O Filho Do Meu Patrão (Romanc...

By qojorgeop95

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Me chamo John Kennedy e tudo começou quando conheci o filho do meu novo patrão. Alto, forte e muito bonito, J... More

O Filho do Meu Patrão
Prólogo
1.Sobre Mim
2. Demitido
3. Secretário Pessoal
4. Surpresas
5. O Filho Do Patrão
6. Desejo Perigoso
8. Presente De Desculpas
9. Doce Vingança
10. Colega De Trabalho
11. Jogo Perigoso
12. Me Desculpe
13. Alguns Medos
14. Escolhas
15. Erros Ou Acertos
16. Ficha Suja
17. Eu Te Amo
18. Redenção
19. Do Céu ao Inferno
Mary Kennedy (Small Chapter)
20. Visita Surpresa
21. Medos e Preconceitos
22. Cuidado
23. Verdades Reveladas
24. Eu Não Te Amo
25. Covil dos Abutres
26. Negócios
27. A Queda Part. 1
28. A Queda Part. 2
29. Fique
Uma Ligação Inesperada (Smal Capter)
30. Felizes para Sempre
31. Primo Kennedy
32. Bem-vindos a Porra do meu Noivado, Viados
33. Um Possível Romance
34. Um Possível Romance Part 2
35. Sem Promessas, Sem Decepções
36. Feridas
37. Pelos seus Pensamentos, Um Beijo
38. Sacrifícios
39. Sombras
40. Desejos Lícitos
41. Carla Findy
42. Carla Findy Part. 2
43. A Caça e o Caçador
44. Ultimato
Júnior Louis (Small Chapter)
45. Verdades Óbvias
John Kennedy (Small Chapter)
46. Despedidas
47. Ao Pôr-do-Sol (Extra Chapter)
Touch
Agradecimentos
Curiosidades
Playlist Spotify e YT Music (YouTube)
Almanaque Ilustrado de O Filho do Meu Patrão
3 Mil Vidas: Primeiro Capítulo

7. Herói

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By qojorgeop95

Estava há uma meia hora encarando a cruz pendurada no escritório do Sr Louis. Não sabia que diabos eu ainda estava fazendo ali. Uma semana havia se passado e toda aquela correria tinha acabado, finalmente. Porém o Sr Louis não me deu sossego: me enchia de papeladas desnecessárias para eu olhar sendo que de qualquer maneira teria que ter a vistoria dele e me mandava fazer coisas idiotas como pegar algum documento em tal lugar. Aquilo me extressava e quando chegava em casa só pensava em deitar na minha cama e dormir de exaustão.

Isso me fez pensar sobre o que o filho do meu patrão disse. Daqui pra frente só pioraria. Dei um grande suspiro de desânimo, queria um emprego que me desse uma grana boa e consegui, mas o que adianta ganhar bem e precisar de usar todo o dinheiro em analista e remédio para os nervos?

- Sr Kennedy? Preciso que você passe a noite em minha casa, tenho alguns serviços para você...

Suspirei novamente, dessa vez mais alto do que devia.

- Algum problema com isso? -perguntou ele.

- N-não senhor - sim senhor, tem um grande problema! Seu filho gostoso vai estar lá.

Já havia se passado alguns dias desde que eu tinha conversado com Júnior. Depois disso, o tinha visto uma ou duas vezes nas minhas rápidas visitas na mansão dos Louis e toda vez que ele me via sorria. Um sorriso de deixar qualquer garoto ou garota melado e bobo ao mesmo tempo. Ele era tão bonito e sorrindo só piorava as coisas, quer dizer, melhorava. Será que o encontraria novamente tempo o suficiente para ter outro daqueles papos noturnos? Meu coração ansiava que sim e meu cérebro torcia que não.

Não demorou muito para descobrir, não era nem seis horas da tarde e eu já estava lá naquela incrível mansão. Notei que hoje não havia muitos seguranças... Porque?

- Onde estão os seguranças? - perguntei, curioso.

- Provavelmente o irresponsável do meu filho deve ter dispensado - disse ele, notando também a ausência dos homens de preto.

Assim que saí do carro, não precisou nem o Sr Louis mandar, fui direto para o escritório. Só que, como eu disse uma vez, a casa é enorme e o caminho entre cada cômodo é quase que uma quadra. Vi Júnior na piscina com alguns amigos. Tava aí o motivo do sumiço de muitos seguranças. Eu também iria querer privacidade para me divertir com meus amigos sem que tivesse uma dúzia de caras nos observando.

Meu trajeto era simples: Garagem-Cozinha-Sala-Corredor-Escritório. Mas qualquer um pode se perder né? Acontece, principalmente quando há um cara super gostoso de sunga na piscina. Caminhei em passos largos, enquanto o Sr Louis atendia a um telefonema, era só eu passar pela área onde me daria uma ampla visão da piscina, ou melhor dizendo, do filho do meu patrão e depois entraria pela porta da sala e seguiria meu caminho. Mas quando a gente planeja alguma coisa com o coração, normalmente não dá certo. Na maioria das vezes para ser exato! Deduzi que tinha umas seis pessoas na festinha particular dele só que eram bem mais!!! Trinta. Ou seriam trinta e oito? Quarenta? Havia gente em todo lugar, saindo de todas as direções inclusive da sala... Dei de cara com dois caras que mais pareciam dois armários gigantes.

- Ora, ora. Está perdido garoto?

Pela cara deles - que não era nada legal - não tinham boas intenções. Conforme foram dando passos em minha direção eu fui me afastando. Meu coração estava na boca, o lugar era enorme e se eu gritasse das duas uma: me encontrariam mas eu perderia meu emprego ou ninguém escutariam e só pioraria a situação. Qual escolher?

Optei pela opção três: sair correndo. Como eu disse, esses caras davam dois de mim em tamanho e corpo. Foram cinco inúteis passos para eles me alcançarem. O fedor de álcool da mão de um dos carinhas que tampou minha boca antes que eu gritasse me fez ficar tonto e desesperado ao mesmo tempo. Bêbados, não tinham nada a perder...

Me debati tentando sem sucesso me soltar do desgraçado que me segurava. O outro olhava de um lado pro outro, vendo se não tinha ninguém.

- O que vamos fazer? - perguntou.

- Eu não sei. Vamos sair daqui com ele, pode chegar alguém e nos ver...

Ele mexeu com a mão em minha boca um pouquinho para eu ter a oportunidade de morder com todas as minhas forças. Ele gemeu de dor, porém não me soltou. Me pegou mais firme e dessa vez tampou fortemente minha boca.

Eu continuei lutando mas o filho da puta do outro carinha segurou minhas pernas.

Eles riram e pareciam mais eufóricos cada vez que eu lutava mais.

O que eles vão fazer comigo?

Se pelo menos houvesse algum segurança por perto... Vi duas garotas passarem pela gente enquanto eles me carregavam pra não sei aonde. Elas riam igual umas destrambelhadas, provavelmente estavam tão bêbadas quando esses dois aqui. Continuava me debatendo quando ouvi meu nome. Mais do que isso, quem chamava meu nome era o mais importante.

Júnior, pensei.

Só vi ele se aproximando e me tirando das garras daqueles dois marginais. Ele não foi nem um pouco delicado fazendo isso é quando finalmente me salvou partiu pra cima dos dois. Júnior era grande e forte mas aqueles caras eram dois.

Ainda em pânico, comecei a gritar pedindo ajuda, disparei a procura de um segurança. Assim que achei o chamei. Por sorte chegamos a tempo de não acontecer uma tragédia maior. Os dois caras estavam caídos no chão ensanguentados, provavelmente acordariam amanhã na cama de um hospital quebrados sem saber o real motivo. O segurança tirou Júnior de cima de um dos caras, nunca o tinha visto tão violento dando socos em um cara já inconsciente.

- Me larga, estou bem - disse Júnior ainda ofegante. Sua mão manchada de sangue.

Eu estava com os olhos arregalados, tanto pela tentativa de abuso como pela agressividade do filho do meu patrão.

Finalmente ele olhou pra mim. Seus olhos brilharam, não havia mais ódio ali, só... Preocupação.

- Você está bem? - perguntou.

Assenti, não conseguia falar.

- Mas que diabos está acontecendo aqui!!? - a voz do Sr Louis me fez tremer.

- Esses caras tentaram abusar de seu novo funcionário, papai - disse Júnior, senti um tom de sarcasmo em sua voz mas não entendi porque. Não era o momento de fazer brincadeiras.

O Sr Louis arregalou os olhos.

- Como é que é? Tirem esses dois nojentos daqui!!! - ordenou ele aos seus seguranças, agora em meio a confusão havia chegado um exército deles.

Os homens de preto carregaram os infelizes ainda inconscientes dali.

- E você - o Sr Louis apontou o dedo para o filho dele - está permanentemente proibido de trazer essa gentinha pra cá, entendeu? Cansei das suas maluquices. Chega de atitude de moleque.

O Sr Louis não gritou, mas estava bem exaltado. Suas palavras saíram firmes enquanto Júnior escutava com um olhar sinistro. O tempo todo permaneci ali encarando o chão sem me mexer.

- Você está bem Sr Kennedy? - pergunta Sr Louis.

Assenti novamente. Minha voz tinha sumido, literalmente.

Sr Louis chamou uma das empregadas e pediu pra ela me acompanhar até a cozinha, talvez ele tivesse notado que eu estava mentindo e não estava bem coisa nenhuma. Júnior havia sumido após a bronca do pai. Porque essas porcarias sempre tem que acontecer comigo?

Após uns dois copos de água com açúcar, Júnior aparece na cozinha. Aquele já tinha virado ponto de encontro de nós dois.

A empregada já havia sumido e estávamos a sós.

- Você está ferido - eu disse, assim que o vi entrando. Minha preocupação foi instantânea. Não gostava de vê-lo assim, machucado.

- Eu estou bem - disse ele em um sussurro.

Júnior se apoiou no balcão da cozinha, há alguns centímetros de mim. Agora estava vestido, usando uma calça jeans e uma camisa azul, seus cabelos ainda estavam úmidos. Ele não olhava pra mim, ao contrário de mim que o fitava sem nem piscar. Ele havia me salvado, duas vezes na verdade, já que naquela noite quando a gente se viu pela primeira vez eu corria algum tipo de perigo. Mas agora, Júnior era meu herói e além de tudo que eu já sentia por ele, um novo sentimento nasceu, admiração.

- Quero te pedir desculpas - finalmente disse, ainda não conseguia olhar pra mim.

- Desculpas pelo que? - perguntei confuso.

- Eu sou o culpado. Trouxe esses caras para dentro da minha casa e... - ele fechou os olhos, angustiado.

Nesse momento eu queria preencher esses poucos centímetros que havia entre nós e abraçá-lo.

- Você não tem culpa. Não podia advinhar que isso iria acontecer.

- Talvez se eu escolhesse melhor minhas amizades, não teria acontecido isso. Meu pai tem razão. Só vivo agindo como um moleque.

- Pra me defender você não agiu como um moleque - disse tentando confortá-lo.

Ele levantou a cabeça e olhou nos meus olhos. Agora Seu olhar continha um brilho diferente.

- É que quando eu vi o que aqueles caras estavam tentando fazer com você... Uma força maior me dominou.

Meu patrão entrou na cozinha.

- Kennedy? Pode ir pra casa, está liberado. E me desculpe pelo transtorno. Espero que ainda esteja disposto ao emprego...

Olhei para Júnior, como se eu esperasse alguma resposta daqueles lindos olhos verdes. E eu obtive minha resposta assim que ele olhou de volta, com a mesma intensidade.

- Claro, Senhor. Amanhã então - saí em direção à porta dos fundos, deixando meu patrão e o filho deles sozinhos pra trás.

Pensar no que tinha acontecido, era isso que faria o resto do dia. Fora o terror de quase ter sido estuprado ou coisa pior, a conversa que tive com Júnior foi o que mais me fez pensar. Droga, eu estava me envolvendo em algo que não me faria bem, ou faria? Não sabia responder, apenas sentiria. Mesmo sabendo que não podia sentir. Mas ele também sentia algo, ou não falaria todas aquelas coisas e me lançaria todos aqueles olhares.

Assim que cheguei em casa, fui direto para meu quarto, nem vi se Anna estava ou não. Queria me prender ao meu mundo imaginário onde todas as coisas impossíveis aconteciam. Ficaria um bom tempo nesse mundinho até voltar para a triste realidade. A de que teria que esquecer o Júnior mesmo o meu coração já estar gostando muito dele.

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