Labirinto de Espelhos (Livro...

By BarbaraNegrao

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Sinopse Quando a estudante Eva Lins conhece o misterioso e sedutor Willian não imagina quais segredos ele po... More

Capítulo Um - Primeira Parte
Capitulo Um - Segunda Parte
Capítulo Dois - Primeira Parte
Capitulo Dois - Segunda Parte
Capítulo Três - Primeira Parte
Capítulo Três - Segunda Parte
Capítulo Quatro - Primeira Parte
Capítulo Quatro - Segunda Parte
Capítulo Cinco - Primeira Parte
Capítulo Cinco - Segunda Parte
Capítulo Seis - Primeira Parte
Capítulo Seis - Segunda Parte
Capítulo Sete - Primeira Parte
Capítulo Sete - Segunda Parte
Capítulo Oito - Primeira Parte.
Capítulo Oito - Segunda Parte
Capítulo Nove - Segunda Parte
Capítulo Dez - Primeira Parte
Capítulo Dez - Segunda Parte
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Capítulo Nove - Primeira Parte

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By BarbaraNegrao


Mais uma linda quinta chegou! Prontas para mais um capítulo? O que acontecerá com Eva e Willian? Eles estão apenas começando a se conhecer melhor!

Boa leitura Amorecas!

Willian me levou até seu carro e abriu a porta do passageiro para que eu pudesse entrar. O carro parecia novinho em folha, recém-saído da loja. E acho que realmente era. Sabe aquele cheiro característico de carro novo que aos poucos vai saindo? Ele tinha esse cheiro. Mas também cheirava a Willian. Um perfume de cravo com um toque amadeirado. Sabia que, mesmo que passassem mil anos, eu ainda me lembraria do perfume dele.

– Para onde? – perguntou, fechando sua porta ao se sentar ao meu lado.

– Não sei, o que você quer ver primeiro? Uma das sete maravilhas da cidade? Se começarmos agora, devemos demorar meia hora para dar uma volta e ver tudo – alertei, dando de ombros e sorrindo para ele.

– Então vamos dar várias voltas hoje, Eva. Não pretendo trazê-la para casa tão cedo – disse, olhando daquele modo que me fazia tremer por dentro.

E nesse instante meu estômago roncou alto.

– Acho que devemos começar por qualquer uma das sete maravilhas que tenha comida - disse ele.

– Então é só seguir reto e virar na terceira à direita até a estrada antiga, lá eu mostro aonde ir. Vou levá-lo em um lugar que faz o melhor pão na chapa da cidade.

– Você é quem manda – falou, batendo uma continência.

E sem nenhum aviso ele se inclinou para mim, seu rosto veio em minha direção, em menos de um segundo meu coração começou a galopar em meu peito.

Ele estava muito próximo. Pude sentir seu cheiro como ondas de calor que se chocavam contra minha pele.

Estávamos a poucos centímetros um do outro. Seus olhos verdes me fuzilavam. Mas não conseguia parar de olhar para seus lábios, que só podiam ter sido esculpidos por deuses e estavam a poucos centímetros dos meus.

Ele me beijaria no carro? Sim. Eu queria muito sentir seu beijo de novo.

Eu começaria a tremer de nervosismo e ansiedade. Entrelacei os dedos em meu colo para impedir que a tremedeira começasse.

Willian chegou o mais perto que pôde se inclinando para cima de mim, sem me tocar. Era possível duas pessoas estarem tão próximas e não se tocarem?

Eu não sabia mais onde estávamos, só aqueles lábios me importavam.

Comecei a fechar os olhos esperando que ele me beijasse, quando vi que Willian deslizou seu braço passando suavemente por meu queixo, tão suave que eu mal senti seu toque. Ele desviou os olhos dos meus por um instante e, sorrindo, pegou algo atrás do meu ombro e falou:

– Não esqueça do cinto – E falando isso, pude ver que ele estava puxando o cinto de segurança colocando-o em volta de mim e se afastando.

Não. Não se afaste.

Quase o puxei de volta para mim. Mas me contive.

Meu coração estava a mil, minhas mãos estavam tão apertadas em meu colo que quando afrouxei o aperto meus dedos doeram com a súbita corrente de sangue que voltou a fluir. Eles passaram de brancos arroxeados para a cor normal novamente.

– Está com frio? – Willian perguntou, olhando para os meus ombros que tremiam discretamente.

– Não. Estou bem – falei, tentando me recompor daquele momento.

– Então? Para onde você gostaria de me levar mesmo? – disse, ligando o carro.

Para meu o quarto, pensei. Mas logicamente não falei isso em voz alta.

– Reto, depois à terceira a direita. Eu vou te guiando.

Fomos até o Big Burger. Os lanches de lá eram uma delícia e tinham um milk-shake que dava de dez a zero em muito milk-shake de cidades maiores.

Chegamos a lanchonete em menos de dez minutos.

Seu carro estava tão quentinho e cheirando à Willian que fiquei triste por ter de sair dele.

Pegamos uma mesa bem no fundo da lanchonete e começamos a ver o cardápio esperando pelo atendimento.

Willian não desgrudava os olhos de mim nem por um segundo. Mesmo enquanto estava com o cardápio aberto em sua frente.

– Oi Eva, tudo bem? – uma voz conhecida me chamou.

Virei-me no banco e vi Leo, o filho do meu chefe, Rômulo. Meu chefe tinha uma lanchonete, um supermercado, uma loja de conveniências e uma farmácia. E Leo trabalhava em todos eles cobrindo os dias de funcionários que ficassem doentes, folgassem ou não pudessem ir por qualquer outro motivo. Nos víamos quase todas as semanas no supermercado quando ele tinha que cobrir alguém.

Leo era pau para toda obra e não ligava de um dia estar atendendo na farmácia, no outro, na loja de conveniências, e na semana seguinte cobrindo férias no caixa do supermercado.

Não somos amigos próximos, mas todas as vezes que trabalhamos juntos ele me tratava muito bem.

Com seus vinte anos, Leo tinha cabelos castanho-escuros encaracolados, mais ou menos 1,70 m, não era gordo nem magro e seus olhos eram de um castanho bem escuro.

– Oi, Leo. Tudo bem?

– Nossa, é um porche cayenne 4.8 Turbo S estacionado lá fora? – exclamou, olhando fixamente pela vitrine para o carro do qual tínhamos acabado de sair.

Eu não fazia a menor ideia.

Olhei para Willian, que assentiu distraidamente para mim.

– Sim – respondi para Leo.

– Uau – assobiou ele.

Homens e carros, pensei revirando os olhos.

– Substituindo quem hoje? – perguntei, chamando sua atenção.

– A Lara, ela torceu o pulso, então aqui estou – falou, desgrudando os
olhos do carro a contragosto e dando um sorriso largo para mim, mas que logo murchou ao ver Willian sentado na minha frente.

– Willian, Leo; Leo, Willian. – Não que minha superapresentação tivesse amenizado o clima, mas alguém tinha que falar alguma coisa.

Quando os dois se encararam, parecia que eu estava no meio de uma guerra por marcação de território.

– Prazer. – Willian mostrou um de seus sorrisos mais amistosos. Mas o sorriso não chegou em seus olhos.

– Não foi trabalhar hoje, Eva?

– Não. Seu pai teve algum problema e não pôde abrir o supermercado.

– Nossa. Isso é um milagre. – Nós dois rimos. – E quando Noah volta?

Tentei não fazer careta para sua pergunta, inesperada e um tanto quanto inconveniente.

Não queria discutir isso na frente de Willian. Dei uma olhada rápida para ele, que me observava sem demonstrar nada.

– Ele mudou da cidade – falei, tentando colocar um ponto-final na história.

– Que pena. – Seus olhos brilharam com minha resposta. – Vocês eram bem próximos, né?

Ai meu Deus, ele não vai parar de falar?

Suspirei profundamente sem responder à pergunta e dessa vez ele pareceu entender o recado e perguntou:

– O que vão querer?

Olhei para Willian esperando que ele pedisse.

– Já comi. Peça você.

Suspirei fundo. Mais uma vez comeria enquanto ele ficava me olhando.

Escolhi um queijo quente com salada e refrigerante.

– Já volto com seu pedido.

Fiquei sem jeito de enfrentar o olhar de Willian depois que Leo saiu para pegar meu pedido. Não queria discutir "esse" assunto com ele. Pelo me-os não agora.

– Então, o que você mais gosta de comer? – perguntou.

Graças aos céus, ele não insistiu no assunto de Noah e eu gostei ainda mais dele por isso.

– Comida no geral – falei rindo. O que era verdade. – Não sou fresca para comer. Encaro de tudo. Quase tudo. E você? Ainda na sua dieta?

– Sempre.

– Você não parece precisar de dieta. – Ao falar isso, me dei conta de que essa frase poderia ser interpretada de muitas formas.

– É uma dieta muito especial, não tenho muita escolha.

– Não pode sair dela nem um pouquinho?

– Melhor não. Sou muito metódico. Se saio da dieta, depois não consigo voltar. E isso é um problema.

– Talvez eu devesse tentar – falei. – Nunca me alimento direito. Adoro comer besteiras.

– Acho que não se adaptaria muito bem a minha dieta. – Mas agora não estava olhando para mim. Ele parecia perdido em seus pensamentos.

Leo trouxe meu almoço que estava com uma cara ótima.

– Bom apetite – falou, colocando o prato na minha frente e se retirando.

– Obrigada.

Ataquei a comida. Estava com muita fome. E estava mesmo uma delícia.

– Você e sua mãe se dão bem? - Willian perguntou enquanto me observava comer.

Fiz que sim com a cabeça enquanto mastigava.

– E seu pai?

Dei de ombros engolindo.

– Não sei. Ele foi embora quando eu ainda era pequena. Logo depois que nasci. Minha mãe fica muito magoada quando fala dele, por isso eu não insisto. É como um assunto proibido.

– Entendo.

– E seus pais? – perguntei, tentando saber mais sobre ele.
– Já faleceram.

Nossa.

– Sinto muito.

O que se fala em uma situação dessas? Só podia falar que sentia muito. Já era ruim não ter meu pai. Nem imagino como seria minha vida sem minha mãe.

– Está tudo bem, eles já faleceram há muitos anos.

– E você tem irmãos?

– Curiosa a meu respeito, Eva? – falou, com cara de desconfiado.

– Só você pode fazer perguntas pessoais? – Olhei para ele me fingindo de santa.

– É muito pessoal eu perguntar sobre seus pais? – Quis saber.

– É muito pessoal eu perguntar se você tem irmãos? – rebati, achando graça.

Willian ponderou sobre minha pergunta por um instante levantando uma sobrancelha e me analisando. Sustentei seu olhar para dar razão ao meu ponto de vista.

– Edgar – falou por fim.

– Edgar?

– Meu irmão se chama Edgar.

– Mais velho ou mais novo?

– Depende do ponto de vista – disse pensativo. – Somos gêmeos.

– Univitelinos? – minha pergunta saiu mais alta do que eu pretendia. Mas a ideia de existirem dois Willians na face da Terra foi demais para mim.

– Não – falou, rindo do meu entusiasmo mal contido. – Só somos parecidos fisicamente.

– Ele não veio para a cidade com você?

– Não. Ele estava viajando quando vim para cá.

Willian falava com muito carinho do irmão, o que me fez gostar dele de
imediato.

– Quer mais alguma coisa? – perguntou, assim que terminei de comer.

Fiz que não com a cabeça para ele.

Willian pediu a conta e claro que não me deixou pagar. Homens.

Quando estávamos quase saindo, Leo me chamou. Virei para Willian e
dei de ombros me desculpando.

– Espero você no carro. - disse ele saindo a lanchonete.

Voltei para ver o que ele queria.

– O que foi, Leo?

– Você e ele estão juntos?

Arregalei os olhos para ele. Que pergunta mais direta.

Olhei para onde o carro estava do lado de fora e vi que Willian estava encostado na porta do motorista com os braços cruzados parecendo uma escultura de cera de tão perfeito que estava.

– Vocês estão? – insistiu ele. – Eu sempre quis convidá-la para sair. Mas você estava sempre com Noah. E ele nunca respondia se vocês eram mais do que amigos ou não. – Leo me olhou sem jeito, passando a mão na nuca. Com certeza estava muito sem jeito de estar me fazendo aquelas perguntas. – Queria saber se quer sair comigo.

Tive que me lembrar de fechar a boca que estava aberta com suas perguntas indiscretas.

Ele estava mesmo me convidando para sair, sendo que era óbvio que eu estava saindo com Willian?

Ou não era tão óbvio assim?  Será que parecíamos só amigos?

– O que me diz, Eva?

Ele já estava vermelho esperando minha resposta. Achei melhor terminar com o sofrimento dele de uma vez.

– Leo, obrigada pelo convite, mas... Não, obrigada – falei, levantando os ombros como quem se desculpa.

Acho que não existe um jeito educado de dispensar uma pessoa. Um fora é sempre um fora.

Dei tchau a um Leo bem cabisbaixo e fui encontrar um Willian escultural encostado em seu carro me esperando.

– Olá – falei, sem jeito, esperando que ele não perguntasse o que o Leo queria comigo. Mas fui pega totalmente desprevenida quando Willian me puxou para seus braços me envolvendo e me beijando sem o menor pudor.

Perdi o equilíbrio com seu movimento e apoiei meu corpo no dele soltando meu peso sobre seu peito.

Envolvi seu pescoço com os braços retribuindo o beijo com vontade. Meu coração estava a mil em meu peito.

Willian afastou seu rosto do meu para poder olhar em meus olhos.

Eu deveria estar com cara de muita surpresa, pois ele me olhou com um sorriso de quem estava achando graça da minha cara.

– Nossa – falei, ainda sem fôlego. – O que foi isso?

– Estava tirando qualquer dúvida que seu amigo pudesse ter – e falando isso olhou em direção à lanchonete.

Virei o pescoço ainda encostada em Willian para olhar na mesma direção dele e vi que Leo estava nos observando de boca aberta do outro lado do vidro. Com certeza surpreso pelo ocorrido.

Fiquei vermelha na hora. Se ele tinha alguma dúvida de que tínhamos algo, agora não tinha mais.

Afastei-me de Willian me recompondo de nosso beijo e, sem coragem de olhar para Leo de novo, entrei no carro. Tentei não pensar mais sobre Leo. Nunca tínhamos tido nada. Então não tinha porque me sentir culpada.

Será que ele me levaria de volta para casa? Ainda não estava pronta para falar tchau para ele. Queria mais dele. Mais de Willian.

              __________________

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Até quinta que vem Amorecas!!
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