Dark Paradise

zickada tarafından

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Você tem a sua moral e seu princípios acima de tudo, você anda na lei, paga todos seus impostos e pela obra d... Daha Fazla

Serial Killer
Mensagem e Drinks
The Cop
Balans
A caça
Eu quero te usar... E te abusar
Hot Beach
Escopolamina
Escolhas
O interrogatório
Guns and fire
Negócio da família
Youre not alone
Sex
Encruzilhada
Você tem que parar
Decepções
Fuga
Angel
Make love to me
Hurricane
Haiti
Laudo Médico
Segundo Dia
A Outra
Know that Im here
Descoberta
O reencontro

O ensaio

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zickada tarafından


Oi gente! Como passaram o carnaval? Eu em casa mesmo.

Boa leitura a todos e pfv, podem mencionar os erros. Obrigada pelo carinho ❤️

POV Camila Cabello

A quentura e a leve pressão no meu abdômen me despertaram. Lentamente, levei as costas das mãos até os olhos, coçando-os. Assim que as abaixei, deparei-me com os cabelos negros jogados de lado, pegando uma parte do ombro e outra parte do travesseiro branco, assim como a sua pele, que me abraçava. Lauren estava praticamente em cima de mim, com a cabeça pousada sobre meu peito. Seu corpo mexia no meu no ritmo da sua respiração leve e quente, que batia contra o meu corpo. Seu semblante cansado havia sumido, dando lugar a um rosto sereno, dormindo como um anjo em um sono profundo.

Espero que ela tenha descansado.'

Sua respiração pesada batia em meus seios. Minha mão estava coçando para acariciá-la em seus cabelos. Foda-se. Mesmo com receio de acordá-la, não resisto e acabo levando minha mão até seus cabelos, macios e cheirosos. Ajeitei-me com calma na cama, tendo uma visão melhor de seu rosto, sereno. Lembranças do dia de ontem vieram à minha cabeça. Suas lágrimas não pareciam ter fim, Deus, isso partiu meu coração. Depois do que presenciei, passei a sentir uma necessidade absurda de protegê-la.

Espreguicei com cuidado para não acordá-la e aos poucos fui tirando-a de cima de mim. Com cuidado, a deixei ao meu lado. Sua leve movimentação fez meu coração bater mais forte, mas apenas mudou de posição. Suspirei aliviada, para depois me curvar e deixar um beijo em sua testa, respirando fundo e inalando todo seu cheiro. Vou deixá-la dormir por mais algumas horas, ontem seu dia foi puxado.

[...]

- Lauren – Sussurrei – Lauren, acorda! – Aquela mulher parecia estar morta, provavelmente exausta após o dia de ontem. Usando meu moletom preferido, parecia estar tão fofinha e cheirosa, que tive vontade de voltar para cama e entrar em seu abraço quentinho. Voltar a dormir sentindo sua respiração calma bater em minha nuca, mas não podia me dar esse luxo. – Lauren - Chamei mais uma vez, desta vez tocando de leve em seu ombro.

- Mani... Me deixe dormir só mais um pouquinho – A voz manhosa dela me fez ter uma sensação estranha na barriga.

Seu corpo se mexeu mais uma vez, virando-se de bruços, a coberta acabou escorregando de seu corpo, deixando à mostra seu bumbum torneado no meu moletom apertado. Isso só pode ser um teste comigo. Suspirei, balançando a cabeça negativamente, tentando afastar qualquer pensamento que me levasse a deitar novamente naquela cama.

- Lauren não é a Mani, acorda. – Ela permaneceu imóvel. Jesus, se ela não estivesse respirando e não tivesse se movido há poucos minutos, poderia jurar que está morta.

Resolvi uma nova abordagem, subi em suas costas sentando em seu bumbum, apoiando meus joelhos um em cada lado do seu quadril na cama. Me curvei e afundei minha mão direita em seus cabelos fazendo uma massagem gostosa, meus seios estavam roçando em suas costas. Cheguei em seu ouvido e deslizei de leve meus lábios no mesmo, Lauren se arrepiou. Umedeci os lábios, para então, deixar beijos molhados em seu pescoço.

- Laur? Está sentindo isso? – Ela apenas respirou fundo. Então deslizei minha mão livre para debaixo do moletom, fazendo uma carícia de leve em suas costas – E isso? Está sentindo? – A respiração dela ficou mais ofegante. A filha da mãe já estava acordada, mas queria saber até onde eu iria. Puxei seu cabelo com certa força e Lauren gemeu baixinho.

Passei minha língua em sua nuca, deixando o local úmido e quente. Meu corpo não estava muito diferente, confesso. Ela apenas se remexeu embaixo de mim. Tirei minha mão de dentro do seu moletom e levei meu corpo um pouco mais para o lado, para que minha mão pudesse acariciar sua bunda. Fiquei apenas passando a mão naquela região e Lauren nada fazia, então eu resolvi apertá-la. Um gemido quase inaudível escapou por entre seus lábios, me deixando mais excitada. Parecia até crime me sentir excitada após ter visto tanta dor em seus olhos como vi ontem, mas se até ela está gemendo assim, quem sou eu para reclamar? Quem perdoa é Deus.

Com cuidado, saí de cima dela e entrelacei minhas mãos no elástico do moletom. Abaixei até a altura dos joelhos, acompanhado de sua calcinha, poderia jurar que Lauren empinou a bunda, para facilitar a retirada do moletom.

Safada.

A visão que estou tendo no momento não pode ser descrita. Aquela bunda branquinha e redondinha à minha frente. Mal percebi que minha boca estava entreaberta, repleta de saliva.

Quer saber? Foda-se! Curvei um pouco, levando minhas duas mãos até seus montes redondinhos. Com muita delicadeza, deslizei minha mão. Não estava raciocinando direito, pois me atrevi um pouco mais e levei meus lábios até aqueles montes, passando a distribuir beijos por aquela região deliciosa. A cada toque meu, sua voz rouca soltava curtos gemidos. Se meus sentidos não estivessem tão aguçados, nem os ouviria.

Já que é para gemer, vou fazê-la gemer de verdade! Assim que meus lábios tocaram sua pele novamente, abri a boca e mordi o volume. Sua boca se abriu, soltando um gemido um pouco mais alto, mas não o suficiente. Eu quero mais. Deslizei minha língua, passando pela curva do seu bumbum e, Deus, poderia ficar o dia todo fazendo isso. Percebi seu corpo se mover, sua bunda dando uma leve empinada, me proporcionando total visão do seu sexo rosadinho. Mordi meus lábios, contendo o gemido. Estava para enlouquecer. Agora tenho a certeza de que ela estava acordada, só sentindo meus toques.

Com os dedos, deslizei a ponta do meu dedo indicador por toda a curvatura da sua bunda até chegar em seu sexo. Encostei bem na entrada de sua boceta, a fazendo arfar e afundar a cabeça no travesseiro. Suas mãos apertaram forte o lençol da cama. Sua vagina já se encontrava totalmente encharcada. Deslizei mais a pontinha do meu dedo por toda a extensão, fiz o mesmo movimento três vezes, levando o líquido que escorria de sua entrada para todo o seu sexo delicioso.

Camila, você está irreconhecível, o que essa mulher fez com você?

Cortei o contato, tirei o moletom e a calcinha de Lauren por completo, subi e beijei sua nuca.

Em um ato rápido, girou seu corpo, me jogando na cama. Soltei curtos gritinhos de surpresa e, em seguida, subiu por cima de mim. Suas mãos firmaram em meus pulsos, os arrastando para cima da minha cabeça. Senti seu peso na minha barriga, sua vagina molhada encharcava a região, já que estou usando um top.

- Laur... - Gemi sem pudor. Não tinha visão do seu sexo, por conta do moletom, mas conseguia sentir seu líquido deslizando na minha pele.

- Você vai ter que me acordar assim todos os dias – Sua voz saiu mais rouca que o normal. Meu corpo tremeu.

- Não, não vou, sai de cima de mim – Disse séria, tentando mover meu corpo, mas Lauren é mais forte – Você é uma idiota, estava acordada esse tempo todo.

- Como se você não soubesse – Lauren revirou os olhos e eu gargalhei quando ela começou a distribuir beijos por toda a extensão do meu pescoço, causando cócegas. Não bastando os beijos, ela fazia questão de rebolar, esfregava sua boceta em minha barriga. A safada está tão molhada que deslizava muito fácil.

- L-laur é s-sério – Eu dizia rindo e ela foi parando aos poucos – Eu tenho um compromisso hoje, você não pode ficar aqui. – Ela me olhou arqueando as sobrancelhas.

- Mas eu quero ficar com você, ainda estou frágil – Disse fazendo biquinho.

MALDITA! Não contive os risos. Lauren parecia uma criancinha fazendo manha.

- Idiota, aproveitadora – Lauren riu sem jeito. Apesar de ela ter dito em tom de brincadeira, sentia e, por mais que ela tentasse esconder, sabia que ainda estava mal.

- Você vai me mandar ir embora nesse estado? – Ela levantou a blusa do moletom e se curvou para trás, apoiando as mãos no colchão e abrindo as pernas o máximo que conseguia.

PORRA! Mordi os lábios contendo o gemido. Seu sexo rosado, todo exposto para mim, seu líquido brilhava por entre as dobras, fazendo minha boca água. Não conseguia parar de olhar um segundo sequer.

– Hm? Vai? – Ela disse mais manhosa e eu não conseguia formular uma frase coerente.

Lauren então se apoiou em uma mão e a outra levou até seu sexo, abrindo as dobras de sua carne, dando ainda mais visão do seu líquido que chegou a escorrer na minha barriga.

- L- Lauren – Gaguejei como uma idiota, totalmente hipnotizada.

- Olha só, Camila, olha o que você fez comigo – Com o dedo indicador, ela deu leves batidinhas na entrada de seu sexo, fazendo com que o líquido formasse um fio entre seu dedo e suas dobras.

PUTA QUE PARIU! Arfei sem fôlego algum. Sem pudor, continuou, subindo o dedo e circulou seu clitóris. Observava cada movimento atentamente. Ela então começou a esfregar seus dois dedos em seu sexo, circulava seu ponto de prazer e toda vez que o fazia, gemia baixinho de satisfação. Já não aguentando mais, segurei em suas coxas, deslizando a mão até sua virilha e com os polegares passei em seu sexo macio. Em um ato bruto, a morena tirou minhas mãos de seu corpo.

– Chega, você não merece – Disse, saindo de cima de mim.

Pisquei várias vezes tentando assimilar o que aconteceu. Ela só pode estar de brincadeira! Respirei fundo uma, duas, três vezes. Lauren se jogou na cama novamente. Me sentei para observá-la; ela tinha um sorriso malicioso para mim. Foda-se! Fingi que nada aconteceu e que não estava abalada com a cena que presenciei, mas a verdade é que estou completamente desestruturada.

- Tudo bem, quer vir comigo? – Mudei de assunto.

- Aonde vamos? – Perguntou.

- Ensaio do meu casamento. – Disse de um fôlego só. Lauren arqueou suas sobrancelhas, com um olhar sem entender. Eu também não entendia meu convite, mas não queria deixá-la sozinha de novo.

- Robert vai estar lá?

- Bom, ele é o noivo, acho que seja um pouco importante ele estar lá – Disse brincando um pouco receosa.

Lauren se virou novamente na cama, encarando o teto do meu quarto.

- Por que você vai casar com ele? – Me virei para o lado de Lauren, apoiando o cotovelo no colchão.

- Eu gosto dele – Me limitei a dizer.

- Não, não gosta – Ela disse fria.

- Sim, eu gosto – Rebati. Ela não tinha o direito de se intrometer.

- Não gosta não.

- Verdade, não gosto, eu o amo – Disse, arqueando as sobrancelhas.

- Também não o ama não – Bufei – Se gostasse, não ia precisar ficar ensaiando para casar – Lauren explodiu em uma gargalhada. Pisquei várias vezes, encarando-a, assimilando tudo até começar a rir também.

- Você é uma idiota, Jauregui – Neguei, acompanhando suas risadas.

- O que achou? Que eu ia ter um ataque de ciúmes? – Lauren gargalhou outra vez. – Tinha que ter ouvido seu tom de voz – A risada dela preenchia o quarto e eu, mesmo irritada, não conseguia parar de rir.

- Óbvio que não, mas sei da sua implicância com ele, enfim. – Dei um tapa em seu ombro – Vamos?

- Ok, vamos lá, Dinah vai estar também, né?! – Perguntou, arqueando a sobrancelha. Já pressentia a enxaqueca vindo forte, com Lauren e Dinah juntas no mesmo ambiente, não vai prestar, é uma combinação explosiva.

- Sim, por quê?

- Porque quero ficar falando mal dele com alguém e Dinah me parece estar sempre disposta a isso. – Ela gargalhou de novo enquanto se levantava, pegando suas roupas.

- Eu não mereço vocês.

- Quero uma roupa emprestada, preta. – Exigiu. Bufei, mas logo depois assenti. – Camila, por mais difícil que tenha sido ontem, você e Sofi facilitaram muito para mim, obrigada. – Um sorriso surgiu em seus lábios, Lauren estava bem e eu tinha uma pequena participação nisso, me senti feliz também.

POV Lauren Jauregui

- Lauren – Ouvi a voz grossa me chamar.

- Troy, o que faz aqui? – Abracei meu amigo, ele estava com um sorriso radiante nos lábios.

- Eu sou um dos padrinhos.

- O que? Já é da família assim? – Rimos enquanto Ally se aproximava para me abraçar.

- Você não é madrinha, Lauren? – Perguntou a pequena.

- Eu? Oh não, eu não estou de acordo com esse matrimônio – Dei de ombros.

- E por que não? – Ally me perguntou curiosa.

- Amor, acho que Lauren é contra qualquer casamento e não só desse – Respondeu Troy me fazendo gargalhar. De fato, eu sou, mas este principalmente. Porém jamais seria burra ao ponto de admitir isso em voz alta.

- Mas acho que isso não é totalmente verdade, sou a favor do casamento de vocês – Disse e Ally deu pulinhos batendo palmas enquanto Troy se engasgava na própria saliva. Estão vendo? Por isso sou contra, sempre tem um que quer mais que o outro e na maioria das vezes, nenhum está preparado.

- Calma, Lauren, estamos nos conhecendo ainda – Disse ele, me fuzilando.

- O que é isso, Troy? Está fugindo? – Ally se virou para ele com as mãos na cintura. Troy começou a gaguejar, aquela discussão demoraria. Acho que coloquei o coitado em uma enrascada.

- Vou deixá-los em paz – Me retirei sob os olhares frios do meu amigo.

Avistei Sofia, sentada em um canto, totalmente imersa no jogo de seu celular. Mesmo assim, me aproximei, sentando ao seu lado. Única companhia sensata nesse lugar.

- Oi – Disse, chamando sua atenção.

- Oi, Lolo.

Lolo? Não é a primeira vez que a ouço me chamar assim, mas nunca tive tempo e oportunidade de questionar.

- Lolo? – Perguntei, curiosa.

- Não posso te chamar de Lolo? – Ela perguntou e vi seus olhinhos perderem o brilho.

- Pode, mas não em público, tenho uma imagem a zelar – Sofia caiu na gargalhada. – É sério, Sofi. – Disse séria.

- Sério? - Seus risos pararam e seus olhos chocolates se arregalaram.

- Sim, imagine só, todos me acham durona. Venho construindo essa imagem desde minha adolescência. Estou usando preto, você já me viu usando outras cores? – Perguntei e a pequena balançou a cabeça freneticamente negando – Então, eu sou assim, essa é minha postura, aí você chega me chamando de... – Fiz uma careta – ...Lolo? Por Deus. – A pequena me olhava sério até explodir em gargalhadas, sua risada gostosa me lembrava a de Camila. Óbvio que eu estava brincando. Um pouco. – Do que você está rindo?

- Imagina então se eles souberem que você chorou como um bebê ontem? – Disse e gargalhou novamente, não aguentei e comecei a rir também.

Menina esperta.

- Tudo bem, você ganhou – Passei meu braço pelo ombro da pequena – Você está com fome? Aqui ao lado tem uma lanchonete.

- Será que tem pizza?

- Se não tiver eu mando fazer. – Disse rindo.

- Então vamos.

[...]

45 minutos de atraso, 45 MINUTOS! Se fosse o casamento de verdade, Camila estaria transando comigo para passar o tempo. Ri involuntariamente.

- Hey, posso saber do que a senhorita está rindo? – Dinah disse ao se sentar ao meu lado no banco duro daquela singela igreja.

- Do noivo atrasado – Ri novamente.

- Ele é muito decepcionante, Vero também está atrasada.

- Mani está com ela e hoje era o dia dela ter treinamento na boate, provavelmente Vero foi levá-la.

- Hm... – Dinah me deu um empurrão com o quadril, para que eu me afastasse mais.

Sempre delicada.

- Quem é seu par?

- O irmão do Robert – Respondi revirando os olhos.

- Não revire os olhos - Resmungou Dinah - Ele é um amor de pessoa, totalmente diferente do irmão.

Suspirei aliviada, arrancando risadas de Dinah. Pode ser exagero da minha parte, mas imagina dois Robert? Credo! Chega dá até um calafrio.

- Gente – Disse Camila um pouco alto, chamando a atenção de todos.

Direcionei meus olhos para ela. Seu semblante, além de cansado, parecia triste, totalmente diferente de hoje para amanhã. Fiz uma careta de desaprovação. Como esse cara é idiota!

– Vamos começar sem ele mesmo – Camila soltou um suspiro. Todos apenas assentiram com a cabeça, levantando-se e se organizando com seus respectivos pares.

- Idiota - Resmunguei baixinho, permanecendo no meu lugar.

-Lauren... LAUREN! – Praticamente gritando, Camila chamou minha atenção. – Anda, você será o Robert, já que ele não tem consideração de chegar no próprio ensaio de casamento a tempo – Suas palavras saíam ríspidas. Sinceramente, não sei como ela ainda pode estar querendo se casar com ele. Não podia deixá-la fazer isso sozinha, então me levantei e fui em sua direção.

- Só em simulação mesmo para Lauren casar - Brincou Troy. Revirei os olhos e levantei o dedo do meio.

- Vai se fu.... – Ally tapou minha boca antes que eu pudesse completar a frase.

- Por Deus, Lauren, estamos na casa de Deus. Você pode respeitar? – Repreendeu-me Ally, seu olhar era sério, enquanto afastava a mão da minha boca. Se fosse qualquer outra pessoa, eu já teria mandado ir para o raio que o parta, mas se trata de Ally ali. Ela é tão doce e radiante. Se ela me mandasse ficar de joelhos por horas, eu faria. Então, apenas sussurrei um "desculpa" com o olhar culpado e ela depositou um beijo em minha bochecha, arrancando um sorriso meu.

Depois que todos os padrinhos caminharam até minha direção, se posicionando em seus respectivos lugares, Camila veio logo em seguida, parando ao meu lado e abrindo um sorriso fraco. É visível a decepção da garota pelo noivo.

- Você está bem? – Sussurrei.

- Sim – Respondeu com um pequeno sorriso no rosto. Eu sei que não está bem, mas limitei-me a apenas assentir com a cabeça. A morena então foi dar outras instruções e Dinah se aproximou de mim.

- Olha, ele acabou de chegar, Mila está furiosa. – Disse ela apontando em direção à Camila, que pisava fundo, caminhando em direção ao Robert.

Espero que ela esculache esse babaca.

- Dinah, vamos chegar mais perto, quero ouvir – Sussurrei com um olhar sapeca.

- Vamos! - Respondeu imediatamente - Você não vale nada - Comecei a rir. Nunca disse que valia mesmo.

Dinah e eu nos aproximamos com cautela, sentando em um dos bancos próximos ao casal.

- Camila, me descul... – Robert falava com Camila, olhando para ela, até seu olhar desviar para nós, o fazendo cortar a fala. Sua cara, que antes era de cachorro sem dono, mudou, ficando totalmente séria. Camila, nada boba, notou seu olhar e me olhou também. Não pude evitar sorrir – O que está acontecendo?

- O que está acontecendo? Estamos ensaiando – Afirmou Camila, cortando seu olhar do meu e voltando sua atenção para seu noivo, que mantinha os olhos em mim.

- O que ela faz aqui? – Perguntou Robert um pouco baixo, mas foi possível ouvir.

- Ela está aqui porque a chamei – Respondeu simplesmente. Agora os dois olhavam para nós. Ao perceberem que os observávamos curiosas, trataram de se afastar.

Fechei minhas mãos em punhos. Estou começando a me irritar com tamanha burrice desse imbecil! Ele é tão inútil. Não consegue ver a mulher maravilhosa que tem. Eu precisava de apenas um motivo, apenas um. Queria que ele se tornasse meu problema. Eu saberia como resolver tudo isso, se ele pisasse fora da linha. Já consigo me imaginar de várias formas matando-o, o sangue dele escorrendo em minhas mãos seria minha vitória, ele não faria falta no mundo.

Após alguns minutos, os dois entraram por uma porta que havia na lateral da igreja. Assim que Camila passou por ela, Robert veio logo atrás e a fechou.

Não me contive. Levantei-me e fui atrás para ouvir o que tanto discutiam.

"Meu Deus, você não consegue manter um compromisso?" – Ouvi Camila começar.

"Me desculpe, eu tive um imprevisto."

"Você está com aquele cheiro de novo, que porra de cheiro é esse? Perfume?" – Camila alterou a voz.

"Eu estava no trabalho, Camila, tem um milhão de mulheres lá" – Ele se defendeu.

"Eu imagino quantas. Todas têm o mesmo perfume? Liquidação?" – Ela riu irônica.

Hm... Então, além de idiota, ele está pulando a cerca também?

"Camila, eu não quero a Jauregui aqui!" – A voz dele exalava ódio.

"Robert, me solta agora!"

O que esse idiota está fazendo? Tive um leve impulso de ir até a maçaneta da porta, mas me segurei para ouvir a voz de Robert.

"Você me ouviu, Camila?! Ela quer me tirar da empresa!"

"Ela vai ficar! Agora me solta."

Isso aí! Eu vou ficar, seu pau no cu!

"TIRA ELA DAQUI!"

Chega!

- Hey, não grita com ela. - Não me contive. Abri a porta com tudo, tive que entrar no meio.

- Lauren, não! - Camila esbravejou, atraindo minha atenção. Seu olhar triste apertou meu coração. Por que diabos ela está com ele?

- Saia daqui, Jauregui! O assunto não é com você. - Ele mantinha sua mão segurando o braço de Camila. Meu sangue ferveu, seus dedos chegaram a ficar brancos.

- Eu saio quando você soltá-la. - Disse, cruzando os braços embaixo dos seios, em sinal de protesto de que ficaria ali o tempo que fosse necessário.

- Os rumores que rolam pela Jauregui's são mesmo reais. - Ele disse, soltando o braço de Camila com certa rispidez, e ela gemeu baixinho. - Você é uma lésbica antipática. - Completou ele.

- Rumores? – Eu ri sem humor. – É exatamente isso mesmo, sou uma lésbica antipática. – Dei dois passos para frente para desafiá-lo. – E os rumores sobre você também são verdadeiros. Você é um babaca.

- Por favor, Lauren – Camila me olhava como suplicando, seu olhar estava triste. Provavelmente está com medo de que eu diga algo. Eu não vou dizer porcaria nenhuma da gente. Só quero que esse infeliz tenha um pingo de respeito pela mulher ao lado dele.

- Eu não sei como seu pai a suporta, você não passa de uma garota mimada que vive às custas da mesadinha do papai – Suas palavras, ácidas, saíram como um chicote daquela boca podre.

Trinquei os dentes, dei mais dois passos para frente, aproximando-me o suficiente dos dois. Com delicadeza, afastei Camila para o lado, tirando-a do meu caminho. Cheguei tão próxima de Robert que poderia sentir sua respiração batendo no meu rosto. Mesmo sendo mais alto que eu, mantive minha postura. Ele pode ser alto de altura, mas como homem ele é menor que a formiga que andava na parede daquela sala.

- Em primeiro lugar. ELE. NÃO. É. MEU. PAI. – Disse pausadamente – Em segundo lugar, quem vive de mesada aqui é ele, aquela empresa é minha e da minha irmã e você, de idiota, é burro! – Senti o toque frio da mão de Camila. Desviei meu olhar de Robert e direcionei à latina, preocupada. Seus olhos estavam cheios de água, aposto que estava se segurando para não chorar.

- Lauren, não vale a pena – Ouvi uma voz conhecida atrás de mim, me virei e era Dinah – Não vale a pena, Lauren, eles são assim, Camila é assim com ele, já me cansei de quantas vezes eu os peguei nesse estado.

Olhei mais uma vez para Camila, seu olhar agora está baixo. Neguei com a cabeça, não conseguindo acreditar naquilo. Como pode uma mulher como ela se sujeitar a uma merda dessas?

- Isso mesmo, Hansen, alguém com um pingo de inteligência aqui. Vocês não sabem nada sobre meu relacionamento com Camila. – Olhei para a morena que estava encolhida. Como pode? Ela estava sendo humilhada.

- Posso não saber do seu relacionamento com ela, mas sei como tratar bem uma mulher. – Busquei fôlego, estava em chamas, me segurando muito para não fazer um escândalo. Não podia fazê-la passar por isso, já não basta o que está acontecendo naquela sala. – Camila – Olhei para a morena que tinha o olhar triste – Você é tão inteligente, por favor... – Foi o que disse por último antes de me virar e sair daquela sala, acompanhada por Dinah.

Caminhei direto para fora da igreja, em busca de um pouco de ar. Dinah me acompanhou, e nos mantivemos em silêncio o tempo todo. Ainda estou tentando assimilar tudo. Não conseguia compreender como Camila, tão forte, poderia ser tão submissa a um homem. Não sei se sentia pena ou desprezo por ela.

- Sempre foi assim? – Resolvi quebrar o silêncio. Dinah, que olhava para o chão, soltou um suspiro e assentiu com a cabeça.

- Sim, desde que os pais dela a expulsaram de casa - Respondeu tristonha.

Expulsaram de casa? Mas por quê? Olhei para Dinah, incrédula, mas ela mantinha seus olhos presos no chão.

- O quê? Por quê?

- Longa história – Suspirou mais uma vez. Seu olhar finalmente encontrou o meu, parecia nostálgica e triste – É desgastante, eu não consigo ver a Camila que eu conheço quando ela está com ele.

Eu queria saber mais, mas Dinah não abriria a boca, também acho que nem cabe a ela me dizer algo assim. Teria de esperar vir da parte de Camila.

- Nem eu... Quero dizer, o pouco que conheci dela.

- Só espero que um dia ela arrume alguém melhor.

Só quero que ela se livre dele, isso sim.

- Dinah, o casamento dela está marcado – Eu disse, tentando quebrar suas esperanças.

- Eu sei, mas Lauren, eu tenho esperanças – Ela riu sem humor algum – Mas me fala, a Jauregui's é sua mesmo?

Acho que ela não quer mais falar disso, entendo. Dinah parece estar nessa luta com a melhor amiga há muito tempo. Não tenho direito de tirar qualquer esperança dela, mas é que... O olhar dela, para mim, as mãos dele apertando o braço dela. Parecia que ela estava presa em uma jaula, trancada a sete chaves.

- Sim – Respondi com um sorriso – Minha e da minha irmã.

- Nossa, que poderosa – ela disse fazendo uma careta que me fez gargalhar – Tá explicado aquele Volvo. E por que você trabalha cantando em uma boate? Por que não vai trabalhar lá?

- Está dizendo que eu canto mal, Dinah? – disse, levando a mão ao peito fingindo estar chocada.

- Claro que não, sua idiota! – ela riu – Apenas acho que se é seu, você deveria tomar conta.

- Eu queria, mas coisas no passado me impediram, fui praticamente impedida e bem... - desviei meu olhar, olhando para minhas mãos. Meu dedo estava em uma batalha com uma pele solta de um dos dedos da outra mão - Se eu fosse querer agora, teria que passar por tudo de novo e não estou afim. Sem contar que existem pessoas naquele local que eu não consigo ficar perto.

- Você não consegue separar o pessoal do profissional, Jauregui? – Dinah riu, achando que eu estava falando do Robert. Quem dera fosse só ele, nada que uma carta de demissão não resolvesse, mas é melhor que achasse que se trata disso mesmo.

- Acho que não – disse por último.

O som da porta se abrindo levantou meu olhar. Camila saiu de dentro da maldita sala junto com Robert, seu semblante parecia mais calmo. Provavelmente eles haviam se acertado.

[...]

Após o exaustivo ensaio de casamento de Camila, eu fiquei com um gosto amargo na boca. Fui me despedir de todos, até que chegou a vez de Camila.

- Hoje você tem show? – Perguntou a morena com um sorriso encantador nos lábios. Apenas assenti. – Tem certeza? Você está melhor?

- Estou, não se preocupe e obrigada. Por tudo – Seus olhos se iluminaram, seu sorriso chegava até os olhos.

- Bom, então acho que vou me certificar disso pessoalmente. Troy nos convidou para irmos à boate hoje porque vai ter um evento...

- É um especial dos Bartenders, Mani está empenhada nisso há tempos. É como um show para o público lá.

- Isso, isso – Ela disse animada – Eu vou!

- Nos vemos lá então – Abri um sorriso sem dentes, depositando um beijo em sua bochecha e me virei, deixando a morena para trás.

Veronica me deu carona até o estacionamento onde deixei meu carro. Dentro do carro, até tentei puxar um assunto, mas Veronica é muito reservada. Parecia estar de fato chateada com algo, mas eu esperaria que ela me dissesse.

Assim que peguei meu carro e cheguei em casa, Normani foi me ver, rendendo uma longa conversa com ela. Não vou mentir que fiquei chateada por ela não estar ao meu lado ontem, mas eu não me senti mal. Procurei entender o lado dela. Contei tudo o que aconteceu no ensaio de casamento de Camila, mas ela ficou mais curiosa em saber como Veronica estava. Cheguei a perguntar o que estava acontecendo, mas a morena disse que apenas não conseguia se abrir agora. Resolvi não insistir, sabia que uma hora ela me contaria tudo.

POV Camila Cabello.

Que dia exaustivo. Rob e eu não paramos de nos estranhar, logo hoje, que estava totalmente sem paciência. Ele resolveu vir para minha casa, para irmos juntos à boate, parece até mentira que ele quer ficar perto de mim hoje, logo hoje que estava tão rude. Me senti um lixo depois do que rolou na igreja. Todos perceberam que brigamos, por mais que havíamos nos entendido em partes, decidido dar uma trégua, a cena da igreja não saía da minha cabeça. Nossas brigas não duram mais que dois dias, o que é um ponto positivo, já que eu não tenho paciência para dramas. Só que hoje foi diferente, me sentia extremamente incomodada com a forma como ele me tratou e tratou Lauren.

Me observei no espelho, com um vestido justo vermelho. Desenhava meu corpo, acompanhado de saltos pretos e uma maquiagem natural. Meus cabelos, alisados, desciam como cascata até minha bunda. Me sentia linda, "maravilhosa", segundo Rob. Apesar de termos nos "resolvido", estamos mantendo distância um do outro hoje. Talvez ele não estivesse em um bom dia e eu também não estava, portanto a distância era o melhor.

Rob vestia uma camiseta lisa na cor vinho por baixo e um terno preto mais esportivo, jeans e sapatos. Uau, estava de tirar o fôlego, eu tinha sorte em tê-lo. Olhando assim, me fez perceber que fazia falta seu corpo, sempre nos demos tão bem na cama, mas como disse, temos estado um pouco distantes.

- Sofi, como já está tarde, apenas assista TV o quanto quiser e tem comida na geladeira, tem também algumas besteiras, que sei que você gosta – Disse, me aproximando da pequena e dando-lhe um beijo em suas bochechas gordinhas.

- Tudo bem, Kaki – Ela sorriu e voltou sua atenção para The Office. Me pergunto como ela entendia aquelas piadas, sendo tão nova. Talvez não entendesse e essa era a graça.

- Você me liga qualquer coisa, ok? Eu posso demorar um pouco porque, você sabe, já está tarde, provavelmente eu volto de manhã.

- Sim, eu queria ir, mas como não me deixam entrar – Ela bufou.

- Não seja resmungona, sua hora vai chegar – Ela torceu o nariz e eu ri. Rob se aproximou dela para dar um beijo em seu rosto, mas Sofia recuou.

- Hey, eu só ia me despedir. – Ele disse, parecendo um pouco magoado.

- Para você é só tchau e não volte.

- SOFIA! – A repreendi, não entendia essa implicância dela com ele. – Não seja mal criada. Rob...

- Não, amor, tudo bem. Crianças são assim mesmo, um dia ela vai me amar – Ele disse, pegando a chave do carro e me entregando. Ouvi Sofia murmurar um "Vai sonhando" antes de a porta do meu apartamento bater atrás de nós.

- Ela não gosta de mim. - Resmungou, fazendo uma careta.

- É - Suspirei - Eu sei, mas ela vai se acostumar com sua presença. – Disse, apertando o botão do térreo.

- Eu queria poder sair com ela um dia, ir a um parque, talvez? Mostrar meu lado bom para ela. – Rob perguntou, e em seus olhos havia esperança.

- Eu vou falar com ela sobre isso. Prometo – Disse ele, sorrindo para mim, selando nossos lábios.

Acho que a implicância de todos com Rob me aproximava cada vez mais dele e agora estávamos em contagem regressiva para o nosso casamento. Estou animada com tudo, mas ao mesmo tempo morrendo de medo... É normal se sentir assim? Eu sei que Rob é o homem da minha vida. Homem...

Gostaram? Até o próximo ❤️

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