perto de mim, me fazendo entrar em pânico quando sua mão foi parar na minha coxa.

-Por favor, por favor, não faça isso!!! – Implorei desesperada entre soluços, e ele aproximou suas mãos da minha face, fazendo-me virar o rosto por instinto, mas ele me tocou mesmo assim.

Senti nojo por ter suas mãos em mim.

-Shii Princesa... –Ele falou suave, com uma voz psicopata. –Vai ser rápido e você vai gostar. –Ele falou debochado, me fazendo ter ânsia. –Você jamais se esquecerá dessa noite... – Repetiu a frase que me dissera no refeitório,  agora com uma voz assustadora e só então pude entender o verdadeiro significado dela.

E antes que eu pudesse pensar, ele me puxou com força ao seu encontro e tomou meus lábios em um beijo despudorado, mordendo meus lábios e me causando dor, ao mesmo tempo em que eu chorava tentando em vão o afastar, mas ele era forte demais.

Suas mãos tocavam e apertavam o meu corpo sem pudor, e nesse momento senti a parte de cima do vestido sendo rasgada com um puxão rápido, deixando meus seios nus, e fazendo o desespero e a humilhação crescerem dentro de mim.

Ele se afastou para me ver, e seus olhos escuros me fizeram me sentir como se eu fosse algo barato, algo "de comer".

-Não é que a vadia tem um corpo bonito? –Ele falou com malícia e tive vontade de vomitar. –Hoje você será o meu brinquedinho novo. –Ele falou lentamente e senti a bili na minha garganta ao mesmo tempo em que as lágrimas caiam cada vez mais quentes pelo meu rosto.

Só me restava uma alternativa: Gritar por socorro e rezar para que alguém  aparecesse. Foi o que fiz.

Começei a gritar por ajuda, em meio a soluços, quando ele se aproximou de mim e tomou um dos meus seios em sua boca, chupando e mordendo com força, ora os seios, ora o pescoço, me fazendo gritar de dor ao sentir seus dentes cravando dolorosamente na minha pele.

-Pode gritar o quanto quiser, meu bem... –Ele sorriu. – A casa mais próxima está há mais de duzentos quilometros daqui. Ninguém vai te ouvir. –Ele havia pensado em tudo.

Eu não tinha forças para afastá-lo, e com o tempo senti o cansaço me tomar. Eu não podia afastá-lo e já não conseguia gritar por socorro. Todos os gritos que saiam dos meus lábios eram de dor, e ele parecia gostar daquilo. Ele queria me ver me contorcendo em dor.

Chorei mais ainda. Como eu pude me apaixonar por um monstro como esse?!

O que veio a seguir, na minha mente aconteceu em câmera lenta. A cena mais terrível da minha vida, que me atormentaria para sempre: Ele se afastou, levantou o meu vestido atá a cintura, abaixou suas calças ficando nu na minha frente. Em um movimento rápido ele puxou a minha calcinha, forçou minhas pernas a se abrirem e me invadiu com violencia em um movimento forte e fundo.

Nunca senti nenhuma outra dor como aquela. Era como se uma espada estivesse sendo cravada em mim, me ferindo profundamente.

Minha boca se abriu e meu rosto se contorceu em um grito mudo, ao sentí-lo se movimentar dentro de mim, cada vez mais forte, e cada vez mais fundo, fazendo lágrimas e mais lágrimas escorrerem pelos meus olhos. A dor era tanta que eu sentia como se a cada segundo eu não fosse aguentar mais e fosse morrer. Esse era o meu único alívio em meio a tanta humilhação e dor. Provavelmente eu não iria resistir àquilo tudo.

Parei de lutar, e simplesmente me entreguei à dor cortante, esperando e rezando para que tudo terminasse logo, mas cada minuto continha uma eternidade.

Meus olhos estavam fechados, pois eu não queria olhar pra ele enquanto ele me violava, mas no momento em que recebi um tapa estalado no rosto, meus olhos se abriram por reflexo devido a dor, e lá estava ele, me olhando com o seu olhar psicopata.

Eu já não via nenhuma beleza nele. Brian Scott era um monstro terrível.

Aquela tortura demorou mais algum tempo. Todo o meu corpo doía.  Suas mãos apertavam o meu corpo com força quando ele aumentou o ritmo das suas investidas e então, ouvi um gemido sair dos seus lábios.

Senti-o crescer e pulsar dentro de mim, fazendo a dor interna aumentar, e no momento seguinte, jatos quentes me preencheram e se misturam com o sangue que escorria  pelas minhas pernas.

Meu corpo caiu exausto, e o vi ofegante. Lentamente ele saiu de dentro de mim, trazendo alívio, mas ao mesmo tempo dor. Parecia que a tortura tinha acabado, mas a dor não acabou. Ela continuava lá.

A morte não veio. As lágrimas aumentaram enquanto eu o via se vestir como se nada tivesse acontecido, ainda me fitando com um sorriso malicioso e um olhar assustador.

-Mais gostosa e apertada do que eu imaginava. –Ele sorriu doentio. –Nada melhor do que disvirtuar uma virgem. – Falou debochado e voltou a sentar no banco de motorista, ligando o carro.

A bile subiu à minha garganta com as suas palavras nojentas, mas em seguida sou tomada pelo choque ao perceber que estávamos indo embora. Não posso ir embora! Não!

-Espere! Por favor, eu imploro! Mate-me! –Implorei. Eu queria morrer. Depois de tudo isso eu só queria paz, e eu jamais conseguiria viver em paz em vida.

Só esperava que pelo menos ele me permitisse ter esse descanço eterno, mas ele nem mesmo olhou pra mim.

-Mate-me! –Implorei, dessa vez mais alto, e ele me fitou com ceticismo.

-Você acha que seria tão fácil?! –Ele me perguntou com sarcasmo. –Eu te fodo, te mato, e pronto? Onde estaria a graça nisso? – Perguntou novamente e senti falta de ar.

Graça?! Do que ele está falando? Ele é doente...

-Você não vê sua amiguinha Heidi? Viu o medo e o temor no rosto dela ao me ver?! Eu gosto disso! Por que todas as vezes que você olhar pra mim agora, você irá se lembrar dessa noite, e vai ter o mesmo olhar de medo que todas as outras que eu fodi! –Ele falou me fitando de uma forma psicopata e eu tremi ao confirmar que as minhas suspeitas sobre Heide estavam corretas... E não foi só ela...

Ele era um monstro! Como pude me apaixonar por ele?! Pobre Heidi...

Eu não podia mais. Não ia suportar.

-Se você me deixar viva, eu vou contar TUDO o que aconteceu aqui... – Ameacei na tentativa de enfurecê-lo, para que ele tirasse a minha vida ali mesmo, sentindo coragem pela adrenalina que a morte próxima me causou.

Brian sorriu e parou o carro.

Ele vai me matar. Tudo vai acabar rápido! Pensei, mas ele apenas se virou na minha direção e segurou meu queixo com força, arrancando mais lágrimas dos meus olhos.

-Escuta aqui vadia, você não vai contar NADA, está me ouvindo? E muito menos vai tentar tirar sua própria vida, por que se você fizer qualquer um desses dois, os seus pobres e inocentes pais vão pagar caro... Por falar nisso, sua mãe é muito jovem ainda... Talvez eu possa me divertir antes de matá-la... – Comentou malicioso e sem controlar meus próprios movimentos, eu dei-lhe uma bofetada ao ouví-lo falar assim da minha mãe.

Ele acaricia o local e me olha com um sorriso diabólico.

-Gata selvagem, assim você me atiça!  –Ele sorriu, como se tivesse gostado daquilo. –Pode me bater à vontade, mas a ameaça é real. Se atreva a abrir o bico e eu vou me vingar nos seus queridos pais, me entendeu? –Dessa vez sua voz estava tão ameaçadora que me contraí no banco tremendo com medo do que ele poderia fazer aos meus pais.

Não, eu não poderia deixar isso acontecer...

-Ótimo. Assim que eu gosto... –Ele falou malicioso levando as mãos até os meus seios e apertando o local, fazendo-me contorcer de dor. Eu não suportava mais o seu toque.

Felizmente, ele parou e voltou a ligar o carro.

Ignorando as dores agudas no meu corpo, passei para a parte de trás do carro e me encolhi no bando traseiro, abraçando o meu próprio corpo e deixando o choro e os soluços me tomarem enquanto aquele monstro me levava para casa.

Foi pior do que qualquer coisa que eu já tinha imaginado. A decepção doía por dentro. Em pensar que eu estava apaixonada por ele...

Passei a me odiar por isso, e por não ter escutado minha amiga, e por ter vindo a esse encontro... Por tudo.

Eu podia estar viva por fora, mas estava morta por dentro. Essa dor não me deixaria jamais. Ele tinha razão: Eu jamais esqueceria aquela noite.

Me abracei ainda mais, entregando-me a um choro sofrido, enquanto balbuciava a melodia da canção de ninar que a minha mãe cantava para mim quando era criança. Por um momento, me permiti fantasiar que nada daquilo tinha acontecido, e que eu ainda era a pequena Rosalye Parker, uma menina amada e feliz. E foi com a imagem da minha versão infantil brincando com a boneca Amélia que eu adormeci, partindo de volta para a minha infância onde não havia  maldade nem dor, apenas sonhos coloridos e bonitos.

Continue Reading

You'll Also Like

131K 6.1K 41
Isabela Moner é uma garota de 17 anos, estuda em uma melhores escolas da Florida; é a mais popular e chefe das líderes de torcidas, filha unica. Seus...
11.2K 587 33
Maite cresceu rodeada de maldade, drogas e prostituição. Emergiu íntegra em meio à lama que viveu e construiu uma nova vida em que se dedica a resgat...
16.4K 914 34
ɴᴏᴀʀᴛ+"𝙴𝚞 𝚜𝚎𝚖𝚙𝚛𝚎 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚎𝚒, 𝚎 𝚗𝚞𝚗𝚌𝚊 𝚟𝚘𝚞 𝚍𝚎𝚒𝚡𝚊𝚛 𝚍𝚎 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚊𝚛" 𝖮𝗇𝖽𝖾 𝖲𝗂𝗇𝖺 𝖣𝖾𝗂𝗇𝖾𝗋𝗍 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗈𝖻𝗋𝖾 𝗊𝗎�...
2.9K 168 42
Albina e de olhos dispares, Ariel não tem amigos e muito menos um namorado, mas ao ser perseguida por um estranho homem, precisa se mudar, e na nova...