Bruno não queria pensar nisso, mas só o fato de estar próximo demais de Liv o deixava excitado. Na verdade enquanto tomava banho ele pensava em Olivia, até trocando de roupa ela reinava em seus pensamentos. Agora, com ela rendida à suas caricias só o que ele pensava era em tirar toda aquela roupa dela e entrar em Olivia.
E foi o que fez, desceu o short e a calcinha rapidamente enquanto ela ainda estava encurralada entre ele e o balcão da cozinha, pegou-a no colo e colocou-a sentada na bancada enquanto ela desesperadamente tirava a blusa de Bruno. Ele adora a necessidade dela em tê-lo tão perto. E enquanto ele ignorava todos os alertas de que ele não deveria se envolver emocionalmente com uma cliente, pegou a camisinha na calça que já estava quase caindo em seu joelho.
Quando foi que ela desabotoou sua calça mesmo?
Antes de finalmente entrar em Olivia ele tirou por completo a cueca e a calça e deslizou a camisinha em seu pênis ereto. Olivia gemia a cada toque e quando ele finalmente subiu no balcão e a preencheu por completo todo o seu corpo implorava por mais. Eles transaram até Olivia sentir os espasmos de seu orgasmo e quando Bruno percebeu, também se entregou ao seu desejo e juntos chegaram ao ápice.
Quando terminaram, Bruno estava completamente nu e suado na cozinha de Olivia e a única peça de roupa que restou dela foi seu sutiã, então os dois desceram do balcão e começaram a se vestir. Bruno a abraçou quando já estava vestida e tentou puxar assunto.
-Como foi seu dia? - Ele percebeu que adorava o cheiro do cabelo dela.
- Não foi muito produtivo, mas o início e o fim dele estão sendo ótimos.
Ela sorriu.
-Bom saber. - ele também sorriu e tentou parecer despreocupado ao continuar. - E como foi com a sua irmã?
-Não encontrei com ela, na verdade marquei para vê-la amanhã num restaurante lá em Resende.
-Entendi, vi que você pintou a sala. - Mudou de assunto. Ele teria que arrumar um jeito de segui-la até Resende sem que ela percebesse, mas como?
Olivia voltou arrumar as coisas do jantar e Bruno ajudou-a enquanto a seguia para la e pra cá levando os pratos, talheres e copos para a mesa. Em uma dessas idas e vinda para a sala Bruno finalmente reparou na estante.
- Porque este porta retrato esta abaixado?
- Quando arrumei minhas coisas na Itália foi tudo muito rápido e guardei a foto porque foi uma conquista minha, mas lembrei do dia que passei após essa foto e deixei abaixada.
-Você nunca me falou como você vivia la na Itália. - Bruno perguntou realmente interessado no que ela responderia e não porque Fausto insistiu que ele deveria saber de cada detalhe da vida dela.
- Eu morava com o meu ex, sai daqui para morar com ele, minha família não aprovava o nosso namoro, mas no início estava tudo bem, briguei com todos por ele e fui embora com as economias que juntei desde a adolescência.
-Vocês estavam juntos a muito tempo?
Olivia e Bruno se serviram da comida, mas o papo estava fluindo novamente com facilidade.
- Uns dois anos.
-Você queria realmente sair de casa então.
Olivia pareceu pensar no que dizer. Parecia esconder alguma coisa ou o assunto simplesmente não a deixava confortável, ainda assim, respondeu.
- Sim, nunca me dei bem com o meu pai e minha mãe morreu quando eu ainda tinha nove anos.
- Sinto muito.
- Tudo bem, eu quase não lembro dela, tenho uma foto guardada na minha mala. Um dia te mostro.
-Eu adoraria. - Ele respondeu com um sorriso.
- Mas e seu pai, porque vocês não se davam bem?
Olivia novamente fez uma pausa para pensar no que dizer, mas seu celular começou a tocar, ela olhou para o visor e rejeitou a ligação deixando o telefone na mesa.
- Pode atender se quiser.
- Não é ninguém.
O telefone toca novamente.
- "Ninguém" está muito interessado em falar com você. - Ele sorriu com a piadinha, mas ela estava novamente olhando para o telefone tocando na mesa sem se mover.
- Quer que eu atenda e diga que não pode falar agora?
- Acho que isso só pioraria as coisas...
-Porque?
- É o Matteo, meu ex. - Ela disse desanimada enquanto liberava o ar dos pulmões.
- Quer que eu atenda? - Ele perguntou de novo.
- Não, eu... - Ela começou a levantar e pegou o celular. - Eu já volto.
Olivia saiu e deixou Bruno sem saber o que fazer. Esperou que ela terminasse a ligação para voltar a comer.
Quando ela apareceu na porta da cozinha pareceu, para Bruno, que ela estava se esforçando para não chorar.
-Está tudo bem? - Ele perguntou.
- Acho que sim, é que o Matteo as vezes é realmente insistente. Terminamos apenas alguns dias porque ele estava me traindo e agora ele acha que pode simplesmente pedir desculpa e eu vou voltar correndo para ele.
- Vocês ao menos conversaram depois do término?
-Bruno, ele estava transando com a secretaria dele dentro do nosso carro, no dia do meu aniversário quando peguei no flagra. O que eu teria pra conversar com ele?
A raiva tomou conta de Bruno, ele não podia acreditar que um homem poderia ser tão idiota ao ponto de fazer algo assim com Olivia. Só de imaginá-la no dia do seu aniversário encontrado o homem que ela lutou para ficar com outra...
-Ele é um babaca, se você quiser podemos mudar de assunto. Não precisa ficar pensando nesse babaca. E se te ligar de novo eu vou atender sim, ok?
Ela apenas riu.
- Então, quer dizer que seu aniversário foi há pouco tempo?
- Sim, há exatos três dias.
- Então parabéns atrasado, como presente eu vou te levar amanhã para comer num lugar legal sem que você tenha que cozinhar, que tal?
-Está me convidando para um encontro?
- Você esta aceitando meu convite?
Ela riu.
-Porque você sempre me responde com outra pergunta?
- E porque você está fazendo a mesma coisa?
Os dois riram.
-Tudo bem - Olivia se rende - Eu vou com você amanhã, mas precisa ser a noite, amanhã eu tenho o almoço com a minha irmã.
-Verdade. Sem problemas. Já sabe onde vocês vão almoçar?
Ela indicou um restaurante e me pediu para esperar. Só que estou sem carro, você sabe se o táxi sai muito caro saindo daqui?
- Um pouco, mas se quiser eu posso te levar. - Seria a oportunidade perfeita. - Eu tenho que ir a Resende resolver uns assuntos do trabalho para segunda feira e posso muito bem me programar para fazer enquanto você almoça com a sua irmã.
-Jura? Seria bom. E se minha irmã me encher demais é só você me livrar de lá. Gostei da ideia.
- Combinado.
A janta estava terminando quando Olivia pegou o celular antes mesmo de Bruno reparar que estava tocando novamente.
- Matteo, se você me ligar de novo eu juro que eu peço pra Rafa te dar outro chute no saco por mim.
- Olivia, se você ficar ignorando minhas chamadas eu vou até o Brasil e você vai ter que me escutar.
-Você vir aqui? Ok, pode vir. - E ela novamente desligou.
-Pensei que eu iria falar com ele da próxima vez.
Ela estava irritada de verdade.
- Desculpa, é que ele me tira do sério. - E foi ai que Bruno reparou que ela gesticula demais quando esta nervosa. Só não sorriu porque aquele realmente não era o momento.
- Ele vem te ver? - Bruno não sabia o porque, mas temia que o ex viesse para encontrá-la.
- Pode acreditar, ele não virá.
- E como você tem tanta certeza disso?
- Porque ele nunca me amou o suficiente pra se dar o trabalho de vir aqui.
Bruno tentou raciocinar, o namorado só queria voltar porque estava acostumado, ninguém que trai a namorada no dia do aniversário dela realmente se importa. Já com Bruno, ele tinha certeza que nunca faria uma coisa dessas com ela, não só por ela ser uma ótima pessoa, mas porque Bruno era homem para chegar e dizer quando um relacionamento não anda bem. E se ele realmente gostasse dela e ainda assim a magoasse, ele com certeza iria até o fim do mundo para ter seu perdão.
Claro que era uma hipótese. Ela é apenas seu serviço. O primeiro de Bruno e ele não podia estragar. Sem contar que ela nunca o perdoaria se soubesse o porque ele estava ali sendo tão prestativo.
Ela vai embora em pouco tempo e assim ele não precisaria sair do seu disfarce. Ela voltará para a Itália, continuará sua vida e eles não se veriam novamente. Era o plano perfeito. Se ele fizesse tudo certo, claro.