Prenda-me Se for Capaz.

By _annelamarca

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Jeon Jungkook, um dedicado detetive, se vê em uma encruzilhada quando é designado para investigar uma série d... More

Jk, o detetive.
Procura-se.
Tag you It
Kiss Kiss
Class Fight
Como é sua mente?
Primeiro encontro.
Honestidade.
Honestidade ²
Uma noite, detetive.
Que merda eu fiz?
Cherry.
Mais um encontro.
O nosso nós.
Reunião.
Class Fight²
O presente.
Raiva, culpa e ódio.
Trabalho.
Perseguição.
Entre a mentira e desconfiança.
Sem Cherry.
Como namorados.
Uma ligação.
Jogo da verdade; decisão.
Jogo da verdade; preparação.
O martelo final.
Jk; o sádico.
O final.
Agradecimento.

Raiva, culpa e ódio²

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By _annelamarca

Park Jimin.

Estava quase amanhecendo quando as buscas encerraram, Jungkook estava no carro comigo, estava me repreendendo devido minha tentativa de mais uma vitima. Observei a estrada enquanto Jeon falava sem pausas e questionava assuntos passados em busca de respostas. 

─ Bunny, eu entendi que errei mais uma vez, chega! — apertei meus punhos tentando me conter— Eu já acabei com minha vida toda, porra, tem um vazio em mim que é preenchido quando faço essas merdas. É isso que queria ouvir? 

Pude ouvir seu suspiro exaustivo enquanto um breve silêncio instalou-se no carro. Antes de adentrar a cidade alguns minutos depois, Jeon proferiu que me deixaria na entrada do bairro ao invés da mansão. Contando que o bairro era abandonado e coberto por mato devido a este motivo, achei rude de sua parte.

🐰

Ao adentrar, corri para servir o café de Pitter, ele provavelmente não havia despertado, contudo, é melhor do que ficar a manhã inteira sem comer devido ao meu sono.

— Olá, Sr. Perfeitinho. — ironizou como sempre — acorde, acorde, acorde! Preciso que se alimente.

Sentei a frente de Pitter e coloquei a bandeja em seu colo, havia panquecas, suco e morangos. Hoje seria o tipico dia que prefiro me isolar sem sair da cama, não estava chateado, porém, fiquei com uma ponta de magoa devido ao jeito que Jungkook tratou-me no carro. 

Pitter estava em silencio, havia acordado recentemente, não havia feito suas higienes matinais pois não dei-lhe tempo para isso ainda, contudo, confesso que há um pouco de empatia surgindo em mim, Pitter está a semanas sentado a maior parte do dia nessa cadeira velha no centro do comodo quase vazio, humanamente falando eu estava sendo um monstro, Pitter errou e eu me igualei errando mais ainda. 

─ Irei lhe soltar, poderá circular pelo quarto e apenas isso. ─ o avisou colocando um pedaço de panqueca em sua boca. 

─ Uma pergunta: Jeon virá novamente? Tem alguns finais de semana que você esquece meu banho diário ─ comentou ─ 

— Sim, mas poderá ficar o dia todo livre, sugiro que deite e aproveite isso — sorriu fechado e desamarrou a corda ─ não tente bancar o espertinho, Pitter, no banheiro não hã nada que possa te ajudar a fugir, aqui só tem essa cadeira e o sofá. Lembre-se que você está em meio ao nada, o bairro é abandonado e longe de ajuda. 

Pitter se quer sentia suas pernas, alongou sentado tentando recuperar o sentido para finalmente levantar-se. Resolvi sair antes que ele pudesse tentar algo contra mim, tranquei a porta e conferi se estava fechado e não abriria de modo algum.

Segui a caminho de meu quarto, peguei uma toalha, a mini caixinha de som, coloquei músicas melancólicas e iniciei um banho demorado. Meu objetivo para hoje seria colocar meus pensamentos em ordem e de alguma forma, tentar manter Jk longe de minha mente, apenas em meu coração, apenas isso.

Fechei meus olhos em busca de tranquilidade, respirei fundo trazendo uma sensação de relaxamento para meu corpo. Quando abri meus olhos, pude ter a visão de um banheiro pequeno, sem espelho, detalhes, apenas um chuveiro e privada, passei a ponta dos dedos em meus olhos demasiadas vezes até sentir segurança para abri-los e, quando abri, estava normal, no local onde estou, com espelho, detalhes espalhados pelo banheiro, produtos capilares. Tudo no seu devido lugar e diferente do que enxerguei por um instante.

A água fria bateu contra minhas costas, pude sentir formigar em minha pele como se atravessasse até minha alma. Cada gota do chuveiro parecia me relembrar alguma angústia. Meus pensamentos emaranhados como teias, quando percebi, estava mergulhando em uma piscina de reflexões dolorosas, lembranças e frases que ecoaram desde a adolescência.
Cada respiração é uma batalha contra a escuridão interior, cada momento no chuveiro é uma fuga temporária do peso de minhas emoções, estas que me colocaram em um ciclo de vingança eterna. 

Tanto tempo sem sentimento, além de vingança, só vingança. 

No final, para mim, tudo gira em torno de liberdade. De me sentir livre.

Pitter foi o significado de "não deixo que roubem minha liberdade, eu quem roubo a liberdade dos outros¹", tirá-lo da sociedade colocando-o em um cômodo totalmente fechado cinco anos após ele ter feito todos acreditarem que era uma pobre vítima de minhas maldades disfarçadas trouxe pouco da sensação que tanto desejei.

Quando fugi do hospital psiquiátrico pude sentir que seria minha única chance de liberdade, onde eu recomeçaria minha vida, porém, minha sede por vingança tomou posse de minha visão. É isso o que o ódio causa, vingança, ira, corrompe a mente levando a situações extremas. Após ver o primeiro e único homem que amei verdadeiramente "elogiar" outro, terminar comigo e ir embora – possuindo coragem o suficiente de me visitar no estado mais vulnerável que já estive.

Sempre odiei e desprezei Pitter, quando o sequestrei e os anos passaram restou apenas eu e ele, pude o conhecer melhor e o ódio passou em partes. Contudo, eu ainda buscava a sensação que ainda sonhava, poder ver o mundo colorido depois de crescer o vendo em preto e branco. Sem medo ou restrições. 

Em meio ao banho, fechei os olhos e a imagem de Jeon emergiu, pensei no que ele estaria fazendo agora, desejei estar perto, mas tudo que eu precisava no momento era de minha própria companhia. 

Lembrei-me de vê-lo brincar com a sanidade do homem na floresta, Jungkook com certeza é mais sádico que eu, ver o rapaz implorar o fez sorrir, no fundo Jeon também fugia de si mesmo. 

A maldade sempre existiu nos humanos, na sociedade, é um eco triste da nossa falibilidade, o lembrete doloroso e sombrio que somos capaz de desviar do caminho da empatia. Quando olhamos ao redor e vemos atos cruéis sentimos um aperto no peito, porém, existem pessoas que não sentem, que são desprovidos de empatia, que se sentem e são limitados de sentimentos profundos, limitados apenas a emoções superficiais. Ao contrario dessas, existem as pessoas que sentem tudo intensamente, que são repletos por empatia, contudo, quando contrariados sua sede de vingança cresce. A maldade é como uma ferida aberta, ela causa dor e sofrimento que perduram por muito tempo. 

A maldade me consumiu quando percebi que vivo no fundo do poço, que nada seria fácil, quando eu percebi que teria que correr pela minha vida eternamente, quando a pessoa que mais amei jurou estar sempre perto e foi embora. Minha maldade é meu desejo de vingança, meu desejo de liberdade, minha vontade de tirar a liberdade dos outros assim como arrancaram a minha por cinco anos. 

A floresta onde Jungkook soltou um de seus demônios, pensei em retornar até lá, desta vez, acompanhado pelo detetive, para mais um de nossos encontros. Imaginei nós em um piquenique, como um casal feliz e alegre. Isso tirou-me de minhas feridas abertas trazendo boas imaginações a tona. 

Peguei uma toalha e enrolei na cintura, penteei os fios avermelhados com uma escova e joguei-me na cama vidrando minha atenção a tela que estava em minhas mãos, procurei pelo número de Jungkook e o encaminhei algumas mensagens de textos sugerindo o date que planejei minutos atrás. Em seguida, vesti uma camiseta grande e um short pequeno que me trouxesse mais conforto.

Verifiquei o horário caminhando para a cozinha, iria adiantar a refeição de Pitter. Abri a porta de um armario e peguei uma caixa de comprimidos, havia algumas cartelas recém abertas, peguei três que estavam quase acabando, coloquei os comprimidos em minha mão e os levei até minha boca, ingeri um copo de água e segui para a geladeira. 

Ter retornado com os medicamentos para meus transtornos era minha ultima esperança, consegui-los sem receita médica facilitou ainda mais, contudo, meu vicio em alguns deles era propicio a retornar. Lembrei-me de Jeon na adolescência, quando ele conferia todos os dias minhas cartelas verificando se tomei apenas um de cada como foi indicado. 

🐰

Encontrei Pitter deitado no sofá do comodo, questionei como ele sentia-se, recebi uma resposta bem humorada, assim como eu imaginava, lhe entreguei a bandeja e talheres de plastico, ditei que estava confiando nele e me retirei do quarto esperando alguns segurando próximo a porta após ter trancado-a. 

Sorri ao perceber que ele não tentou abrir a porta e me direcionei ao quarto, suspirando e deitando-me a cama, envolvendo meu corpo aos lençóis tentei adormecer e desejei não sonhar com quem estou evitando imaginar.  

🐰

Oi oi, amores. Como vocês estão? Gostaria de agradecer a quem está me acompanhando, vocês são muito importantes mesmoo! 

E ai, o que estão achando do Jimin? 

E do Jungkook? 

Não se esqueça de votar e comentar!

¹: A frase refere-se a um rap do Eren, 7 minutoz.

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