" Quem é você no escuro?
Me mostre as partes mais assustadoras
Quem você quando são três da manhã,
E você está sozinho, e Los Angeles não parece um lar?
Quem é você no escuro?" - Camila Cabello.
ATENÇÃO: Capítulo não recomendado para menores de 16 anos, pois contém cenas fortes de violência, um conteúdo sensível para outras pessoas, recomendo que não leia, isso é por sua conta e risco. Boa leitura ;)
★ D u l c e
M a r i a ★
Eu estava parada, completamente estática, enquanto eu podia sentir meu peito subir e descer a medida que eu respirava, seus olhos me encaravam, eu podia ler a fúria em seu olhar, seus olhos estavam tão negros quanto o céu aquela noite, o arrepio subiu até a minha espinha, enquanto eu procurava a minha voz, que parecia que havia sumido.
— Eu perguntei, se a festa foi boa, pequena, me responda! — Senhor Uckermann pediu, sua voz perigosamente baixa e calma, mais eu podia ver nas íris de seus olhos, o quanto ele estava se controlando.
— E..u..eu posso explicar, Senhor Uckermann — Comecei a falar, minha voz estava tremula, enquanto eu sentia meu corpo entrar em completo pânico, ao imaginar o que o Senhor Uckermann podia fazer comigo.
Então sem dizer nada, ele se levantou de sua poltrona e como um leão prestes a pegar a sua presa, ele caminhou em minha direção, intestinamente eu comecei a dar passos para trás, até sentir meu corpo se bater contra a parede fria, então ele presou seu corpo contra o meu, prensando meu pequeno corpo contra a parede, me impedindo de fugir, então eu senti sua respiração quente se bater contra meu rosto, seu peito subia e descia, eu podia ver a fúria presente em seu olhar, então quando sua voz soou pelo cômodo, como um trovão raivoso rasgando o céu, eu senti meu coração disparar.
— Eu tentei ser gentil com você, Dulce, eu tentei lhe dar seu tempo e seu espaço, tentei não me exceder, mais então na primeira oportunidade você foge e vai para a porra de UMA FESTA cheia de homens bêbados e com esse pedaço de pano, que você chama de roupa?! — A voz feroz e raivosa de Senhor Uckermann soou pelos meus canais auditivos, mesmo controlando a fúria, eu podia ver claramente o quanto furioso ele estava, minha respiração mudou, o frio em meu corpo estava ficando cada vez pior, a sensação de que algo muito ruim, estava piorando, eu já não conseguia mais achar a minha voz, nunca imaginei como esse homem poderia ser assustador, enquanto seus misteriosos e gélidos oceanos me encaravam completamente opacos e escurecidos de repleta fúria, eu podia ouvir meu coração batendo descompassado na caixa toráxica, então ele continuou. — Então, pequena, você não me dá outra opção, anão ser, castigá-la — Ele falou, sua voz tão fria quanto o Alasca, sua voz me causou um frio terrível por todo o corpo, e sem que eu esperasse, Senhor Uckermann levou suas mãos até meu rosto, onde ele fechou seus dedos sobre as minhas bochechas as apertando com força. — Você fugiu, pequena, fugiu e foi para a porra de uma festa sem me avisar, vestindo esse vestido curto e ainda bêbada, eu estou tão puto com você, Dulce! Eu fico possesso só de imaginar algum filho da puta tocando em você, entende? EU estou tão irritado, que não sei o que poderia fazer com você, eu vou te deixar sem sentar por semanas, Dulce, para você aprender, a NUNCA mais me desafiar, por que pequena, sem saber, você mexeu com o DIABO! — As palavras frias e furiosas de Senhor Uckermann soavam, mais ao ouvir sua ameaça, eu pude sentir todo sangue ser drenado do meu corpo, o medo me corria por dentro, e no fundo eu sempre soube que estava mexendo com o diabo, mais por que eu não parei? Merda, agora ele vai me matar!
— Senhor Uckermann, por favor me perdoe, eu prometo que não faço mais nada disso, mas por favor, não me castigue! — Minha voz soou, fraca como uma pluma e tremula, eu implorei, encarando os olhos escurecidos de Senhor Uckermann, eu implorei, sentindo meu coração disparar, ao ouvir suas palavras, eu podia sentir meu corpo ceder, se ele não estivesse me sagrando, eu já teria caído de joelhos no chão.
— Não tem desculpas, porra! — Ele rosnou, sua voz estava raivosa e feroz, enquanto ele apertava mais ainda as minha bochechas, me fazendo soltar um gemido baixo de dor. — Eu disse e vou cumprir Dulce, eu vou te ensinar a ser uma boa e obediente submissa, nem que para isso você tenha que conhecer o meu lado escuro —Senhor Uckermann, falou, suas palavras me causaram medo, seu olhar me dava arrepios, e quando ele terminou, um sorriso cruzou seus lábios, e eu conhecia aquele sorriso, um sorriso perverso que novamente me trouxe terríveis calafrios. — Você pediu Dulce, e agora as coisas vão mudar, EU mando e Você obedece, se não o fizer, será castigada, cansei de ser bonzinho, pequena!
Suas palavras eram sombrias e frias, sua voz estavam mais geladas que o Alasca, e agora a fúria fluía livremente entre elas, então sentindo minhas pernas fracas, eu consegui me soltar dele, sem ter tempo para pensar eu subi correndo as escadas, sentindo a adrenalina entrar em meu sangue, sentindo meu coração batendo descompassado na caixa toráxica, enquanto eu tentava a todo custo fugir daquele homem, enquanto eu tentava fugir do diabo.
— Pequena, quando mais você correr será pior, o castigo só vai piorar — Ele falou, sua voz grossa e perversa, estava me causando arrepios, era como está em um cenário de filme de terror, mais nada ali era ficção, era tudo real, tudo verdade.
Eu podia ouvir os passos de suas botas ecoando pela casa, se batendo contra o piso de madeira, sem ter outra saída, me vi em um corredor escuro e sombrio, então em desespero, eu entrei em um quarto me escondendo, ele abriu a porta e meu coração parecia querer sair pela boca.
— Não tem como fugir, Dulce, eu vou encontrar você e quando eu encontrar vai ser muito pior! — Ele dizia, sua voz estava mais furiosa, e muito mais grossa.
Para a minha sorte, ele saio do quarto e eu pude ouvir ele ir para outros cômodos, então eu sai, entrando no corredor, desci correndo as escadas, correndo até sentir minhas pernas falharem e o pânico tomar conta de mim, fiquei entre a mesa, vendo Senhor Uckermann na minha frente, ele era a aparência perfeitamente de psicopata de filme de terror, com os olhos completamente opacos e escurecidos.
— Não tem saída, Dulce, não resista! —Ele rosnou, em seu tom era possível ouvir o quanto sua voz estava fria e furiosa.
Então eu corri, mais as minhas pernas doíam, meu coração disparava, foi quando eu senti suas mãos grandes e geladas segurarem minha cintura, que o arrepio e o calafrio tomou conta do meu corpo, antes que eu tivesse tempo para fugir, ele me pegou, me jogando sobre seus ombros, gritei batendo em suas costas, enquanto ele subia as escadas, então quando ele chegou no corredor e parou em frente a uma porta, eu sentia o pânico ir crescendo cada vez mais dentro de mim, eu ouvi quando ele destrancou a porta e me jogou sem delicadeza nenhuma em cima da cama, foi quando ele trancou novamente a porta, eu tentei ignorar os batimentos cardíacos em meu peito e aquele calafrio que subia pelo meu corpo, foi quando ele acendeu a luz do quarto, que eu pude ver com clareza, ele usava apenas uma calça moletom, me permitindo uma visão para o seu abdome, seu peitoral malhado e sarado, quase, quase, me deixou sem ar, se não fosse pelo quarto mais que assustador.
Nas paredes do quarto, havia vários tipos de instrumentos, pendurados, eu pude ver um chicote de couro, enquanto eu tentava processar o que estava acontecendo, foi quando Senhor Uckermann andou até um armário o abrindo, rapidamente ele pegou algo que eu não pude ver o que era, e depois trancou o armário, ele veio em minha direção, ele caminhou em minha direção foi ai que eu vi uma corda em suas mãos, ele se sentou na cama, me puxando mais para ele, e com muita rapidez ele puxou meus pulsos, os juntando, logo envolvendo a corda ao redor dos meus pulsos, amarrando, um gemido de dor escapou dos meus lábios, quando ele apertou o nó, então ele diminuiu apenas um pouco o nó, com minhas mãos presas na corda eu não tinha o que fazer, com brutalidade, Senhor Uckermann rasgou meu vestido, me deixando apenas com minha lingerie, tentei tampar meu corpo mais era inútil, seu olhar lascivo passou sobre meu corpo, mais eu só conseguia sentir medo, ao imaginar o que aquele monstro iria fazer comigo.
— Deite-se de costas, de joelhos, virada para mim! — Ele mandou, sua voz tão fria e autoritária, sem ter outra alternativa, eu apenas fiz o que ele me mandou.
Com uma certa dificuldade, me deitei sobre a cama, de bruços, me apoiando na cama, ficando de joelhos, enquanto eu rezava baixinho, implorando para aquilo acabar logo. Sem que eu esperasse, foi quando eu senti algo duro se bater com força contra a minha bunda, um gemido de dor escapou por entre meus lábios, parecia uma cinta de couro grande, e aquilo me fez arregalar meus olhos, sentindo o pânico tomar conta do meu corpo, e sem tempo para contestar, ele bateu novamente com mais força, me fazendo gritar de tanta dor, ele continuava batendo com a cinta em meu bumbum, as lágrimas já desciam pelo meu rosto, molhando as minhas bochechas, enquanto eu implorava para ele parar, aquele monstro, como eu o odiava, outra citada, dessa vez muito mais forte, que me fez quase desmaiar, a dor era tão grande, eu podia sentir meu bumbum arder, enquanto eu sentia as lágrimas descerem como cascatas sobre meu rosto, gritei, sentindo ele bater várias vezes, aquele cinto grosso e duro, eu tentei me levantar, mais isso só me rendeu mais uma citada.
— P..or..fa..v..or — Implorei, quase sem voz, enquanto ainda me restava alguma vida no corpo.
Outra citada, dessa vez um grito alto escapou por entre meus lábios, tomando conta do quarto, ele não parava, eu sentia meu corpo doer, enquanto tentava me apoiar na cama, mais o aperto de minhas mão estavam fracas demais, eu já podia, sentir minhas pernas tremulas e fracas demais, foi quando eu senti ele parar, então ele me deitou de joelhos no chão, seus olhos estavam tão escurecidos, aquele monstro nojento, ele estava excitado, me ver sentindo essa dor o deixava excitado, eu só conseguia gritar e chorar, eu só queria poder fugir, poder fugir daquele monstro.
— Calada, ou será pior — Ele mandou em um tom completamente rouco e frio.
Foi então que quando eu iria protestar, que eu senti aquele cinto duro de couro se bater contra as minhas coxas, me arrancando um gemido alto de dor, ele bateu novamente e eu gritei, gritei sobre os meus pulmões, tentando inutilmente me soltar, ele bateu novamente, cada vez mais forte, eu já podia sentir o sangue escorrer por minhas coxas, gritei até sentir minha voz quase sumir, aquele monstro, desgraçado, EU O ODEIO, eu podia sentir o ódio crescer dentro de mim, tão feroz.
— Eu te odeio, seu monstro! — Falei, com o resto de voz que me restava, deixando transparecer todo o ódio em minha voz.
Foi quando eu senti ele bater fortemente a cinta contra as minhas bochechas, que eu gritei, virando meu rosto para o lado, sentindo o mesmo arder fortemente, as lágrimas desciam sem controle.
— Eu não ouvi, pequena, fale de novo — Ele falou, em seu tom de voz, siníco, que me causou um nojo e um ódio terrível.
Então com o resto de força que me restava no corpo, eu o encarei, demonstrando todo o meu ódio e desprezo em meu olhar.
— Você é um psicopata, um monstro, e eu te odeio, profundamente! — Falei, minha voz era fraca e baixa como uma pequena pluma.
Outra citada em minha coxa, um grito fraco escapou de minha garganta, foi quando eu pensei que aquele monstro fosse me matar, que ele parou, soltando o cinto no chão, sem delicadeza nenhuma me jogou sobre a cama e desamarrou as cordas.
— Saia! — Ele ordenou, me encarando com seus olhos opacos. — Saia antes que eu me arrependa! — Ele mandou novamente.
E com o pouco de energia que me restava eu me levantei com muito custo, sentindo todo meu corpo doer, e sai do quarto, corri com uma certa dificuldade e entrei em meu quarto, trancando a porta, enquanto eu caminhava em direção ao banheiro, olhei para o espelho, encarando meu reflexo, vendo meu rosto completamente molhado de lágrimas e vermelho, meus olhos molhados e cheios de lágrimas, passei meus dedos aonde ele havia batido com a cinta, vendo uma marca quadrada vermelha, abri o box e liguei a água, enquanto a água morna caia sobre meu corpo, eu gritei, gritei de dor, por que meu corpo doía, como se tivessem passado um trem por cima de mim, gritei de ódio, gritei de raiva por que meus pais me abandonaram, gritei, deixando que as lágrimas se misturassem com a água do chuveiro, enquanto eu assistia o sangue descer pelo ralo, sentindo-me destruída, me sentei no chão, quase gritando com a dor terrível em minha bunda, abracei meus joelhos, chorando sem parar.
Eu o odiava, eu odiava aquele monstro, eu odiava Christopher Uckermann!
C O N T I N U A...
Eu apresento a vocês o lado escuro do Senhor Uckermann muahaha
Se preparem para odiar e amar ele ;)
OBS: Os antigos leitores de MD odiavam ele, por que na antiga versão ele era igual isso ai...se preparem isso ainda não é o pior
Estou com uma pena danada da Dulce :'(
Até o próximo capítulo de MD ;)
Tia_Olaf♚