ATRAÍDA PELO TRÁFICO

بواسطة ficsdacapitu

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[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de e... المزيد

NÃO PULE ESSE CAPÍTULO, PELO AMOR DE DEUS
Capítulo 1
CONTO DAS 72 HORAS
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
Capítulo 42 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
ATRAÍDA PELO CRIME [PRÉ-VENDA]

Capítulo 3

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بواسطة ficsdacapitu

Ao retornar à sala, direcionei um sorriso gentil para minha mãe, que parecia horrorizada com o que sua filha mais nova havia causado. Enquanto isso, Isadora permanecia de cabeça baixa, aparentemente arrependida pelo que fez à sua família. Ambas estavam sentadas no sofá, uma ao lado da outra, cercadas por velas.

Não seria surpresa se algum vizinho começasse a espalhar rumores sobre algum ritual de bruxaria em andamento.

— O amigo da Gabi vem ligar a luz daqui a pouco — informei, respirando profundamente.

— Por isso é bom termos amizade com todo mundo — minha mãe disse ao mesmo tempo que levantou-se e caminhou em direção à cozinha.

Se a senhora soubesse para quem o Dinho trabalha, talvez mudasse de ideia.

— Podemos conversar, Isa? — questionei, me aproximando da minha irmã caçula e me ajoelhei na sua frente. — Desculpa ter te batido, mana. Eu não deveria ter perdido a cabeça contigo.

— Eu acho que merecia bem mais, Lia. — A garota me encarou envergonhada.

— Não, não merecia. — Fiz carinho no seu rosto. — Você é praticamente uma criança e a minha obrigação é cuidar do seu bem-estar.

— Você desistiu do seu sonho de abrir um salão de beleza para trabalhar naquele bar sujo, apenas para que eu não precisasse trabalhar e pudesse fazer as aulas de teatro.

— Sou sua irmã mais velha e é a minha função cuidar de você, mas ainda quero entender o seu motivo pra roubar o dinheiro das nossas contas, porque eu teria dado um jeito de comprar qualquer coisa que você pedisse.

Isadora olhou em direção à cozinha e ao constatar que a nossa mãe estava longe o bastante para não ouvir a sua resposta, ela voltou a sua atenção para mim.

— Eu usei o dinheiro pra fazer um aborto.

— Em alguma das suas amigas? — Franzi o cenho sem entender.

— Não, Lia. Eu fiz o aborto em mim.

Arregalei os olhos quando a Isadora fungou e começou a chorar.

— De quem você engravidou, Isadora?

— Do Fausto.

— Seu professor de teatro?

— Sim, ele.

Levantei-me completamente atordoada, mal conseguindo respirar.

— Ele não tinha como conseguir o dinheiro, porque a esposa controla todos os gastos.

— Meu Deus, ele é casado? Isso só piora a situação.

Caminhei de um lado para o outro, tentando processar os eventos alarmantes envolvendo Isadora, quando Gabriela me chamou abruptamente na frente de casa. Por alguns minutos, tive que deixar de lado o choque de descobrir que Isadora engravidou de um homem comprometido e abortou o bebê sem comunicar nossa família.

Não conseguia imaginar a intensidade da dor que ela enfrentou ao passar por algo tão sério e delicado completamente sozinha.

Ao abrir a porta, meu coração disparou ao me deparar com Gabriela e o Chorão. Meus olhos se arregalaram e a minha respiração falhou.

Não acredito que esse vagabundo saiu da cadeia e nem me mandou um "oi". Eu te chupei até você gozar na minha garganta, seu desgraçado! Sinceramente, homem não vale um real!

— Esse é o Dinho, irmão gêmeo do Chorão, amiga — Gabriela apresentou o homem ao seu lado e soltou uma risada ao ver a minha cara de assustada.

Demorei um pouco para assimilar que eram pessoas diferentes, porque a única diferença que conseguia notar naquele momento era que o cabelo do Chorão era preto e o do Dinho era loiro platinado, parecendo uma paquita da Xuxa.

— Ah, eu sou a Emília. — Trocamos um aperto de mão rápido e ele lançou um sorriso amigável para mim.

— A garota que o Chorão quer contratar pra fazer as visitas íntimas pra ele! — Ele deu um sorrisinho malicioso.

— Vocês precisam de alguma coisa pra poder ligar a luz? — indaguei, mudando de assunto.

— Só uma escada, Emília — ele respondeu, mantendo a expressão maliciosa na face.

— Vou emprestar da minha vizinha. — Fiz menção de atravessar a rua, mas parei ao ver o GV vindo na nossa direção.

Não acredito que esse homem veio junto!

— E aí, Emília? Quanto tempo! Já tem dezoito anos?

— Esquece essa história, por favor.

— Ué, que história? — Dinho se interessou em saber.

— Essa bonitinha foi pra um baile funk há alguns anos e mentiu que era maior de idade só pra ficar comigo — GV expôs e me olhou como se quisesse me matar. — A mãe dela quase me matou quando descobriu.

— Em defesa da minha mãe, ela não sabia que você era traficante.

— E eu não sabia que a filhinha dela só tinha catorze anos.

— Enfim, águas do passado, não é mesmo? — Me desviei dos três e andei rápido até a casa da minha vizinha para emprestar a sua escada.

— Dona Ana?! — gritei ao chegar no portão e bati palmas. — Tem como a senhora emprestar a sua escada, por favor?

— Ô Emília, tá lá no quintal. — A mulher sorridente e baixinha apareceu. — Você pode ir lá pegar, minha querida.

Ana abriu o portão e ao ver os homens que estavam na frente da minha casa fez uma careta.

— Cortaram a energia lá de casa e eles vieram pra ligar — expliquei sem graça.

— Não sabia que vocês eram amigos, mas os dois devem gostar mesmo de você pra saírem da toca, porque quase não vemos nenhum deles pelas ruas.

— Eles são amigos da Gabi e acho que só o Chorão que evita ficar circulando por aí. — Entrei na casa e caminhei em direção ao quintal pelo corredor na lateral.

— É verdade. — Ana veio atrás de mim. — A primeira vez que eu vi o Chorão foi quando ele invadiu a sua casa pra fugir da polícia.

— Nem me lembra disso, dona Ana. — Dei uma risada nervosa.

— A sua família deveria processar o estado, Emília. Sua mãe não sai mais para lugar algum, nem mesmo para a igreja, e sua irmã vive triste pelos cantos. Um dia desses, a vi chorando no ponto de ônibus.

Engoli em seco ao perceber que a nossa vizinha tinha notado que a Isadora estava diferente enquanto eu e a minha mãe nem desconfiamos que tinha algo errado acontecendo.

— Vou pensar nisso, dona Ana.

Agradeci a ela, peguei a escada e voltei para a frente da minha casa com a culpa de ter sido uma irmã relapsa me corroendo por dentro. Como eu pude ser tão egoísta ao ponto de não notar que a Isadora estava precisando de ajuda?

— Essa serve, Dinho? — perguntei, mostrando a escada.

Ele confirmou com a cabeça, parecendo distraído com o celular em mãos.

— Tá trocando mensagens sacanas com a sua filhinha? — GV implicou.

— Ela não é minha filha! — Ele guardou o celular no bolso.

— Bom, ela diz que é!

— Ela é doida!

— Doida, mas você tava quase macetando a coitada quando fui te buscar.

Dinho fechou a cara e negou com a cabeça.

— Não fala dela, GV. Pode zoar comigo, mas não mexe com a Inaê.

— Tá bom, brother. Não tá mais aqui quem falou.

O Dinho subiu na escada e começou a mexer nos fios do poste.

— E aí, vai aceitar a proposta do Chorão? — GV puxou assunto.

— Óbvio que não — menti, descaradamente. — Não vou me prestar ao papel de me envolver com bandido.

— Mas não foi tu que chupou o Chorão pra ele se acalmar quando ele te manteve refém? — GV me explanou e a vontade de morrer veio junto com as suas palavras.

Senti meu rosto ficar quente pela vergonha do que fiz em um momento de loucura.

— Não acredito que ele te contou isso.

— É verdade? — Gabriela abriu um sorriso orgulhoso. — Não acredito que você me escondeu essa informação, Emília.

— Eu tava sob pressão e não me orgulho nenhum pouco do que fiz.

— Pelo menos, ele vai te pagar dessa vez — Dinho completou, arrancando risadinhas dos outros dois.

Mesmo eu não querendo aceitar a proposta do Chorão, sei que essa é a única solução rápida que pode me ajudar a resolver a minha situação financeira de uma vez por todas, porque o que eu vou ganhar em duas visitas íntimas é mais do que o suficiente para quitar todas as minhas dívidas.

Além disso, não posso deixar a minha família passar por necessidades e o jeito vai ser dar o braço a torcer e dormir com um bandido.

Que Deus me ajude a suportar essa barra que vai ser virar prostituta de um chefe de uma facção.

A história do Diego (Dinho) e da Inaê é Atração Ilícita.

Não esqueçam de votar e comentar o que estão achando dos capítulos.

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