FLORES DO MEU CORAÇÃO, ESSE CAPÍTULO ESTÁ TENSO... PRECISO DE OPINIÕES, OK? :)
(RAMONZINHO NA FOTO)
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Capítulo XVIII Fim da Linha
Como dona Dolores e sua família passaram as festas de fim de ano fora, Keylli foi liberada para ir pra sua casa.
E assim, passou o Natal e também o Ano Novo. Keylli voltou para o trabalho. Nesse tempo em que ficou na casa da mãe, ela continuou recusando ligações de Edu e Ramon.
Mal retornou ao trabalho, ela foi abordada por Malu, que estava ansiosa para saber se seu plano havia dado certo.
— E aí Keylli, feliz Ano Novo atrasado. – Malu riu com cara de falsa.
— Pra você também. – respondeu sem dar a mínima, enquanto limpava os azulejos da cozinha, com um desengordurante.
— E aí Keylli, feliz Ano Novo atrasado. – Malu riu com cara de falsa.
— Pra você também. – respondeu sem dar a mínima, enquanto limpava os azulejos da cozinha, com um desengordurante.
— Então... Como foram suas festas de final de ano? Se divertiu muito?
— Demais, você não faz ideia. – Keylli respondeu sem olhá-la.
— Quem bom! – Malu sorriu desconfiada. — Mas correu tudo bem?
Key voltou seu olhar para a vilãzinha, tirou uns fiapos de seus cabelos que caiam em sua testa suada, e indagou com cara de zangada: — E por que não correria?
— Calma flor! – ela riu sem graça. — Foi apenas uma pergunta.
A partir dessa conversa, Keylli teve a certeza de que o encontro inesperado entre ela, Edu e Ramon, foi armado mesmo por Malu.
Pela cara de brava que Keylli fez, Malu também teve a certeza de que seu plano havia dado certo. Queria agora, esperar os efeitos colaterais da sua armação.
Á noite, Keylli foi passear com Edu pela orla da praia, afinal, não podia deixar de vê-lo.
— Meu pai perguntou por você, durante as festas de final de ano. – disse o rapaz, que vestia uma regata preta e bermuda branca.
— E aí, o que você disse pra ele?
— Disse a verdade, que você foi passar essas datas com sua família.
— Mas ele reclamou de alguma coisa? – ela perguntou receosa, colocando os cabelos esvoaçantes por trás da orelha.
— Não, ele ficou de boa. – respondeu, mudando de assunto: — Key... Estou te achando tão diferente de uns dias pra cá.
A moça ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse pensando na melhor resposta e pediu: — Posso te fazer uma pergunta?
— Claro.
Ela parou na frente do playboy e perguntou: — O que você sentiu de verdade, no dia em que nos beijamos no acampamento?
Ele se surpreendeu com essa pergunta, mas revelou tudo o que estava sentindo:
— Key... – Edu segurou em seu rosto. — Pra mim, isso não é mais um trato. Sei como eu sou, e se eu não sentisse nada de especial por você, eu não daria a mínima por te ver com aquele cara. Sinto por você algo que eu nunca imaginei... – ele deu uma pausa, a olhou nos olhos e por fim se declarou: — Eu te amo Keylli D,Waise!
Há alguns segundos atrás, Keylli não tinha certeza dos sentimentos de Edu por ela. Que Ramon a amava, ela sabia e recebeu prova disso quando o rapaz decidiu esperá-la. Quanto a Edu... Ela teve dúvidas, mas agora já não tinha mais. Ela precisava estar certa de tudo, para não tomar nenhuma decisão precipitada.
— Mas e você? Sente o quê? – ele se aproximou ainda mais.
— Eu não sei Edu... Ainda não sei. – ela encolheu os ombros. — Por isso me afastei de vocês e... Te peço que me entenda.
Com o coração apertado, Edu assentiu e afastou-se um pouco dela.
— Claro que eu te entendo. O tal do Ramon não sabe que você está dividida entre eu e ele, sabe?
— Claro que não! – Keylli arregalou os olhos. — Não tive coragem de contar pra ele.
— Não vou te pressionar, Key. Vou te deixar livre para decidir aquilo que for melhor pra você.
— Muito obrigada!
Ambos mantiveram a relação que tinham antes de se beijarem no acampamento. Tratavam-se como amigos, e os chamegos de namorados, só rolavam na presença de seu Mauro.
Passou-se o tempo, e chegamos ao décimo primeiro mês de "namoro".
Era noite de sexta-feira. Por volta das 19 horas, Ramon foi ao trabalho de Keylli e para sua alegria, a moça estava lá.
— Ramon, o que faz aqui? – Keylli perguntou nervosa, ao encontrá-lo na portaria do prédio.
— Que carinha é essa? – Ramon aproximou-se colocando a mão em seu rosto.
— Não é nada, só estou um pouco resfriada e com dor de cabeça. – Keylli explicou com a voz fanha.
— Então... Vou deixar você descansar.
— Não, tudo bem. Podemos conversar. – afirmou. Ela sentia muita falta de Ramon, já que o afastou demais.
— Tem certeza, amor?
— Não estou morrendo. – ela riu.
Keylli sentou-se com Ramon na escadaria do prédio onde ela trabalhava.
— É Key, hoje já faz onze meses. Mais um mês e acaba seu trato com aquele playboyzinho.
Ela concordou meio desanimada, pois sabia que estava chegando o momento de sua grande decisão.
— É... Já está acabando.
Percebendo o desânimo da namorada, Ramon perguntou atônito: — O que foi, amor? Não está feliz?
— Sim, claro. Estou radiante! – ela respondeu forçando um sorriso, tentando disfarçar.
— Eu também. Não vejo a hora de ficarmos juntos sem problemas.
— Vai ser muito show.
Keylli conversava com Ramon, sem nenhuma empolgação aparente.
— Tomara que passe bem rápido esse mês, mas já que é o último, vai demorar. – lamentou o rapaz pegando em suas mãos.
— Não vai não. Se um ano passou depressa, infelizmente um mês não vai demorar. – Keylli abaixou a cabeça entristecida.
— Infelizmente? – pasmou-se, olhando para a amada.
— Digo, felizmente. – ela se retratou, controlando o nervosismo.
— Key, você está indiferente. Parece desanimada.
— Ah, não estou não, é impressão sua. Estou tão empolgada quanto você. – Keylli forçou outro sorriso, se explicando: — Eu estou desanimada de cansaço, trabalhei muito hoje e misturando com esse resfriado, ficou pior. – ela disse, limpando o nariz com um lencinho.
— Menos mal. Não sei o que eu faria se você desistisse de mim pra ficar com aquele cara metido.
O rapaz a abraçou, e ela ficou sem saber o que fazer. Naquele momento, o seu coração batia mais forte por Edu. Sentiu que preferia estar nos braços do playboy, mas também não queria perder os carinhos de Ramon.
Ramon acariciou carinhosamente seus cabelos e aproximou-se para beijá-la, mas ela virou o rosto e disse: — Não, é melhor não! Estou resfriada e posso passar o vírus pra você. Nunca ouviu falar disso não?
— Sim, mas eu não me importo.
— Mas eu sim, Ramon. Ficar espirrando toda hora é muito nojento. – Keylli concluiu, fazendo cara de asco.
— Eu não concordo com você, mas tudo bem. – ele coçou a cabeça confuso. — Vamos guardar esse beijo pra quando você estiver melhor.
— Ótima ideia. – Key sorriu, se despedindo. — Agora eu tenho que ir, lembrei que deixei uma panela no fogo. Tchau!
Ela se levantou e entrou no prédio, enquanto o pobre do rapaz ficou só olhando sem entender nada.
Ramon não era bobo, se negava a acreditar, mas sabia que Keylli o escondia alguma coisa importante.
Naquela mesma noite, Edu conversava com Giovanne enquanto jogavam boliche num shopping.
— Noite de sexta... Você não deveria estar com sua namorada? – perguntou Giovanne.
— Ela não está se sentindo muito bem, e disse que queria dormir. Mas sabe Giovanne, eu e a Keylli estamos nos dando tão bem, que mesmo com esse lance de "tempo", eu acho que os meus dias de pegador acabaram.
— Tá gamadão hein, mano. – Giovanne disse arremessando uma bola, derrubando apenas três pinos.
— Nunca gostei de ninguém assim. – os olhos de Edu brilharam. — Já disse pra ela que a amo.
— Mas como assim seus dias de pegador acabaram?
— Pretendo pedi-la em namoro. – Edu sorriu.
— Ok, mas... Será que ela vai aceitar? Se esqueceu da existência do tal de Ramon?
— Não esqueci. Fiz simplesmente o que você disse, a conquistei.
— Tem certeza?
— Absoluta! – o playboy falou com segurança. — Depois daquele acampamento, sinto que tudo mudou entre nós, mesmo ela insistindo em se manter afastada. Ela me olha diferente e isso não estava nos planos. A Keylli não está confusa, apenas tem medo de expor sua escolha.
— Eu nunca te vi assim, vidrado numa garota. – Giovanne bateu em seu ombro. — O que essa mina te deu?
— Não sei explicar. – Eduardo suspirou. — Com ela eu me sinto uma nova pessoa. Um Edu que eu não conhecia.
— Acredite, nem eu.
Eles sorriram e continuaram jogando como se não estivessem lá, pois essa conversa os levava para longe dali, principalmente Edu.
Tudo é mais fácil quando existe amor dos dois lados. Entretanto, será que esse amor irá resistir á tantas mentiras? Mas esse sentimento é tão forte...