Strong - Novas Espécies

By Tonks_97

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LIVRO 1 Selene Diaz, a nova fisioterapeuta da ala hospitalar, nunca pensou em encontrar o amor nos muros de... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco.

Capítulo Três

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By Tonks_97

O sol queimava no céu limpo de nuvens e o ambiente era quente, porém agradável. Selene se lembrou da Colômbia, país do qual seus pais eram nativos e sentiu em seu peito um calor de saudades. Para ela, era engraçado sentir falta de algo que só havia visitado poucas vezes, umas três vezes durante sua infância e pré-adolescência. Ainda se recordava da sensação aconchegante que as terras sul-americanas a faziam sentir, fora que naquela época Selene conseguia manter uma relação regular com seus pais, Sandra e Javier.

Desde então a jovem nutria um enorme desejo de retornar ao país, mas teve que adiar o sonho por falta de dinheiro e pelo emprego que havia arrumado recentemente. Mas, ainda queria visitar o país latino assim que finalizada o tratamento de Strong. Contudo, teve a sensação que sua estadia em Homeland seria muito longa e preferia ignorar esse sentimento. Ora, o que ou quem poderia prende-lá ali mesmo após o fim do contato com Justice? Pensou.

Naquela manhã calorenta, a jovem optou por usar uma blusa branca de alça fina e sem nenhum decote, uma longa saia bege e tênis branco. Uma coisa que havia aprendido em suas visitas a Colômbia era sempre usar branco em dias como aquele, pois a cor diminuía a sensação térmica. Selene também havia viajado na infância para outros países da América Latina, como México, Haiti e Brasil. Será que conseguiria ir a outros países tropicais? Pensou enquanto entrava na casa de Strong.

Ela o encontrou sentado na cama e parecia concentrado olhando um objeto, seria aquilo um livro? Mas antes que pudesse ver o que era, Strong a notou de supetão e guardou o livro embaixo de um travesseiro.

- Isso é um livro, Strong? Pensei que não gostava. - Indagou curiosa, se aproximou do macho e o olhou com certo divertimento.

- Não, não era. - Aquelas palavras saíram apressados de sua boca, como se o macho tentasse esconder algo ou até mesmo estivesse envergonhado. Selene riu.

- Então, o que era? Você tem um diário? - Strong riu baixo daquela pergunta e a jovem sentiu borboletas na barriga ao escutar aquele lindo som.

- Óbvio que não. - Respondeu. - Sua imaginação é fértil demais, fêmea.

Ela deu de ombros.

- E que mal há? Talvez expressar seus sentimentos em um diário faria bem para seu tratamento. Já tentou? - Ele negou com a cabeça.

- Já imaginva. - Suspirou.

Selene largou sua bolsa em cima de um cômodo e se direcionou para a borda da cama, perto da onde os enormes pés de Strong repousavam. Com cuidado mas sem nenhum receio, Selene começou a movimentar de modo circular o pé esquerdo do macho. Ela permaneceu por uns dez minutos naquele exercício até se direcionar para o outro pé.

Não era a primeira vez que tocava em Strong e não seria a última, mas sempre se surpreendia em como um macho tão bruto poderia ter uma pele tão macia e agradável de tocar. Será que seus lábios seriam macios assim? Balançou a cabeça negativamente, deveria parar de pensar assim de um paciente... logo de um que parecia não gostar dela.

Observando a jovem exercitar seus pés, Strong se sentia inebriado pelo cheiro leve e fresco que a fêmea tinha. Será possível um dia enfrascar aquele cheiro só pra ele, ou melhor, sentir direto da fonte? Ele sacudiu a cabeça, não poderia se render por um simples cheiro. Talvez um dia se enjoaria dele e pararia de sentir coisas estranhas por aquela fêmea, refletiu.

- Strong. - Foi a voz dela mais estridente que o libertou daqueles pensamentos sufocantes. - O que houve? -

- Como assim? - Se sentia perdido.

- Você está há uns trinta minutos me olhando dessa forma. Aconteceu algo? - Ela o perguntou, sua feição era preocupada mas no fundo seus olhos tinham um brilho diferente.

É óbvio e só você poderá resolver, ele pensou tentando segurar um sorriso sarcástico que teimava em surgir.

- Não. - Sua voz saiu mais rouca do que queria, talvez fosse só o efeito do tesão que sentia pela fêmea e por seu cheiro.

- Sabe, Strong. - A fêmea começou a dizer agora subindo as mãos pelos calcanhares de Strong. Suas mãos eram fortes mas macias, agradava totalmente o macho. - Você já foi a outros países? -

Selene ainda tinha em mente as frescas e deliciosas águas das praias da Colômbia, a irresistível culinária haitiana e brasileira e, por fim, as animadas festividades mexicanas.

- Sim, algumas vezes. - Ele respondeu, mas apenas o fez porque falar fazia aqueles pensamentos sobre a fêmea sumirem. - Mas todos pela força tarefa, já perdi as contas de quantos já visitei. -

A fêmea sorriu ao escuta-lo falar mais do que algumas poucas palavras. Era uma das primeiras vezes que o macho falava de bom grado e sem a ameaçar ou fazer o mesmo a outra pessoa.

- E quais foram seus lugares favoritos? - A curiosidade era nítida em sua voz, e parecia verdadeiramente interessada no que ele dizia. O macho se sentiu feliz e confiante por ter a atenção daquela fêmea.

- Humm. - Pensava. - Eu gostei de ir a Inglaterra, Nigéria, África do Sul e a Austrália. -

- E por que esses países? - Ela passou a movimentar a outra perna de Strong.

- A primeira por conta da temperatura, as duas outras pela culinária e a última pela diversidade de animais. - Respondeu pausadamente pensando em cada um dos países citados.

- Não sabia que era apaixonado por animais, qual seu favorito? - Selene tentava esconder a felicidade por Strong esta se abrindo tão facilmente pra ela.

O macho suspirou fundo pensativo e embriagou-se mais com aquele perfume afrodisíaco. Calma, é só tagarelar que essa vontade de agarra-la vai passar. Disse pra si mesmo.

- Eu gosto de todos igualmente, menos de felinos. - Respondeu fazendo uma careta engraçada, Selene riu e o macho ficou ainda mais maravilhado com ela após escutar o som de sua risada.

Ele se perguntava se poderia existir fêmea mais maravilhosa que ela, a resposta sem dúvida seria não. Só de imagina-lá seu pau doía nas calças e sua boca salivava com desejo de sentir a fêmea.

- E você, fêmea? Onde gostou de ir - Perguntou.

- Eu só fui em quatro países até agora, meus favoritos foram a Colômbia e o Brasil. - Ela sorriu com o olhar perdido em lembranças leves, quentes e com cheirinho de mar.

Strong sorriu, ele também já tinha ido para aquelas terras quentes por conta de missões de resgate envolvendo novas espécies.

- Mas eu sonho em retornar a Colômbia, sou originalmente de lá, sabe. - A fêmea confessou com um singelo sorriso.

Um sentimento de posse, raiva e tristeza começou a explodir dentro do peito de Strong. Aquele sentimento era tão intenso e devastador que suspirou alto.

- Você não vai. - Disse rapidamente, talvez até tivesse perdido o ar dos pulmões.

Imaginar aquela fêmea e aquele cheiro longe de si fazia o macho grunir. A sua fêmea não poderia sair de Homeland, não sem ele.

- Como que é? - Ela perguntou com o semblante franzido. Mal conseguiu distinguir as palavras que saíram da boca do macho, pois parecia mais que ele grunia do que falava.

- Você. Não. Vai. - A respondeu pausadamente.

- Por que? - Selene se enfureceu um pouco com o macho. Tinha entendido errado ou Strong planejava não deixá-la ir? Era uma ameaça de morte?

- Porque eu quero. - Ele disse se inclinando para ficar mais cara a cara com a fêmea de pele marrom e cabelos negros.

- Isso não é um motivo plausível. - O respondeu. - Fora que é proibido, Justice não lhe disse que é ilegal matar em Homeland? Em todo planeta é, aliás. - O olhou de cima a baixo, quem aquele macho pensava que era?

Strong apenas riu com as palavras da fêmea, ela realmente pensava que ele iria mata-la? Sim, pretendia mata-la.. de prazer e não no literal. É uma fêmea ingênua, pensou o macho.

- Você é tão boba, Selene. - Mesmo irritada, Selene ficou excitada apenas ao escutar como seu nome era pronunciado por aquele macho.

- E você é um ogro. - Devolveu e largou a perna dele com tudo na cama. O macho manifestou um pouco de dor.

- Você foi anti profissional agora. - Reclamou mas tinha um olhar divertido.

- Eu? - Ela o olhou por cima do ombro, estava mexendo em sua bolsa a procura de um gel. - Nossa, me desculpa, não era a intenção machuca-lo. Mas não é todo dia que alguém é ameaçado de morte. - Sua voz era cínica e Strong adorou ver a fêmea mais arisca.

- Eu nunca disse isso, você entendeu como quis. - Ele segurou a perna largada e a posicionou em um ângulo melhor.

- Não foi isso que deu a entender. - O respondeu.

Selene achou o gel e o colocou ao lado da bolsa, achou uma presilha marrom e prendeu os cabelos escuros em um rabo de cavalo. Strong observou cada movimento, ele queria tanto passar a mão naqueles cabelos. Eles seriam macios? Se perguntou. O macho poderia passar horas só alisando aquele madeixas com as mãos, parecia ser tão agradável.

- Está me olhando daquele jeito novamente. - Selene o advertiu já de frente para ele. Quando a fêmea havia se virado e ido até ele? - O que foi? -

- Não é nada. - Ele disse sentindo seu rosto quente, colocou as mãos nas maçãs do rosto. O macho baixou a cabeça e disse envergonhado. - Seu cabelo é bonito, fêmea. -

Ele pôde cheirar o quanto a fêmea tinha sido afetada por aquele simples comentário. Direcionou os olhos para ela e viu suas bochechas marrons vermelhas que nem cereja.

Aquela imagem ficou em sua cabeça o dia inteiro e retornou enquanto dormia. Selene era um perigo para ele, até mesmo vinha visita-lo em seus sonhos.



Uma fotinha fofa da prota para vocês 💝



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