ATRAÍDA PELO TRÁFICO

By ficsdacapitu

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[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de e... More

NÃO PULE ESSE CAPÍTULO, PELO AMOR DE DEUS
Capítulo 1
CONTO DAS 72 HORAS
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
LIVROS DOS OUTROS CASAIS
CAPÍTULOS EXTRAS

Capítulo 18

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By ficsdacapitu

— Não seria surpresa se ele te enganasse — Rato afirmou com o semblante melancólico. — A especialidade do Chorão é quebrar a confiança das pessoas que gostam verdadeiramente dele.

— E você nunca errou com as pessoas? — Tentei defender o Chorão no automático. — Ninguém é perfeito, sabe?

É surpreendente perceber o quanto me envolvi emocionalmente com aquele homem, chegando ao ponto de sentir uma necessidade genuína de protegê-lo de qualquer crítica ou julgamento externo. Essa conexão profunda que desenvolvi me faz questionar até que ponto estou disposta a ignorar seus defeitos ou falhas, simplesmente porque minha afeição por ele supera qualquer aspecto negativo que os outros possam enxergar.

— Por mais difícil que possa parecer, eu sou um cara bacana e, geralmente, as pessoas quebram a confiança que deposito nelas.

— Mas você trai a Cláudia.

— Ela me traiu primeiro.

— E você não raspou a cabeça dela? — Suspendi a sobrancelha. — Porque é isso que traficantes fazem com mulher que coloca chifres neles, não é?

— Eu ainda não era traficante. — Ele riu sem graça. — Tô com ela desde quando tínhamos uns quinze anos.

— Caramba! — Arregalei os olhos. — Então são quinze anos juntos? 

— É... Mais ou menos isso.

— E o Chorão já foi casado? 

— Vocês nunca conversaram sobre isso? 

— A gente não teve muitas oportunidades, sabe? — Ri de nervoso e completei: — As únicas vezes que estivemos juntos foi quando ele me manteve refém e quando tive que transar com ele.

— Entendi.

Respirei profundamente sem saber como continuar a conversa. 

— Foi mal, Emília. Eu não deveria tá falando mal do Chorão pra você.

— Não se preocupe, porque eu entendo o seu lado. 

— Não, não entende. — Rato abaixou a cabeça por alguns segundos e voltou a me encarar com o semblante triste. — Todo mundo sempre entende o lado do meu irmão, mas nunca o meu.

Forçando um sorriso, percebi imediatamente que o Rato estava tentando me manipular contra o Chorão. Sentindo uma onda de desconforto, aumentei o ritmo ao tomar o sorvete, me mantendo em silêncio para evitar ofendê-lo.

Sabia que o Rato era capaz de causar danos a qualquer momento se percebesse que suas tentativas de manipulação não estavam funcionando comigo. Consciente do perigo, não podia arriscar-me ao desafiar um homem envolvido com o tráfico de drogas. 

Eu confronto o Chorão porque acredito que ele só me machucaria se eu cometesse algo realmente grave, mas quando se trata do irmão dele, as coisas mudam completamente de figura. 

Minutos depois, meu telefone tocou e, sem hesitação, atendi rapidamente. 

— Tá onde, Emília? — Chorão questionou com a voz carregada de raiva. 

— Com o seu irmão em uma sorveteria — respondi e mordi o interior da minha bochecha.

Rato me encarou como se eu fosse a pessoa mais ingênua do mundo por dizer a verdade. No entanto, o tom com que o Chorão se dirigiu a mim indicava que ele já tinha muitas informações sobre minha localização e companhia, então mentir só complicaria ainda mais as coisas para mim.

— E você fala assim como se fosse a coisa mais normal do mundo?

Levantei-me da mesa e caminhei em direção a um canto da sorveteria, onde o Rato não pudesse ouvir nossa conversa.

— Tá com o pau do Rato na boca pra não me responder, sua vagabunda? — Chorão questionou quando fiquei em silêncio. 

— O seu irmão foi atrás de mim no meu trabalho e mentiu que a Cláudia e a Catarina estariam aqui, por isso eu vim — expliquei e ouvi a risada debochada do Chorão do outro lado. 

— Você não é tão ingênua.

— Eu fui burra, mas você também poderia colocar ordem e tirar o Rato de perto de mim, não é?

— Tá com medo de não resistir?

— Meu único ponto fraco é você, meu amor.

— Não tenta me enrolar, vagabunda do caralho.

— Também te amo, Chorão — ironizei.

Assim que o Chorão desligou a ligação, meu coração apertou ao pensar que ele poderia acreditar que eu ficaria com seu irmão.

[...]

— É melhor irmos embora — disse ao Rato quando voltei para a mesa e ele assentiu.

— Não quis te colocar em maus lençóis com o Chorão.

Mas colocou, seu fodido!

— Tá tudo bem. A culpa não é sua.

Mantive o sorriso mais falso que conseguia forjar no rosto enquanto saíamos da sorveteria. Observando Rato subir na moto estacionada à calçada, eu me posicionei atrás dele, tentando disfarçar o desconforto que me consumia. Cada segundo ao lado dele era uma luta para manter as aparências, enquanto a ansiedade fervilhava dentro de mim, alimentada pela incerteza do que estava por vir.

— Pode me abraçar, Emília. — Sua voz soou brincalhona e maliciosa ao mesmo tempo.

Prefiro abraçar o capeta!

— Alguém tem que respeitar o seu casamento — impliquei em tom de gozação para fingir que está tudo bem entre nós dois.

[...]

Enquanto nos aproximávamos de casa, avistamos minha irmã sentada num banco da praça. Rato parou a moto bem em frente a ela, e uma sensação de tensão imediata se instalou no ar. O silêncio pesado pairava entre nós, enquanto eu me preparava para o inevitável confronto que estava prestes a acontecer. O coração batia forte no peito, antecipando as possíveis ramificações dessa reunião inesperada.

— Tá fazendo o que aí, Isa? — ele indagou e tirou o seu capacete. — Não me diga que você faz ponto igual a sua irmã mais velha. 

— Cala a boca! — Dei um tapa no seu ombro.

— Já tô indo pra casa. — Minha irmã tentou sorrir ao nos ver, mas desabou em lágrimas, o que me deixou preocupada.

— O que aconteceu? — Desci da moto rapidamente, correndo em sua direção e a abracei.

— Me perdoa, por favor — Isadora pediu aos prantos. — Eu achei que tava fazendo a coisa certa.

— O que te fizeram, Isa? — Rato veio atrás.

— Conta pra gente, meu bebê. O que te fizeram?

— Pode confiar em mim. — Rato sentou-se ao seu lado.

Minha irmã levou um tempo considerável para se recuperar antes de começar a falar. Seus olhos refletiam a perplexidade e a dor que ela estava enfrentando, enquanto sua voz tremia ligeiramente ao tentar articular as palavras. Cada pausa era carregada de uma carga emocional, revelando a profundidade do impacto da situação sobre ela. Era evidente que aquela conversa não seria fácil para nenhum de nós.

— Eu contei pra diretora da escola que o meu professor me forçou... vocês sabem. — Isadora intercalou o seu olhar entre mim e o Rato enquanto soluçava. — O desgraçado negou tudo e disse que eu inventei a história toda apenas porque ele não correspondeu aos meus sentimentos, mas é tudo mentira dele. As coisas não aconteceram assim...

Lágrimas de raiva começaram a borbulhar em meus olhos, enquanto minha mente se encheu de mil maneiras de torturar o maldito do Fausto.

Os olhos do Rato irradiavam um ódio descomunal após ouvir o relato da minha irmã. Sua expressão se transformou em uma mistura de fúria contida e determinação.

— Vou ligar pro GV levar vocês em casa — ele avisou e se afastou de nós duas e pegou o seu celular.

— Vai ficar tudo bem, Isa. — Fiz um carinho no rosto da minha irmã caçula. — Eu prometo que esse filho da puta vai pagar caro.

— Não, ele não vai. Tá todo mundo a favor dele. 

[...] 

Quando o GV chegou na praça e saiu do seu carro, a Isadora se encontrava um pouco mais calma e o amigo do Chorão não tocou no assunto do abuso, porém se manteve distante como se soubesse que o fato dele ser homem poderia causar algum tipo de desconforto para a minha irmã.

O Rato deve ter contado o que aconteceu para ele.

Talvez, o Chorão já saiba o que houve e faça alguma coisa contra esse desgraçado.

— Quando vocês quiserem ir embora, é só me falar — GV disse depois de uns minutos em silêncio.

— Eu tenho que resolver uma parada, mas as duas estão em ótimas mãos — Rato deu um sorriso amigável para a Isadora e passou a mão na sua cabeça. — Não se preocupe que o carma desse cara vai chegar e vai ser pelas minhas mãos. 

Isadora o encarou com uma expressão confusa estampada no rosto, mas eu compreendi perfeitamente o significado por trás do olhar dele. Mesmo assim, não proferi uma palavra que pudesse amenizar a situação de Fausto, pois desejava ardentemente que ele sofresse as consequências por tudo o que havia feito à minha irmã. Era uma mistura de indignação e desejo de justiça que me consumia, alimentando minha determinação em fazer com que Fausto pagasse pelo seu comportamento abominável.

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