Contos & Contos

By JuanDiego87

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Contos de terror diversos. se você tiver medo, esse realmente não é um livro para você. deixei aqui os conto... More

A casa maldita.
O livro esquecido.
A foto
Diário de um assassino
A menina perdida
Recorrente a uma paixão
Minha colega de quarto
A Sombra.
AO CAIR DA NOITE

O fugitivo

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By JuanDiego87


      Um estranho homem se mudou para cá ontem. Ele desceu do carro e entrou em sua casa, depois sentou em uma das poucas poltronas, e fitava suas coisas entrarem.

Logo que os carregadores terminaram de entrar com sua mudança. Ele pareceu um pouco austero em falar com os homens que saíssem de sua casa. Ele logo apontou a porta da sala.

Estava regando as plantas da minha esposa no jardim, aqui sempre foi uma rua pacata sem nada para fazer. Crianças saem e correm por todos os lados após chegarem da escola.

Logo após minha entrada em casa, o velho veio ate sua varanda e olhou para todas as partes.

O velho vem ate o seu jardim e pendura em sua caixa de correios: Não perturbe. Não pise. Não chame.

Estranho um vizinho novo não querer que ninguém faça uma visita de boas vindas. Esta casa ficou anos fechada. Seus antigos donos morreram após um acidente no banheiro.

A pobre senhora Selma Oother caiu na banheira e teve uma fratura na cabeça, seu marido ao vê-la pela tarde, desceu foi ate sua varanda e quando seu relógio tocou às seis da tarde ele estourou sua cabeça, um tiro direto em baixo do queixo. Ele tinha um revolver guardado de quando voltou do exército.

O pobre senhor oother preferiu tirar sua vida a viver sem sua esposa.

Alguns falam em ver o casal na casa ainda após as seis da tarde, outros falam que foi o relógio que prendeu as almas do casal à casa. Eu não acredito nisso, essas historias para afugentar crianças bisbilhoteiras. Moro em frente a esta casa onde tudo aconteceu e nunca vi nada do tipo. Uma jovem chegou à casa do velho, parece ser para arrumar toda aquela bagunça deixada pela mudança. O velho vem até a porta para receber a moça. Eles se cumprimentam. Ela entra e olha tudo aquilo empilhado em sua sala.

Voltei para meu computador para saber um pouco sobre as histórias desta rua.

Sidney Auston nº 625, para onde este velho acaba de se mudar. Já havia outras historias de crimes nesta propriedade. Aqui ninguém fala tanto sobre isso, mas na tarde quando o Sr Oother se matou, havia muitas crianças na rua brincando. Suas famílias sumiram após o ocorrido. Nesta pesquisa mostra que muitas das crianças naquela tarde estão em tratamento até hoje.

Mostra também que mais de vinte casos ocorreram aqui. Esta rua ficou muito conhecida, o nº625 é cotado como o endereço mais macabro em Streetville. Nossa pequena cidade está ao sul de Londres e é conhecida pelo seu labirinto de ruas, daí ganhou este nome.

De volta a minha janela, vejo a pobre jovem abrindo caixas e mais caixas, ela passa a Mão no rosto toda hora. Mesmo estando um pouco frio a coitada está suando para arrumar a tranqueira do velho.

Ela agora parece arrumar o antigo quarto dos oother. Ele fora no antigo quarto do casal. Na sala ainda dá para ver os pés do antigo relógio. Onde há relatos por este objeto antigo e estranho.

O velho vem até a janela e olha para mim com uma cara feia de me deixe em paz. E fecha com raiva as cortinas de seu quarto.

O velho parece ser um bom homem, mais um pouco duro talvez pela vida sozinho.

São quase seis da tarde e a jovem ainda não saiu de lá. Talvez ela possa ser uma filha ou alguém que cuida dele.

Algumas crianças estão lá fora fazendo peripécias e brincadeiras.

Andam em suas bicicletas, correm e brincam de pegar, todas as tardes são assim por aqui. Só aos fins de semana todos se reúnem para ir ao lago, eu e minha esposa não temos ido muito desde a morte do nosso filho no lago.

Ele brincava alegre quando algo o agarrou e puxou para longe da margem, eu ainda lembro como tentei pegar meu filho e mergulhei até a exaustão. Mais foi inútil, ele sumiu nem seu corpo tivemos como enterrar.

Ainda o vejo correr e brincar por aqui. Minha esposa fala que vou enlouquecer. Todos os anos no mesmo dia em que ele desapareceu eu levo flores ate o lago.

Este caso está na pesquisa desta rua e arredores, o garoto do lago, assim que o pobre Michael ficou conhecido.

Estive sentado na varanda ainda há pouco, vi o velho reclamar do barulho que as crianças fazem na rua. Ele fechou toda a sua casa na tentativa de não ouvi-las. Ele deve ter vindo de um lugar sem pessoas por perto.

Hoje pela manhã um amigo veio tomar café aqui. E comentamos sobre o nosso vizinho estranho. O Jhorge acha que ele veio de algum sanatório, ele tem cara de psicopata. Rimos muito após este comentário, mas pode até ser, não sabemos ou conhecemos ele ainda. Não podemos afirmar nada sobre ele.

O Jhorge ficou de levantar a ficha dele, pois este amigo faz serviço social aqui em Streetville. Quando meu filho sumiu ele organizou equipes de busca e conseguiu com ajuda do governo dois mergulhadores para fazer uma busca pelo lago.

Meu amigo ficou de voltar aqui pela tarde para fazer um lanche antes do jantar.

A pobre jovem ainda está na casa do velho. Estou novamente no meu jardim para regar as plantas.

Não vejo o velho, talvez esteja na cama ainda. Ela está pendurando alguns enfeites sobre a lareira. Acho que seria um velho bacamarte, com a boca larga. Isso é um item legal para ter em sua sala. Não quero pensar que este pobre senhor seja ruim até conhecê-lo de verdade.

Indo até a cozinha vejo o velho descer as escadas, ele parece mostrar onde quer cada coisa à jovem garota. Ela parece mostrar-lhe onde pode colocar cada coisa, acho que para ficar mais combinado em sua sala.

Vejo o velho balançar a cabeça sem parar. Ele não parece querer a arrumação do jeito que a jovem supôs.

Dirigindo-se para cozinha, ele a chama. Acho que vão fazer um lanche ou tomar café.

Ele trás um enorme saco para fora, logo em seguida ele está com a porta de sua garagem aberta e coloca o saco na mala de seu carro.

Talvez itens velhos para doação.

Ela pendura um enorme quadro onde ficavam as fotos de família dos Oother. Parece estar vendo os Oother ali de novo.

Ele veio até uma cadeira em sua varanda e folheia seu jornal.

Ele parece um pouco alterado, bate uma xícara com força à mesa, e chama a jovem. Ela aparece de imediato ao seu lado. Como um fantasma que já estava à espera de ser solicitado.

Ele fala qualquer coisa a ela. Um pouco depois ela volta até ele e faz um comentário. Ele se levanta rápido e os dois entram em casa de novo.

Indo ao mercado com minha esposa, encontramos nossos amigos sempre. Eles andam muito por aqui e gostam de parar para conversar após as compras.

A esposa do Jhorge está aqui. Comentei com Margo.

Fomos ao seu encontro, ele fez a mesma pergunta que iríamos fazer: O nosso novo vizinho estranho. Como está sendo morar na frente dele?

Eu não falei sobre o velho, nem falei que o Jhorge ficou de levar algumas coisas lá em casa.

A segurança para nossas famílias é sempre importante. Eu perdi meu filho e faço uma palestra sobre isso todos os anos. Junto comigo também tem pais que perderam seus filhos. Acho que tentando saber quem seja este estranho, possamos nos precaver de alguma forma.

Após terminamos nossas compras. Fomos como de costume à sorveteria comprar calda para panquecas. O Jhorge estava lá e ofereci uma carona. Fomos até minha casa, ele disse não ter achado nada sobre o novo morador.

Ele procurou nos arquivos de locatários e compradores de imóveis, mas nada sobre o vizinho.

Comemos o bolo que minha esposa fez e tomamos o café, como de costume.

Já eram quase seis, e o Jhorge estava atrasado para seu jantar com sua querida família.

Quando abri a porta para que meu amigo pudesse sair, do outro lado da rua havia uma viatura parada. Dois policias falavam com a jovem na porta da casa.

O Jhorge seguiu seu caminho, eu fiquei a enrolar no jardim.

O velho estava no andar superior, parecia tranquilo. Os policiais entraram na residência e o velho veio até a sala. Um dos policias apontou a arma presa na parede. O velho foi até uma mesa de canto e retirou um papel. O policial olhou e devolveu para o velho. Eles apertaram as mãos e saíram.

Ao receber meu jornal, vi algo estranho. Um pequeno pedaço de papel estava preso, na primeira capa.

Você está bisbilhotando a pessoa errada, procure o que fazer e me deixe em paz. Seu vizinho da frente.

Mostrei para minha esposa e ela ficou nervosa, pois não o conhecemos. Não sabemos quem ele é.

Mas decidi que depois deste bilhete vou descobrir quem ele é.

Entrei em contato com a filha dos Oother, para saber quem seria o velho.

Jullia me falou sobre este homem como alguém que lutou na segunda guerra e estava aposentado agora. Ela não sabia muito sobre ele também.

Liguei par o Jhorge e contei o ocorrido e que falei com Jullia, mas não tinha nada de novo para falar com ele.

O velho não sai de casa, tudo quem faz é a jovem garota.

Estou pensando em seguir o carro dela. Sei lá, ver onde ela mora, ou aonde vai com o carro todos os dias.

Resolvemos procurar no hospital, aqui eles têm um programa para pessoas que passaram pela guerra.

Na recepção perguntei pelo endereço do velho, disse que estava fazendo um levantamento para integração de senhores ex-combatentes.

Descobri o nome. Walter Risther.

Liguei para o Jhorge, ele ficou de trazer tudo que encontrasse sobre este homem.

Após as 16h00min horas, recebi meu amigo. Tomamos um café, logo após ele abriu uma pasta com toda a vida de Walter.

Descobrimos que este senhor era um foragido perigoso, ele havia matado mais de vinte crianças em sua antiga cidade, e as enterrou em seu jardim. Uma forte chuva fez com que seu jardim fosse destruído, aparecendo assim os corpos ali enterrados.

Jhorge queria avisar a policia de imediato, mas não temos nada ainda para entregar o velho, não sabemos de nenhuma criança até agora desaparecida.

Os documentos relatam que ele se evadiu da casa onde morava sem deixar pistas. Ele tem um único erro: usar seu próprio nome.

Não temos fotos do velho, não podemos acusar ele de nada ainda. Falei para Jhorge.

Caso saibamos qualquer coisa sobre alguma das crianças por aqui iremos de imediato até ele.

Hoje acordei e me deparei com o velho saindo de carro com a jovem ao volante.

Passaram a manhã toda fora de casa. Não saí da minha janela um minuto se quer. Após as seis eles apareceram, ela com sacolas de um mercado que eu não conheço. Mas eles podem fazer suas compras em cidades vizinhas.

Ao entrar em casa o velho andou até o enorme quadro, e parecia chorar ao olhar pra ele. Foi para o seu quarto e chamou a jovem moça, após ela entrar em seu quarto ela fechou as cortinas.

Hoje fui até o lago dar uma volta. Sempre faço isso. É um costume desde que perdi meu filho.

Encontrei uma amiga da minha esposa. Que me perguntou se eu tinha visto seu filho, ele saiu à noite com outros garotos, ligou em seguida para avisar que dormiria na casa do colega.

Ela ligava para o outro garoto, mas ninguém atendia o telefonema.

Resolvi ajudar. Levei-a até a casa onde seu filho estava. A mãe do garoto avisou que ele tinha esquecido de avisá-la e foi direto para escola.

Quando voltei para casa, o velho estava em seu jardim gritando.

Crianças malditas, vão correr em outro lugar. Parem de pisar minha grama.

As crianças foram para suas casas.

A noite está gélida, não consigo ver através da janela. Só vejo luzes.

Uma brilhante luz azul invade minha janela. Outra viatura está na casa do velho Walter. Acho que por ele ter gritado tudo aquilo para as crianças pela tarde.

O telefone toca.

Jhorge esta me ligando para falar sobre um garoto desaparecido com seu amigo. A mulher que ajudei é vizinha dele.

As duas famílias estão loucas a procurara de seus filhos.

Após limpar minhas janelas, vejo o velho sentado em sua sala com a jovem perto dele.

Ele parece conversar com ela, eles olham um grande papel.

Relatei isso ao Jhorge, que me pediu para avisar sobre qualquer movimentação estranha.

O velho agora está com duas pás amarradas, perto da lareira. Ele pega um dos atiçadores de fogo. A jovem ainda lê o enorme papel.

Por hora pensei que eles podem ter sumido com os dois garotos. Eles saíram cedo, chegaram pela tarde com compras estranhas, agora têm pás em sua sala.

Jhorge chegou em minha casa.

Fomos até o meu quarto, nós tínhamos a vista da casa toda do velho pela janela.

A jovem tráz um saco preto e joga em cima da mesa. O velho olha com cautela algumas roupas. Elas estão sujas de lama, marcas marrons em blusa e calças.

Após o velho separar algumas roupas, entrega para a jovem que sai da sala novamente.

Jhorge acha que eles são cúmplices, que ela sabe de tudo que o velho faz. Sabe dos crimes cometidos por ele.

Os dois saem da sala. Ficamos tentando ver pra onde eles vão.

Resolvemos ir até seu jardim para vistoriar o movimento.

Eles discutem sobre roupas, qual cabe em quem.

Do outro lado da casa temos acesso para a janela do porão.

O casal está com dois corpos despidos, dentro de banheiras com um saco plástico.

Após vestirem os corpos, o velho leva um caixa estranha de madeira para a parte de cima da casa.

Jhorge manda que eu fique ali, que ele irá ver aonde o velho irá.

A jovem amarra o saco e usa na boca de um aspirador. Retira todo o sangue da banheira, limpa com destreza toda a cena.

O velho abre a caixa em sua mesa, ele está guardando as cabeças nesta caixa.

A jovem chama o velho, logo em seguida Jhorge volta para perto de mim, falando sobre a caixa estranha.

Eles estão subindo com os corpos.

Jhorge resolve abrir a janela e descer ao sótão.

Ele joga para fora da janela roupas sujas de sangue. Dois uniformes.

Agora temos tudo para pegar este assassino fugitivo.

Eles saem de carro com a mala aberta e dois enormes sacos à mostra.

Jhorge liga para a policia.

Após a chegada da viatura. Mostramos os uniformes para os policiais.

Eles se negam a entrar na residência. Não tem ninguém em casa.

Jhorge resolve mostrar o sótão, onde tudo aconteceu. Um saco foi deixado com roupas sujas. Jhorge se arrisca na invasão da casa mais uma vez.

Entrega o saco aos policiais.

Logo em seguida eles voltam com o carro.

O velho recebe os policias normalmente. Brinca sobre seu bacamarte.

- Senhores, aquilo não atira. Foi de meu avô. Está em minha família há quase cem anos.

- Não é isso que viemos ver hoje, Walter. Queremos ver seu sótão, esses rapazes viram algo estranho aqui.

Ele abre sua porta e deixa os policiais adentrarem sua residência com um sorriso enigmático.

Fomos para minha casa esperar aquilo tudo acabar.

Os policiais exigem que Walter abra a caixa em sua mesa. As cabeças dos garotos estão ali. Caem para fora da caixa. O velho é algemado.

A jovem desce armada e ordena que soltem o Walter. Ela faz um disparo para o alto. Walter consegue se soltar e corre em sua direção, os policiais efetuam disparos contra o casal.

Eles estão mortos, os policiais pedem uma ambulância. Uma equipe de buscas encontrou os corpos à beira do lago.

Os garotos foram esquartejados e dissecados.

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