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Ava é uma mulher muito bonita, simpática e gentil. A morena do cabelão com o sorriso mais lindo que já vi me dava conselhos tão essenciais que me sentia até mais leve por desabafar com ela.
— Eu tô me sentindo um pouco carente, meus amigos mais próximos namoram ou são casados e eu continuo solteiro — digo envergonhado por falar aquilo.
Mas a conversa com ela tava tão leve que me sentia bem pra falar sobre qualquer coisa.
— Você não tem ninguém? Nenhuma ficante? — me olhou como se estivesse sem acreditar
— Não.
— Eu não acredito, Gabriel. Pelo o que vejo nos sites de fofoca você sempre tá com uma mulher diferente do lado.
— Mas é coisa do momento, na hora de deitar e dormir eu tô sozinho. — passo a mão na barba. — Eu quero sei lá, ter alguém — passo a mão na nuca dessa vez — tô cansado de ficar com uma ou outra.
— eu te entendo mas uma hora a mulher certa vai aparecer na sua vida
— todos falam isso — reviro os olhos cansado daquelas palavras
— é que eu não sei como te ajudar nisso, Gabi — ela riu baixo — sou péssima pro amor.
— Então você é solteira?
Isso Gabriel, jogue verde pra colher maduro.
— Sim — ela disse tímida.
Que mulherão e ao mesmo tempo tão menininha.
— Ih nisso não acredito não — nego rindo e ajeito o boné na cabeça
— Ué, Por que? — indagou confusa
— Você é linda, pô. — mais uma vez ela fica tímida me fazendo abrir um sorriso atrevido. — mulheres lindas sempre tem alguém na cola.
— Pior que realmente não tem ninguém — ela negou envergonhada — mas a gente tá falando de você, Gabriel. Não é sobre a minha vida amorosa — resmungou e concordei suspirando
— enfim, como eu ia falando...tô cansado de estar solteiro.
— é sério que você não tem ninguém?
— Eu fico com a Júlia de vez em quando mas não é nada demais.
— Não gosta dela?
— Não, é só uma noite e só. Eu quero algo além com uma pessoa que também queira.
— Gabi, essa pessoa vai aparecer no tempo certo. Entrega nas mãos do senhor porque ele sabe de todas as coisas.
— você é evangélica? — questionei pela sua forma de se referir a Deus
— Não, sou católica. E você?
— Sou católico mas não frequento tanto a igreja. Mas sempre rezo.
— o importante é a oração. — concordei sorrindo e ela também abriu um sorriso muito lindo — Acho que sua vida é uma correria por conta dos jogos. — ela disse mudando de assunto
— uma loucura — solto um risinho — muita viagem.
— deve ser cansativo.
— e muito. Mas aqui também deve te da um trabalhinho, pô. — digo encarando o local que era completamente rosa com várias flores e luzes de decoração.
— Nem me fale, muito movimentado graças a Deus.
— Você só trabalha aqui?
— Sim mas faço faculdade de veterinária
— Você gosta de animais então?
— Sou apaixonada — ela disse sorrindo boba — Já estou quase concluindo o curso, falta só um semestre.
— pretende atuar na área?
— sim, eu pensei em trabalhar pela manhã em consultório e a tarde trabalhar aqui.
— boa sorte, Ava. Tenho certeza que você vai conseguir.
— Obrigada Gabi.
— Esse pão de mel tá uma delícia — digo após comer o último pedaço — Foi você quem fez esse?
— Não, esse quem fez foi o Thomás. E realmente tá maravilhoso.
— Vocês sempre mandam bem — digo limpando minha boca com o guardanapo — Obrigada por me ouvir, Ava.
— Não precisa agradecer, as vezes tudo o que precisamos é de alguém pra desabafar
— Sim, se quiser também desabafar estou aqui pra te ouvir
— Obrigada mas hoje eu não tenho com o que surtar, na maioria das vezes eu estou estressada com a faculdade.
— é tão complicada assim?
— não é por ser complicada, é por conta da organização da instituição. Eles tão nem aí pros alunos. Quando temos um problema nos mesmos resolvendo
— que chato — resmungo a fazendo rir — Você torce para algum time?
— sou flamenguista
— Ainda bem — solto um suspiro de alívio — quer uma foto?
— que convencido ein — ela brincou me fazendo rir
— todas querem fotos — dou de ombros rindo
— eu imagino, você chama muita atenção — olho divertido pra ela por pensar que ela estava me elogiando e a morena se enche de vergonha — digo, cha..ma atenção porque é jo..jogador — gaguejou
— eu entendi só quis brincar um pouquinho com você — pisco a fazendo ficar ainda mais vermelha — você tá toda vermelhinha — dou risada
— Perdão — ela disse ainda mais nervosa que antes
— Eu achei lindo — mordo o lábio.
Que mulher gata.
— O...Obrigada
— Me fala um pouco mais de você.
— Ah não tem muito o que falar — suspirou
— Sua comida favorita?
— Lasanha — ela disse com os olhos brilhando
— é a minha favorita também — digo rapidamente
Ficamos conversando sobre várias coisas um do outro que perdemos a noção do tempo e quando fomos vê já era a hora de fechar o estabelecimento.
— o tempo voou — ela disse mexendo concentrada no celular que havia pegado a pouco tempo
— sim, perdir totalmente a noção do tempo conversando com você.
— Droga. — resmungou e a olho sem entender
— o que foi? Falei algo errado?
— Não — ela disse me olhando — é só que o Uber cancelou de novo.
— Que isso, pô. Eu te dou carona.
— Obrigada Gabriel mas já já um vem — disse voltando a mexer no celular
— Ava, eu posso te levar.
— Você nem sabe se minha casa é caminho
— é só você me falar que eu chego lá. Bora, eu te dou uma carona.
— tudo bem então — concordou
Saímos da confeitaria e a ajudo fechar puxando a grande grade pra baixo, trancamos tudo e seguimos em direção ao carro
— Onde você mora?
— Copacabana
— Moro por lá também — abro um sorriso e dou partida
— pelo menos é caminho e da menos trabalho pra você — ela disse envergonhada
— não é trabalho, é o mínimo depois de tudo o que você fez por mim hoje, Ava.
— eu não fiz nada demais
— claro que fez, você me ajudou muito. Você e os docinhos — penso um pouco — docinho combina com você
— como assim? — cruzou o cenho sem entender
— você é doce igual um do docinho. Vou te chamar assim agora.
Ela riu negando e ajeitou o cabelo pro lado, solto um suspiro fundo encarando a morena. Gabriel, se controla.