ATRAÍDA PELO TRÁFICO

By ficsdacapitu

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[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de e... More

NÃO PULE ESSE CAPÍTULO, PELO AMOR DE DEUS
Capítulo 1
CONTO DAS 72 HORAS
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
Capítulo 42 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
ATRAÍDA PELO CRIME [PRÉ-VENDA]

Capítulo 19

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By ficsdacapitu

Passei a noite em claro observando a Isadora dormir, garantindo que ela acordasse bem pela manhã e sem se machucar. Minha irmã só conseguiu dormir depois que dei a ela um remédio natural para ajudá-la a pegar no sono.

O que a garota me contou sobre o seu professor de teatro não saia da minha mente e eu não parava de torcer para o Rato acabar com a vida daquele estuprador.

Senti-me culpada por não ter percebido o que aconteceu com Isadora e irresponsável por ter reagido com violência quando descobri sobre o roubo do nosso dinheiro.

Ao amanhecer, tomei um banho demorado, me arrumei e pedi café da manhã para nós três. Graças ao dinheiro que o Chorão me deu pela visita íntima, pude proporcionar alguns luxos à minha família, e parar de cozinhar em todas as refeições é apenas um deles.

Quando o entregador chegou com o meu pedido, deixei o celular na pia da cozinha para atendê-lo e ergui minha sobrancelha ao avistar o GV adormecido dentro do seu carro do outro lado da rua. Assim que o motoqueiro se despediu, atravessei a rua com as sacolas nas mãos e bati na janela do carro, fazendo-o acordar aterrorizado e me encarar confuso.

— Aconteceu alguma coisa, marmita? — GV indagou após abaixar o vidro da janela do carro.

— Eu que te pergunto, GV. Tá fazendo o que na porta da minha casa?

— A sua porta é do outro lado, garota!

— GV! O que você tá fazendo aqui?

— O Rato contou pro Chorão o que fizeram pra Isadora e ele mandou caçar o cara, mas ficou com medo que fizessem algo contra vocês.

— Imagina se teu chefe descobre que ao invés de tá protegendo a bucetinha de mel dele, você tava roncando? — impliquei e abri uma das sacolas.

— Se acha muito, marmita.

— Toma aqui. — Entreguei um pacote de pão de queijo e uma garrafa de café com leite e o GV pareceu ficar admirado com a minha atitude. — Se precisar usar o banheiro é só me avisar.

— Obrigado, marmita.

[...]

Ao entrar no cômodo carregando as minhas compras, sorri ao ver a ligação do Chorão na tela do meu celular e deixei as sacolas em cima da mesa.

— Pronto pra receber o melhor boquete da sua vida hoje à noite? — perguntei animada ao atender a ligação.

— Tu me quebra demais, filha da puta!

— Ué, o que eu fiz?

— Liguei pra te xingar e falar pra você não vir me visitar, mas, porra, só de lembrar da tua boca no meu pau...

— Sei que você tá bravo comigo, mas não aconteceu nada entre mim e o Rato.

— Não fica mais perto dele, Emília.

— Prometo que o único macho que vai chegar próximo de mim é você.

— Até mais tarde, coração. Não esqueça que tô aqui pra você.

Assim que a ligação foi encerrada, a Isadora entrou na cozinha ainda vestida com o seu pijama e esfregando seus olhos.

— Tem problema se eu não for pra escola hoje? — Isadora perguntou e mexeu no seu cabelo.

— Não, Isa. Eu tava pensando que seria melhor te matricular em uma escola particular.

— Oxe! — Ela soltou uma risadinha desacreditada e sentou-se à mesa. — Com que dinheiro?

— Com o mesmo que paguei as contas nas últimas semanas — respondi com obviedade.

— Tinha esquecido que agora você é fiel de bandido — Isadora zombou enquanto servia seu café da manhã.

— Não me orgulho dessa parte, mas fico feliz em poder te dar oportunidades que eu não tive.

— Eu agradeço, mas não quero te explorar, Lia. O Chorão já me deu um iPhone, que é um celular muito caro nos dias de hoje, principalmente nas nossas condições financeiras e eu me sentiria uma parasita por ainda te fazer pagar mensalidades altíssimas.

— Você é minha irmã mais nova, Isadora. — Sentei ao seu lado e a olhei com seriedade. — Tudo o que eu puder fazer pra te ver bem e feliz, eu vou fazer.

— Olha, eu quero me mudar de escola, mas não precisa ser pra uma particular.

— Não precisa, mas vai ser.

Dei um sorriso alegre e a abracei de lado.

— Você quer conversar sobre o que me disse ontem?

— Não, Lia, mas obrigado por ter cuidado de mim. O GV foi um fofo também.

— Ele parece bacana, mas é traficante e não quero te ver metida com esse tipo de gente.

— A rainha da hipocrisia, né dona Emília?

— Faça o que eu digo e não o que eu faço. — Dei de ombros, rindo.

[...]

Isadora se isolou completamente após nossa conversa no café da manhã, trancando-se no quarto durante todo o tempo.

Decidi ligar para o Arthur, meu chefe, e avisar que só poderia ir trabalhar no dia seguinte. Sua resposta foi chocante: dispensou-me imediatamente, alegando que eu estava priorizando outros afazeres e ainda trazia meu namorado problemático para perto do bar.

Ele foi incrivelmente rude, um comportamento que nunca tinha presenciado dele antes. Engoli o choro durante toda a ligação, mas assim que desliguei, corri para o banheiro para chorar em silêncio, para que Isadora não percebesse. Embora não fôssemos extremamente próximos, eu nutria um grande afeto por ele, e agora sinto que arruinei completamente nossa relação profissional.

[...]

Quase na hora do almoço, decidi chamar minha mãe para tomar café da manhã, preocupada com sua demora em acordar.

Ao abrir a porta do quarto, levei um susto ao encontrar a cama arrumada e um bilhete sobre o colchão. Ao pegar o papel, soltei uma risada nervosa, incapaz de acreditar que minha mãe havia descido a tal ponto por causa de um homem sem futuro.

"Filhas, espero que possam perdoar e entender que mamãe precisou ir atrás do papai para trazê-lo de volta para nós."

Saí pisando duro com o bilhete na mão e entrei no quarto que divido com Isadora, mostrando a ela que nossa própria mãe nos abandonara em busca de um relacionamento.

— Como ela pode ser tão burra?! — gritei com ódio e joguei o bilhete em cima da Isadora que me encarou com o cenho franzido. — Ela escreveu três linhas pra dizer que foi embora! Três linhas! Somos filhas dela e não merecemos nem a porra de uma carta inteira?

— Não creio que a nossa mãe vai fazer confusão com uma mulher grávida! — Isadora disse, nitidamente indignada. — E com que dinheiro ela foi atrás do nosso pai?

— Não sei, a... — Me interrompi ao pensar na possibilidade dela ter levado meu dinheiro. — Não, ela não faria isso.

Caminhei em direção à cômoda, me abaixei e abri a última gaveta para pegar a caixinha onde guardava minha grana, e senti uma onda de raiva ao perceber que minha mãe havia levado boa parte das economias. A sensação de traição e decepção foi avassaladora.

— Ela te roubou? — Isadora arregalou os olhos ao ver a caixa com apenas algumas notas. — Eu não acredito que a nossa mãe fez isso!

Minha garganta se fechou e comecei a lançar tantas maldições para aquela mulher que não me surpreenderia se recebesse a notícia de que ela havia morrido.

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