˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E DEZENOVE
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MIYEON SUBIU OS degraus de pedra da frente do café, ajustando as alças do vestido sob o casaco e empurrando a porta de vidro, abrindo um sorriso para os trabalhadores atrás do balcão, um dos quais saiu para cumprimentá-la.
— Boa noite, podemos ajudá-lo? Há uma série de novos itens em nossos menus especiais e... — o homem começou, os dedos ajustando o avental em volta da cintura e apontando para o quadro à sua direita.
— Não, obrigada. Não estou aqui para comprar nada. Estou encontrando pessoas aqui. — Miyeon fingiu não notar como ele estava olhando para ela e, em vez disso, puxou o casaco para mais perto do corpo, cruzando os braços enquanto eles envolviam seu torso e ajudavam a mantê-lo fechado. — Acontece que há um grupo de adolescentes aqui? Um deles provavelmente está vestindo uma jaqueta de couro.
— Ah, sim... Claro, senhorita. Por aqui. — o trabalhador tentou esconder sua decepção enquanto conduzia a garota até a esquina, estendendo o braço e gesticulando para o grupo de oito meninos ocupando toda a extensão de uma mesa.
— Perfeito, obrigada. — Miyeon acenou com a cabeça para ele e começou a se aproximar do grupo, que ergueu os olhos ao ouvir os saltos batendo no chão. Cutucando um ao outro, Chorong estendeu a mão por cima da mesa e bateu na frente de Seojun, que estava digitando furiosamente em seu telefone.
— Hum? — o menino Han perguntou, digitando mais alguma coisa antes de erguer os olhos. Seus olhos pousaram em Miyeon e instantaneamente se arregalaram, levantando-se e observando sua aparência - um vestido preto que caía no meio de sua coxa, desenhando na cintura com um decote alto em forma de coração que estava preso aos ombros e mangas de renda. Múltiplas camadas da saia faziam com que ela tivesse um pouco mais de formato, e duas fileiras de botões circulares dourados alinhavam-se na frente.
Miyeon simplesmente tirou a jaqueta de couro que usava e fez Chorong se levantar, deslizando para o banco. — Han Seojun, alguma atualização sobre o webmaster? — ela perguntou, ignorando seus olhares curiosos.
— Hwang Miyeon, o que você está fazendo aqui? E por que você está vestida assim? Estava literalmente nevando mais cedo. — Seojun respondeu. — Você vai sair com Hyunwoo?
— O que? Hyunwoo - não, não com ele. — Miyeon respondeu vagamente, balançando a mão como se Seojun tivesse feito uma pergunta boba. — Mas um encontro - sim, eu vou.
— O que? — Seojun perguntou instantaneamente, seu grupo de amigos sorrindo com sua reação. — Mas - por quê? O que você está fazendo indo para um encontro? Por que você está indo para um encontro.
— Porque eu não sou de ficar sentada quando há coisas a serem feitas. — Miyeon respondeu, olhando para o grupo de garotos - todos fazendo exatamente isso. — Então, vou a um encontro.
O menino Han ergueu as sobrancelhas. — Lembre-me de como isso está ajudando de novo?
— Eu tentei ligar para Jugyeong o dia todo, e claro que foi um fracasso total porque ela não atendeu. Também tentei ligar para Suho, que também não atendeu. — Miyeon sentou-se. — Achei que ele talvez soubesse de alguma coisa - mas sem ele para me dizer, então eu ter que fazer minhas próprias investigações.
— E agora você vai a um encontro?
— Calma, estou chegando nesse ponto. Então conversei com algumas pessoas... Que me indicaram alguém que pode me ajudar a obter informações sobre o webmaster. Então me encontrei com ele e seu único preço foi que eu ir a um encontro com ele. É para onde estou indo. — Miyeon terminou, olhando ao redor. — Alguma pergunta?
— Um encontro? — Seojun repetiu pela enésima vez, ainda tentando entender. — Com um estranho? E Hyunwoo?
— É complicado. — Miyeon foi bastante exigente com suas palavras, decidindo não dizer nada e estender a mão para pegar alguns doces de Chorong. — E pare de dizer isso como se estivesse tão surpreso. Eu estava em um encontro antes de você sofrer um acidente de carro e você sabe disso.
— Vou acreditar na sua palavra. — Seojun murmurou, Chorong cutucando o garoto ao lado dele, os dois rindo do garoto Han antes de ver Miyeon olhando para eles.
— Tudo bem, agora tenho que ir. — a garota Hwang começou de novo, deslizando para fora da cadeira e ajustando as saias do vestido. — Chorong, roubei seu número de telefone de Seojun e enviarei as informações assim que as conseguir. Presumo que você possa rastreá-los então?
— Eu entendi. — Chorong assentiu, pegando outro doce e tomando um gole de sua bebida. — Eu farei o meu melhor! — eoe exclamou, recebendo um sorriso da garota.
— Espere... — Seojun se levantou quando Miyeon estava prestes a se afastar. — E eu? Por que não posso ajudar?
Miyeon suspirou, balançando a cabeça. — Han Seojun. Como você planeja usar essas informações para ajudar a encontrar o site? — a garota perguntou, inclinando-se e colocando as palmas das mãos contra a mesa e encontrando os olhos do menino.
— Eu não sei... Procurá-lo? — Seojun respondeu, tanto Miyeon quanto Chorong gemendo simultaneamente. — O quê? Vai funcionar se você conseguir informações suficientes.
— Claro que sim. — Miyeon assentiu, dando tapinhas em seu ombro de forma consoladora. Parecia que ela tinha se tornado quase uma pessoa diferente em toda essa situação - Seojun sabia que ela poderia ser protetora com seus amigos e que ela desprezava os valentões tanto quanto ele pelas mesmas razões, mas ele nunca a tinha visto assim, confiante sobre alguma coisa. E ficou bem nela.
— Só vim te contar sobre meu encontro porque sei que se eu desaparecesse você seria o primeiro a me procurar. — a garota encolheu os ombros. — Não que eu vá desaparecer - mas ele é um estranho. Duvido que ele faria algo perigoso, mas pensei em avisar você. Ah - e eu sabia que você teria mantido Chorong por perto. Meu encontro é dez minutos, então eu vou. Fique de olho, Chorong!
E tão rapidamente quanto chegou, Miyeon desapareceu pela porta do café.
— Han Seojun, você tem certeza que é de Jugyeong que você gosta? E que não está acontecendo nada entre você e Hwang Miyeon? — Chorong perguntou, sem nenhum tom de provocação habitual em sua voz.
— Tenho certeza. — Seojun respondeu. — Mas... Eu só vou ver como ela está uma última vez. — ele saiu da cadeira e a seguiu, deixando seus amigos trocando olhares conhecedores.
— Hwang Miyeon! — ele gritou para a garota, que parou e se virou, confusa. Seojun parou por um momento, os olhos examinando sua aparência e decidindo que o fundo do café não fazia justiça ao quão incrível ela parecia. Seu coração pulou na garganta quando ele percebeu que havia dito isso, alcançando a garota e passando um braço em volta de seus ombros, puxando-a para si enquanto eles continuavam andando lentamente na direção que Miyeon estava indo. — Você é muito gentil, sabia disso? Jugyeong não gostaria que você fosse tão longe por ela.
— Eu sei que ela não faria isso. Mas meus sentimentos estão todos confusos, então decidi jogar qualquer indecisão pela janela e agora estou dedicado a excluir aquela postagem. Pelo bem de Jugyeong. — Miyeon respondeu, e Seojun pôde sentir o cabelo dela fazendo cócegas na pele nua de seu pulso enquanto ela se virava para olhar para ele. — O que Soojin fez realmente doeu. Eu sei que o principal impacto dela foi Jugyeong, mas... — Miyeon parou com um suspiro.
— Mas ela era sua amiga, e você não poderia imaginá-la fazendo algo assim. — Seojun terminou a frase para ela, a garota Hwang assentiu. — Ei - já que estou com você - o que Soojin quis dizer ao dizer que você saberia como é a sensação? — ele perguntou.
Ele já sabia, no fundo. Ele nem precisou perguntar. Mas ele precisava da confirmação de que seus pensamentos não o haviam confundido, de que ele não havia interpretado errado.
Miyeon praticamente engasgou com a própria saliva, deslizando para fora do alcance de Seojun e deixando o braço dele cair ao seu lado. — Nada - ela não quis dizer nada com isso... Apenas tentando me irritar. Eu realmente preciso ir, Seojun, mas vou mantê-lo atualizado sobre minha situação. — ela terminou, antes de sair correndo noite adentro.
Ambos sabiam a resposta para essa pergunta, mas Miyeon não podia se dar ao luxo de perder a segurança do sigilo de seus sentimentos, e Seojun ainda estava confuso demais para confrontá-la sobre eles.
E assim, eles dançavam um ao redor do outro como se estivessem em lados opostos do salão de baile, trocando de parceiros no ritmo da música que nunca tocava por tempo suficiente para que eles se encontrassem.