FRAGMENTADOS

נכתב על ידי fanficprincess22

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Billie é uma garota órfã de 19 anos moradora da Cidade 1, apenas mais uma das cidades que foram divididas em... עוד

Prólogo
Personagens
1. Corrompidos

2. Castigo

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נכתב על ידי fanficprincess22

Billie estava assustada e com raiva ao mesmo tempo, se é que fosse possível. Imaginava que já havia passado por vários tipos de humilhação, mas aquele era o pior deles. O jovem loiro a encarava com uma expressão difícil de interpretar. Anthony Killian havia salvo ela pela segunda vez e não sabia ao certo como se sentir com aquilo.

-Você não deveria ter feito isso, garoto!

-Vamos embora agora! O presidente ligou e precisa de você no conglomerado nesse momento...- Anthony falou exasperado. O magistrado se recompondo, ajeitou a gravata e saiu fuzilando a garota com um olhar. 

-Depois falaremos disso!  - disse o velho homem para o Tony.

Não se importava com o que ele havia pensado dela, Billie só queria sair daquele lugar sombrio em que havia se acostumado a ficar, onde qualquer um se perdia e era difícil encontrar volta. Tony queria gritar com o pai, queria dizer que odiava seu comportamento abusivo. Suspirou cansado por ter corrido até o local e virou-se para falar com a garota que havia procurado por anos, era ela e ele tinha certeza. 

-Espera! - ele gritou fazendo Billie parar de correr.

-Não precisa ter medo, não farei nada. - Tony disse calmo, finalmente. Sua respiração parecia estar desacelerando.

-É isso que acha que sinto quando vocês estão perto?- Billie se virou voltando em direção à Tony.

-O quê? 

Billie se aproximou encarando o velho conhecido que não havia mudado muito, apenas por suas feições antes de menino agora mais maduras e bem alinhadas.  

-Acha que sinto medo de vocês?

-Foi o que pareceu há uns minutos atrás. - respondeu sem tirar os olhos dos dela. A intensidade das emoções dela o deixavam a flor da pele.

-Quer saber o que sinto por vocês, filho do magistrado? Eu odeio vocês, são desprezíveis e nojentos. Além de nos roubarem aos poucos pra parecer que são compassivos. Conquistar pra dividir, já ouviu falar em colonização? - a garota estava visivelmente abalada e a raiva fugia por seu olhar. Tony sabia.

-O termo não me é estranho - provocou em resposta - ao contrário de você. - Deu de ombros-  Quando ajudamos alguém geralmente esperamos gratidão em resposta.

-Você realmente acha que me ajudou? Vou dizer o que fez, você só adiou a maldade do seu pai! Acha mesmo que ele vai parar? Isso te faz sentir melhor? Você não me ajudou, gente como você não faz nada para me ajudar. 

"Gente como você" atingiu Tony de alguma forma. Ele nunca quis ser filho do magistrado e conhecendo como o pai poderia ser perverso quando queria, sentia-se humilhado com aquela afirmação tão forte sobre ele, a verdade por trás de suas ações. Ele não poderia mudar ser filho de um dos homens mais maldosos do país e sabia daquilo. Billie continha tanta raiva guardada que quando despejou em Tony o fez recuar um passo. A garota baixou o dedo que havia apontado para o rosto dele. Ela conseguia se conter com frequência, só que ali não tinha explicações para ter mostrado sua raiva. Talvez fosse o cansaço de um dia cheio de trabalho e arrogantes a maltratando ou somente a presença do mesmo sobrenome que ela odiava tanto por tanto tempo ali à sua frente.

-Não preciso de sua ajuda Anthony Killian. Dá próxima vez, pode fingir que eu não existo. -Como da última vez, pensou ela se afastando.

Anthony sabia que não, poucas pessoas precisavam dele. Estava acostumado a ser odiado, talvez fosse ser pra sempre castigado pelo sobrenome que carregava. 

***

Alexandra Smith acordara cedo para uma pesquisa de campo, depois das últimas aulas de tecnologia que tivera na Universidade Central, mas havia algo muito errado nas últimas semanas de aulas. Seus professores cochichavam algo pelos cantos, mas quando ela se aproximava todos se afastavam. Era algo estranho até pra ela que estava acostumada com a atenção por ser filha do homem mais importante de sua sociedade. Ela já havia decidido não ficar na cidade central por aquele motivo, preferia voltar para sua cidade natal, onde ninguém a conhecia, pelo período de férias. Seu pai não gostava tanto da ideia, só aceitou quando o magistrado pediu a ele que a garota fosse. Ela sabia bem do plano dos dois em juntar os filhos em matrimônio num futuro próximo. Ela só não gostava daquela pressão toda, não teria problema em se casar com seu amigo de infância se ele a amasse. O que não era a realidade. Tony havia se distanciado dela e por mais machucada que estivesse não forçaria a barra. Sentia falta de Betsy e Simon também, queria ver os amigos. 

Assim que o trem parou, a garota em seu capuz desceu a ladeira segurando sua mala de mãos, ficaria poucos dias, mas queria fazer surpresa. Ela só não esperava ouvir coisas pelo beco.

-Sabia que eles estavam aprontando alguma! - o jovem de lindos cabelos escuros cochichou para o outro.

-Dizimar a população você diz?- perguntou o menor deles 

-Precisamos continuar com o plano...

Alexandra não sabia o que pensar sobre o que falavam, seria uma revolução?

- Não dá Jesse...

Jesse era o nome dele então. Alexandra saiu de perto tentando voltar pelas escadas que a pouco descera mas sem sucesso caiu com sua mala deixando o capuz cair mostrando seu rosto.

-Você está bem?- Jesse se aproximou tocando seu tornozelo. - Parece ter machucado.

-Estou bem... Ai - sentiu dor ao tentar mover seu tornozelo - Acho que não.

-O que a filha do presidente faz num beco como esse? 

Ele sabia, Alexandra sentiu-se patética por tentar esconder sua identidade com o capuz que agora não fazia sentido nenhum.

-Senhorita Smith, fique parada. Você está preso! - o guarda segurou Jesse pelos braços.

-Espera, ele não fez nada! - Alexandra disse desesperada. - Eu caí.

-Senhorita, ele é um rebelde como os outros. Vamos te tirar daqui - guardas de repente apareceram por detrás deles. 

Alexandra não sabia o que pensar da situação. Não sabia que sua cidade havia ficado daquele jeito. Ruas vazias, cheias de lixo e cheiro de fumaça. Pessoas intimidadas por toda cidade, becos onde se escondiam os marginalizados pela sociedade, de repente se sentiu enjoada.

-Me solta, eu não fiz nada! - Jesse estava exasperado. 

-Por favor, senhor. Ele realmente não fez nada...

-Conhece as regras, minha querida - A voz do magistrado surgiu detrás da escuridão, como sempre ele estava envolvido com tudo aquilo.- Seu pai viajou, mas me avisou de sua chegada. Não esperava que seria hoje. Estou aqui pra proteger você criança e não vou deixar que marginais toquem na filha do Presidente sem ter consequências. Esses rebeldes nunca aprendem, mas num tempo de conflito fique tranquila estou aqui por você.

Alexandra não conseguia se mexer, mas pegou o celular pra ligar para o único que pensou ter alguma ideia do que fazer naquele momento.

***

- Por favor, Walter sei que pode me ajudar - Tony pediu depois de tantos argumentos - Preciso de alguém que conheça os becos, e você deve saber de alguém.

-Sei sim, mas se eu te falar você vai fazer besteira, e acho que já chega por enquanto.

-Nada disso, ninguém vai saber que foi você quem disse.

-Você descobriria por mais alguém além de mim?

-Conheço muita gente.

-Não tanta gente assim...Quer saber, conheço alguém que trabalha aqui que pode te ajudar, mas você não vai gostar.

-Quem?

-Billie, vem cá.

A garota surgiu segurando uma garrafa de whiskie que acabara de servir. Os cabelos agora presos mostravam o suor e o cansaço de mais um dia de trabalho. Quando viu Tony ao lado de Walter paralisou. Desde a noite no beco não havia voltado a vê-lo há quase duas semanas atrás.

-Ele precisa da sua ajuda.

-Não, esquece... - respondeu - Não preciso não.

-O quê? Ele me encheu o dia todo com isso. Billie o cara quer alguém que conhece bem os becos.

-Não. Esquece - Tony pediu nervoso - Espera é a ligação de Alexandra.

-Uhh a namorada ligando - Walter riu do amigo, Billie encarava os dois. Como Walter podia se amigo dele era uma incógnita.

De repente uma agitação no bar começou a acontecer, Billie colocou a garrafa no balcão. Guardas arrastavam um homem, quando se aproximou e viu que era Jesse, se desesperou.

-Preciso ir Walter, algo aconteceu com Alexandra. - Tony disse ainda sem entender.

-Foi Jesse, Walter eles pegaram Jesse - Billie se agitou tirando o avental - eu... Eu vou...

-Não se preocupe garota, vá. Jesse não faria nada - Walter complementou

Tony correu até a praça onde estavam amontoados os guardas e todos, Billie se aproximou.

-É meu primo - disse.

-O quê? - Tony não sabia o que pensar, quando viu Alexandra segurando as lágrimas indicando que havia algo errado. 

O magistrado havia chegado com Jesse amarrado, ele sabia dos castigos do pai para pessoas que saíam da linha, mas não poderia permitir que uma injustiça fosse cometida no meio do povo. As pessoas cochichavam algo e alguns tentavam lutar para alcançar Jesse que gritava não ter feito nada.

-Meu povo, sabem que preciso castigá-los quando alguém não cumpre as ordens da civilização que foram promulgadas pelo Presidente. Infelizmente essa é uma lição para todos que tentaram encostar na filha do Presidente como esse jovem rebelde fez.

Tony se aproximou do centro e interrompeu o pai.

-NÃO! ELE NÃO FEZ NADA COM ALEXANDRA.

-Anthony, não se meta nisso!

-EU QUE COLOQUEI ELA EM RISCO, EU DEVO RECEBER O CASTIGO.

-Tony, o que você... - a voz de Alexandra saiu baixo.

De longe Tony via Simon e Betsy sem saber o que pensar.

-Farei como quer, se quer se aliar aos rebeldes talvez mereça mesmo um castigo.

-Eu pedi que Alexandra me encontrasse no beco e acabei por me atrasar. O rapaz não tem nada com isso.

-Mesmo sendo meu filho, não o pouparei- o Magistrado disse encarando Billie com o rosto pálido de medo - Veja o que acontece com quem desobedece minhas ordens, Anthony. Povo da cidade 1 , meu filho foi irresponsável por permitir que tal coisa acontecesse, portanto...dividirei o castigo.

-Mas senhor - o guarda tentou intervir - serão 10 chicotadas, isso é demais para ele.

Os castigos do Magistrado conhecido por ser perverso não eram nada fáceis de lidar, o que poucos sabiam era que Tony os conhecia bem. Quando tiraram a camisa de Tony para receber o castigo ele olhou para Jesse tentando passar algum tipo de força. Todos viram as marcas de várias chicotadas nas costas do jovem rapaz. Não seria a primeira vez que Tony apanharia com aquele castigo. O povo encarou assustado e em silêncio o Magistrado começar a depositar seu castigo.






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