˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E TREZE
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APÓS O INCIDENTE com Hyemin, Jugyeong e Soojin, Miyeon frequentou a academia antes de voltar para o apartamento. Ela ainda se sentia incrivelmente culpada pelo que estava acontecendo com Hyunwoo, e só esperava que, ao passar mais tempo com ele, ela esquecesse completamente o beijo que aconteceu e talvez percebesse que seus sentimentos por Seojun eram talvez uma paixão, reforçada pelo fato de ele se importar com ela como amiga, nem mais nem menos.
Ela mal tinha falado com ele durante toda a semana, evitando-o inconscientemente para tentar reduzir alguns sentimentos também. Não era necessariamente a melhor ideia para sua amizade, mas parecia que toda vez que ela olhava para o garoto Han, isso a trazia de volta ao que estava acontecendo. E por essa lógica, quanto menos tempo ela passava com ele, menos tempo ela passava pensando nisso.
É claro que o tiro sairia pela culatra no devido tempo, quando Seojun percebesse que ela o estava evitando ou pelo menos não passaria nenhum tempo com ele que não estivesse fora de suas aulas juntos e confrontasse-a. Mas até então, evitar pensar no assunto parecia ser a melhor opção para acalmar a mente da pobre menina.
A única coisa era que Miyeon tendia a pensar no beijo com seu melhor amigo sempre que sua mente divagava, sempre que ela olhava pela janela no meio de um devaneio e o que florescia em sua mente sempre que ela adormecia à noite.
E Seojun beijá-la era o que ela estava pensando alguns dias depois, enquanto Sooa, Soojin e Jugyeong conversavam sobre como Suho e Seojun haviam se tornado amigáveis.
O dia tinha sido agitado até agora, Miyeon seguindo a garota Im quando ela foi chamada ao auditório pelos alto-falantes da escola, e ficou com uma Sooa muito animada enquanto torcia para sua amiga, gritando elogios e batendo palmas sempre que podiam - Jugyeong estava escolhida como modelo da escola, a reitora obviamente descobriu seu novo título no Newstagram.
Miyeon bateu palmas e sorriu, sentindo-se muito feliz por sua melhor amiga. Mas Soojin claramente não estava sentindo o mesmo, e sempre que Miyeon desviava o olhar de Jugyeong por um momento, seus olhos pousavam em Soojin imóvel, que estava observando a garota no palco posar para fotos sem nenhuma emoção em seu rosto.
E agora, Miyeon estava esperando ao lado do grupo de garotas na academia, vestidas com seu uniforme de educação física azul e branco, observando os garotos de verde e amarelo fazerem abdominais.
— Veremos seu rosto quando acessarmos nossa página inicial? — Sooa perguntou, sua mente ainda claramente focada na sessão de fotos daquela manhã. — O rosto de Saebom - Im Jugyeong! — ela aplaudiu, batendo palmas gentil e repetidamente no ombro da garota.
— Você estava muito bonita quando eles estavam tirando fotos - se você estiver na página inicial, ficará muito melhor. — Miyeon suspirou sonhadoramente, uma imagem definida flutuando em sua mente. Ela ficou séria de repente, virando-se para Soojin do outro lado dela e levantando uma sobrancelha. — Não é mesmo, Soojin?
Sua expressão parecia amigável, mas Miyeon suspeitava bastante da garota Kang. E Soojin pareceu captar o tom subjacente de alguma outra emoção ali, com a expressão se contorcendo de confusão.
— Sim, está certa. — Soojin respondeu, os olhos mudando das feições expectantes de Sooa para as feições bastante frias da garota Hwang. — Muito bonita.
Jugyeong soltou um suspiro, nem ela nem Sooa pareciam ter notado a incerteza que havia aparecido no rosto da quarta garota, nem no tom de Miyeon. — Pare com isso, por favor. Eu não sou o rosto. — Jugyeong insistiu.
Seus olhos se desviaram uma da outra para as duas meninos emparelhados nos tatames, Suho apoiado nos pés de Seojun e segurando a parte inferior de sua panturrilha enquanto fazia os abdominais, contando com uma voz que quase soava robótica.
— Eles se reconciliaram depois de serem hospitalizados juntos? — Sooa perguntou, sem tirar os olhos do menino Lee e Han enquanto se inclinava na direção de Miyeon e Jugyeong. — É porque eles compartilharam a dor um do outro?
— Sete. — Suho contou, assim que Seojun parou por um momento.
— Você está puxando com muita força. — ele reclamou. — Faça certo. Faça já.
— Tá bom. — o menino Lee respondeu. — Um...
— Por que é um de novo? — Seojun choramingou, os olhos vagando para as garotas observando, sorrindo ao pegar os de Miyeon. Ao lado dos três, o telefone de Soojin tocou e ela o inclinou para o outro lado para que Miyeon não pudesse ver, ou Sooa quando perguntou quem era, enfiando-o rapidamente de volta no bolso.
— Eu não diria dor compartilhada... No sentido físico. — Miyeon voltou-se para Sooa. — Os mal-entendidos de um ano foram resolvidos. Então, talvez tenha sido uma dor emocional e uma apreciação consciente pelo que eles tinham.
Miyeon não sabia exatamente o que havia acontecido com Seojun e Suho. Tudo o que ela sabia era que Suho explicou o que realmente aconteceu na noite da morte de Seyeon e Seojun pediu desculpas. E então contou a ela tudo sobre isso no dia seguinte, caso contrário ela teria ficado incrivelmente confusa quando eles pedissem para ela visitar o túmulo de Seyeon com eles.
— Isso é bom. — Jugyeong sorriu ao observá-los, sentindo a mesma satisfação que os dois melhores amigos fizeram as pazes como Miyeon.
E depois que as meninas se divertiram, todas começaram a sair da academia para fazer um lanche e depois se trocar antes da próxima aula. Decidindo tentar agir da maneira mais normal possível, Miyeon esperou um pouco e se afastou de Jugyeong e Sooa para o fundo do grupo para tentar falar com Seojun. Mas também para ficar de olho em Soojin, que também ficou para trás.
O garoto Han foi um dos últimos a sair e Miyeon esperou na porta, mais uma vez encontrando seu olhar enquanto ele se espreguiçava. Só que aqui o som do obturador da câmera e a emoção em seus olhos se transformam em confusão, quebrando o olhar ao mesmo tempo para ver de onde veio.
E para surpresa de Miyeon, era Soojin, quem estava apontando o telefone diretamente para Seojun. Afastando-se do caminho em direção à porta, ele se aproximou dela. — O que você está fazendo? Por que está tirando minha foto? — ele perguntou.
Miyeon saiu do caminho dos outros que saíam do ginásio, andando um pouco mais para dentro para ouvir melhor a conversa. — Porque você parece legal. — Soojin respondeu. Mas considerando como Soojin agiu com o garoto Han durante todo o ano - isso era estranho.
Antes, ela constantemente o chamava de punk ou idiota, e Miyeon foi com ela para dizer-lhe para deixar Jugyeong em paz. E para ela mudar de repente e pensar que ele parecia legal - bem, era estranho, especialmente porque tanto Miyeon quanto Seojun sabiam que ela gostava de Suho.
Foi exatamente com isso que o garoto Han a questionou. Ele zombou, enfiando as mãos nos bolsos. — Você não gosta de Suho? — ele perguntou.
— Eu gosto. — Soojin respondeu, a carranca de Miyeon aumentando. — Então?
— Você não sabe que ele está saindo com Im Jugyeong? — Seojun continuou, o tom ficando mais áspero.
— Eu gosto. Você gosta dela, embora saiba. Estou errado? — Soojin continuou, e a carranca de Miyeon suavizou, as palavras criando uma sensação de falta de ar em seu estômago. Não que ela tivesse esquecido, apenas a lembrança de todo o fato por trás do motivo pelo qual aquele beijo foi tão confuso e simplesmente não deveria ter acontecido, em primeiro lugar, pareceu doer um pouco.
Seojun apenas olhou para ela, sem confirmar ou negar - embora fosse bastante óbvio. Soojin apenas zombou e se virou, guardando o telefone no bolso e passando pela porta do banheiro quando viu Miyeon parada ali.
Olhando entre a garota Kang e seu melhor amigo, Seojun rapidamente foi até Miyeon e pegou a mão dela, puxando-a para fora da porta. — O que foi aquilo? — ele sibilou, uma vez que eles estavam a uma boa distância das portas.
— Eu não faço ideia. — Miyeon franziu a testa, os dois diminuíram a velocidade para caminhar enquanto caminhavam pelos caminhos da escola. — Em um minuto ela age normalmente e como fez quando Jugyeong chegou, e no próximo ela está realmente desconfiada.
— Quando ela achou que eu estava legal? Isso é estranho. — Seojun concordou. — Sempre foi ela me xingando ou algo assim - ela nunca gostou de mim. Acho que foi muito sobre como eu estava tratando Suho também... Mas para mudar isso rapidamente.
— É muito estranho. — Miyeon concordou, parando de repente.
— O quê? Você teve uma epifania? — Seojun olhou para ela, o sarcasmo transparecendo em seu tom seco.
— Não. — ela respondeu, os olhos baixando por apenas um momento. Ele ainda estava segurando a mão dela. Com as orelhas queimando em rosa, Seojun puxou a mão e continuou subindo as escadas à sua frente.
Engolindo os sentimentos ressurgidos, Miyeon o seguiu. Mas agora houve uma pontada de constrangimento enquanto eles discutiam a suspeita do melhor amigo de Suho enquanto se viravam na direção dos vestiários.
Inconsciente da pessoa que parou ao ver toda a interação.