Depois da tempestade

By DanielaKunt

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Eu era grata ao meu pai por me obrigar a ir na psicóloga aquela tarde pois eu te conheci enquanto aguardava... More

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A culpa não é minha
foda-se você
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Ela está aqui
Uma grande confusão
Coragem
Seu toque quente
Me faça sua
Minha terapia
Juntos
Dor e amor
Epílogo

Até a lua

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By DanielaKunt

Puxo minhas pernas para cima do sofá e as abraço contra meu corpo, fico ali encolhida por longos minutos enquanto a polícia conversa com Sean e dois paramédicos atendem Victório que está com o nariz quebrado e o maxilar igualmente fraturado.

O chão está com respingos de sangue por toda parte. Sinto náusea.

Meu rosto dói, mas não devia ser nem um terço da dor que ele está sentido, estou feliz por isso.

Um policial me fez algumas perguntas, apenas confirmando o que Sean já havia dito. Avisei sobre a câmera de segurança do lado de fora da casa e eles confirmaram a invasão.

Quero muito sair daqui.

Victório já está sendo levado quando meu pai surgiu como um furacão na sala de estar.

__Minha filha!-Me chamou se ajoelhando a minha frente.__Como você está? Me perdoe por não estar aqui, não a deixarei mais sozinha.

__Pai, a única coisa que quero agora é ficar sozinha.

Ele olha ao redor para toda aquela gente aglomerada ali e entende facilmente o que digo.

__Vem, vou deixa-la em seu quarto. Resolverei isso.

Assenti.

Lancei um breve olhar para Sean antes se sumir de vista. Ele deu um passo a frente querendo me seguir, mas foi barrado pelo policial que continuava lhe fazendo perguntas.

Me joguei na cama e fechei os olhos por alguns segundos antes do meu pai tomar minha atenção novamente.

__Aquele desgraçado fez alguma coisa com você? Ele...-Papai simplesmente não consegue completar a frase.

Nego em um balançar de cabeça.

__Você se importa se eu passar alguns anos longe? Acho que serei preso quando voltar lá para fora.

Se meu rosto não estivesse doendo e se não fosse muito mórbido eu estaria gargalhando agora.

__Ele já vai ter o que merece. E eu quero estar com você ao meu lado pai, então fique aqui por favor.

Ele senta na cama e me abraça.

__Me perdoe querida. Eu deveria ter imaginado, deveria ter feito algo. Sinto que não fui um bom pai, eu...

__Pare.-Peço olhando em seus olhos âmbar.__Você é o melhor pai.

Ele beija minha testa.

__Você é a mulher mais forte que conheço, sabia?

Sorrio brevemente.

__Eu quero dormir um pouco, mas antes você me garante que não fará nada quando sair daqui?

Ele meneia a cabeça.

__Descanse minha filha. Se precisar de algo estarei por perto, prometo.

Eu não consegui descansar nem por um segundo. Permaneci encolhida naquela cama por longos minutos.

Uma batida na porta e logo Sean adentrou com uma bolsa de gelo.

__Pro seu rosto. -Diz ele se acomodando ao meu lado.

Fechei os olhos quando ele tocou em minha bochecha.

__Eles já foram.-Avisa.

__Me diz que está tudo acabado.-Abro os olhos encarando-o.

__Sim. Ele nunca mais chegará perto de você.

Sua frase acaba por tirar um peso imenso de meus ombros, trazendo de volta o ar aos meus pulmões e o alívio em meu corpo.

Toco a mão de Sean que segura a bolsa de gelo em meu rosto. Seus dedos estão machucados, ainda tem sangue seco. Espremo os olhos com força e me levanto depressa, deixando o surpreso.

__Ise? O que houve?

Corro até o banheiro e ele vem imediatamente atrás de mim.

Pego a toalha de rosto e molho na torneira da pia.

__Não quero o sangue daquele monstro em suas mãos.-Digo sentindo-me furiosa e melancólica.__Me deixe cuidar de você também.-Pego seu punho e começo a deslizar a toalha úmida nos nós de seus dedos.

Sean passo sua outra mão atrás de minha nuca e puxa meu rosto até seus lábios selando um beijo em minha testa.

__Droga! eu amo tanto você.-Murmurou contra minha testa, como uma jura de amor que entrou diretamente em minha mente e desceu para o meu coração.

Suas palavras me pegam de surpresa deixando-me ligeiramente tímida, mas não me impede de sorrir.

A porta do meu quarto é escancarada e logo as vozes de meu pai e minha mãe causam uma grande confusão ali.

__Você não pode me proibir de vê-la!-Ellen gritou.

__Você não merece tê-la como filha. Não merece ser chamada de mãe, você é uma maldita egoísta, Ellen. Sempre foi!

Sean me abraçou como se seu abraço fosse capaz de criar paredes a prova de som ao redor de nós.

__Quer sair daqui? Eu te tiro daqui em um minuto. -Diz ele contra minha orelha.

__Não, eu preciso enfrenta-la. -Me afasto o suficiente para olha-lo.__E depois disso podemos viajar de moto por alguns dias, sem destino, podemos?-Digo torcendo para que seu trabalho não o impeça.

Ele sorri.

__Se você quiser eu peço até férias adiantadas para passar todo o tempo possível somente com você.

Sentindo-me forte o suficiente agora, tomo coragem e puxo ele pela mão  saindo do  banheiro onde nos abrigavamos.

Meus pais  ainda estão discutindo.

__Parem!-Digo chamando a atenção deles.

__Louise...-É minha mãe que fala.__Ele veio atrás de você mesmo?

Tiro algumas mechas de cabelo que cobre meu rosto deixando a mostra minha bochecha inchada e vermelha.

__Veio sim e me deixou um presente.-Digo irônica.__Eu não ligo mais para o fato de você não se importar comigo, mãe. Mas não quero que algum dia isso também aconteça com você.

Ela parece transtornada.

Desvia os olhos dos meus e olha para o teto como se quisesse empurrar suas lágrimas para cima novamente.

__Eu me importo, mas estava cega.-Diz voltando a me olhar. Seus olhos estão marejados, mas aquilo não me comove, se fosse a algum tempo atrás eu estaria satisfeita com esse pequeno gesto.__Você acha que pode me perdoar um dia?

Engulo em seco.

Olho para papai e depois para Sean.

__Eu não sei. -É a minha resposta mais sincera.__Não te odeio, mas não me peça para ama-la quando você mesma não soube fazer isso.

Ela concorda de forma exagerada e mais lágrimas descem por seu rosto.

__Vou melhorar. Sei que agora minhas palavras soam vazias para você, mas cumprirei pela primeira vez o que digo. Eles estarão de prova. -Diz se referindo ao meu pai e meu namorado.

__Já chega. Agora a única coisa que Louise precisa é descansar.-Disse papai intervindo.

__Tudo bem. Eu volto em outro momento para vê-la.

Ela se aproxima para me tocar, mas dou um passo atrás. Sean aperta minha mão fazendo-me soltar o ar que prendia.

__Tchau, mãe.-Aquela palavra sempre saia rasgada de minha garganta.

Ela sorri fracamente e deixa o quarto. Meu pai vai logo atrás deixando-nos a sós novamente.

__Você foi muito bem.-Disse puxando-me para seus braços.__Você é assustadoramente forte, depois de um dia como esse eu só iria desejar me esconder.

Sorrio.

__Você tem parte nisso. Agora que fui forte será que mereço uma viagem até a praia e depois até as montanhas, quem sabe?

__Se precisar eu te levo até a lua.

__Você já faz isso.

Sean me olha curioso e seu rosto brilha malícia em total expectativa.

__Toda vez que me toca.-Completo fazendo o homem a minha frente me fitar em total desejo.

__Se você quiser eu posso adiantar essa viagem agora então.

Sorrio e ele cobre minha boca com sua.

__No chuveiro... Eu quero experimentar-Digo arrancando um grunhido abafado dele.

__O que você quiser.-Murmurou me erguendo em seu colo.

Sean Winston tinha o poder de apagar qualquer momento ruim em minha vida com um simples beijo seu e isso é um grande privilégio que somente eu tenho.

[••••••]

Oi, oi gente. Como vocês estão? Curtiram o capítulo?
Estou aqui para avisar que essa é a reta final. O próximo capítulo é o fim. Já agradeço antecipadamente por todas que acompanharam.

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