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TEMPORADA TRÊS
EPISÓDIO DEZ
"não fique tão perto de mim"
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PÉROLA ESTAVA prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto, sentindo a tensão no vestiário atingir níveis altos.
Fomos informados sobre as gafes médicas de Cristina e Burke; de como ele permitiu que ela operasse em seu lugar devido ao seu tremor. Depois que Derek fez uma cirurgia no braço quando foi baleado na noite do transplante de Denny, houve uma complicação pós-operatória, que Cristina o ajudou a manter em segredo de todos os outros.
— Talvez ela também esteja na patrulha do tipo 'olhe, mas não toque'. —, disse Izzie, vestindo o casaco. — Pelo menos terei companhia.
— O que quer que ela ganhe, espero que seja ruim. Muito ruim — acrescentou Alex, fazendo Meredith revirar os olhos.
— Ela cometeu um erro, todos nós cometemos...
— Um erro? — George interrompeu com raiva: — Ela ia deixar Burke, Burke com a mão trêmula operar meu pai.
Cristina entrou, fazendo com que todos parassem de falar. Percebendo o silêncio tenso e os olhares raivosos direcionados a ela, ela fala: — Você poderia parar de me olhar desse jeito? É assustador e faz você parecer que não foi alimentado.
Izzie e Alex zombaram dela e saíram da sala, George seguindo logo em seguida.
Aproximando-se dela hesitantemente, Meredith questionou suavemente: — Então, como vai?
— Como vai o quê?
— Você e Burke? Vocês estão bem?
Cristina suspirou, respondendo com tristeza: — Estamos existindo em total silêncio.
Olho para ela indignada. — Ele não está falando com você? Porque você não merece ser culpada por isso sozinha. Vocês dois fizeram isso juntos.
— Eu também não estou falando com ele. — responde suspirando frustrada.
×××
— CARA, ESSE caso era meu e ela deu para Yang— Alex reclamou, caminhando pelo corredor com Pérola, George e Izzie, enquanto sua residente ia na frente deles. — Faz anos que não tenho um caso cardíaco.
— Não é um caso. — George corrigiu: — É meu pai.
— Acho que há um duplo padrão agora. — Izzie informou com um suspiro: — Yang faz algo errado, ela é recompensada. Isso não é justo.
Olho para ela. — É muito hipócrita querer julga-la, né Izzie? Honestamente, estou chocado que você ainda possa praticar medicina depois do que fez.
George olha para mim com uma carranca. — Por que você está defendendo ela?
— Não estou defendendo ela, George. Até porque por mim nenhuma delas deveria ter permissão para trabalhar agora. — dou uma leve olhada para Izzie. — É que só acho engraçado vocês levarem isso tanto pro coração sendo que Cristina não fez mal a ninguém e não puxou nenhum de nós pras bagunças dela.
Alex balançou a cabeça. — Mesmo assim, não é justo.
Bailey virou-se abruptamente para nos encarar. — Se vocês não pararem de choramingar, juro que não vou mostrar o que há por trás dessa porta. E acredite em mim, vocês querem ver o que há por trás dessa porta.
Nossos olhos se arregalaram quando entramos na sala, ao vermos gêmeos siameses adultos.
— Com licença, médicos, vocês vão ter que esperar alguns minutos.
— Ele tem que fazer xixi! A cada cinco minutos ele tem que fazer xixi.
— Sempre tive uma bexiga pequena. Ah, não posso mais viver assim.
— Você? Sou eu quem tem que aguentar suas choradeiras!
— Como a choradeira que você está fazendo agora? Se você não se mover, vai passar por toda a sua perna.
— Então, o que mais há de novo?
Ficamos boquiabertos com a visão à nossa frente enquanto Bailey lançava a todos um olhar presunçoso. — Então, quem acha que Yang tem o melhor caso? — ficamos em silêncio com os olhos arregalados. — Hum, foi o que pensei.
×××
— JAKE E PETE Weitzman. Gêmeos siameses adultos com 35 anos. Amarrados na junção sacral lombar.
— Mas não por muito tempo, certo Dr. Webber? — Jake perguntou, esperançoso.
O Chefe assentiu. — Os irmãos Weitzman chegaram há cerca de seis meses para um procedimento de separação. Eles optaram por sair por causa do risco.
— Pete se acovardou.
— Bem, me perdoe por querer viver mais — Pete zombou. — Mesmo que isso significasse morar com você.
— Sim, bem, você desperdiçou seis meses de nossas vidas, muito obrigado.
— Vocês voltaram na hora certa — Alex informou enquanto Mark e Derek entravam na sala. — Acabamos de contratar o melhor cirurgião plástico de Nova York
— Mark Sloan, plásticos — ele se virou para os pacientes e assentiu. — E nosso chefe de neurocirurgia, Derek Shepherd. Você provavelmente já o conheceu, mas ele é o melhor dos melhores. Vocês dois estão em excelentes mãos. — Mark apontou entre ele e Derek, dando aos dois homens um sorriso encantador. — Costumávamos trabalhar juntos, como uma equipe, na verdade.
— Trabalhamos juntos. Na verdade, nunca fomos uma equipe. — rebateu Derek.
— Sr. Weitzman?
— Me chame de Jake — disse Jake ao mesmo tempo que Pete disse: — Me chame de Pete.
— Jake e Pete, — George disse hesitante. — Vocês se importam que eu pergunte, por que agora? Vocês acharam que o procedimento era muito arriscado há seis meses, algo mudou?
Antes que pudessem responder, uma linda mulher loira entrou na sala, olhando em volta timidamente. — Pessoal? — ela perguntou. — Uau, são muitos médicos. Vou voltar...
— Não, Elena, entre. — Jake sorriu. — Você quer saber por que agora? É por isso. O amor da minha vida, Elena.
Meu rosto suavizou-se, um pequeno "ah" escapando dos meus lábios. Bailey deu um tapa na minha mão, balançando a cabeça e revirando os olhos, mas ainda consegui ver um leve sorrisinho em seu rosto.
— Jake, — Elena riu. — Eu disse a ele para não fazer isso por mim, porque isso é loucura. Pete disse que eles poderiam acabar paralisados? Eles poderiam acabar mortos?
— Por que você conta coisas assim para ela? — Jake zombou.
— Eu não estava contando a ela, estava contando a você. — respondeu Pete. — Acontece que ela é a única que me escuta.
Shepherd interveio antes que outra discussão começasse. — Na verdade, ele tem razão.
Eu rapidamente acrescentei: — A cirurgia é muito arriscada e seria melhor se vocês dois entendessem esses riscos e tomassem uma decisão juntos, com base nisso.
— Você sabe o que é estar preso à mesma pessoa? — Pete interrompeu rapidamente o irmão com um som irritante, revirando os olhos.
— Lá vamos nós...
Jake soltou um sorriso de escárnio, aumentando um pouco o tom de voz. — Sim, lá vamos nós. — ele se voltou novamente para mim, continuando sua fala anterior. — Estar preso à mesma pessoa a cada minuto de cada dia? Não ter nada que seja só seu? Nunca ficar sozinho? Bem, ninguém deveria viver assim.
Shepherd cantarolou, olhando para Pete em busca de consentimento. — O que você acha, Pete?
Pete ficou em silêncio por um momento e quando finalmente respondeu, sua voz estava trêmula e cheia de dor: — Eu penso, por que eu iria querer ficar grudado em alguém que não quer se apegar a mim?
Depois de conversar mais alguns momentos com os gêmeos, todos os estagiários saíram da sala, se reunindo em torno de Bailey.
— Estamos todos no caso, certo? — pergunta Alex, com uma expressão ansiosa nos olhos.
— Certo. — respondeu Bailey, folheando o prontuário.
Alex soltou um 'grito' vitorioso se virando para fazer um high-five comigo e George.
Revirando os olhos para nós, Bailey diz para Izzie severamente: — Stevens, você sabe que deveria-
— Olhe e não fale, toque ou respire. — ela interrompeu desanimada. — Eu entendi!
Mark caminhou até a gente, olhando para todos os estagiários excessivamente entusiasmados antes de dirigir suas palavras a Bailey. — Então, esta é a equipe dos sonhos?
— Sinta-se à vontade para pegar um. — Bailey disse, acenando com o braço para nós.
Meus olhos encontraram os de Mark, e seu sorriso encantador automaticamente iluminou meu semblante, provocando uma risadinha de animação. — Pérola! Acho que somos só você e eu hoje.
Bailey interven: — Bom, ela seria minha recomendação, mas, Pérola, Izzie está seguindo você hoje. Confio que você a forçará a seguir as regras.
— Oh, ótimo. Aquele que não pode falar, tocar ou respirar. — Mark olhou por cima do ombro e bufou, seu humor feliz diminuiu ligeiramente.
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— ELA ME proibiu de ver meu pai. Bailey me proibiu de ver meu pai Pérola, meu pai !
Franzindo a testa em confusão, pergunto: — Por quê? — George olhou para mim nervoso, mordendo o lábio, e eu suspirei: — Para com isso, O'Malley. Não pode ser pior do que algumas das outras merdas que você me contou.
Finalmente, ele confessou: — Posso ou não ter tentado corrigir a Dra. Hahn em um procedimento.
— Georgie! Você não pode fazer isso. Ela é cardiotorácica por um motivo. — eu tento acalmá-lo, embora estivesse achando a situação engraçada.
— Mas é meu pai! — o menino gemeu, antes de continuar suas divagações.
O zumbido de meu pager me tirou a atenção, olhei para ele para ver que era Mark, indicando que eu precisava ir para a sala de cirurgia para praticar para a operação de gêmeos siameses.
Terminei as anotações rapidamente, devolvi o gráfico e segui pelo corredor. George me seguiu, ainda insistindo com suas reclamações sobre Bailey.
— Eu contratei Hahn, pelo amor de Deus! Eu deveria estar na maldita sala enquanto ela fala com meu pai, e ela deveria ter algo a dizer. — ele zombou, revirando os olhos. Assenti, ouvindo enquanto nos aproximávamos da sala de cirurgia. — E agora Cristina está no caso, embora eu tenha solicitado você, e ela é a única razão pela qual tive que contratar Hahn em primeiro lugar...
— Ok, espere um minuto. — interrompi com um leve tom em minha voz. — Em primeiro lugar, a razão pela qual você contratou Hahn é porque você queria o melhor, e já que Burke está fora de serviço devido a tremores nas mãos, ela é a melhor do momento. — parei quando estávamos na sala de cirurgia. — Em segundo lugar, todos vocês precisam parar com essa porra de um peso e duas medidas que vocês têm. Vocês apoiaram Izzie, caramba, ela cortou o LVAD de um homem, e ele morreu por conta disso. Tecnicamente, Cristina não fez nada de errado ou ilegal. Se você quer ficar bravo com alguém, fique bravo com Burke. Ele é o atendente, ele aprovou isso, a responsabilidade recaiu sobre ele, não sobre ela.
Os olhos de George piscavam levemente em estado de choque, e eu me acalmei prendendo meu cabelo em um coque antes de concluir: — Não é justo, Georgie. E Cristina, apesar de tudo ainda é nossa amiga. Então por que você está tão disposto a apoiar uma, mas não a outra? — coloco a touca cirurgica antes de me despedir. — Bom, te vejo mais tarde. Não faça mais nada que deixe Bailey com raiva, ok?
Girei nos calcanhares e fui para a sala de cirurgia, meu rosto ficando ligeiramente vermelho quando percebi Mark ouvindo. Ele olhou para mim com um olhar impressionado.
— Uau, Monteiro. Você tem coragem, não é? — ele riu, balançando a cabeça. — Já tinha visto você se impor antes, mas sempre me impressiona.
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NO ALMOÇO, os internos discutiam a vida amorosa de seus pacientes.
— Eu acho que é romântico. — a voz de Izzie me fez erguer os olhos de onde estava sentada ao lado de Cristina. — Dois irmãos brigando pela mesma mulher.
Estava comendo a salada e observei Alex passar por mim. Estendi a mão para a bandeja dele, roubando o pudim quando ele passou. Ele olhou para mim, mas não reclamou.
— Você sabe o que é estranho? Gêmeos siameses fazendo sexo um na frente do outro. Como você faz isso? — Alex disse se sentando ao lado de Izzie e dando uma mordida em seu sanduíche.
— Família é complicada.
— Ainda não consigo acreditar que não estava lá quando eles começaram a brigar. Que ódio, dava tudo pra ter visto isso. — reclamei, jogando minha cabeça para trás em frustação.
Alex notou Cristina, e murmurou: — Você ainda está aqui. Você ainda não foi expulsa do programa?
— Alex... — exclamo em advertência jogando uma bolinha de papel nele, apenas para ser ignorada.
Cristina deu a ele um sorriso sarcástico e de lábios apertados. — Não, ainda não. Ainda estou aqui.
— Como você fez isso? Quero dizer, você recebeu algum tipo de sinal secreto na cirurgia para que as enfermeiras não soubessem? — ele continuou se inclinando para frente, arqueando a sobrancelha.
Meredith suspirou, balançando a cabeça. — Alex-
— O que? — ele questionou indignado: — Só estou me perguntando como progredir por aqui. Eu, vou buscar café para Sloan. Yang, faz cirurgias que nenhum de nós faria.
George entrou na conversa. — Você faz uma contagem de quantos pacientes para quem vocês dois mentiram no último mês?
Meredith repreendeu, e eu recostei-me na cadeira com raiva.
— Deixe-a em paz. Os pacientes dela sobreviveram, então ela pode se limpar. — acrescentou Izzie maliciosamente.
— Vocês são uns hipócritas do caralho. — deixei escapar; todos estavam olhando para mim. Antes que alguém pudesse responder, Cristina levantou-se com a bandeja e virou-se para Meredith e para mim.
— Vocês duas poderiam parar de me defender? — Cristina sai furiosa da sala e eu olhei para as três pessoas que a fizeram sair.
— Olhem só para vocês, agindo como crianças mimadas. — digo com uma careta para eles. — Lembrem-se de quando tivemos que encobrir Izzie depois de um ato ilegal que quase nos custou nossos empregos? Naquela época, ninguém ficou tão revoltado. Parece que agora só nos indignamos quando as más ações nem chegam a nos afetar diretamente, em vez de reagir quando elas são ilegais e nos tornam cúmplices.
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EMBORA O teste não tenha tido sucesso, Derek acabou fazendo a cirurgia nos gêmeos siameses.
— A veia safena está no lugar? — Derek perguntou a Mark, enquanto eu observava atentamente.
Mark concordou, entregando seus instrumentos à enfermeira. — Sim, estou pronto.
O neurocirurgião então se voltou para a residente: — Bailey?
— Estou bem. — ela assentiu
— Chefe?
— Estarei pronto quando você estiver, Shep.
— OK. — Derek respirou fundo. — Momento da verdade. Tire as pinças.
— Monteiro, verifique o estimulador de nervos. — instrui Webber, me fazendo dar um passo mais perto, meus olhos focados simulador.
— Os SAP estão caindo — digo.
Derek suspirou, sua voz urgente. — Tudo bem, vamos aumentar a pressão arterial. Precisamos de tanto sangue quanto possível passando pela área.
— Vou subir para 2 miliamperes. Até 3. — digo e volto a observar os nervos e músculos, procurando o menor movimento, até que. — Olhe o gêmeo B. Há uma contração. Dr. Shepherd, eu vi uma contração!
Shepherd verificou rapidamente, com um sorriso nos lábios. — Monteiro está certa, temos uma contração nos nervos do gêmeo B.
A voz de Bailey aumentou, animada. — Temos um sinal.
— Parabéns, senhoras e senhores, temos 4 pernas funcionais. — Derek bateu palmas junto com os outros.
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A TENSÃO no vestiário era quase insuportável. Meredith estava irritada, Alex e Izzie estavam amargurados, George estava chateado e Pérola estava claramente desconfortável, encostada na parede ao lado do armário de Alex, torcendo as mãos enquanto esperava que ele terminasse para que pudessem ir.
Meredith bateu o armário, chamando a atenção de todos. — Eu não aguento mais isso!
— O que? — resmungou Izzie confusa.
— Parem com isso. — Meredith instruiu: — Deixe Cristina fora disso.
— Meredith... — murmurou Cristina cansada.
— Não, — interrompo, assumindo. — Ela está certa, Cris. Todos vocês ficaram ao lado e apoiaram Izzie quando ela cortou o fio LVAD, inferno. — viro-me para Izzie, continuo. — Ela até fez o eco para você.
— E Alex, — continuou Meredith. — Você traiu Izzie com a enfermeira Syph, e ela ajudou você a estudar para seus exames. E George, quando todo mundo estava te chamando de 007...
— Ela estava me chamando de 007. — George interrompeu, sem esquecer aquela lembrança. O ar ao redor deles esfriou antes de George suspirar e se afastar, não querendo mais ouvir as palavras de Meredith.
Meredith suspirou. — Apenas deixe-a quieta.
Cutuco Alex antes que ele assentisse: — Tudo bem.
Izzie olhou para Cristina antes de suspirar: — Desculpe.
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um. eai gnt, o que tão achando da fic??
dois. ent quero saber, vcs preferem que eu poste assim q acabar de terminar de escrever o capitulo, ou que eu termine a temporada e poste tudo de uma vez??