ATRAÍDA PELO TRÁFICO

By ficsdacapitu

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[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de e... More

NÃO PULE ESSE CAPÍTULO, PELO AMOR DE DEUS
Capítulo 1
CONTO DAS 72 HORAS
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
LIVROS DOS OUTROS CASAIS
CAPÍTULOS EXTRAS

Capítulo 23

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By ficsdacapitu

Entre o capítulo 17 e o capítulo 18, tem uma cena em que Emília flerta com o Rato e eu exclui para evitar comentários de ódio gratuito em cima da personagem. O problema é que a cena era importante para a continuação e eu não sabia, porque não li todo o livro. Agora, tive que voltar atrás e deixar a cena original. Quem quiser ler, saiba que já fiz modificações.

Tomamos banho juntos e o Chorão estava mais carinhoso que o habitual, mas de um jeito estranho como se tivesse certeza que essa seria a minha última visita íntima.

Por um minuto, eu pensei na possibilidade dele estar planejando me matar igual fez com o próprio pai, porque essa informação não saia da minha mente desde que ele confessou o assassinato.

Eu sei que ele é um criminoso que matou diversas pessoas, porém matar o próprio é um pouco doentio demais pra mim.

Eu odeio muito o meu pai, contudo, não sei se seria capaz de acabar com a vida dele.

Porém, graças a Deus, o Chorão não fez nada contra mim e só ficou passando as suas mãos no meu corpo magro como o velho tarado que ele é e eu como a boa safada que sou, apreciei as sensações de prazer e os arrepios pela minha pele causados pelos seus toques.

Ao sairmos do banheiro, eu comecei a me enxugar com uma toalha branca e o Chorão ficou parado em um canto do quarto me encarando embasbacado.

— Eu quero casar com você, Emília.

— Nem tenho idade pra isso! — Ri de nervoso com a sua proposta e meti uma desculpa sem sentido: — E a minha mãe me mataria se eu falasse que meu futuro marido é o cara que apontou uma arma para a sua cabeça.

Chorão ajeitou a toalha na sua cintura e ficou nítido que ele estava começando a ficar excitado outra vez quando notei a sua ereção embaixo do pano.

— Eu daria tudo pra gente ter uma oportunidade de recomeçar do zero.

— Não sei se você iria me valorizar tanto se estivesse em liberdade — disse, com sinceridade. — Talvez, você só esteja apegado a mim por eu ser a única que vem te ver.

— Quem disse que você é a única? — O homem rebateu no mesmo instante, me fazendo engolir em seco com a informação.

Franzi o cenho, me sentindo a pessoa mais otária do mundo por ter acreditado no Chorão.

— Eu não sou a única? — Me aproximei dele e sem pensar, dei um tapa estalado no seu rosto. — E todo aquele papinho de ciúmes do Rato, seu cretino?

— Eu tava brincando, sua maluca! — O Chorão alisou a sua bochecha. — Meu Deus, óbvio que não tem ninguém além de você, Emília!

— Não se brinca com uma coisa dessas, Chorão! — Tirei a sua mão de cima do próprio rosto e comecei a fazer uma massagem no local atingido. — Desculpa, eu não deveria ter te batido.

— Não foi nada, coração. — Ele me puxou pela cintura e beijou meu pescoço. — Pode me bater quando quiser.

— Qualquer outro traficante iria me matar por ter me atrevido a dar um tapa na cara dele.

— Já te disse que entre quatro paredes quem manda é você.

— Menos quando você me obriga a ir com a calcinha gozada até em casa.

— Foi tão ruim assim ir com cheiro do teu homem, coração? — Chorão iniciou uma série de beijinhos pelo meu pescoço. — Sentir a minha porra escorrendo pela sua perna e te lembrar tudo o que fizemos aqui dentro.

— Depois que a raiva passou, eu achei um pouco excitante — confessei, sentindo meu rosto esquentar.

— Se quiser, eu gozo na sua calcinha amanhã antes de você sair.

— Talvez, só talvez, eu queira.

[...]

— Teu tapa é forte, hein? — Chorão reclamou ao perceber que ficou avermelhado ao olhar o seu rosto em um espelho pequeno.

— Onde você conseguiu esse espelho e o celular? — perguntei, com curiosidade. — Achei que os presos não poderiam ter objetos cortantes.

— Teoricamente, eu não posso nada, mas, na prática, eu posso tudo e mais um pouco, coração. — Ele sentou-se na beirada da cama enquanto eu estava procurando algo para comer nas sacolas que o GV me deu.

— Isso soou como uma ameaça pra mim. — Peguei um pacote de biscoito. — Qual a possibilidade de você me matar?

— Só vai ser ameaça se tu não me respeitar e só pretendo te matar de prazer, minha gostosa.

— Eu te dei um tapa, Chorão. — Mordi um pedaço do biscoito para evitar que uma gargalhada escapasse. — Caso você não tenha percebido, eu não te levo muito a sério.

— Ah, mas eu não ligo de apanhar da minha futura mulher quando tiver só eu e ela. — Ele sorriu de um jeito divertido.

— Nunca fui tão iludida por um idoso como sou por você! — Me aproximei dele com alguns biscoitos nas mãos.

— Vem cá, coração! — O moreno fez sinal para eu sentar no seu colo e eu o obedeci.

— Vai, me ilude mais de perto. — Comi mais um biscoito.

— Eu gosto de você e quando eu digo que gosto eu quero dizer que gosto pra caralho. — Chorão segurou o meu rosto e me fez olhar nos olhos dele.

— Não sei se devo acreditar em você, Chorão.

— Por quê? O que mais você quer que eu faça?

— Você não é qualquer traficante, é o chefe da FDM e eu procurei na internet quanto vocês faturam em um ano, então deve ter um monte de mulher interessada em ficar contigo.

— Mas eu só quero você.

Tentei sair de cima dele, mas o Chorão me segurou a minha cintura com força.

— Deixa eu te provar que tô disposto a ficar só com uma mulher, Emília.

— Tem certeza que você conseguiria ser fiel a mim?

— Bom, a única maneira de você saber que tô disposto a ficar só com uma mulher é se eu tiver uma oportunidade de ser levado mais a sério.

— Tenho medo de você só querer sexo e eu tá me apaixonando sozinha.

— Você não tá sozinha nessa, coração.

O moreno pareceu honesto com os seus sentimentos e eu engoli em seco ao perceber que vacilei com ele ao ter dado brecha para o Cobra.

Eu ainda não me sentia apaixonada pelo Chorão, o que sinto por ele é um sentimento muito mais parecido com uma amizade colorida do que amoroso, porém, não podia ser burra de me colocar em uma situação ruim com ele.

Se eu não contasse a verdade para o Chorão, o Rato poderia contar do jeito dele e o meu corpo iria acabar sendo desovado em um terreno baldio.

— Preciso te contar uma coisa que fiz, mas promete que não vai me matar.

— Prometo, o que foi?

— Eu flertei com o seu irmão na sorveteria — revelei e, no mesmo instante, fui retirada do seu colo com brutalidade, o que me fez desequilibrar e cair no chão. — Você tá doido?

— Quem tá doida é tu, Emília! — Chorão levantou-se da cama e caminhou de um lado para o outro. — Quantas vezes eu te pedi pra não dar confiança pra ele?

Tentei erguer o meu corpo, mas ao apoiar a minha mão no chão, senti uma dor no pulso e gritei. Chorão me encarou com preocupação nos seus olhos, porém não fez nada com a intenção de me castigar.

— Tem como você me ajudar, por favor? — indaguei e o moreno bufou com raiva. — Meus biscoitos caíram no chão.

— A minha vontade é de te quebrar a sua cara, Emília.

Me assustei ao ser colocada no colo do homem tatuado e ser levada até a cama, onde sentei e fiquei massageando meu pulso machucado.

— Não foi nada demais, eu só disse que queria deixar minhas possibilidades abertas se você aprontasse comigo, mas foi da boca pra fora.

— O que tu ia sentir se eu falasse algo assim pra Gabi? Não vou nem usar a Isadora como exemplo, porque, ao contrário de você, eu tenho vergonha na cara.

— Eu sei que errei e me arrependi quando percebi que ele só tava me manipulando pra ficar contra você, mas prefiro te contar a verdade do que fingir que sou santa e não errei como muita gente faz.

— Do que tu tá falando? — Chorão perguntou com cenho franzido. — Ela te procurou?

— Ela quem? — Levantei a sobrancelha, confusa.

— Esquece, Emília. Eu vou dormir.

Chorão deitou-se e eu repeti seu gesto, deitando-me ao seu lado, com um peso no coração por ter provocado sua raiva.

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