Charlie

By AutoraBeaLourenco

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PLÁGIO É CRIME! (Art. 184 - Código Penal) CONTÉM CONTEÚDO ADULTO [+18] (Cenas de sexo explícito; Linguagem im... More

-Separação
-Charlie
-Inconveniente
-Tentativas
-Perrier Jouët
-Mentiras
-Determinada
-Imatura
-Doses
-Distância
-Intimação
-Magnético
-Última Noite
-Realmente Diferente
-Inferno
-"Prazer, sou um louco."
-Feliz, segura e quente.
-Apenas Suspeitos
-Culpada
-Intervenção
-Insanidade
-Lobo Mau
-Caso Chermont
-Minha Madrasta
**Just be Mine**

-Entre palhaços, bonecas e assassinos

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By AutoraBeaLourenco

Passaram-se poucos meses após meu último encontro com Charlie, e depois daquele dia ela não me procurou mais nem deu nenhum sinal sobre o divórcio.

Andrew estava trabalhando em dois empregos, apesar de não precisar pois o salário como auxiliar de escritório era suficiente para nós, e ele ainda estava cursando a faculdade. Eu sentia inveja da sua disposição para isso, eu mal aguentava acordar de manhã para ir a faculdade. Minha barriga estava começando a ficar mais evidente e Andrew gostando cada vez mais da ideia de ser pai.

Nós resolvemos todos os problemas que tínhamos. O apartamento já estava completamente organizado com as nossas coisas e a seguradora entregou outro carro para Andrew um mês depois daquele "acidente", estava indo tudo perfeitamente bem.

Mesmo assim eu esperei por alguma resposta de Charlie sobre o divórcio, mas depois de três semanas daquele último encontro minha ficha caiu. Ela nunca faria aquilo por mim e provavelmente estava com vergonha de me dizer. Apenas dei de ombros e segui minha vida com Andrew, já que havia decidido que era com ele que eu iria ficar.

Quando saí da faculdade em um dia qualquer, surpreendentemente, Charlie estava lá me esperando, encostada em seu carro aparentemente novo, com as mãos nos bolsos da calça e usando óculos escuros. Andei até ela rapidamente.

-O que está fazendo ai? Andrew pode ver você aqui!

-Ótimo! Assim você diz pra ele que vai ficar comigo.- Charlie segurou em meu queixo brevemente.

-Eu vou ficar com ele, Charlie.- Disse quase num sussurro.

-Você o que?!- Ela estava histérica- E tudo o que a gente conversou? Eu não sou sua palhaça! ELE deveria ser o palhaço da sua história.

-Parece que estamos todos entre palhaços, bonecas e assassinos, não é?

-Bonecas? Assassinos?- Ela franziu a testa- Precisa ser mais específica.

-Você me tratou feito uma boneca! Você aparece, usa e depois some... Olha pra mim!- Gesticulei para minha barriga- Já tem três meses que você não me procura.

-Eu disse que seria complicado, mas eu consegui achar uma brecha e agora você diz que não me quer mais, e que vai ficar com aquele otário.

-Acho que isso não te impedia de vir me ver, dizer o que está acontecendo...

-Ei! Espera... Você esqueceu de explicar o "assassino".

A encarei.

-Você bateu no carro do Andrew, não foi!?- Semicerrei os olhos.

-O que? Por que eu faria isso? Eu seria mais direta, tipo um tiro ou uma facada.

Revirei os olhos.

-Charlie, por favor. Não precisa mentir. Eu sei que foi você quem tentou atropelar ele..

-E falhei duas vezes.- Ela me encarou-Na próxima eu acerto.

-Ele chegou em casa molhado e sangrando por sua causa.- Cruzei os braços.

-Que pena. Não era nem pra ter chegado.- Charlie acendeu um cigarro.

-Você é doente.- Pus a mão na testa.

Ela segurou meu braço com a mão livre.

-Eu te avisei e na próxima eu não vou errar.- Ela encarou meus olhos.

Andrew chegou de repente soltando a mão de Charlie de mim.

-O que pensa que esta fazendo?- Ele perguntou nervoso.

-Era só o que faltava...- Charlie revirou os olhos.

-O que ela tá fazendo aqui, Elisa?-Andrew me olhou.

-Eu não sei...- Oscilei o olhar entre os dois.

-Como vai o nariz?- Charlie perguntou para Andrew, jogou o cigarro no chão e amassou com o pé.

-Nariz? Do que você está falando?- Andrew a olhou confuso.

-Não se machucou no acidente?

-Como você sabe sobre o acidente?- Ele franziu a testa.

-Eu acabei de contar pra ela, mas parece que ela ouviu "nariz" ao invés de "testa".- Fitei Charlie.

-É, eu cortei a testa. Mas já estou bem.- Ele ainda estava sério.

-Não vejo cicatriz.- Ela abaixou os óculos para olhar.

-Elisa cuidou muito bem de mim.- Andrew sorriu e beijou minha testa.

-Que ótimo!- Ela disse entre dentes cerrando sua mão em punho- Enfim, eu vou embora. Mais sorte da próxima vez Andrew.

Charlie estendeu a mão pra Andrew e ele a apertou com a testa franzida.

-Charlie, eu não vou ignorar o que vi aqui. Se eu ver você perto da Elisa, ameaçando ela outra vez eu vou na polícia.

E ele soltou sua mão.

-Escuta aqui Andrew...- Charlie deu uma pausa parecendo pensar- O que você viu não foi nada demais.- Ela sorriu- Olha, eu quero mostrar que sou uma boa pessoa, começamos com o pé errado. Vamos para minha casa do lago, relaxar... Aposto que vocês estão estressados com tudo isso e lá é bem calmo. O que acham?- Charlie olha pra mim. .

-NÃO! DE JEITO NENHUM!- Olhei em pânico para Andrew.

-Tem certeza, Elisa?- Charlie estava me fitando.

-Eu vou deixar ele decidir.- Respirei fundo contando com a sagacidade de Andrew.

-Eu não sei.- Andrew estava confuso-Tenho que pensar.

-Como quiserem. E Andrew, não se preocupe minha intenção não é machucar Elisa.

-Se é assim acho que não tem problema.- Andrew sorriu.

Ele era muito fácil de enganar. Revirei os olhos bufando.

-Ótimo! Nos falamos no final de semana então. Até mais.- Charlie entrou em seu carro e foi embora.

-Andrew...- Fiquei de frente para ele- Tem certeza que quer ir?

Tentei enviar sinais de alerta para ele com os olhos.

-Qual o problema?

-Charlie é... Impulsiva. Você já viu isso.

-Então você não quer ir?- Ele me olhou .

-Não estou confortável com essa ideia, mas é você quem decide.- Respirei fundo.

-Então não vamos. -Andrew pegou minha mão sorrindo.

Nós fomos até o carro e entramos, o dia estava quente demais para ficar parados alí no sol.

-Tudo bem.- Sorri aliviada por Andrew ter desistido.

Então ele ligou o carro e começou a dirigir para me deixar em casa e ir trabalhar.

-Queria ficar com você hoje, só nós dois em casa...- Disse encarando a rua.

-Eu também, mas tenho que ir trabalhar.- Ele sorriu de lado.

-Se não fosse por isso você não estaria se matando...- Apontei pra minha barriga.-

-"Isso" é o nosso filho.- Andrew acariciou minha barriga.

-Sinto tanto a sua falta.- Bufei.

-Eu também, amor...

Meia hora depois estávamos em nosso prédio. Andrew virou meu rosto para ele e olhou em meus olhos.

-O que quer pro jantar hoje?- Perguntei me soltando do sinto.

-Que tal uma comida italiana? Não precisa fazer, a gente pede.

-Perfeito.- Acariciei seu rosto- Não demora, ta bom!?

-Pode deixar.- Ele sorriu e piscou pra mim.

Não me contive em deixar Andrew ir daquele jeito, com aquela nova vida que estávamos vivendo quase não tínhamos tempo de ficar juntos como costumávamos.

-Vou te atrasar uns dois minutos!- Disse já subindo no colo de Andrew para beijá-lo.

Ele sorriu e segurou minha nuca me devolvendo o beijo de modo intenso. Fui movendo minha cabeça para o lado beijando seu rosto e desci para o seu pescoço. Andrew apertou minha bunda imediatamente me puxando pra mais perto de seu quadril.

-Você vai se atrasar muito desse jeito.- Arranhei sua nuca.

-Eu não consigo controlar.- Ele mordeu seu lábio inferior.

-O que acha de uma surpresa quando você chegar?- Olhei para sua calça e depois para ele.

-Acho ótimo.- Ele sorriu ainda mordendo o lábio.

Nós nos beijamos novamente com mais vontade, Andrew estava mordendo meu lábio e o puxando lentamente, e quando eu podia chupava sua língua. Parecia que Andrew estava começando a ficar duro.

-É impossivel ficar no seu colo sem sentir vontade de sentar nele.- Sussurrei em seu ouvido enquanto Andrew chupava loucamente meu pescoço- Assim vai acabar com a surpresa.

-Não fala assim...- Ele sussurrou e apertou minha bunda ainda com a boca em meu pescoço.

-Quero saber o que você faz pra me deixar com tanto tesão assim.- Disse lambendo sua orelha.

-A gente pode descobrir quando eu chegar em casa.- Ele deu um tapa forte em minha bunda.

-Vai me deixar esperando?- O encarei sorrindo maliciosamente.

-Quer que eu te mostre aqui mesmo?- Ele me olhou com a sobrancelha arqueada.

-Quero só um pouquinho pra não te atrasar.- Mordi o lábio.

-Hmm...- Ele colocou a mão por debaixo do meu vestido dentro da minha calcinha e começou a me masturbar, logo em seguida eu senti o pênis dele ficando mais rígido.

-Aaah!- Levantei um pouco o quadril e segurei em seus ombros.

Com a outra mão ele começou a abrir a calça e tirou seu pênis da cueca.

-Senta um pouco.- Ele sussurrou com um olhar sedutor segurando seu pênis.

-Não fala assim!- Apertei seus ombros por cima da camisa e puxei minha calcinha para o lado, sentei devagarinho em seu pênis completamente duro.

Andrew gemeu apertando minha bunda fortemente.

-Você é tão gostosa.- Ele fechou os olhos.

-Seu pau que é gostoso.- Sussurrei subindo e descendo devagar.

-Gosta dele?- Ele me olhou.

-Demais!- Disse gemendo pausadamente.

-Senta nele todo, vai.- Ele disse mordendo o lábio e segurou minha cintura.

Levantei meu quadril mais um pouco e sentei com vontade, meu tesão aumentou e eu comecei a quicar e rebolar nele.

-Aaaai que delícia. Eu adoro te foder.-Ele disse gemendo.

Puxei seu cabelo com força e comecei a quicar mais rápido, Andrew inclinou um pouco o banco e aquilo me fez sentir mais prazer. Transamos como loucos descontrolados.

-O carro... Ta balançando...- Disse ofegante e gemendo.

-É...- Ele sorriu- Não pára!

-Eu vou gozar!- Sussurrei com os olhos fortemente fechados e foi- Aaaah...

Fiquei cansada imediatamente. Mas Andrew não deixou que eu parasse ainda segurando minha cintura com força, em seguida ele gozou dentro de mim inclinando todo seu corpo para trás.

Descansei meu corpo sobre o dele sentindo seu pênis pulsando ainda dentro de mim.

-Você vai se atrasar bastante hoje.- Disse ofegante.

-Valeu muito a pena.- Ele disse também ofegante.

-Só troca de calça antes de sair do carro quando chegar lá.- Dei risada.

-Pode deixar.- Ele sorriu arrumando seu cabelo.

-Preciso deixar você ir... Mas não quero!- Beijei seus lábios delicadamente.

-Nem eu quero ir.- Ele disse durante o beijo.

-Então a gente se vê mais tarde.- Acariciei seu rosto e saí de seu colo.

-Me beija?- Ele arrumou sua calça.

-Não precisa pedir duas vezes.- Sorri, segurei em sua nuca e o beijei apaixonadamente.

-Eu amo seu beijo.- Andrew disse ainda de olhos fechados.

-Acho que estou amando você.- Sussurrei.

-Eu já te amo há muito tempo.- Ele acariciou meu rosto.

-Eu sei.- Sorri- Agora vai.

Pisquei para ele e sai do carro. As pessoas que estavam na rua ficaram me encarando de um jeito estranho, alguns com um olhar pervertido. Então eu entrei no prédio e subi correndo.

Peguei a chave na minha bolsa e coloquei na fechadura, notei que a porta estava destrancada.

-Esquecemos a porta aberta?- Murmurei sozinha.

Quando abri a porta dei de cara com Charlie olhando pela janela com um binóculo e fumando, gritei muito alto com o susto que levei. Ela me olhou de imediato.

-Pra que gritar? Sou só eu.- Seu tom de voz era calmo.

Pus a mão em meu peito sentindo meu coração acelerado.

-Esse é o ponto!- Entrei e joguei a bolsa no sofá- Pessoas normais esperam os residentes chegarem e tocam a campainha... Como entrou aqui? E o que você está observando?

-Esse apartamento é bem fácil de invadir, deveria ter cuidado. E o showzinho de vocês dois no carro...-Ela fez uma pausa respirando fundo-Decadente!

-Esse binóculo é da CIA por acaso!?- Perguntei surpresa por ela ter visto.

-Não. E você nunca cumpre o que fala.

-Do que esta falando?- Franzi a testa- E quer parar de fumar aqui?

Ela jogou o cigarro pela janela.

-Esquece.-Charlie revirou os olhos- Então já está indo arrumar suas malas?- Ela saiu da janela.

-Nós não vamos.- Cruzei os braços sorrindo.

-Tem certeza?- Sua sobrancelha estava arqueada- Acha que ele estará seguro aqui?

-E ele vai estar se estivermos com voce?

-Sim. Já ouviu aquele ditado "mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais ainda"? Então, estou seguindo isso.- Ela deu um sorriso irônico.

-O que você quer com ele?- Semi cerrei os olhos.

-Nada, só observar mais de perto...

-Você não vai machucar mais ele!- Fui pra cima de Charlie e ela segurou meus pulsos.

-Não me desafie!- Charlie disse entre dentes- E esse seu showzinho já me deu nos nervos.

-Me desculpa!- A olhei com medo.

-Assim é melhor.- Ela me soltou. .

Charlie ficou me encarando e eu pensando no que faria para dizer a Andrew que eu havia mudado de ideia.

-O que quer que eu diga? Já o convenci de que não quero ir, ele vai estranhar se eu mudar de idéias de repente.- Me afastei de Charlie.

-Você é inteligente, Lis. Vai dar um jeito. Se não...

-JÁ ENTENDI!- Me descontrolei- Você pode vir buscar a gente e eu "concordo" em ir em cima da hora.- Pus a mão na testa- Tudo bem?

-Ótimo!- Ela se aproximou de mim sorrindo e me envolveu em seus braços- Estava com saudades.

-Sei.- Olhei para a parede.

-É tô vendo que você não me quer mesmo.- Ela me soltou e pegou o binóculo na janela- Eu vou embora e a gente se vê no final de semana.

Charlie fazendo seu drama e como sempre eu cedendo a ele.

-A questão não é essa, Charlie. Você me magoou.- Me joguei no sofá.

-Eu te magoei por tentar resolver minha vida pra ficar com você? E você? Acha que não me magoou? Você continua transando com ele!- Charlie ficou nervosa.

-Você sumiu.- Deitei de lado no sofa encarando um ponto fixo na parede. Pude sentir as lágrimas inundando meu rosto e a almofada.

Por mais que eu quisesse ficar com Andrew e estivesse feliz ao seu lado eu não deixava de amar Charlie e querer ela por perto. Mas eu estava começando a sentir algo mais forte por ele, era inevitável. Meus sentimentos eram coisas que fugiam completamente do meu controle. Eu estava vivendo num triângulo amoroso viciante e doentio. Não conseguia abrir mão de nenhum dos lados, que eram completamente opostos. E no meu caso particular: Os opostos me atraem.

-Eu sumi porque não queria que sua mãe desconfiasse e ficasse histérica.- Charlie se aproximou.

-Tudo bem, mas não pode negar que com essa decisão não pensou em mim. Você não pensou como eu me sentiria ou o que eu pensaria...

-Eu penso em você todos os dias.- Charlie me interrompeu.

-Um olhar seu já bastaria pra eu saber que você não havia desistido.- Enxuguei meus olhos e me sentei- Não pode me culpar por pensar assim, já aconteceu muita coisa que me deixa insegura.

-Eu sei.- Charlie se abaixou a minha frente- Mas eu nunca vou desistir de você, já disse. Eu faço QUALQUER COISA pra ficar com você.

-Ficar sem você dói...- Respirei fundo- Mas agora eu também preciso dele, então por favor não o machuque. Por mim!?

Charlie se levantou.

-E onde eu entro na sua equação? Você não pensa no quanto me machucou?

-Eu sinto muito. Nunca quis te machucar e a culpa não é dele.- Fiquei de pé e segurei suas mãos- Quando a gente se conheceu eu me interessei por você por causa do seu jeito marcante e sua aparencia atraente, mas depois que nos transamos da primeira vez eu comecei a gostar de você de verdade. E virou uma paixao louca, depois se tornou amor e tudo de idiota que fiz foi pra tentar ter você só pra mim. Mas nada funcionou pra mim.

-E agora que finalmente podemos ficar juntas você escolhe ele. Não é hilário?- Ela soltou suas mãos.

-Você precisa me entender! Não quero que sinta raiva de mim.- Me aproximei mais.

-Antes fosse raiva... Olha, eu preciso ir embora agora- Charlie fechou os olhos os pressionando com força- Tchau, Elisa.

Ela andou até a porta e pegou na maçaneta.

-Charlie!- Disse alto pela ultima vez, corri até ela e a puxei.

Segurei seu rosto ficando na ponta dos pés, devido a sua altura, e a beijei. Ela não lutou contra nem por um segundo, envolveu seus braços ao redor da minha cintura e retribuiu meu beijo romanticamente.

-Você acaba comigo.- Ela disse de olhos fechados.

-Então é recíproco.- Disse sem parar de beijá-la.

Charlie então me beijou ininterruptamente me pegando no colo.

-Eu te amo.- Ela disse.

-Também amo você!- Passei meus braços em volta do seu pescoço.

Charlie se sentou no sofá comigo ainda em seu colo e acariciou primeiro minhas costas, depois os meus braços tirando as alças do meu vestido dos meus ombros.

Eu recuei.

-Não acho que você vai querer transar comigo agora...- Disse sem jeito.

-Você está linda.- Ela sorriu beijando meu ombro- Eu sempre vou desejar você, a não ser que você não queira.

-O problema não é esse...- Mexi em seu cabelo- Quer esperar eu tomar um banho?

-Aaah!- Charlie entendeu o problemas- Claro.- Disse desanimada e me colocou no sofá.- Ela olhou para o chão.

-Eu não demoro!

Levantei, fui até o quarto pegar roupas limpas e depois direto para o banheiro. Não demorei nem cinco minutos e voltei à sala.

Encontrei Charlie na janela olhando para fora, fumando novamente com uma expressão melancólica no olhar.

-Ta tudo bem?- Encostei meu corpo no dela acariciando seus braços.

-Não.- Charlie jogou seu cigarro fora e virou seu corpo para mim- Eu não consigo mais fingir que você não transou com ele, não consigo ignorar. O que eu sinto por você fala mais alto que o tesão, e olha que é enorme.

Ela olhou em meus olhos.

-Então... Podemos fazer outra coisa!- Segurei sua cintura- Você já comeu?

-Não, mas não tô com fome.- Ela deu de ombros.

-Você tem comido direito? Parece mais... Magra.- Levantei sua blusa para olhar sua barriga.

-Sua mãe não é do tipo que cozinha e eu não me arriscaria a comer se ela o fizesse.

-Por que?- Franzi a testa a levando para a cozinha.

-Deixa pra lá- Charlie bagunçou seu cabelo.

-Você costumava cozinhar quando eu estava lá.

Charlie se sentou na mesa.

-Você se tornou a minha motivação dentro daquela casa.- Charlie acariciou meu braço- Ficou tudo tão vazio sem você.

Sorri.

-Mas não deve ficar sem comer.

Fui até o armário e peguei um pacote de macarrão e queijo na geladeira. Comecei a cozinhar para ela.

-Eu nem consigo ficar em casa direito. - Charlie murmurou.

-Como assim?- Franzi a testa.

-Deixa pra lá...

Ficamos em silêncio por alguns minutos. O tempo exato de terminar meu macarrão com queijo. Deixei que esfriasse um pouco na pia, depois entreguei uma colher e a panela cheia para ela.

-Come tudo!- Disse apontando para ela.

Charlie começou a comer devagar, mas depois que sentiu o gosto logo se animou.

-Isso tá ótimo.- Ela sorriu.

-É sério, não aguento mais te ver assim. Conta logo o que aconteceu entre você e a minhã mãe.- Peguei sua mão.

-Na hora certa você vai saber.- Seu sorriso frouxo sumiu.

-Como foram esses últimos meses?- Acariciei seu rosto.

-Os piores da minha vida!

-Parece que vai muito além disso...

-Sim. Mas não importa agora.- Ela continuou comendo.

-Charlie, eu quero ajudar você!- Insisti.

-Quer me ajudar? Fique comigo, SÓ comigo.- Ela me olhou.

-Eu vou... Mas você precisa esperar um pouco.- A olhei- Sem dúvida Andrew vai querer ter contato com o filho e tenho certeza que você não vai querer ele indo na sua casa todos os dias...

-Vai fazer o que? Deixar o bebê com ele?- Ela riu sarcasticamente.

-Sim, esse é o meu plano.- Olhei seriamente para Charlie.

-Eu não me importaria em cuidar do bebê junto com você e podemos dar um jeito na questão das visitas do palhaço.

Revirei os olhos.

-Não tem problema, Charlie.- Sorri- Eu nem queria esse filho mesmo.

-Eu não entendo você.- Charlie terminou de comer.

Peguei as coisas e fui até a pia lavar.

-Por que? Eu nunca disse que queria um filho.- Dei de ombros.

-Você não abortou.

-Ele me impediu...

-Ele te amarrou?

Olhei para os lados.

-Não...

-Então, no fundo você quer ter esse filho.

-Eu só queria dar esse filho pra ele.

-Fala sério.- Charlie bufou.

-Você entenderia se estivesse na minha situação.

Terminei de lavar a louça, sequei as mãos e fui até Charlie.

-Talvez.- Ela revirou os olhos.

-Diante disso, você me promete que não vai machuca-lo enquanto estivermos na sua casa?- Segurei a mão dela.

-Só vai depender de você, Elisa.- Ela me olhou.

-O que eu tenho que fazer?

-O que eu te pedi, seja só minha.- Ela segurou minha cintura e levantou.

-Tudo bem.- Respirei fundo pensando em como isso seria difícil.

-Espero mesmo que acabe tudo bem.- Ela sorriu e me deu um selinho- Te vejo no sábado de manhã.

-Já vai?- Segurei seus braços.

-Sim. Vou aproveitar que sua mãe não está e pegar minhas coisas que ainda estão lá.- Charlie olhou minhas mãos- Adoro quando me segura assim.

-Se cuida!- A abracei.

-Digo o mesmo.- Charlie beijou minha cabeça e depois foi embora.

Não aconteceu mais nada de anormal pelo resto da semana. Quando chegou no sábado por volta das 10:00 Charlie foi até nosso apartamento para nos buscar.

-O que faz aqui, Charlie?- Andrew disse abrindo a porta vestido apenas de cueca, nós havíamos acabado de tomar o café.

-Vim buscar vocês.-Charlie evitou olhar Andrew- Não estão prontos?

-Elisa me disse que não quer ir.- Ele me olhou.

-Não?- Charlie me olhou também como se estivesse surpresa.

-Pode não ser uma má ideia, Andrew.- Olhei para Charlie.

-É Andrew- Ela quase vomitou ao dizer o nome dele- A casa é linda, enorme e perfeita pra um fim de semana.

-Tem certeza, Elisa?- Andrew me olhou novamente.

-Sim.- Sorri- Vai arrumar nossas coisas, já estou indo te ajudar. Só vou mostrar a cozinha à Charlie.

-Tudo bem.- E ele foi diretamente para o quarto.

-Achou que eu estava brincando?- Ela disse me puxando pela cintura.

-Não, mas imaginei que fosse desistir.

-Eu desisti alguma vez?- Charlie arqueou a sobrancelha.

-Não.- Sorri- Agora me solta, ele pode nos ver.

-Eu não ligaria.- Ela deu de ombros.

-Você AINDA é minha madrasta.- E me soltei.

-Logo serei muito mais do que isso.- Charlie piscou.

-Pode ficar a vontade. Se quiser comer alguma coisa...

-Tô bem assim.- Ela se sentou no sofá.

-Mas você já comeu, não é?- A encarei preocupada.

-Sim.- Charlie sorriu apreciando minha preocupação.

Charlie inclinou sua cabeça para o corredor me fazendo lembrar que deveria ir arrumar minhas coisas. Eu estava acuada como uma criança que sabe que vai ouvir sermão dos pais.

-Por que mudou de idéia?- Andrew perguntou fechando a porta assim que entrei.

-Nós não temos nada pra fazer mesmo, amor.- Respondi pegando algumas coisas no guarda roupas.

-Sei.- Andrew foi até o guarda roupas e pegou uma roupa para vestir.

-Não acredita em mim?- Franzi a testa vestindo uma calça.

-Sim, eu só achei estranho.- Andrew dobrou suas roupas e guardou.

-Não parece.- Pus uma blusa folgada e comecei brava a arrumar as minhas coisas.

Andrew não disse mais nada e terminou o que estava fazendo, pegou sua mala e saiu do quarto fechando a porta.

Quando eu terminei de arrumar as minhas fui até a sala. Encontrei Andrew servindo café para Charlie e me senti mal por mentir e enganar tanto ele. Ele era um cara tão doce, gentil e ingênuo...

-Vamos.- Disse indo abrir a porta.

Charlie se levantou de imediato e nós descemos para o seu carro. Eu ainda não estava falando com Andrew desde a conversa no quarto, achei que era uma ótima maneira de mantê-lo seguro e afastado se ele pensasse que eu estava brava com ele.

Colocamos as nossas coisas no porta-malas e entramos no carro. Eu fui no banco do carona e ele no banco de trás. Charlie colocou uma música ambiente, parecia mais um tema de suspense que estava me deixando tensa então sem seu consentimento eu a desliguei e o silêncio se impregnou nas paredes do carro.

Após algum tempo de estrada e em silêncio Charlie falou:

-Vocês vão adorar a casa.- Ela sorriu.

-No momento eu adoraria que você parasse.- Pus uma mão na barriga e a outra na boca.

-Você está bem pálida, Elisa.- Ele pôs a mão em meu ombro.

Charlie me olhou também e parou o carro em seguida em um acostamento.

Abri a porta e me soltei do cinto descendo do carro às pressas. Andrew foi logo atrás de mim e segurou meu cabelo, em seguida eu vomitei. Aquela longa viagem me deixou enjoada e Charlie me deixava nervosa com Andrew por perto.

Quando acabou olhei para Andrew e ele estava segurando uma garrafa com água e uma cartela de remédios para enjôo.

-Obrigada.- Disse sorrindo.

Peguei a água e lavei a boca, em seguida tomei os remédios.

-Não precisa.- Ele sorriu- Eu só quero cuidar de vocês.

-Como você está?- Charlie perguntou se aproximando.

-Enjoada.- Pus a mão na boca.

-Mas já vai passar.- Andrew disse acariciando minha barriga- Eu dei remédio pra ela, agora ela precisa deitar um pouco.

Charlie bufou discretamente.

-Vem atrás comigo?- Ele olhou em meus olhos castanhos com aqueles olhos profundos azuis.

Olhei Charlie. Ela me fuzilou parecendo assentir.

-Tudo bem.- Segurei em seu braço.

Voltamos para o carro e Charlie seguiu caminho, porém não tirava os olhos do retrovisor, vigiando Andrew e eu. De repente ele levantou minha blusa até meus seios e pôs sua mão quente em minha barriga como ele sempre fazia para amenizar minha dor. Charlie deu uma tossida muito mal fingida, mas que só eu notei, pois ela olhava pra mim me fitando enquanto Andrew olhava pela janela.

-Eu tô melhor.- Sorri mentindo- Obrigada.- Me sentei e segurei a mão de Andrew.

Pude ver um sorriso de satisfação no rosto de Charlie.

-Falta muito?- Andrew perguntou inquieto.- Sua casa é literalmente no meio do mato.- Andrew disse ao ver a quantidade de árvores em volta.

-Não. Só mais uns minutos.- Charlie respondeu- Gosto de privacidade.

-Meus amores precisam comer alguma coisa.- Andrew beijou minha testa.

Charlie revirou os olhos.

Após alguns instantes eu me recordei da entrada que dava para a casa de Charlie, logo vi o lago.

-Chegamos.- Disse Charlie parando.

Nós saímos do carro. Eu decidi ficar quieta.

-Nossa! Esse lugar é incrível.- Andrew disse reparando- Sua esposa não vem?

-Não. Ela está viajando.- Charlie disse pegando todas as coisas do carro e o trancando.

-Que chato...- Andrew pegou nossas coisas.

-É, muito chato.- Notei o tom de sarcasmo na voz de Charlie que já estava abrindo a porta da casa.

-Fiquem a vontade...

-É mais bonita ainda por dentro.- Andrew pos as malas no chão- Você tem bom gosto, Charlie.

-Obrigada, a Lis sabe disso.- Charlie começou a subir as escadas- Os quartos ficam lá em cima.

-Lis?- Andrew sussurrou me olhando.

Eu o encarei como se não soubesse o motivo para Charlie se referir mim com aquela intimidade.

-Onde nós vamos ficar?- Ele perguntou seguindo ela.

E eu seguindo ele.

-Podem ficar nesse quarto.- Charlie abriu a terceira porta do corredor.

-Obrigada.- Andrew disse educadamente e entrou colocando as malas em um canto.

Eu fiquei bastante surpresa por Charlie nos deixar ficar no mesmo quarto.

-Descansem um pouco, logo eu chamo vocês pra o jantar.- Ela estava sendo uma boa anfitriã.

-Tudo bem.- Respondi.

Charlie saiu e eu tranquei a porta. Tirei a calça que estava me incomodando e me deitei na cama enorme de casal no meio do quarto. Andrew se sentou ao meu lado.

-Quer alguma coisa, amor?- Ele pôs a mão em minha perna.

-Quero que você não saia do meu lado. Entendeu?- O encarei seriamente.

-Ok.- Ele franziu a testa- Charlie está sendo bem legal com a gente.

-É.- Disse olhando para o teto.

-Quer uma massagem?- Ele apertou minha coxa.

-Quero que você descanse.- Acariciei seu rosto- Você está sobrecarregado.

-Você deve estar mais.- Ele acariciou minha nuca com a outra mão.

-Nem um pouco.- Me arrepiei- Faculdade, dois empregos e um filho não são pra qualquer um.

-Quer me fazer relaxar?- Ele sorriu maliciosamente.

-Quero sim.- Mordi o lábio- Mas a Charlie está acordada...

-Então não vamos fazer barulho.-Andrew ficou em cima de mim e começou a beijar meu pescoço.

-Você não presta.- Dei risada baixinho.

Abri minhas pernas e as encaixei em sua cintura. Andrew subiu as suas mãos pela minha cintura por baixo da blusa e quando ia enfim começar a me beijar ouvimos batidas na porta. Meu coração quase correu para fora de mim.

-Que droga!- Ele murmurou- Parece que ela tem um sensor que apita quando estou muito perto de você.

Andrew saiu de cima de mim, eu me levantei e vesti a calça novamente.

-Talvez tenha.- Ri e fui abrir a porta.

-Só pra avisar que vou no mercado, fica à alguns quilômetros daqui. Preciso comprar mais cigarros.

-Tudo bem.- Deixei Andrew no quarto e desci com Charlie- Quer que eu prepare alguma coisa pra adiantar?

-Esqueci de fazer compras... Dá uma olhada pra mim no armário e vê o que tem pra fazer, por favor.

-Quase nada.- Disse olhando as coisas- Mas não precisa trazer muita coisa, é só um fim de semana.

-Algum pedido especial?

-Nada... Eu queria agradecer por estar sendo legal com ele.- Sorri.

Ela se aproximou.

-Acho até que mereço um pouco disso.- Charlie acariciou minha buceta por cima da calça.

-Talvez...- Disse mordendo o lábio.

-Você sabe onde é o meu quarto, bata na porta uma vez e eu vou acordar. Espere-me nua no sofá.- Ela disse sem parar de acariciar e me beijou em seguida- Preciso ir, até mais.- E saiu.

Decidi ficar ali mesmo na cozinha e beber um pouco de suco para segurar a fome até Charlie chegar e tentar baixar meu nível de tesão. Então ouvi Andrew descer as escadas me procurando.

-Elisa?- Ele veio até a cozinha.- Aah você tá aí.- Andrew sorriu- Charlie já foi?

-Sim... Por que?- Eu estava sentada na pia

-Por isso!- Sua voz estava grave.

Andrew se aproximou e segurou minha cintura me puxando para a beira da pia e me beijou de forma intensa que aumentou mais ainda meu tesão acumulado. O que não era uma boa ideia...

-Você não perde tempo.- Segurei em sua nuca mordendo meu lábio inferior.

Andrew me beijou novamente de forma mais intensa e rígida me apertando contra seu corpo. 

-Você é tão gostosa.- Ele sussurrou e começou a abrir sua calça.

-Aqui na cozinha?- Olhei para os lados.

-Por que não!? -Ele começou a beijar meu pescoço.

Segurei em seu cabelo entrelaçando meus dedos nele.

-Charlie pode chegar a qualquer minuto...

-Ela acabou de sair, não vai chegar tão cedo.- Andrew tirou minha blusa.

-Não faz assim...- Franzi a testa mordendo meu lábio.

-Não!?- Andrew deu um sorriso de lado- E se eu fizer assim?

Ele beijou meu ombro esquerdo e desceu deslizando seus lábios até meus seios e começou a chupar um devagar sugando o bico com bastante força e então alternou para o outro chupando com mais força e apertando o que acabara de chupar.

Apoiei minhas mãos no mármore da pia e empinei meu corpo para frente inclinando a cabeça para trás. 

-Se ela ver isso...- Fechei os olhos gemendo.

Andrew parou o que estava fazendo e beijou meus lábios brevemente para que eu me calasse.

-Tira a calça pra mim?- Ele sussurrou mordendo de leve minha orelha.

-Já tá aberta.- Sussurrei também- É só você puxar.

Então Andrew arrancou minha calça do meu corpo a jogando no chão, abriu minhas pernas e abaixou sua coluna deixando seu rosto entre elas e sem demora começou a lamber minha buceta usando toda sua língua. Pus os  pés em cima da pia e segurei sua cabeça o trazendo o mais próximo possível da minha buceta. Ele deixou suas mãos em minha virilha e com o indicador e médio da mão direita abriu mais a minha buceta enquanto o polegar da mão esquerda esfregava meu clitóris rapidamente.

Andrew parou depois de uns minutos e voltou sua posição ereta se aproximando mais de mim, voltei a apoiar minhas mãos não pia e ele continuava com os dois dedos acariciando minha buceta. Ele me lançou um sorriso safado e olhou para ela. Em seguida enfiou a ponta dos seus dedos em mim e me olhou sorrindo.

-É muito gostoso sentir você!- Ele mordeu fortemente o lábio e enfiou completamente os dedos em minha buceta.

-Hmmm...- Gemi baixinho.

Andrew tirou seus dedos de mim e estavam completamente molhados, ele não se conteve em chupar e sentir meu gosto. Então rapidamente tirou sua calça e cueca, seu pênis estava  completamente ereto. Ele o segurou me olhando de forma safada como se exibisse sua ferramenta avantajada para mim.

-Você quer um pouco disso?- Ele olhou seu pênis e depois para mim.

-Quero!- Disse mordendo o lábio com os bicos dos seios completamente duros.

Andrew sorriu.

-E quer onde?

-Aqui!- Dei uma leve batida em minha buceta a esfregando.

Andrew chegou mais perto e me puxou novamente para a beirada.
Ele esfregou a cabecinha de seu pênis duro em toda minha buceta. Enquanto ele fazia isso eu segurei seu pênis e o masturbei. Ele pôs as duas mãos na pia e fechou os olhos fortemente sentindo bastante prazer, eu conseguia sentir seu pênis pulsando na palma da minha mão.

-Deixa eu te foder?- Andrew sussurrou gemendo.

Coloquei seu pênis na entrada da minha buceta e disse:

-Me fode com força!- Olhei em seus olhos o provocando.

Suas mãos saíram da pia e envolveram meu corpo parando em minhas costas, ele colocou seu rosto próximo ao meu ouvido e quando ele meteu aquela coisa enorme e dura em mim bem fundo e com força eu o ouvi gemer como nunca antes, e suas mãos apertaram minhas costas.

Em seguida ele começou a meter continuamente com bastante velocidade sem deixar de lado  a intensidade. Andrew me deixou louca e sedenta por seu pênis, e alí eu disse coisas que nunca imaginaria dizer pra um cara.

-Mete esse caralho mim!- Minha voz saiu entrecortada.

Pus minha boca encostada em  seu ombro, de vez em quando eu o mordia, e minhas mãos arranhavam suas costas com uma força completamente anormal.

-Eu adoro seu pau na minha buceta...- Disse gemendo.

A cada palavra que meus lábios secos e promíscuos pronunciava, Andrew ficava mais louco e seu pênis pulsava e enrrigecia mais ainda dentro de mim. Acho que passamos quase meia hora fodendo loucamente naquela pia, era possível ouvir nossos gemidos ecoando, batendo nas paredes da cozinha e voltando aos nossos ouvidos. Eu já havia gozado, mas Andrew estava se segurando, ele queria continuar sentindo aquele prazer, acho que ele estava tendo um orgasmo ao me comer daquele jeito.

Além dos gemidos também era possível ouvir o barulho do atrito da nossa pele, que estava exageradamente audível. Pensei ter ouvido a porta da sala abrindo em algum momento, mas não pedi para Andrew parar, pois ele estava quase gozando, e de repente eu ouvi:

-Que merda!

Levamos um susto duplo. Involuntariamente Andrew gemeu alto e gozou... Demais! Sua porra escorreu da minha buceta até seu pau e um pouco caiu no chão.

-Qual o problema de vocês?- Charlie estava nervosa, mas manteve distância.

-Me desculpa, a culpa foi toda minha.-  Andrew disse ofegante e pegou suas roupas tampando seu pênis.

-Por favor, se vista e limpe a cozinha. Não quero comer nada com gosto de porra.-Charlie me olhou e pude sentir o ódio em seu olhar, porém ela estava fria.

-Pode subir, Andrew.- Desci da pia- Deixa que eu limpo.- Comecei a me vestir.

-Ok.- Andrew abaixou a cabeça e não a levantou até passar por Charlie que estava na entrada da cozinha olhando para o teto.

-Charlie...- Eu disse calmamente.

-Incrível!- Charlie disse sorrindo como se estivesse debochando de alguma coisa- Eu esqueci a carteira e não deu pra comprar muita coisa.- Ela colocou as coisas na mesa.

-Tá tudo bem?- A encarei franzindo a testa.

-Essa pergunta é um pouco idiota levando em consideração a cena que eu acabei de presenciar.- Ela me olhou com o olhar de alguém que está à beira da loucura.

-É que você parece tão... Controlada.

Peguei um pano embaixo da pia, alvejante e comecei a limpar a "bagunça ". Charlie sorriu sarcasticamente.

-Pois é. Se quiserem jantar façam vocês mesmos, já que se familiarizaram tanto com a cozinha. Eu vou pro meu quarto....- Ela fez uma pausa dramática- Pensar.

-Quer que eu queime esse pano?- Disse pegando ele do chão.

-Faça o que quiser.- Ela se virou e saiu da cozinha pisando duro.

Alguns minutos depois ouvi a porta do quarto batendo fortemente e em seguida os passos ligeiros de Andrew descendo as escadas voltando à cozinha.

-O que ela disse?- Andrew perguntou apreensivo.

-Pra gente cozinhar o jantar.- Joguei o pano no lixo- Então, o que quer comer?

-Só isso?- Andrew a franziu a testa.

-Sim... Estranho, não é?- Lavei as mãos.

-Muito.- Ele deu risada- Tô com fome, amor.

-Depois dessa performance qualquer um estaria.- Sorri- O que acha de lasanha?

-Perfeito!- Ele se aproximou- Quer ajuda?

-Quero sim.- Disse tirando as coisas das sacolas- Mas lava a mão antes, ela não quer nada com gosto de porra.

Andrew riu alto.

-Ok.- Ele foi até a pia e lavou as mãos com detergente- O que eu faço?

-Só cozinha a massa pra mim, eu vou fazer o resto.- Dei um tapa em sua bunda e ele sorriu.

-Pode deixar.- Ele pegou a massa, uma panela com água e colocou no fogo.

Eu não estava muito preocupada com Charlie, ela não pareceu tão destrutiva e perigosa como quando conversava comigo. Talvez ela tenha percebido que ser violenta não a ajudaria muito, mas é melhor previnir que remediar. Eu pensei em transar com Charlie, pelo menos na minha vida transar resolvia alguma coisa. Só queria deixá-la calma para que não saísse de controle de repente. Mas antes eu teria que fazer Andrew ir se deitar, então também precisava terminar o jantar.

-Acho que alguém aqui vai dormir vem cedo hoje.- Olhei sugestivamente para ele tentando puxar assunto.

-Acha?- Ele me olhou sorrindo.

-Tenho certeza.- Sorri- É impossível você não estar cansado.

-Na verdade eu estou muito relaxado.-Ele piscou pra mim.

-Foi gostoso pra você?- Disse sensualmente e passei a mão na sua bunda.

-Muito gostoso.- Ele se virou e me beijou brevemente- Você não tem ideia.

-Nunca vi você gozar daquele jeito.- Mordi o lábio.

-Foi você... Me deixou louco com seu modo de falar.- Andrew fechou os olhos parecendo relembrar.

Acho que Charlie nos abordou com a pergunta certa- "Qual é o problema de vocês!"- O único problema era que nós sentíamos tesão mútuo. Era quase inevitável um choque, como mexer em fios desencapados.

-Gosta quando eu falo "caralho"?- Sussurrei e tirei a panela do fogão para deixar a carne descansar um pouco.

-Eu adoro! Me deixa com muito tesão.-Ele sorriu maliciosamente.

Devagar eu o abracei por trás com as mãos em seu abdômen.

-E quando eu digo que adoro o seu pau?

Deslizei minhas mãos em seu abdômen até chegar em sua virilha e fiquei acariciando.

-Hmmmmm... Eu fico com vontade de te foder com muita força.- Ele tombou a cabeça para trás com os olhos fechados e mordendo o lábio.

-Se você não dormir cedo quem sabe a gente possa fazer isso...- Apertei seu pênis com  força e vontade.

Andrew gemeu.

-Não pretendo dormir cedo.

-Tudo bem.- Dei risada.

Andrew terminou sua tarefa, eu montei a lasanha e a colocamos no forno.  Ficou pronta em meia hora. Ele comeu muito bem, Charlie nem ao menos desceu para comer e aquela era uma ótima desculpa para eu visitá-la em seu quarto.

-Acha que eu devo subir e levar um pedaço pra ela?- Perguntei enquanto retirava a mesa.

-Acho que sim. Ela deve estar nervosa pelo o que viu.- Andrew pegou os pratos da minha mão- Vai lá.

-Tudo bem.- O beijei e coloquei um grande pedaço em um prato para ela- Me e espera no quarto.

-Pode deixar.- Ele sorriu.

Subi ligeira e bati na porta do quatro de Charlie. 

-Posso entrar?- Disse com a voz doce.

-Entra.- Sua voz soou baixa e ainda fria.

-Trouxe comida pra você.- Charlie estava sentada na janela fumando, usando apenas uma camiseta e cueca.

-Pode deixar aí na mesinha do lado da cama.- Ela tragou mais uma vez e me olhou- É só isso?

-Eu também quero te pedir desculpas.- Coloquei o prato na mesinha e sentei em sua cama.

-Eu te pedi uma coisa, UMA ÚNICA COISA. E você mais uma vez fez o contrário, é impressionante... Só não diga que não avisei das consequências.- Ela me olhou por um instante.

-Entao você vai ficar assim comigo?- Fui até a janela e me sentei a sua frente.

-Você quer que eu fique como, Elisa?- Ela riu melancolicamente.

-Eu gosto muito de vocês dois, Charlie.

-Você acha que eu sou que? Sua idiota? Ele você pode fazer de idiota, mas eu não. E espero que esteja Feliz com o que fez.- Ela terminou de fumar e jogou o que restou do cigarro pela janela.

-O que eu posso fazer pra você esquecer o que viu? Eu juro, foi sem querer. Não consegui me controlar.- Cheguei mais perto dela.

Charlie se levantou.

-Sai daqui antes que eu perca o pouco de respeito que eu tenho por você.- Ela apontou para a porta.

-Não faz assim comigo, Charlie...- Sussurrei agarrando sua camisa- Lembra da gente nesse quarto? O que acha se abrir algumas garrafas de Perrier Jouët?

Ela se soltou das minhas mãos.

-Elisa, vai embora.

-Entao não quer mais que eu te chame mais tarde?- Olhei em seus olhos.

-Me chamar pra que? Me deixa em paz vai.

-Pra conversar... Beber... Se você quiser, transar...

-Hoje eu não quero nada, muito menos transar.- Ela olhou nos meus olhos.

-Tudo bem, finja que eu não estou aqui, mas vou ficar até você jantar.

-Não estou com fome, já disse. Agora vai lá com o imbecil e aproveite bem essa noite.

-Por que está dizendo isso?

-Porque vamos embora logo.- Ela revirou os olhos.

-Tudo bem.

Fingi que iria embora, mas só invés joguei Charlie na cama, subi em seu colo e segurei seus pulsos.

-Come só um pouco, vai? Dai eu te deixo em paz.

-Ok.- Ela respirou fundo- Me solta que eu como.- Charlie virou a cabeça para o lado evitando me olhar.

-Hey...- Dei risada- Por que não quer me olhar?

-Elisa, eu não estou bem. Me dá um tempo por favor!- Charlie fechou os olhos fortemente.

-Eu posso te fazer ficar bem, mas você não quer deixar.- Me levantei- Pelo menos come.

Ela se sentou na cama.

-Eu vou.- Charlie olhou o prato.

-Charlie...- Disse abrindo a porta.

-O que?- Ela me olhou.

-Eu sei que não parece pra você, mas eu ainda te amo.- Sai do quarto e fechei a porta.

Entrei no quarto onde Andrew e eu iríamos dormir. Ele estava deitado de lado usando uma bermuda, cheguei quieta e me deitei atrás dele sentindo o cheiro de rosas em sua pele, proveniente do sabonete.

-Andrew?- Disse beijando seu ombro.

Nenhuma resposta, pois ele havia pegado no sono como eu dissera antes. O cobri com um edredom e desliguei a TV. Tomei um banho, vesti roupas limpas e fui me deitar também já que não me restava mais nada.

Os olhos ilegíveis de Charlie não saiam da minha cabeça. Eu sabia que tinha errado, mas ainda não conseguia me arrepender. Eram dois pensamentos antagônicos em uma só mente que me deixam confusa. Aquela foi a primeira vez que presenciei a dor que causara a Charlie e ela não estava nervosa, nem com raiva, ela estava magoada. Às vezes a mágoa é muito mais destrutiva que o próprio ódio.

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