The law

By bechloelight

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Camila Cabello está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na a... More

Capítulo 1 - Dois caminhos
Capítulo 2 - Milagres de Veronica Iglesias
Capítulo 3 - O encontro
Capítulo 4 - Destino?
Capítulo 6 - A parceria
Capítulo 7 - O julgamento part 2
Capítulo 8 - Lembranças
Capítulo 9 - Pausa na rotina
Capítulo 10 - O caso de Davidson James
Capítulo 11 - Os últimos momentos
Capítulo 12 - Los Angeles part. 1
Capítulo 13 - Los Angeles part 2
Capítulo 14 - Adeus
Capítulo 15 - O início do trabalho
Capítulo 16 - Separando as peças do quebra-cabeça
Capítulo 17 - Em busca da resposta certa
Capítulo 18 - Alá Taylor Jauregui
Capítulo 19 - Percepções
Capítulo 20 - Perdidas
Capítulo 21 - O julgamento de Sinu Cabello part. 1
Capítulo 22 - Esqueça...
Capítulo 23 - Passo 1 para esquecer
Capítulo 24 - Rebobinando...
Capítulo 25 - Deixando-a de lado
Capítulo 26 - Metáfora
Capítulo 27 - Entre nós duas
Capítulo 28 - Quase na cara da justiça
Capítulo 29 - O julgamento de Sinue Cabello part. 2
Capítulo 30 - O julgamento de Sinue Cabello part. 3
Capítulo 31 - Provações
Capítulo 32 - Final

Capítulo 5 - O julgamento part 1

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By bechloelight

Pov Lauren

O relógio na parede marcava as três horas. Estava sentada em uma pequena sala no prédio do tribunal. Sarah Hills estava sentada na minha frente e já conversavamos a alguns minutos.

- Preciso que me conte mais sobre o primeiro casamento de sua mãe.

A menina estava sentada, de braços cruzados e cabeça baixa. Andava muito abalada em minha presença. Sentia seu desconforto ao lembrar de tudo que passou. Levantei da cadeira e me sentei na mesa ao seu lado.

- Eu sei que é difícil relembrar tudo isso, mas eu preciso saber com exatidão de tudo para poder te ajudar, está bem?

Definitivamente, bem era a única coisa que ela não estava. Meu emocional era diariamente testado com essa profissão e nunca tinha sido abalada como estava sendo com esse caso. A loira respirou fundo e começou a falar.

- Eu não me lembro muito daquela época. Eu sempre estava sob efeito dos remédios para as alucinações. Mas, meu pai saía cedo para o trabalho e voltava no fim de tarde, até que começou a voltar só tarde da noite e mudou completamente com minha mãe. Alguns meses depois ela descobriu a traição.

Balancei a cabeça em concordância. Era o que eu havia pensado.

- Ótimo, isso pode ser usado a nosso favor.

- Como? - Perguntou.

- Há uma possibilidade de sua mãe estar em um estado de negação. Uma mãe normalmente apoiaria a filha, a não ser que para ela essa união seja imensamente importante.

- Como assim?

- Se sua mãe passou por diversas desilusões fortes, ela pode não acreditar que esteja acontecendo de novo.

A menina estava paralisada. Era de se esperar, com todas essas informações.

- Você fez os exames ou conseguiu um resultado recente como pedi? - Ela balançou a cabeça em concordância. - Ótimo, me entregue os resultados. - Se abaixou para pegar a bolsa ao seu lado no chão, retirar delas alguns papéis e me entregar. - Eu consegui que seu médico viesse. Se necessário ele vai depor hoje. - Um sorriso de alívio surgiu em seu rosto. - Você disse que seu padrasto tem total ciência sobre as alucinações não é?

- Sim.

- Ele vai usar isso contra nós. Mas quando isso acontecer, estaremos prontas. - Disse erguendo os resultados. - Ele não vai mais encostar em você. - Um sorriso torto apareceu brevemente em seu rosto.

Estávamos prontas.

Pov Camila

Acordei tarde naquele dia. Não tinha nada para fazer já que começaria a trabalhar só amanhã. Dinah, Normani e Ally pediram no trabalho para sair mais cedo dando como justificativa a faculdade. Almoçamos as quatro juntas em casa e assistimos um filme para passar o tempo.

Agora estávamos no carro. Ally dirigia a caminho do tribunal.

- Acham que ela ganha? - Dinah Perguntou olhando para mim e Mani por meio do retrovisor.

- Ela não perdeu um, em um ano na área. Já tiveram casos mais complicados do que este. Vai levar fácil. - Disse inteiramente convencida.

Não demorou muito, estávamos estacionando o carro perto do tribunal. Difícil conseguir uma vaga em meio a um local tão bagunçado. Haviam vários carros da mídia por todos os lados e muitas pessoas ocupando a enorme escadaria.

Subimos a mesma com certa dificuldade e passamos pela enorme porta de vidro adentrando o prédio. Pedimos por informações para chegarmos até o local onde aconteceria o julgamento. Após abrirmos a porta de madeira, entramos no tribunal.

Haviam apenas algumas pessoas sentadas nos enormes bancos de madeira. Diria que poucos familiares. Era possível reconhecer alguns estudantes do curso ali presentes e, sentado bem a frente, o Sr. Stanford. Assim que nos s viu ele se levantou e esperou que fôssemos até ele.

- Meninas! - Disse erguendo a mão e cumprimentando cada uma de nós. - Fico feliz que tenham vindo.

- Viemos ver o show da Jauregui. - Dinah disse brincando fazendo Normani sorrir.

- Então terão um excelente show! - Exclamou ele demonstrando certa animação. - Sentem-se! - Concluiu o homem sentando no banco.

Nos sentamos ao seu lado. Acabei por ficar na ponta, conseguindo uma ótima visão do tribunal.

O movimento começou alguns minutos depois. Um homem de vestes pretas entrou no local e assumiu o posto de juiz. Logo após ele se sentar, um homem mais velho, de aparentemente 40 anos, caminhou até a mesa à esquerda, junto de mais um homem. Claramente, o réu acompanhado de seu advogado.

Logo em seguida, duas mulheres caminharam em direção a mesa a minha direita. Uma loira, bonita e esbelta, com no máximo vinte e poucos anos, que me pareceu bem abalada, acompanhada de uma morena de excepcional postura que exalava de si segurança e imponência. Ela.

Lauren Jauregui.

Após alguns minutos conversando com a mulher, ela se virou para os presentes em quanto fechava seu terninho. Seus olhos percorreram o tribunal rapidamente até travarem em mim. Senti meu corpo enrijecer e um frio tomar conta de mim. Meus olhos estavam fixos nos dela, até que lentamente pararam de me fitar e ela se sentou. Meus batimentos cardíacos estavam levemente acelerados.

- Dia 21 de julho, 17:10. Declaro aberto o julgamento do réu, Robert Michel, perante a acusação de estupro de Sarah Hills. - Tomou em mãos o objeto de madeira e deu algumas batidas na base que havia em cima da mesa. - Como o réu se declara?

- Inocente.

Claro.. Ninguém vem a um tribunal ser julgado e se declara culpado. Preferem usufruir de: Inocente até que se prove o contrário.

A morena se levantou da cadeira e caminhou até o centro para começar a falar.

- Diante dos aqui presentes hoje, comunico que o réu, Robert Michel, acusado de estupro, cometeu o crime não só uma vez, mas diversas. Além de estupro, houveram agressões na qual seu corpo carrega as marcas. Diversos hematomas podem ser encontrados. Apesar de tardia a denúncia e de não terem sido encontrados restos de sêmen nos exames feitos, provar que esse homem, - Ela disse se aproximando dele, olhando-o nos olhos fixamente. - não só estuprou, como agrediu minha cliente, é perfeitamente possível.

Depois de mais alguns minutos falando a morena se sentou. O homem sentado atrás da outra mesa se levantou. Parecia ser também experiente, mas não estava totalmente focado. Suas mão estavam levemente molhadas de suor.

Após alguns minutos falando os básicos argumentos de defesa, ele se sentou e Lauren tornou a se levantar.

- A promotoria chama o réu ao banco. - Disse se apoiando na mesa.

O senhor se levantou e caminhou até o banco, onde permaneceu em pé até que uma mulher parou a sua frente para mostrar o que havia em suas mãos. O homem ergueu a mão direita e colocou-a em cima do livro a sua frente.

- Você jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade?

- Eu juro. - Disse se sentando. Era incrível o cinismo presente em sua expressão. E me parece que Jauregui também notou isso.

A morena se aproximou e olhou-o nos olhos.

- Então você se declara Inocente? - Perguntou.

- Sim. - Ele respondeu friamente.

- Então nunca encostou um dedo nela? Nunca a estuprou e nunca a agrediu?

- Não.

- E como explica os hematomas no corpo dela? - Ele negou com a cabeça.

- Ela sempre foi desastrada. Se não caiu, provavelmente bateu em si própria para me incriminar!

- Isso é uma mentira! - A loira gritou sentada na cadeira.

A Advogada fez um sinal a ela para que se acalmasse e depois voltou a focar no homem.

- Está dizendo que ela foi capaz de agredir a si mesma para te incriminar?

- Sim.

- Por que ela faria isso?

- Desde que conheci a mãe dela ela era louca! Sempre fui a favor de uma internação!

Impressionante como ele negava. Se coubesse a mim o veredito final, pelo seu comportamento já diria que ele é culpado.

- Explique melhor. O que quer dizer com louca?

- Ela sofria com alucinações! Me lembro de vários problemas que causou por isso. Aposto que as alucinações voltaram.

Eu via o júri fazendo anotações, o juiz se encontrava pensativo, mas ela tinha um singelo sorriso no rosto. Ela tem como provar que isso é uma mentira.

- Meritíssimo eu gostaria de chamar a testemunha número um ao banco.

A mulher fez um leve sinal em direção a um senhor vestido de branco sentado perto dela. Ele se levantou e caminhou em direção ao banco se sentando. Lauren caminhou até a mesa e pegou alguns papéis retornando à frente do homem.

- Pode dizer a todos quem é?

O homem, que me parecia bem calmo, respondeu com tranquilidade.

- Meu nome é James Willians, mas no ramo em que trabalho sou conhecido como Dr. Willians. Sou médico de Sarah Hills.

Lauren olhou os papéis em sua mão e os ergueu na altura de seu rosto.

- Isso em minhas mãos é um resultado, de um dos vários exames realizados pelo Srta. Sarah Hills. Lhe apresento como prova 1#. - Ela disse caminhando até a frente do juiz e entregando os papeis a ele. O homem os analisou e devolveu a ela, que entregou ao médico sentado. - Sr. Willians, pode ler o resultado para nós?

- Sim. - Ele disse em concordância antes de começar. - Como é possível deduzir através dessas imagens e desse documento, que pode ser interpretado por qualquer médico, que a atividade cerebral em todas as áreas do cérebro de Sarah estava abaixo do previsto quando foi realizado o exame.

- Pode explicar melhor a todos o significado do que acabou de dizer?

- Quando realizado eu esperava uma maior atividade nessa área do cérebro, - ele disse mostrando uma parte das imagens que estavam em meio aos papéis. - o que mostraria uma continuidade nas alucinações. Como isso não foi detectado, significa que a Srta. Hills estava livre das alucinações. Outros exames foram feitos para melhor confirmação e os resultados foram idênticos.

A morena mudou completamente a postura, se mostrando ainda mais imponente e fitou o homem de toga sentado pouco à cima.

- Todos os outros exames podem ser apresentados.

O homem concordou, e fez um sinal para que continuasse. Então ela agradeceu o médico que havia à ajudado e pediu para que se retirasse. Logo em seguida, chamou Sarah ao banco. Se antes a menina estava abalada, agora provavelmente ela não aguentaria segurar tudo dentro de si, se considerarmos o que faria agora. Mas se olharmos por outro lado, a garota chorar pode gerar comoção e isso será bom para ela.

A menina, que já tinha os olhos inchados por chorar antes de entrar no tribunal, se comprimiu no banco, claro sinal de medo é exclusão causado pela presença do homem a poucos metros que a olhava fixamente.

- Sarah, a algumas semanas atrás, no dia 6 de julho, você procurou a delegacia próxima a sua casa. Você confirma execução desse ato?

- Sim. - Ela disse de uma maneira quase inaudível.

- Pode dizer mais alto por favor?

- Sim. - Repetiu.

- Pode dizer o que foi fazer lá?

- Eu estava me sentindo insegura em casa.

- Porque?

- Eu não conseguia ficar tão perto de alguém que me faz mal. - Ela se encolhia a cada palavra.

- Quem te fez mais Sarah?

- E-ele! - Disse apontando para o réu sentado a alguns metros. Estava tremendo e com os olhos cheios de d'agua que escorreriam a qualquer momento.

- O que ele fez com você Sarah?

- Assim que ele conheceu minha mãe se aproximou de mim. No início ele só me observava muito, de maneira estranha.

- Defina estranha.

- Intensa demais. - Lauren balançou a cabeça.

- Prossiga.

- Depois de alguns meses ele começou a entrar no banheiro enquanto eu tomava meu banho. Me lembro de te-lo visto umas cinco vezes, ainda pode ter me visto outras vezes nas quais não o vi.

Hills, que já tinha as lágrimas caindo de seus olhos, negava com a cabeça de uma maneira desesperada enquanto falava.

- Ele sempre usava desculpas para justificar sua presença.

- Diga uma delas.

- As vezes, quando percebia sua presença ele me pedia algo que estava no armário. Uma vez, ele simplesmente ficou parado, me olhando, com aquele olhar que me dava... Nojo! - Disse entre os dentes, quase cuspindo as palavras.

Jauregui ficou calada alguns segundos antes de continuar o questionário.

- Ele só te olhava? - A loira negou com a cabeça. - Sarah, o julgamento está sendo documentado, eu preciso que fale.

- Não. - Ela respondeu.

- E o que mais ele fazia?

- Quando minha mãe saia de casa, ele me procurava em meu quarto. Então, uma noite ele trancou a porta.. - Travou sem conseguir terminar.

- Continue Sarah. - Chorava em desespero.

- Ele trancou a porta e retirou o cinto que usava. Me mandou deitar na cama. Eu lhe perguntei porque trancou a porta, porque estava ali e ele gritou comigo me mandando deitar de novo. Eu não o obedeci então ele me bateu com o cinto de couro. Uma, duas vezes. Me deitei na cama e ele abaixou as calças. Quando percebi o que ele faria tentei fugir. Corri até a porta e tentei destranca-la, mas ele me agarrou. Amarrou minhas mãos e me prendeu na cama. Colocou um pano em minha boca e.. E.. - Estava em prantos.

- Sarah, eu preciso que termine.

- Ele me estuprou! - O dom estridente tomou conta da tribunal. Ela olhou em direção a ele que sorria de uma maneira bem leve, quase imperceptível.

nico. Desgraçado. Filho da puta. Ele havia feito, não restava duvidas. Provavelmente, agora em sua mente revia os detalhes do que havia feito. Do crime que cometeu.

- Seu desgraçado! - Se levantou. Políciais se aproximaram dela enquanto Lauren chegava mais perto. - Como pôde ter feito isso comigo? E ainda ser capaz de me ameaçar para que não dissesse nada. Colocou minha mãe no meio disso! Usou dela como meu ponto fraco para você se favorecer! - Disse em desespero.

- Controle sua cliente Srta. jauregui.!

- Sarah, se acalme! Sente-se. - Aos poucos se aproximou dela a segurando. Depois retirou ela do banco. - Sem mais perguntas meritíssimo.

Eu já havia entrado ali sabendo que ela ganharia. Depois desse depoimento, da reação de Sarah e dos olhares de Robert, sem dúvidas ela ganharia. Mesmo que Sarah não tivesse sido estuprada, ela ganharia. O júri estava em suas mãos. Ela sabia que ganharia , estava bem calma. Exalava confiança.

Depois disso, o julgamento ainda durou cerca de quarenta minutos. Tudo estava a favor da morena. Depois de tanto tempo ali em sua presença, agora conseguia prestar atenção em seus olhos. Um belo verde esmeralda que brilhava de satisfação. Me senti hipnotizada por alguns minutos, como se algo me forçasse a olhar para eles.

Então a ação da Lauren me surpreendeu. A mim e a todos os presentes.

Pov Lauren

Caminhei em direção ao juiz que me olhava sem entender.

- Meritíssimo, eu estou com a ausência de uma testemunha. A falta dessa pode de certo modo me prejudicar. Eu não consegui faze-la vir, mas se me desse mais um tempo. - Ele negou com a cabeça pensativo. - Um dia, só um dia. É tempo suficiente para fazer o que eu preciso. - Depois de algum tempo me olhando cedeu. Tomou o grande objeto de madeira em mãos e fitou os presentes.

- Por pedido da promotoria, essa corte está em recesso por 24 horas. - Selou sua decisão com leves batidas na base de madeira.

- Protesto! -Clamou a defesa.

- A decisão foi tomada. Protesto negado. Fale o que tiver a dizer amanhã.

Inconformado, ele acompanhou Michel até os oficiais nas portas laterais do tribunal. Após isso, as pessoas começaram a dispersar. Fui de encontro a Sarah, que estava tentando arrumar seu choro.

- Está melhor? - Perguntei. Óbvio que não estava. Uma pergunta retórica a minha. ela balançou a cabeça para cima e para baixo em concordância.

- Sim.

- Vá para casa descansar um pouco. Preciso do celular daquela sua amiga. Megan... Se bem me lembro.

- Porque quer o telefone dela?

- De acordo com tudo que me disse, é possível deduzir que existe algo que ela não está de contando. Algo que vai nos ajudar.

- Claro. - Respondeu insegura.

Tomou o celular a procura do número e me disse para que eu anotasse. Assim, peguei minhas coisas na mesa e deixei o tribunal. Andava sozinha pelos corredores enquanto ela se aproximava de mim.

- Não tem mais nada para fazer Iglesias? - Parei no meio do corredor a olhando fixamente.

- Tenho. - Ela fechou um dos olhos e voltou a cabeça levemente para o teto. - Só que as vezes gosto de vadiar. - Ergui as sobrancelhas enquando a olhava. Nunca me engana. - Só me dê carona Jauregui.

Soltei um leve riso e neguei enquanto caminhava em sua direção.

- Abusada. - Adverti.

- Você não liga.

Caminhavamos juntas, novamente, pela grande escadaria quando o grupo de jornalista se aproximou mais uma vez.

- Srta. Jauregui, aqui por favor! Acha mesmo que Sarah Hills está dizendo a verdade? Robert Michel é mesmo culpado? - Puxei o ar para dentro de meus pulmões inflando o peito e ajeitando a postura para responder.

- Eu tenho certeza de que seu depoimento é verídico. Se não acreditasse nas palavras de minha cliente eu não estava a defendendo.

- Por que uma mãe não apóia a própria filha em uma situação como está?

- Eu tenho uma resposta a está pergunta, mas ela só será revelada amanhã no tribunal.

Então, finalmente, Keana se aproximou. Com seu sorriso no rosto, já bem conhecido por mim, começou a falar.

- Sempre é tão confiante em si, porque... - Em menos de um segundo o sorriso em seu rosto sumiu. Uma expressão de choque tomou conta de seu rosto.

Olhei para Vero sem entender. Ela levantou os ombros como um sinal de que também não sabia do que se tratava. Por um momento ignorei toda a imprensa presente e olhei para trás de mim a procura de algo que explicasse a reação de Issartel. Sem encontrar nada, voltei a olhar os jornalistas a minha frente.

- U-hum.. - Pigarreei voltando a atenção dela para mim.

- É... Porque interrompeu o julgamento?

- Precisava de mais um tempo para concretiza-lo. - Assim que terminei de dizer, vi que tinha dado abertura para que ela continuasse me atacando. Mas ela não o fez. Issartel se contentou com minha resposta e foi embora sem retrucar.

Me preparava para mais uma pergunta quando algo prendeu minha atenção atrás dos jornalistas. A morena com quem havia trocado olhares pouco antes do início do julgamento estava do outro lado da calçada. Conversava distraidamente com outras mulheres quando percebeu que eu a fitava. Nossos olhos se encontraram novamente. Calafrios tomaram meu corpo. Me peguei mordendo meu lábio inferior enquanto a olhava. Parecia ter entrado em uma espécie de transe.

Senti as mãos de Vero tocarem meu ombro e olhei para ela em um movimento brusco, que me fz sentir o pescoço doer, como se tivesse me assustado.

- Aí! - Levei a mão ao pescoço que doía. Vero ergueu os braços e as sobrancelhas.

- O que foi?

- Nada, eu só... - Voltei a olhar o outro lado da calçada, mas a mulher havia sumido. Bufei. Não consigo dizer por qual motivo. - Vamos?

- Claro. - Disse Vero me seguindo escada a baixo.

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