Leah 2

By JaneViesseli

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"O mais novo alfa dos filhos da Lua estava ali em seus braços, meio quileute e meio cherokee, meio metamorfo... More

Uma Vida Normal
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte I
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte II
Genes Quileutes
Lua Cheia e os Genes de um Monstro
A Família Desunida
Mordida Letal
Não Mereço ser Seu Filho
A Garota Perfeita
Coisas de Mestiço
Terminando o Namoro
Conquistando-a - Parte I
Conquistando-a - Parte II
Visita a La Push
Compromisso
Mais Poderoso do que Esperávamos!
Minha Doce Porcelana
Segredo Revelado
Eu te Odeio, Harry Clearwater
Muito Mais que Rejeição
Bom ou Mau Dia?
Sonhos que Desmoronam
É Difícil Perdoar!
Atitudes Impensadas, Consequências Brutais
Lua Cheia
Não Consigo Ficar Longe de Você
O Retorno de Jacob
Ataque de Carlos Noolan - Parte I
Ataque de Carlos Noolan - Parte II
Quero Ser como Você
As Coisas Estranhas Nunca Acabam...
O Veneno Lupino
Não Topem com Vampiros
Mais Um Membro na Família... Ou Seriam Dois?
Acidente
Verdade Seja Dita
Transformação Completada
O Fim é Apenas o Começo

Família Noolan

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By JaneViesseli

Alguns dias se passaram desde a descoberta dos "talentos" de Harry. Muitos lobos passaram a vê-lo de forma diferente, como um mutante perigoso e destrutivo. Porém, ainda haviam os que continuavam seus amigos e que faziam piadas dizendo que, se algum dia ele lhes desse uma ordem alfa, com certeza o bateriam...

Nicolas continuava agindo de maneira estranha perto do mestiço e, por mais que lhe pedissem para liberá-lo da ordem alfa, ele se recusava, pois não queria vê-lo perto de sua amada Elena nunca mais.

Certo dia, Harry sente uma vontade sufocante de estar com Elena. Ele passara toda a manhã com a menina e até a levara para casa, mas, mesmo assim, seu imprinting o forçava a ir até ela. Já estava anoitecendo quando o mestiço se aproximou da casa dos Noolan, ele sabia que não seria muito bem-vindo, já que ainda não tinha sido oficialmente apresentado aos anfitriões, e, por isso, decide estacionar em outra rua, seguindo o restante do caminho a pé.

Somente o fato de estar perto dela, já o fazia feliz novamente.

Harry observa o ambiente por alguns instantes, notando que a porta que dava para a sacada estava aberta e que o cheiro embriagante que saia dele parecia chamá-lo como o canto de uma sereia. Ele se afasta alguns metros, tomando impulso e saltando em direção à sacada, segurando-a com ambas as mãos, sem ligar para o que os vizinhos poderiam pensar se o vissem.

― Elena – chama ele cautelosamente, procurando algum sinal de vida por ali. – Elena! – insisti.

― Santo Deus, Harry, o que você está fazendo? Está maluco? Se você cair quebrará um braço ou uma perna... Venha, suba logo! – Tenta puxá-lo, mas ele não se move.

― Não saio daqui até me dar um beijo!

― Pare de brincadeiras, suba logo.

― Ops! Acho que estou quase caindo – brinca ele, fazendo seus braços vacilarem.

― Está bem, mas segure firme.

Elena se debruça na sacada tentando alcançá-lo, mas era difícil, pois ele estava muito mais abaixo. Harry puxa seu corpo para cima, quase não sentindo o próprio peso corporal e alcança os lábios femininos ali mesmo, pendurado. E depois do beijo, Elena tenta içá-lo novamente, com medo de que caísse.

Harry se erguera praticamente sozinho, pois a humana não tinha força suficiente para isso, e, para ele, não era desafio nenhum escalar aquela sacada. Assim que sente seus pés firmes no chão novamente, o mestiço envolve a cintura de Elena, os aproximando, mas recebendo alguns empurrões como resultado.

― Estamos na sacada, Harry, o que as pessoas irão pensar ao vê-lo entrando aqui a essa hora? Venha para dentro. – Entra. – E cuidado com o degrau.

― Que deg...

Harry mal conseguira completar sua frase, pois logo sente seu pé esquerdo pisar no vazio e seu corpo tombar para frente, caindo por cima de Elena e levando-a ao chão junto a ele.

― Eu disse para tomar cuidado com o degrau.

― Desculpe, eu não o vi a tempo.

Elena estava presa pelo peso do corpo masculino. Seus rostos estavam próximos demais e ela podia sentir muito bem o calor que emanava dele, atravessando suas roupas tão finas e invadindo o seu próprio corpo. Harry se aproxima lentamente e logo eles estavam se beijando novamente.

― Elena, você está bem? – chama a Sra Noolan do lado de fora, fazendo os dois se levantarem no mesmo instante. – Que barulho foi esse?

― Droga, é a minha mãe, você precisa se esconder – sussurra desesperada.

― Eu não sei onde – sussurra de volta.

― Ali, debaixo da cama, rápido.

Harry se joga para baixo do móvel, no exato momento em que a mulher abre a porta.

― Não foi nada demais, mãe, eu caí naquele degrau de novo. – Revira os olhos.

― Já devia ter se acostumado com ele, filha. – Ri. – Nós estamos indo, ok? Comporte-se.

A mulher beija a testa da filha carinhosamente, se retira e, minutos depois, Elena pôde ouvir o barulho do carro da família deixando a garagem e partindo.

― Pode sair agora – pede Elena. – Que susto você me deu, Harry, isso são horas de vir me visitar? E se pendurar em minha sacada? O que faria se fosse descoberto? Ou pior, e se caísse e se machucasse?

― Senti uma vontade imensa de vir vê-la. – Sorri torto. – Me desculpe se não foi uma boa ideia, acho melhor eu ir embora.

― Não! – impede prontamente. – Quero dizer, eu também estava com saudades, mas... Poderia ter ligado e aparecido como uma pessoa normal, não acha?

― Talvez. – Ri. – Mas eu não sou muito normal...

― Logo se vê. – Ri de volta. – Já que está aqui e meus pais foram jantar fora, quer conhecer minha casa? Encare isso como uma retribuição pela visita que fiz a sua.

― Seria um prazer conhecer um pouco mais sobre você. – confessa, sorrindo.

Elena segura as mãos de Harry e o leva num passeio pela casa, a princípio apresentando os quartos e o banheiro no andar de cima, e, em seguida, o banheiro de visitas, a cozinha e a sala no andar de baixo.

― Nossa! Quantas fotos legais por aqui – comenta Harry observando cada uma das fotografias expostas na estante da sala. – Quem são esses?

― Meus pais, Lyssa e Carlos... Olha essa. – Aponta para uma garotinha com lenço na cabeça. – É do dia em que fiquei sem cabelos... Eu não gosto muito desta foto, mas meu pai a deixa aí para que eu possa me lembrar do acontecido, ter vergonha de mim mesma e procurar ser como minhas primas.

Harry torce o rosto com aquela história, algo dentro dele não se agrada por vê-la ressentida e, se ela não gostava daquela foto, ele também a odiaria a partir daquele momento. Seus olhos correm por mais alguns quadros até se deter na foto em que Elena portava um arco e flecha.

― Você tem um arco e flecha?

― Sim! – confirma empolgada. – Aderi ao passatempo da família.

― Que seria?

― Caçar.

― Então minha namorada é uma caçadora? – brinca.

― Vem! – O puxa pelo braço. – Quero te mostrar de perto.

Ela o conduz até a garagem, onde havia um grande armário de metal preso com algumas correntes e cadeados. Elena abre o compartimento proibido, revelando diversos tipos de armas de fogo, dardos, flechas variadas e um arco e flecha tradicional, como o dos filmes medievais.

Elena deixa o arco e flecha de lado e, automaticamente, apanha uma besta, virando-se rapidamente e apontando para o rosto de Harry.

― Que susto, aponte isso para lá, pode ser perigoso!

― Não é não, seu bobinho. – Ri. – Essa é a arma que estou usando atualmente, mas comecei com esse arco e flecha... Você é a primeira pessoa para quem estou contando sobre este passatempo e estou muito feliz de dividir isso com alguém.

― Sinto-me lisonjeado em ser o primeiro. – Sorri. – Me conte, o que você já caçou?

― Deixe-me ver: aves migratórias, objetos lançados no ar e um rato que invadiu meu quarto uma vez. – Conta nos dedos.

― Nunca abateu nenhum animal maior?

― Ainda não, meu pai diz que sou uma caçadora muito ruim e que não conseguirei pegar nenhum. Ele não me dá muita confiança – confessa, deixando seu semblante se entristecer. – Diz que eu hesito demais e que fico com dó de matar os pobres animais...

― E o rato? – pergunta, lembrando-se das lembranças que vira de sua vida.

― Ele diz que apenas consegui matá-lo porque era nojento e eu o odiava. Treinei durante anos, tenho uma mira muito boa e acerto qualquer coisa que me lançarem no ar, mas, mesmo assim, ele não me dá nenhum crédito.

Harry fica um pouco sentido por ela, contudo, algo chama sua atenção dentro do armário, fazendo-o mudar o foco.

―O que é aquilo? – Aponta para o pote de vidro.

― É uma lembrança da primeira caça do meu pai. – Apanha o pote. – É um pouco nojento de se olhar, mas tem valor sentimental para ele.

O mestiço encara o vidro de maneira curiosa, mas algo se agita dentro de seu peito, ao ver que se tratavam de duas garras imensas, ainda com um pedaço do dedo grudado nelas. Ambas estavam mergulhadas num líquido transparente que as mantinham sempre preservadas.

― Realmente, isso é meio nojento. – Faz uma careta. – Que tipo de animal é esse?

― Ah, bem, eu... – gagueja. – Eu não sei... Somente ele poderá te dizer – menti.

― O que fazem aqui?

A voz grossa e poderosa se espalha no ambiente, fazendo o casal saltar com o susto. O pote de vidro escapa das mãos de Elena e, por pouco, não se espatifa no chão, visto que Harry o apanhara antes.

― Pai? O que faz aqui? – pergunta nervosamente.

― Perguntei primeiro! – Encara Harry, furioso. – O que fazem aqui?

― Muito prazer, Sr Noolan, sou Harry... Elena estava apenas me mostrando a casa. – Estende a mão para cumprimentá-lo, tentando ser educado.

― Ela estava fazendo bem mais do que mostrar a casa. – Olha a garota de modo reprovador. – Para a sala, já! – ordena autoritário.

Harry recolhe sua mão um pouco desconsertado e caminha de volta para a sala, parando próximo à porta principal. Elena o segue cabisbaixa, procurando ficar próxima dele, pois, de alguma forma, ele lhe passava confiança e proteção naquele momento.

― Onde está a mamãe? Não era para estarem jantando? – pergunta Elena, com o medo evidente em sua voz.

― Ela está no restaurante, esqueci algo importante e voltei para buscar... O que ele faz aqui?

― Vim apenas visitá-la.

― Não perguntei a você, moleque, responda somente quando lhe dirigir a palavra. O que ele faz aqui? – pergunta à filha.

― Veio apenas me visitar. Esse é o Harry, já conversamos sobre ele – justifica-se.

― E o que ele fazia lá embaixo?

― Nós estamos namorando, queria apenas que ele conhecesse meu passatempo.

― Que ridículo, você é tão patética que se ele a visse caçando, com certeza a largaria – cospe com desdém. – Nunca mais traga ninguém aqui sem autorização, nunca mais leve alguém para a garagem e mexa em nossos equipamentos, entendeu? – grita furioso.

― Entendi – responde num fio de voz.

― Fale alto, garota! Pare de hesitar, eu odeio quando fica hesitando!

― Pare de gritar, por favor, está me envergonhando, pai – pede quase em tom de súplica.

― Fale alto! – grita novamente.

― Cale a boca, por favor! – fala com mais firmeza, sentindo algumas lágrimas caírem de seus olhos.

Ela estava envergonhada e humilhada por toda àquela situação. Não era aquela a imagem que esperava passar à Harry, entretanto, agora era tarde, ele conhecera seu pai da pior maneira possível e certamente não iria querer visitá-la de novo...

Carlos se irrita com o pedido da menina, como ela ousava mandá-lo se calar? Ele levanta o braço rapidamente, disposto a dar-lhe uma surra ali mesmo, mas é detido por Harry, que seguro o seu braço.

― Não toque nela – rosna entre dentes.

― Quem você pensa que é? Saia da minha casa agora mesmo!

― Ouvi todos os seus desaforos calado, mas não permitirei que faça minha companheira chorar e que ainda erga a sua mão contra ela! Acho bom sair agora, Sr. Noolan, sua esposa o espera no restaurante.

Carlos puxa seu braço do aperto de Harry e marcha porta afora, furioso. O mestiço abraça Elena com carinho, porém, ela logo começa a chorar, deixando seu coração ainda mais apertado.

― Me desculpe, Harry. Me desculpe por ter de presenciar tudo isso!

― Está tudo bem. – Acaricia os cabelos femininos.

― Acho melhor você ir embora agora, está tarde – choraminga entre lágrimas.

― Não antes de você dormir.

Harry a toma em seus braços e sobe as escadas em direção ao seu quarto, onde a deposita na cama e fica em sua companhia até que pegasse no sono. Contudo, depois de sua partida e da chegada de Carlos e Lyssa, Elena é acordada no meio da noite e toma toda a surra que Harry conseguira impedir mais cedo. Lyssa intercedera pela filha que tanto amava e até se lançara sobre ela para protegê-la, mas acabou trancada dentro do quarto do casal, nada podendo fazer para impedir Carlos ou proteger Elena.

Essa é a família Noolan!

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