Unforgettable 2

By semnexo

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Segunda temporada de Unforgettable A atraente polícia foi alvejada graças à sua atração por perigo, ou terá s... More

Raio de miúda!
De volta a casa
'O James tem cá uma sorte...'
O prometido gelado
The decision
Gala de rugby
Drunk in love
Saturday Night - I
Saturday Night - II
Go home
Recovery
Soul's connection
Friends will be friends
Acidente ou crime?
Nota Importante

Senhora de olhos turquesa

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By semnexo

*Jennifer a narrar*

Despertei envolvida nos braços de Jack e, ao tentar soltar-me, ele prendeu-me mais não deixando espaço entre nós. Estava de costas para ele, não sabia se ainda dormia ou se já acordara, todavia a sua respiração estava calma e até agora não fizera nada além de respirar e agarrar-me. Era raro acordarmos agarrados, como se fosse uma coisa preciosa mas que acontece naturalmente, e isso fazia-me sentir privilegiada por desfrutar tal sensação.

- Amor...-Sussurrei ao passar os meus dedos ainda quentes pelo seu braço.

- Sou eu... - Respondeu, de forma lenta mas alegre, muito provavelmente com um sorriso. – Fica aqui quietinha.

Mexeu o braço para se livrar dos meus dedos e eu gargalhei.

- És tão preguiçoso.

- Apenas gosto de estar no quentinho com a minha coisa boa.

Era querido e não deixava de ser engraçado. Queria virar-me, vê-lo, mima-lo, admira-lo...

- Não deixas de ser preguiçoso.

Com esforço acabei por rodar o corpo e ficar frente a frente com ele. Protestou, principalmente ao sentir a corrente de ar entrar no ambiente quente, e calou-se ao sentir a minha perna rodear a sua cintura.

- Não tenho culpa de não ter tanta energia como tu assim que acordo.

Tentou desculpar-se, e disfarçar o movimento da sua mão, que pousara na coxa perto do rabo.

- Tu ias correr todas as manhãs, não inventes.

- Um pouco depois de acordar e tu eras um incentivo!

Abriu um olho e viu-me a formar um sorriso, sorrindo em seguida. A minha mão acariciava-o quando ele aproveitou para deixar um beijo no meu peito e puxar o meu corpo para ele com a mão marota.

- Jack

- A minha mãe já veio aqui, devias de ver como ela sorriu ao ver-te dormir comigo, e eu pedi-lhe para avisar que chegava mais tarde. – Ajeitou o meu cabelo e olhou-me novamente com um sorriso. – O teu telemóvel vibrou, fui ver e era a Eleanor.

Ainda não tinha pensado em nada e, embora energética, a minha cabeça ainda não estava preparada para tanta informação. Sorri, acho que era o certo a fazer.

- Falaste com a Eleanor?

Não gostava que me mexessem no telemóvel, não obstante o meu namorado só me quis ajudar e merecia todo o perdão.

- Sim. Ela pediu desculpa por não atender e por terem discutido, estava preocupada e perguntou-me se sabia de alguma coisa e assim. Contei-lhe o que sabia e ela pediu para tomar conta de ti. – Os meus olhos arregalaram-se e Jack gargalhou.- Oops! Acho que esta parte não era para dizer...

Olhei-o ternamente com um meio sorriso e ele escondeu a cara no meu pescoço como uma criança mimada.

- Estás melhor?

- Sinto-me ótima e por isso quero sair e aproveitar o dia para me recompor!

Beijou-me o pescoço várias vezes e encarou-me.

- Queres ir onde em primeiro lugar?

Inquiriu, sem deixar o azul dos meus olhos, e eu beijei-o. Queria agradecer-lhe, compensa-lo e mostrar-lhe que graças a ele a minha 'recaída' não passou de um mau momento.

- Tu vais trabalhar e eu vou para casa tomar um banho e depois vejo o que faço.

- Nem penses!

Estava confusa, ele não podia ir comigo por mais que ambos quiséssemos e um banho é sempre bom para refrescar, relaxar e renovar.

- Tem de ser Jack, já somos crescidos lembraste? – Brinquei ao fazer uma voz acriançada.

Gargalhou ironicamente e começou a fazer-me cocegas ao tentar roubar beijos. Movi-me, de forma estratégica, até sair da cama e deixar o meu deus grego –britânico na verdade- deitado na cama com cara de poucos amigos.

- És tão criança!

- Olha quem fala! – Ripostei ao pegar na minha roupa e conclui que foi uma péssima ideia uma vez que fui agarrada e agredida pelos lábios –e dentes- de Jack. – Para Jack! Vais levar! – Fiz força para soltar, mas não muita, pois até gostava de estar na brincadeira com o jeitoso e ele olhou-me sério.

- Pelo menos sei brincar. – Disse ao largar-me e pegar nas suas calças.

Mostrei-lhe a língua e vesti-me também, igualando a sua atitude de idiota ao fingir-se amuado. Calcei as botas a saltitar sem deixar de olhar para o arquiteto, que estava sentado na cama desfeita a apertar a camisa, sorri-lhe e guardei o telemóvel no casaco. Não me correspondeu, aliás, baixou o olhar como bom ator que aparenta ser e eu fui até ele.

- Tu sabes que és giro de qualquer maneira, não precisas de te fazer de mauzão. – Baixei-me e coloquei a minha cara a frente da dele recebendo um sorriso matreiro. – Não vais conseguir ficar amuado comigo.

- Vou.

Gargalhei e massajei-lhe os ombros.

- Impedir-te-ias de tocar na tua namorada fabulosa?

- Não sei como é que te aturo, a sério!

Agarrou as minhas pernas e puxou-me para ele, com os botões por acabar, a planear algo que eu não concordaria.

- Oh, eu sei, com muito amor e carinho! – Endireitei o meu corpo e mexi-lhe no cabelo sorridente.

- Dá-me um beijo. – Pediu depois de uma careta.

Enquanto os nossos lábios se acariciavam ele aproveitou para me sentar no seu colo puxando-me para ele. Terminei a troca de carinhos assim que senti a sua mão entrar na camisa e apertei os últimos botões da sua camisa.

- Não podemos atrasar-nos mais. – Informei ao levantar-me e beija-lo mais uma vez.

- Logo estamos juntos?

Levantou-se ao perguntar e verificou as horas.

- Em princípio sim, só se o caso se complicar e o James me chamar...

- Combinamos melhor depois. – Depositou um beijo na minha testa e abriu a porta. – Vamos lá?

Após me dar um sorriso encaminhamo-nos até à porta de entrada e, com a luz solar, consegui percecionar um bocado da sala que ontem não me parecia mais do que algo negro. As suas mãos envolveram a minha cintura apanhando-me desprevenida e ele riu-se com o meu sobressalto. Ainda não estou no modo ativo e totalmente recuperada ok?!

- Se precisares de alguma coisa não hesites em ligar. – Disse suavemente e eu assenti.

- Obrigada por tudo. – Dei-lhe um último beijo e com um sorriso preparei-me para abrir a porta.

- Jack, vais levar! – Uma voz feminina fez-me redirecionar o olhar para encontrar uma figura adorável. - Deixas a Jennifer ir assim embora?

Senti calor, certamente tinha ficado corada, todavia sorri para mãe de Jack. Era uma mulher um pouco mais baixa, com o cabelo aloirado e os olhos num azul-turquesa. Trazia um pano de cozinha na mão e pelas mangas arregaçadas previ que a senhora era das minhas.

- Mãe ela é que quis. Eu bem que tentei convence-la mas ela é como tu, lembraste?

Senti as minhas bochechas aquecerem ainda mais. A mãe de Jack deu uma pequena gargalhada contagiante, pelo menos fez-me sorrir, e Jack revirou os olhos. Eles falaram sobre mim e, por mais normal que seja, fico curiosa e preocupada com o que Jack tenha contado acerca de mim.

- Bom dia, sou a mãe do Jack, Laurel. – A senhora apresentou-se ao aproximar-se.

- Bom dia. – Finalmente falei antes de a cumprimentar. – Jennifer como sabe.

- És ainda mais bonita ao vivo!

- Mãe...-Jack suspirou ao ver a sua mãe mexer no meu cabelo.

- Obrigada. – Sorri a Jack para lhe transmitir que estava tudo bem e não tinha mal nenhum. – Já sei porque é que o seu filho é tão giro...mas não lhe diga nada...

Sussurrei para Laurel em forma de elogio e ela riu baixinho.

- O pequeno-almoço está a nossa espera, não demorem.

Após um sorriso simpático, a senhora abandonou a entrada deixando-nos a sós.

- Tu coraste!

O meu namorado começou a gozar-me e colocou a mão na bocada devido ao enorme escândalo. Não esperava conhecer a mãe dele muito menos desta maneira e, como é óbvio, fiquei um pouco constrangida.

- Tu és tão fofinha! – Deu-me um beijo na bochecha ao apertar-me e eu senti-me, mais uma vez, o seu peluche. – Anda comer. Não eras capaz de recusar o pequeno-almoço a minha mãe pois não?

Olhou-me com os seus olhos de gato e eu abanei negativamente a cabeça.

- Não acredito que planeaste isto. - Falei já em caminho.

- Apenas pensei na hipótese e tudo correu como eu esperava. – Olhou-me inocentemente. – A não ser tu ficares vermelhinha... – Gargalhou ao entrarmos na cozinha.

- Fica a vontade! – Laurel disse ao sentar-se e eu repeti o gesto. – Não sei o que passou na cabeça do meu filho, até parecia que estava a tratar uma qualquer sabes...não que ele trouxesse as suas namoraditas para casa mas...-Explicou-se ao servir chá na sua caneca. – Chá?

Assenti com um sorriso, que percebia e que queria, e observei todo o cenário desta cena encantadora e nova. Sabia que namorar com Jack me traria coisas novas e para já só tem sido coisas boas.

- Estou aqui! – Relembrou a mãe da sua presença embora tenha falado de costas. - Ela é mais café. E adora fruta pela manhã.

- Oh peço desculpa. – A senhora levantou-se com um sorriso e procurou por algo com o olhar. – Eu não sabia então não preparei...

- Deixe estar, está ótimo assim! – Pousei a minha mão na sua, num ato de coragem e Jack gargalhou. Fi-la sentar-se ao esboçar um sorriso e provar o chá.

Jack pousou uma taça com iogurte e uma mistura qualquer de cereais e sementes no seu sítio e sentou-se. Entreolhamo-nos e eu bebi mais um pouco da bebida quente saborosa.

- Vocês já namoram?

Laurel foi direta, tão direta que o filho quase se engasgou.

- Sim. – Sorri-lhe um pouco corada. - Desculpe-me por me estar a conhecer assim, não era a minha ideia.

- Planeavas conhecer a minha mãe? – Desta vez Jack engasgou-se mesmo, tossindo em seguida. Assenti que sim e o sorriso de Laurel aumentou.

- Sempre que quiseres aparece por cá e podes dormir. Não és incómodo nenhum! – A mão quente e pequena agarrou a minha grande e pouco fria, acarinhando-me.- Estava tão ansiosa por te conhecer!

Agradeci e Jack continuou descontraído e sorridente. Os dois falaram de assuntos normais, sobre o trabalho e o que fariam durante o dia até a senhora de olhos turquesa interromper.

- Como é que conseguiste convence-la a namorar contigo?


***

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