Sean segura meu rosto entre suas mãos e me olha nos olhos.
__O que houve?
Dou de ombros.
__Ela não gostou muito de ouvir a verdade.
Ele acaricia minha bochecha me fazendo esquecer de todo o encontro caótico minutos atrás.
__Eu não devia ter deixado você vir. -Brinca.
Sorrio sem jeito.
__Espero que o convite para passar a noite em sua casa ainda esteja de pé.
__É claro que está.
__Louise!-O grito de minha mãe me faz estremecer entre as mãos de Sean.
__Droga! Vamos sair daqui. - Puxo ele pela mão até sua moto.
Coloco o capacete rápido e ele faz o mesmo. Sean acelera deixando minha mãe para trás.
Quando ele parou não estávamos em frente a sua casa estávamos em um bar. A fachada luminosa era convidativa, nunca havia entrado em um.
__Que tal espairecer um pouco antes de voltarmos?- Sugere tirando o capacete.
__Eu adoraria, mas acho que não poderei. Só tenho dezoito, a entrada é a partir de vinte e um anos.
__Eu venho aqui desde os dezenove não vão barrar, fique tranquila.
__Quantos anos você tem? - Indago percebendo que nunca havia perguntado.
__ Vinte e dois. E então quer entrar?
Assinto empolgada.
De fato passamos pela entrada sem problemas algum, Sean apenas sorriu para o segurança e passou por ele me puxando junto.
Tinha muita gente ali e a música era muito alta. Alguns dançavam animados enquanto outros estavam sentados no bar tomando suas bebidas.
__Eu quero experimentar alguma bebida.-Falei no ouvido dele.
Sean sorriu e me levou até o bar.
__Uma cerveja e coquetel sem muito álcool.-Pediu ele.
__Sem muito álcool? Só porque pensei que hoje ia esquecer todos meus problemas com tanto álcool a disposição.-Brinco.
__Eu quero você sóbria.- Sua voz não soa no mesmo tom brincalhão que o meu.
Ele se aproxima me prendendo contra o balcão. Minhas pernas amolecem.
__O que você está fazendo?- As palavras saem lentas.
__Pegando nossas bebidas. -Responde passando o coquetel ao meu lado e me entregando.
Engulo em seco quando ele se afasta e vira a cerveja na boca.
Tomo um pouco do coquetel sentindo uma mistura de cítrico e doce.
Em um segundo o drink estava em minha mão e no outro esparramado no chão quando Sean esbarrou em mim, ele segurou minha cabeça e minhas costas impedindo que eu desse com tudo no balcão.
Ainda estava desorientada, mas sabia que aquilo era confusão Sean havia sido empurrado propositalmente.
Confirmei minha teoria quando escutei o grito revoltado.
__O que você está fazendo aqui? Logo hoje seu desgraçado.
Sean se afasta de mim e então posso ver o rapaz que grita furioso. Ele tinha o cabelo loiro e vestia roupas caras.
__É bom te ver também Scott.
O tal Scott agarra Sean pelo colarinho da camiseta e o encara furioso.
__Lizzy está aqui e ela está bem então saia antes que você destrua isso.
Lizzy...
Aquele então era o irmão dela e o ex melhor amigo de Sean.
__Ela não precisa ver você paquerando outra garota.-Disse ele olhando brevemente pra mim.
Desvio os olhos deles e averiguo minha blusa toda molhada do coquetel.
__Sean, vamos embora.-Peço.
Sean empurra Scott e me olha.
__Não vamos. Scott não é o dono para exigir nada aqui. Vá ao banheiro e se seque vou pedir outra bebida pra você.-Diz nenhum pouco abalado com a presença de Scott.
__Mas...
__Vai Louise. Quando voltar não terá com o que se preocupar. -Ele me sorri, mas não é um sorriso genuíno.
Mesmo não querendo fazer aquilo eu faço. Deixo eles para trás e após alguns longos minutos encontro o banheiro.
Assim que abro a porta avisto um cara dando em cima de uma garota. Penso em fechar a porta de novo e deixá-los a sós, mas quando os olhos dela me encontram sinto seu pavor era um pedido de socorro.
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Depois da tempestade
ЧиклитEu era grata ao meu pai por me obrigar a ir na psicóloga aquela tarde pois eu te conheci enquanto aguardava nervosa naquela sala de espera, assim que te vi pensei que aquele lugar não era o ideal, você parecia forte e desinteressado demais para est...