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— eu vou te bater, como você fala que vai apresentar o Vinã pra mulher que você tá querendo pegar, Gabriel? — Gerson indagou batendo na minha orelha
— Sua atitude foi muito burra, Gabi — Mikaella disse enquanto penteava o cabelo de Miguel.
— Vocês não me ouviram? Ela tá interessada no cara da faculdade dela, ela me vê como um amigo, eu não tenho chance. E o Vinã é legal, pode fazer ela feliz.
— Mas o senhor gosta dela, titio.
— só somos amigos, só isso, Miguel.
— Na moral, tomara que ela e o Vinã deem certo e você fique chupando dedo. — Gerson disse indignado
— Gabi, se eu fosse você não apresentava o Vinã pra ela.— Mikaella disse me olhando atenta
— Mas..
— Gabriel, você vai se arrepender muito se fizer isso.
— Eu não tenho chance com ela e Ava merece alguém legal.
— você quem sabe, Gabriel — Gerson disse estressado
— Depois não diga que não avisamos. — Mi ressaltou me fazendo ficar pensativo.
— Então — coço a garganta — Acho que eu já vou indo
— Pensei que fosse almoçar aqui — Ela disse prendendo o cabelo em um coque
— Eu acho que vou pra casa mesmo. — me levanto da grama — a Júlia disse que iria almoçar lá.
— Gabriel você só faz merda, inacreditável — Gerson resmungou e reviro os olhos
— Qual é? Eu preciso pelo menos me distrair com alguém, nada na minha vida tá bom.
— Gabriel, sério isso? — Mi arqueou a sobrancelha — Bom, é sua vida e você sabe o que faz — soltou um suspiro
— Tchau Miguel — beijo a testa do meu afilhado — Tchau, amanhã eu almoço aí, foi mal.
— De boa, Gabi. — Gerson disse se levantando para me acompanhar até a porta — Pensa bem no que você vai fazer.
— Valeu — faço um toque com ele saindo
Solto um suspiro dando partida em direção a minha casa, assim que chego já começo a preparar uma lasanha pra nós dois. Meu celular toca e o nome "Docinho" brilha na tela.
— Oi Docinho — digo atendendo a ligação
— Oi Gabi, tudo bem?
— sim e com você? — Ouço a companhia tocar e vou em direção a porta abrindo — Oi Júlia — digo deixando o celular no silencioso e ela entra me olhando atenta
— tudo. Gabi, eu preciso de ajuda. — tiro do silencioso para a responder
— é..— coço a garganta nervoso — com o que?
— você pode vim aqui na confeitaria? — olho pra Júlia que cruzou o cenho se sentando no sofá
— Agora?
— Sim, é porque agora eu tô sem nenhum homem aqui na confeitaria, horário de almoço só que aqui tá muito cheio e a geladeira tá sem funcionar, queria que você olhasse pra mim, eu não entendo essas coisas.
— com quem tá falando Gabriel? — Júlia questionou impaciente
— Ava, eu tô ocupado — faço careta por ter que falar aquilo
— Ah — ela soltou um suspiro — Desculpa, eu achei que...você pudesse me ajudar. Desculpa mesmo, Gabriel.
— Ava — respiro fundo — Desculpa por não poder ir te ajudar
— tudo bem, obrigada.
— tchau e por favor me desculpa
— tá tudo bem, Gabriel. Tchau
Desligo a chamada nervoso e encaro Júlia que me olhava curiosa
— com quem tava falando?
— uma amiga, ela tava precisando de ajuda mas eu já tinha marcado algo com você, seria feio te deixar na mão.
— Que bom que decidiu isso, Gabi — ela se levantou e me deu um selinho.
Na verdade, eu queria ir lá pra poder ajudar ela.
— É, vamos comer?
— Sim, eu tô morrendo de fome — ela riu me fazendo sorrir
— Fiz lasanha pra gente — digo tirando do forno e colocando em cima da mesa
— Eu adoro lasanha — ela disse animada pegando um prato
Abro a geladeira tirando uma coca e pego dois copos no armário, coloco em cima da mesa e abrindo o refrigerante
— Como foi no trabalho hoje? — pergunto enquanto pego o meu prato pra colocar um pouco da comida
— tirei algumas fotos pra algumas marcas famosas e depois a gente gravou algumas publicidades pra postar no feed. E você, treinou hoje?
— sim — me sento na cadeira — mas treinei com o Gerson na casa dele, como não vamos jogar no sábado me falaram que não tinha necessidade da gente ir treinar hoje pela manhã mas a tarde a gente tem que ir.
– Entendi. Acha que no próximo jogo você joga?
— Acho que sim se o Tite me deixar entrar — solto um suspiro pesado
— Eu entendo ele, você não tá bom. Tem que ser banco mesmo — sinto um incômodo dentro do peito com suas palavras.
A Ava nunca falaria isso.
Merda, tô me sentindo ansioso só de ouvir o que ela disse.
— Aham — forço um sorriso — Pedro tá fazendo um bom trabalho — bebo um pouco de coca sentindo as minhas mãos trêmulas
— Artilheiro demais — ela disse sorrindo e concordo minuciosamente. — a gente podia assistir o jogo no Maracanã no sábado juntos, o que você acha?
— eu...
— Inclusive, quem era aquela mulher que tava do seu lado no jogo passado? — cruzou o cenho confusa
— uma amiga — coço a nuca
— o povo criando uma teoria de que vocês estariam juntos — ela gargalhou — até parece né Gabriel?
— Por que?
— Ela não faz o seu tipo, simples — ela se levantou e sentou no meu colo
— Por que acha isso? — indago nervoso
— Porque ela é gorda e não é bonita. Só serve pra ser sua amiga mesmo — ela sussurrou no meu ouvido — e olhe lá
No momento em que eu iria rebater dizendo que Ava é linda, Júlia grudou nossos lábios e pediu passagem com a língua o que eu acabei cedendo.
Entro minha mão por debaixo do seu vestido e coloco sua calcinha de lado, acaricio a sua intimidade introduzo dois dedos dentro dela.
— ooooooh — mordeu o lábio jogando a cabeça pra trás
Ela é gostosa e bonita mas não mais que a Ava. A Ava é maravilhosa.
— tão linda — murmuro beijando o seu pescoço
É Gabriel, hora de você aproveitar a vida e esquecer um pouquinho do seus problemas.