The Archer (CC & Cairo)

By LadyJani

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Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74

Capítulo 31

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By LadyJani

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Cairo parou o carro na frente da cafeteria exatos dezesseis minutos depois, ela respirou fundo e tirou o boné com o mascote do time de CC bordado na parte da frente, olhou no espelho retrovisor e passou a mão no cabelo para arrumar a franja, quando achou que já estava adequada, colocou a bolsa atravessada ao corpo e caminhou em direção a cafeteria. Assim que abriu a porta dupla da cafeteria, Sweet foi recebida pelo aroma de café, ela olhou ao redor e viu diferentes pessoas sentadas em grupos ou duplas pelas mesas no salão. Samantha havia dito que Cairo a reconheceria, mas definitivamente Sweet não reconhecia ninguém ali.

- Isso é ridículo, eu deveria estar no jogo da CC – a garota falou soltando o ar sentindo-se irritada.

Mas antes que Sweet virasse de costas para sair da cafeteria, seu olhar caiu sobre uma garota sentada em uma mesa no fundo do salão, ela olhava fixamente para Cairo, com um copo de café entre suas mãos apoiadas na mesa. Sweet prendeu o ar assustada ao ver a garota, na verdade... ela estava assustada por se ver na garota.

Samantha tinha os olhos grandes e castanhos como Cairo, o cabelo negro comprido era mais longo do que o de Sweet, suas peles tem o mesmo tom, Samantha não tinha franja e seus lábios eram levemente mais finos, o rosto fino e o nariz arrebitado.

Sweet sentia todo o seu corpo tremer, seu couro cabeludo arrepiou e ela sentiu o nó formar em sua garganta. A garota precisou se concentrar para mover as pernas e andar até a tal Samantha que levantou assim que Cairo se aproximou da mesa onde ela estava.

- Eu falei que você iria me reconhecer – a garota que vestia saia em A e uma camisa de botões com as mangas enroladas até os cotovelos, deu de ombros e sorriu tristonha – eu sou a Samantha, Samantha Palmer.

- Cairo Sweet – ela segurou a mão da menina cumprimentando-a.

- Senta – Samantha indicou o banco da mesa da cafeteria – pedi uma água para você – ela indicou a garrafa de água gelada sobre a mesa – não sabia qual bebida você iria gostar.

- Hum... obrigada – Cairo olhou ao redor um pouco incomodada por estar ali.

- Eu gosto daqui – a menina pegou o copo de café e levou até os lábios saboreando a bebida – costumo vir para ler, escrever – Samantha deu de ombros – pensar.

- O que você quer comigo? – Cairo perguntou impaciente ao ver que as falas da garota pareciam que iriam demorar a chegar em algum lugar.

- Eu preciso da sua ajuda, Cairo.

- Com o que? – O maxilar de Sweet travou no momento em que ela fez a pergunta.

- Com a denúncia que eu quero fazer – Palmer falou séria, seus olhos levemente baixos e fixos nos de Cairo – Contra Jonathan Miller.

Sweet levou uns cinco segundos para reagir, olhava fixamente para Samantha, até que Cairo rir sem humor algum e balança a cabeça.

- Eu não deveria ter vindo – a garota levando, sentindo a ira invadir seu corpo.

- Cairo, por favor – Samantha segurou o braço de Sweet como se sua vida dependesse daquilo - eu preciso da sua ajuda, ninguém acre...

- Não – Sweet puxou o braço tentando controlar o tom de voz para não causar uma cena no meio da cafeteria – eu estou seguindo a minha vida, Samantha. Eu encontrei uma pessoa maravilhosa e nesse exato momento eu deveria estar apoiando ela, e não aqui revivendo o pesadelo Miller.

- Em que momento ela te descartou? Em que momento ele te jogou fora? Durante uma crise de ciúmes? Você não fez algo que ele queria? Em que momento ele te descartou como um papel usado e fez você acreditar que tudo era coisa da sua cabeça, e que foi você quem confundiu as coisas.

Cairo congelou, o nó na sua garganta cada vez mais apertado.

- Você era só mais uma aluna no meio de uma escola cheia de outros alunos. Mas ele se interessou por você. Você era a aluna mais brilhante que ele já havia conhecido durante anos como professor de literatura. Ele te deu alguns livros, livros de autores que ele gostava, admirava. Talvez tenha sido Lolita de Vladimir Nabokov?

- Não – a voz de Cairo falhou – Sexus de Henry Miller.

- É – Samantha riu sem humor algum – com você ele foi bem mais direto. – Palmer voltou a olhar nos olhos de Cairo e continuou suas provocações – ele falava que você teria um futuro promissor na literatura, que a carta de recomendação dele poderia te levar à... – a garota tentava adivinhar a faculdade – Harvard?

- Yale – Cairo corrigiu.

- Uma faculdade de primeira linha – a menina falou mais para si – a minha era Harvard.

- Era?

- Acho que sim – Samantha deu de ombros – no momento eu estou com foco em outra coisa.

- O que você fez? – Cairo perguntou e Palmer franziu o cenho sem entender – o que você fez para que isso acontecesse?

- Oi? – Samantha olhou para Cairo – como assim?

- Você queria, não queria? Miller nunca me obrigou a nada e...

- Cairo, a questão não é se ele obrigou ou não, a questão aqui é que ele me manipulou.

- Não é bem assim – Cairo balançou a cabeça nervosa, lembrando as palavras de Winnie acusando-a de ter atraído o professor de literatura para uma armadilha por pura diversão.

- Você ainda se vê como culpada – Samantha falou ao perceber o que estava acontecendo – eu me vi assim, mas precisei de algumas sessões de terapia para perceber que eu era apenas uma vítima.

- Definitivamente eu não sou uma vítima – Cairo falou baixo.

- Você foi extremamente corajosa – a menina colocou a mão sobre a mão de Cairo – ter denunciado ele ao conselho estudantil da sua escola foi um passo essencial, mas não foi suficiente, ele conseguiu emprego em outra escola sem nenhuma dificuldade. Eu quero ir além, Cairo. Amanhã eu vou à delegacia, eu quero denunciar o Jonathan por abuso e qualquer outro crime que se encaixe na minha história. E foi por isso que cheguei até você, se você o denunciasse, seriam duas denuncias contra a palavra dele e...

- Eu não posso fazer isso – Cairo falou e sentiu o queixo tremer ao lembrar de CC – Samantha – Sweet respirou fundo tentando achar as melhores palavras – como eu falei antes, eu estou tentando seguir a minha vida, esquecer tudo o que aconteceu, eu encontrei uma pessoa maravilhosa e o que eu menos quero na vida é arrasta-la para esse inferno.

- Cairo, eu não sei se existiram outras antes de você, mas eu tenho quase certeza que você não foi a primeira, assim como eu tenho certeza que se a gente não fizer isso, eu não vou ser a última.

- Sinto muito – Sweet sentiu as lágrimas fazerem seus olhos arderem até a primeira gota escorrer pela sua bochecha e ela limpar com o polegar – eu não posso fazer isso com a CC, eu não quero que ela lide com isso.

- Cairo... – Samantha respirou fundo sem saber o que falar e com medo de perder a batalha que nem havia começado.

- Como você me achou?

- Já ouviu falar sobre a teoria dos seis graus de separação? Onde diz que estamos ligados a qualquer pessoa no mundo com não mais que cinco pessoas e que só precisamos escolher as pessoas certas.

- Sim, já ouvi sim.

- Pois então – Palmer deu de ombros – foi assim. Pessoas conhecem pessoas, não foi muito difícil.

A lembrança de Winnie falando sobre Boris e o conselho estudantil e ela olhou assustada para a menina.

- Foi você quem denunciou o Boris?

- Sim – a garota falou orgulhosa – um dia, depois de algumas taças de vinho, ele me falou sobre o Boris conversar com alunas, então quando ele terminou comigo, me fazendo passar por louca, eu criei um e-mail e enviei para o e-mail de contato da escola. Não sei se fez algum efeito.

- Eu sei que o conselho teve uma reunião com ele.

- Espero que tenha sido demitido – Samantha soltou o ar e olhou para o seu copo de café e depois para Cairo novamente – o que ele usou para terminar com você?

- Eu precisava entregar um conto como projeto, e eu escolhi o livro do Henry Miller como inspiração.

- Nossa – Samantha arqueou as sobrancelhas.

- Ele surtou, ele falou que eu havia passado do limite, que havia criado um cenário em minha cabeça e levado ele como verdade. Como se o beijo e o sexo tivessem acontecido apenas no meu subconsciente – Sweet respirou fundo sentindo o estômago revirar – e você?

- Ele está tentando retomar o casamento, eu descobri e o indaguei sobre a gente, e ele também me fez acreditar que as coisas não aconteceram como eu lembrava que haviam acontecido.

- Eu sinto muito por você ter passado por tudo isso, Samantha, mas... – Cairo respirou fundo – eu não posso lhe ajudar. Grace é muito importante para mim e eu quero proteger ela dessa história.

- Ela não sabe?

- Não.

Palmer olhou para a jovem a sua frente, fechou os olhos e respirou fundo, soltando o ar lentamente.

- Eu vou à delegacia amanhã, você me ajudando ou não. Eu não tenho mais nada a perder – a menina sorriu tristonha e deu de ombros – eu só quero que ele pague por todas as crises que passei no último mês.

- Boa sorte – Cairo falou e levantou – tchau, Samantha.

Cairo virou de costas e caminhou até a porta, sentiu o vento fresco da noite atingir seu rosto e apertou os olhos, desejando acordar daquele pesadelo.

Assim que entrou em campo, Grace logo avistou os pais e os irmãos, mas não viu Cairo com eles, passou um olhar rápido e até onde seus olhos alcançavam, ela não tinha sinal da menina, se perguntou se havia acontecido algo com a namorada, mas ao invés de encontrar a garota de cabelos castanhos, CC avistou um homem de jaqueta esportiva, cabelo bem penteado, segurando uma prancheta.

- Merda – CC fez sinal para o restante das meninas que logo formaram um circulo e se curvaram para frente – o olheiro tá aqui.

-O que? – Mabel falou olhando para a arquibancada.

Um murmurinho entre as meninas começou e Walker tratou em por ordem e fazer com que elas se concentrassem novamente.

- Hey, prestem atenção em mim, esse jogo é importante, ajam em grupo – ela olhava nos olhos de cada uma como uma verdadeira líder – cuidado com as marcações, essas garotas são agressivas no campo, e passem a bola, não sejam fominhas – a garota falou olhando nos olhos de Blake rolou os olhos entediada.

- Você fala isso porque quer que o olheiro te veja.

- Isso não é sobre mim, Blake. É sobre o time, ele está aqui hoje e pode querer apostar em qualquer uma de nós.

- A CC tem razão – Ava incentivou – a gente sabe o que fazer e não vamos perder para essas trogloditas.

- Isso – CC sorriu para a amiga – prontas?

- Prontas! – As meninas responderam ao mesmo tempo.

- No três – Grace esticou o braço para o centro do círculo com a mão aberta e todas as meninas fizeram o mesmo e começaram a contar juntas.

- Um...dois...três... GO UNICORNS – as meninas deram gritos e bateram palmas com os braços erguidos.

- Ano que vem vocês são as veteranas – Mabel falou para uma das meninas que ficava no banco – pelo amor de Deus, deem um jeito de trocar esse nome, ele não põe medo em ninguém e fica absolutamente ridículo em um grito de guerra.

O jogo começou de forma intensa e logo todas as garotas do time notaram que as adversárias eram realmente agressivas. Mabel levou um empurrão de ombro assim que tocou na bola, Ava rolou pela grama minutos depois, Blake foi praticamente arremessada quando duas meninas cortaram sua frente. O primeiro tempo terminou zero a zero, e as meninas já estavam exaustas, Erika foi substituída por uma das meninas do banco, CC sentou no banco do vestiário e apoiou as mãos nos joelhos, puxou o ar tentando regular a respiração.

- Tudo bem? – A treinadora colocou a mão no seu ombro e se inclinou alguns centímetros.

- Sim – ela respondeu ainda ofegante.

- Eu vou te trocar nos primeiros cinco minutos de jogo.

- Não – CC olhou para a treinadora com os olhos arregalados – eu estou bem, de verdade.

- Ok, mas vou ficar de olho em você.

As meninas voltaram para o jogo e no segundo tempo CC sentiu seu rendimento cair, seu peito parecia pegar fogo enquanto ela corria pelo gramado.

Assim que chegou de volta ao estacionamento da escola, Cairo saiu correndo em direção ao campo, ela ainda tinha alguns poucos minutos de jogo e pretendia assistir pelo menos o restante e fingir que a ida a cafeteria não aconteceu. As arquibancadas estavam lotadas e ela ficou parada na escada tento uma visão péssima do campo por causa dos dois alunos que bloqueavam a sua frente. Tentava entender o que estava acontecendo pelas reações do público, mas isso era quase impossível.

No campo, CC estava com a bola, a marcação do outro time se aproximava e seu peito queimava, ela tentou correr para o gol e controlar o ar mas estava impossível, o que ela conseguia inspirar não parecia suficiente, sua visão começou a falhar, ela diminuiu a corrida e a adversária conseguiu pegar a bola.

- CC – Ava gritou parada no meio do campo ao ver a amiga com a mão no peito.

A arquibancada ficou em silêncio entendendo que tinha algo de errado, Cairo empurrou os dois garotos a sua frente a tempo de ver Grace com uma mão na cintura, a outra puxando a gola da camisa para baixo como se fosse aquilo que dificultava sua entrada de ar.

- Blue – Cairo falou baixinho vendo o peito da namorada subir e descer de forma violenta.

Jess apertava o ombro do marido apreensiva e Bill segurava Milles contra seu corpo.

Tudo aconteceu em segundos, o silêncio, a apreensão e o peito de Grace queimando, até que ela sentiu seus lábios e as pontas dos dedos formigando, e seu corpo todo desabou sobre seu joelho antes de cair no chão.

Todo o campo ficou em silêncio, todas as jogadoras paradas completamente sem ação, Jess com a mão na boca e Bill controlando o pânico, até que um grito isolado cortou o vento, vindo de um porto específico espremido na escada, trazendo na voz todo o medo e pânico que Cairo tinha em seu corpo.

- CC...

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