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Me olho no espelho pela milésima vez verificando a minha roupa, eu usava um short jeans preto e um cropped da mesma cor que cobria quase toda minha barriga. Inspiro o cheiro do meu pulso sentindo o meu perfume Vanilla Vibe da linha Egeo da Oboticario.
— tá, eu tô cheirosa. Até que essa roupa ficou boa. — digo me analisando mais uma vez
Ouço a companhia tocar e vou em direção a porta, encaro Gabriel que tava com calça preta e a camisa do Real Madrid.
— Boa tarde, docinho – me deu um selinho demorado e sinto minha respiração falhar — Trouxe pra gente — ele disse me entregando uma sacola
— Boa tarde, o que tem aqui? — digo dando espaço pra ele entrar
— Ovos de Páscoa. Trouxe o seu favorito que é o de recheio de maracujá.
— Como você sabe que é o meu favorito? — me sento no sofá e ele se sentou ao meu lado
— Eu perguntei pra Chloe. Gostei da sua casa é bonita, mas preciso conhecer o seu quarto ainda – piscou malicioso e sinto o meu rosto queimar
Pego o controle em cima do sofá e ligo no canal que iria passar o jogo.
— Você tá me deixando envergonhada
— Você quem tá nervosa, Docinho — murmurou no meu ouvido e logo após beijou o meu ombro
— Presta atenção no jogo — digo tentando me manter sobre controle.
Gabriel riu baixo e colocou a mão na minha coxa acariciando de leve.
— Vinicius parece perdido no campo hoje — ele disse colocando a cabeça no meu ombro e abro um sorrisinho com o seu ato.
Estamos parecendo um casal.
— Você viu o que aconteceu no último jogo? Eu fiquei triste por ele.
— Eu vi, infelizmente o Vini sempre é alvo de racismo.
— Cruza essa bola direito meu lateral — digo quase gritando e Gabriel deu risada — Parece o Wesley mano
— Mas respeito com o meu mano Wesley — disse rindo — Cabeça de asteroide — rirmos juntos
— Eu fiz um mousse pra você — digo me levantando do sofá rapidinho pra pegar a sobremesa
— Que isso mulher, tá uma delícia — ele disse assim que colocou um pouco na boca
— Gooooooool — comemoro pulando — Eu nunca te julguei Militão. — como eu sou desastrada consigo derrubar mousse no meu cropped
— Docinho, você é muito desatenta — ele disse rindo e reviro os olhos colocando o pratinho na mesinha do centro e tento me limpar com as mãos
— Que droga — resmungo
– tira a blusa, pô.— ele piscou e me fazendo engasgar com a própria saliva
— Você é um safado né — solto uma risada baixa
— Um pouquinho só. Vem cá — me chamou com a mão e me aproximo dele.
Gabriel segura na minha cintura e me coloco no seu colo fazendo com que minha respiração ficasse pesada. Passo minhas mãos ao redor do seu pescoço e grudo nossos lábios, peço passagem com a língua que logo é concedida.
Sinto o seu gosto de menta com o de mousse de limão que eu havia feito e rebolo lentamente sentindo o seu membro endurecer.
Meu Deus.
Intensifico o beijo arranhando seu pescoço o fazendo arfar baixinho.
— Que isso morena — murmurou baixo puxando o meu lábio inferior
Gabriel parou o beijo e passou a língua quente pelo o meu pescoço até chegar no meu decote.
— Minha nossa — digo com a voz trêmula
— Eu só queria mamar — ele disse manhoso e dou risada
— Precisamos nos controlar — digo saindo do seu colo e ele puxa o travesseiro pra tentar disfarçar a sua excitação
— Quem manda é você, docinho. — me deu um selinho rápido e ouço a companhia tocar me fazendo bufar
Vou em direção a porta e assim que abro encaro tia Rita que me olhava séria, antes mesmo de eu falar qualquer coisa ela adentra a casa e encara Gabriel com receio.
— o que esse maloqueiro está fazendo na sua casa, Ava?
— Tia! — a repreendo — Não fala assim do Gabriel.
— Oi, eu sou o Gabriel — ele disse se levantando e forçando um sorriso, esticando a mão para que ela pegue mas minha tia simplesmente ignora
— Tá namorando esse rapaz? Ava, ele não é homem pra você. O seu ex era bem melhor.
— Tia já conversando sobre isso.
— Vai embora daqui rapaz e não procure a minha filha nunca mais, ela não é mulher pra você. – ela disse brava encarando ele que me olhou confuso e sinto dor no seu olhar.
Abaixo o olhar cabisbaixa e Gabriel soltou um suspiro parecendo não acreditar por eu não ter falado nada.
— Eu vou indo então — ele disse saindo e sinto o meu coração doer.
— Ava, esse moleque não serve pra você, filha. O Rodrigo é o homem da sua vida.
— Não me lembra desse desgraçado.— digo brava — a senhora sabe o que ele falava sobre mim.
— E ele tava mentindo por acaso? Você é gorda e feia, Ava.
Sinto o meu peito rasgar por dentro e corro em direção ao meu quarto, me jogo na cama chorando alto. Minha vida é uma confusão e Gabriel Barbosa não merece entrar nela.