Psicose (Livro I)

De andiiep

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Melissa Parker é uma psiquiatra recém-formada que encontra seu primeiro emprego em um manicômio judiciário. E... Mai multe

Aviso Inicial
Prólogo
Um - St. Marcus Institute
Dois - A holandesa de Cambridge
Três - Inesperado
Quatro - Sutura
Cinco - Insônia
Seis - Happy Hour
Sete - Progresso
Oito - Passado
Nove - Proximidade
Dez - Embriaguez Acidental
Onze - Hormônios!
Doze - Corey vs Brian
Treze - Fotografia
Quatorze - Helvete
Quinze - Perigo
Dezesseis - Triângulo
Dezessete - Sobrenatural
Dezoito - Confusão
Dezenove - Corey vs Brian (parte 2)
Vinte - O plano mirabolante de Corey Sanders
Vinte e Um - Render-se
Vinte e Dois - Bipolaridade
Vinte e Três - Mensagem Sobrenatural
Vinte e Quatro - Intimidade
Vinte e Cinco - O inferno converte-se em paraíso
Vinte e Seis - Não Há Compaixão Com a Morte
Vinte e sete - Quebra-Cabeças
Vinte e Oito - O Passado Condena
Vinte e Nove - REDRUM
Trinta - Veritas Vos Liberabit
Trinta e Um - Plano de Fuga
Trinta e Dois - Luxúria
Trinta e Três - Preparação
Trinta e Quatro - Vai Dar Tudo Certo!
Trinta e Cinco - Um Sonho de Liberdade
Trinta e Seis - Scotland Yard
Trinta e Oito - Vigilância Constante
Trinta e Nove - Corpo e Alma
Quarenta - Encontros e Desencontros
Quarenta e Um - Armadilha
Quarenta e Dois - Salvação?
Quarenta e Três - Tentativa e Erro
Quarenta e Quatro - O Infeliz Retorno
Quarenta e Cinco - Do Pó Vieste...
Epílogo
AUTO MERCHAN

Trinta e Sete - Reencontro

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De andiiep


O sábado chegou mais rápido do que o esperado. Melissa queria que o tempo passasse, sim. Mas ao mesmo tempo sentia-se ansiosa para que ele parasse. A contradição era reflexo perfeito de sua vida.

Com a ajuda de Kate e um aplicativo de bússola no celular, ela se preparou para sair, antes que os passarinhos cantassem em sua janela. O sol ainda não havia nascido. Uma névoa branca e fantasmagórica cobria os arredores, deixando-os sombrios demais para se sair sozinha em meio a uma floresta desconhecida. Mas ela tinha que fazê-lo. Deixou o medo e o receio de lado, e, enrolando-se em seu pesado casaco de lã, enfiando os pés nas botas e um gorro na cabeça, Melissa saiu. Entre as mãos cobertas por luvas de couro, apertava a folha de papel que continha o mapa.

O guarda que vigiava o portão principal estava adormecido em seu posto. Melissa saiu pelo portão de pedestres sem chamar a atenção. Como indicado por Kate, deu a volta no muro imponente do St. Marcus, chegando aos fundos, ao portão pelo qual Corey havia escapado. Com o celular apontando para o norte, ela se dirigiu a leste, enfiando as botas na lama molhada pelo orvalho da manhã. O cheiro da grama era gostoso e a acalmava, enquanto todas as possibilidades mirabolantes de se perder em meio a todo aquele verde eram uma verdadeira tormenta.

Melissa tentava afastar os pensamentos pessimistas, forçando-se a apreciar a beleza que a disposição de todas aquelas árvores de troncos grossos e folhas tão verdes formavam. Após quinze minutos de uma caminhada silenciosa, em que o único som produzido era o de suas botas chocando-se contra o chão, ela encontrou a pedra identificada com tinta vermelha que o mapa de Kate indicava. Então seguiu para o sul, mais uma vez guiando-se pela bússola improvisada em seu celular.

Quanto mais Melissa andava, mais achava que não estava chegando a lugar algum. Pelo contrário, parecia se embrenhar cada vez mais na floresta, que a cada passo se tornava mais escura, mais perigosa. As árvores iam diminuindo o intervalo de espaço entre si. Era difícil manter o equilíbrio sem escorregar repetidas vezes. Embora seguisse à risca tudo o que Kate lhe havia dito e que o mapa indicava, era difícil não pensar na hipótese de estar indo para a direção contrária.

Quando, porém, a clareira que o mapa mostrava se materializou à sua frente, Melissa respirou um pouco mais aliviada. Era quase certo que estava no caminho. Mais dez minutos na direção leste novamente, e encontraria a misteriosa cabana que Kate disponibilizara para Corey. Enquanto dava os passos que a levariam aos braços dele novamente, seu coração parecia sentir a proximidade, e então ameaçava disparar.

Sua respiração estava ofegante porque não conseguia economizar na velocidade quando sabia que estava tão próxima. Seus instintos sabiam que sim. Suas mãos formigando, clamando pelo toque da pele quente dele, sabiam que sim.

Corey estava ali.

E Melissa não teve dúvidas quando, em meio àquele monte de árvores tão juntas, que pareciam interligadas entre si, uma pequena cabana de madeira velha surgiu.

Se não tivesse apertado bem os olhos, talvez a tal misteriosa cabana tivesse passado despercebida. Talvez Melissa só tivesse visto porque sabia que deveria estar ali. E porque da janela sem vidros ela enxergou, logo em seguida, a silhueta alta e forte de Corey. Apesar do frio cortante, ele estava, como de praxe, sem camisa. Suas tatuagens pareciam brilhar em meio à névoa que envolvia todo o local. Os músculos das costas se contorceram de um modo tão belo, que Melissa se pegou apreciando a cena. E teve que fechar a boca, quando percebeu que ela estava ridiculamente aberta demais.

O coração batia forte dentro de seu peito. E estava prestes a escapar de sua caixa torácica, quando Corey voltou o pescoço em sua direção. Ela teve que sorrir. E quando ele, cerrando os olhos azuis que brilhavam lindamente, a reconheceu, também o fez. Os lábios que ela sentia sede se curvaram de lado, daquele modo que ela amava, daquele modo que a fazia prisioneira dele. Então seus dentes brancos se mostraram, como se ele já esperasse por aquela visita.

Corey levantou a mão na altura do peito desnudo e com o dedo indicador a chamou. Como se precisasse... Em menos de um milésimo de segundo, Melissa já estava dando comando às pernas cansadas, e também bambas, para que fossem até ele. E ela foi.

Ele a recebeu na porta da simples cabana. Quando o viu de perto, podendo relembrar todos os detalhes de seu lindo rosto que sua memória não tivera o apreço de guardar, ela sentiu que, apesar do frio, tudo estava quente. Melissa estava com quem deveria estar e isso era tudo o que importava naquele singelo, porém mais do que significativo, momento. Ele estava bem, afinal, e nada mais importava.

— Você me deixou esperando por cinco dias inteiros, doutora... — foi o que Corey disse, ainda na porta. O sorriso de lado nos lábios.

— E você sobreviveu bem esse tempo todo...

— Precisei todas as noites de um corpo quente para me esquentar e tudo no que eu conseguia pensar era... Bem... Em você.

— Não parece com tanto frio, dada a sua falta crônica de roupas.

— Já estou acostumado, gosto da sensação do frio. — Ele deu de ombros. — Mas nada como o seu corpo para me esquentar, abro mão da sensação do frio sem pensar duas vezes.

Melissa sorriu. Corey não hesitou em levar as duas mãos à cintura dela para, com calma, puxá-la em sua direção. Uma das mãos foi ao rosto de Melissa, acariciá-la com aquele cuidado cirúrgico de sempre. E quando deixou de encarar cada mínimo detalhe do rosto dela, Corey olhou diretamente dentro de seus olhos.

Melissa sentiu o frio na barriga, e então que estava completa novamente. Corey deixou o sorriso de lado, e a intensidade com que a encarava só foi interrompida porque a necessidade de contato físico era gritante.

E gritava.

Corey acabou com a distância que ainda os separava, envolvendo Melissa com seus braços fortes. Abraçou Melissa com carinho e, talvez, necessidade. Porque Melissa também sentia necessidade dele. E o abraçou com tanto ou maior empenho, apertando seus braços em torno do pescoço dele. Assim ficaram por um tempo, apenas sentindo suas peles, suas essências, seus corações batendo forte, suas almas que se entrelaçavam eternamente.

Seu rosto escondido no pescoço de Corey era a melhor sensação. O perfume natural dele cravou em suas narinas. Corey estava quente, apesar da falta de roupas. E o fato de ter beijado do topo da cabeça de Melissa demoradamente, e depois ali ter apoiado seu queixo, a fez borbulhar de emoção por dentro.

Estar separada por cinco longos dias de Corey, só fez Melissa perceber o quão ridiculamente se encontrava apaixonada por ele. E mesmo que não esperasse o mesmo tipo de sentimento em retorno, somente o fato de ele estar ali, com ele, compartilhando daquele momento, já valia a pena. Fazia tudo valer a pena.

Melissa poderia jurar que respirava melhor quando estava com Corey.

Ou talvez apenas respirasse Corey Sanders, não oxigênio. Oxigênio era supérfluo com ele por perto.

— Eu não quero passar outro dia sem você...

— Shiu! — Corey sussurrou rouco — Estamos juntos agora. Vai dar tudo certo. Quando menos esperar, poderemos estar juntos novamente...

— Assim eu espero. — Melissa apertou os olhos, e se limitou a curtir as sensações apaixonadas que seu corpo descontrolado proporcionava.

Quando os braços de Corey afrouxaram o aperto em torno da cintura dela, foram apenas para finalmente fechar a porta e pressionar o corpo dela contra a madeira gasta.

O corpo musculoso de Corey pressionou Melissa a ponto de deixá-la deliciosamente sem ar. E quando ele se afastou minimamente, Melissa ofegou. Porque o ar entrava em seus pulmões e porque a necessidade de beijá-lo era tanta que chegava a sufocar. Ela não pensou duas vezes antes de agarrar-lhe a nuca com as unhas, fincá-las ali. Com autoridade, trouxe o rosto de Corey em sua direção. Tudo o que seus olhos conseguiam ver eram os lábios vermelhos, cheios e perfeitamente desenhados dele.

Desejo.

Explicaria com precisão o sentimento que dominava seu corpo e era senhor de todos os seus movimentos.

Corey sorriu ao ver a expressão esfomeada de Melissa, e brincou, mordendo seu lábio inferior. Apertou a cintura dela pelas brechas que seu casaco deixava, finalmente permitindo que seus lábios se tocassem. Era tudo o que Melissa precisava para continuar.

O beijo de Corey.

O maravilhoso beijo de Corey.

Aquele que, ao mínimo toque, tinha o poder de deixa-la hiperventilando e implorando por mais. Mais de suas línguas que lentamente abriram caminho de uma boca a outra, na perfeitamente ensaiada sincronia. Ao se tocarem, o quente e o frio provocaram um delicioso choque térmico, então a dança daqueles dois poderosos músculos começou. Os lábios e línguas deslizando, enquanto seus fluídos se trocavam.

Um pouco de suas almas também.

Tudo o que poderiam ceder um ao outro estava naquele gesto que, inicialmente, singelo e saudoso, passou a ser luxurioso e necessitado. Melissa apertou mais a nuca de Corey, puxou mais seus fios de cabelo. Corey conseguiu enfiar as mãos pela blusa de Melissa, então tentava arranhá-la com as unhas curtas, conseguindo com tal gesto arrepiar as partes que seu corpo que ainda não haviam se rendido até aquele momento. O calor chegou ao recinto, e não se dissipou quando, por falta pura e simples de ar, o beijo que acontecia teve que ser interrompido.

— Senti... Falta... Disso. — Corey ofegou entre as palavras.

Sua voz saiu rouca, de um jeito sexy, que fez Melissa querer agarrá-lo novamente. O cabelo bagunçado por ela mesma e os olhos cerrados eram uma tentação dos infernos.

— Eu também. — ela sorriu, enquanto suas mãos passeavam pelo peitoral definido dele, providencialmente descoberto.

Corey acompanhava com os olhos o movimentar dos dedos cobertos por luvas de Melissa. Ele falou em seguida:

— Eu acho que você deveria largar tudo e vir viver comigo nessa cabana.

— Claro... Mas eu prefiro uma ilha deserta no Caribe. Frio me deixa de mau humor.

— E mais bonita.

— Eu não vim aqui para isso então... — ela pigarreou, e o afastou, para que o pudesse encarar melhor.

— Qual o motivo da visita, doutora? — Corey ainda mantinha as mãos na cintura de Melissa.

— Temos que tirá-lo daqui o mais rápido possível.

— Acho que não... Estou tranquilo aqui. Além dos barulhos dos animais, nada me incomodou nesses dias.

— Se eu estou dizendo, é porque sei que existem coisas que podem vir incomodá-lo aqui.

— Não temos nenhum problema...

— A polícia está no St. Marcus. — Melissa interrompeu Corey.

Corey suspirou e torceu o lábio.

— Tudo bem, temos um problema. O que vamos fazer?

— Se tiver alguma ideia, sinta-se livre para compartilhar...

Corey balançou a cabeça em negação e se tornou, pela primeira vez, preocupado. Melissa apreciou isso, no final das contas.

— Kate e eu vamos pensar em alguma coisa. Só vim avisar para que fique esperto. Um investigador está por aí e vai vasculhar essa floresta até onde puder...

— Vou ficar ligado, doutora, não se preocupe com isso.

— Ótimo.

— Então... Agora que deu o seu recado... Quero dar o meu... — Corey deixou a expressão preocupada de lado, para que a maliciosa que tanto gostava voltasse ao lugar ao qual pertencia.

Quando ele sorriu de lado, Melissa sentiu as pernas bambearem a os hormônios agitarem. Corey não hesitou em prensá-la contra a porta novamente, roubando-lhe o ar e um tórrido beijo, enquanto começava a colocar todas as suas más intenções em prática.

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