ATRAÍDA PELO TRÁFICO

By ficsdacapitu

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[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de e... More

NÃO PULE ESSE CAPÍTULO, PELO AMOR DE DEUS
CONTO DAS 72 HORAS
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
Capítulo 42 [Meta: 300 votos e 300 comentários]
ATRAÍDA PELO CRIME [PRÉ-VENDA]

Capítulo 1

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By ficsdacapitu

Despertei com um estrondo vindo do quarto dos meus pais e ao olhar assustada para o lado, notei que a minha irmã caçula ainda dormia na cama ao lado.

Pisquei algumas vezes, tentando habituar a minha visão com a escuridão do lugar.

Sentei no colchão e olhei ao redor do pequeno quarto rosa, onde havia duas camas de solteiro, um guarda-roupa branco e uma cômoda da mesma cor de seis gavetas com espelho em cima que servia como penteadeira, procurando o motivo do barulho, mas tudo parecia continuar em ordem.

Isadora dormia profundamente com o fone de ouvido que deveria ser o que a impediu de escutar o barulho que veio lá de fora.

Através da janela de vidro que ficava ao lado da minha cama, vi que o céu ainda estava escuro e o relógio na tela do celular marcava exatamente quatro da manhã.

Mesmo apavorada, sentindo meu coração acelerado, decidi levantar da cama para ver o que estava acontecendo e caminhei nas pontas dos pés em direção à porta do quarto.

Morávamos próximo a uma favela, o que tornava a área extremamente perigosa, e o medo era um sentimento presente quase todos os dias das nossas vidas, porque a paz tornou-se algo raro nos últimos meses desde que a Facção dos Magos, mais conhecida como FDM, tomou a posse do Complexo Cascavel.

Passei pelo pequeno corredor e ao chegar próximo ao quarto dos meus pais, percebi que a porta estava aberta e o meu pai arrumava a sua mala com pressa.

— Você vai deixar sua família por uma puta? — minha mãe sussurrou, segurando seu braço.

— Ela tá esperando um bebê, Maria Lúcia! Você quer que eu faça o quê? Abandone uma grávida?

— A Emília e a Isadora precisam do pai, Oswaldo!

— A Emília tem dezoito anos e a Isadora está prestes a completar dezesseis. Elas sabem se virar muito bem sem mim…

Meu pai trabalhava como caminhoneiro, por isso vivia se envolvendo com prostitutas mais novas que ele e muitas vezes preferia gastar dinheiro com elas do que ajudar nas despesas da nossa casa.

Sinceramente, é um alívio saber que vamos nos livrar completamente da sua presença, porque o homem quase não aparecia em casa e quando ficava mais de uma semana sempre arrumava brigas com a minha mãe, o que fez com que eu e a Isadora tivéssemos uma criação em um ambiente tóxico.

Não foi uma, nem duas vezes, que o flagramos batendo na nossa mãe e qualquer amor que sentíamos por ele foi morrendo aos poucos.

Pode parecer ruindade da nossa parte, porém não tem como um amor resistir a tantas decepções.

— Mãe? — Adentrei o quarto dos dois e o meu pai arregalou os olhos ao me ver, pois sabia que eu era a única que o enfrentava dentro daquela casa. — Vem aqui comigo. — Segurei seu braço e a puxei para a cozinha.

Coloquei água em um copo e acrescentei duas colheres de açúcar para ver se ela se acalmava.

— Toma, mãe. — Entreguei o copo na sua mão.

A mulher tremia da cabeça aos pés quando sentei ao seu lado.

— Por que vocês estão brigando de novo? — Isadora perguntou ao entrar na cozinha e ver nós duas sentadas à mesa na cozinha.

— Ele engravidou outra — respondi, suspirando.

— Coitada da criança. — Minha irmã bocejou e sentou-se ao nosso lado. — Vai sofrer igual a uma condenada.

— Mas acho que ele vai embora de uma vez por todas e espero que a próxima notícia seja o enterro — disse,  esperançosa.

— Não fale desse jeito do pai de vocês, Emília. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, mas ainda é o homem que escolhi casar e vocês ainda são filhas deles.

— A senhora tem todo direito de ficar triste, mas não peça que a gente sofra junto, porque só nós duas sabemos o que passamos todos esses anos vendo ele ficar agressivo por qualquer motivo — Isadora rebateu.

— É, mãe! Antes sozinha do que mal acompanhada — completei, suspirando aliviada ao ouvir a porta da frente ser batida.

— Nós vamos ficar bem. — Isadora levantou-se e abraçou a nossa mãe.

— Prometo que vou cuidar de você e da mamãe.

— Você só é dois anos mais velha que eu, Emília — minha irmã lembrou, revirando os olhos.

— Mas eu tenho dezoito anos e já posso beber cerveja, segundo as leis brasileiras, enquanto você só pode tomar suco de laranja.

— Você só pensa em álcool, garota! — Ela se solta da nossa mãe e vem na minha direção para me dar um um tapa de leve na orelha.

— Pior é você que fica escrevendo livros de putaria na internet.

— Eu escrevo sim, mas não fico pensando em dar para o próprio patrão igual a você.

— Óbvio, Isadora! Você nem trabalha!

— Eu tô é feita com duas filhas safadas! — A nossa mãe deu uma risadinha forçada, segurou o copo quando ergueu seu corpo trêmulo da cadeira e caminhou com dificuldade até a pia.

— Ué, eu não posso fazer nada se nasci assim, mamãe — brinquei, tentando distraí-la.

— Agora, somos só nós três, meninas. — Minha mãe cobriu o rosto com as suas mãos e começou a chorar.

Eu e Isadora olhamos uma para a outra por alguns segundos  e fomos em direção a nossa mãe para abraçá-la.

Éramos bastante parecidas fisicamente, porém as nossas personalidades eram completamente distintas.

[...]

Esperamos a nossa mãe se acalmar para colocarmos ela de volta na cama e eu decidi que iria dormir no seu quarto para lhe fazer companhia, porque não achei que pudesse ser uma boa ideia deixá-la sozinha.

Fiquei fazendo cafuné até vê-la cair em um sono profundo e saí do seu quarto para limpar a casa e preparar o café da manhã.

Morávamos de aluguel em uma casa com apenas quatro cômodos e um banheiro, o que deixava as tarefas domésticas do cotidiano bem fáceis de serem realizadas.

A minha mãe era costureira e eu trabalho em um bar na entrada da favela Cascavel enquanto a Isadora apenas estuda, afinal, ela só tem quinze anos.

Enquanto limpava e organizava o sofá e a estante da sala de estar, encontrei um vaso quebrado ao lado da mesinha de centro e descobri o motivo do barulho de madrugada.

Na cozinha, havia apenas uma mesa de granito com quatro lugares, uma geladeira, um fogão e duas caixas organizadoras que usávamos para guardar os talheres, pratos e outros utensílios de cozinha, porque o armário havia quebrado há meses e ainda não tivemos dinheiro para comprar outro.

Depois que fiz o café da manhã, deixei tudo brilhando para a minha mãe não ter o que se preocupar e fui acordar a Isadora.

Enquanto a minha irmã tomava banho, dei uma olhadinha no quarto da nossa mãe e ela ainda estava adormecida e pude tomar o meu café da manhã sem preocupações.

[...]

— Me leva até o ponto de ônibus, mana? — Isadora perguntou ao me ver sentada no sofá mexendo no celular.

— Levo sim, só espera eu escovar os dentes e ajeitar o meu cabelo.

Meu coração estava apertado como se algo ruim fosse acontecer e a ideia da minha mãe tentar se matar por causa do meu pai não saia da minha cabeça.

Liguei para o Arthur, o meu chefe, para explicar o que aconteceu e ele liberou que eu trocasse meu turno com a minha amiga para que a Isadora fizesse companhia para a nossa mãe enquanto eu estivesse fora.

[...]

Estávamos chegando no ponto de ônibus quando conseguimos ouvir tiros sendo disparados próximo ao local onde estávamos e corremos em direção pelo caminho que viemos.

Não era a primeira vez que um tiroteio acontecia à luz do dia e infelizmente, não seria a última vez que estaríamos no fogo cruzado.

Para a minha surpresa, ao chegarmos em frente a nossa casa, a porta estava aberta e eu arregalei os olhos ao perceber que alguém poderia ter invadido.

Pelo nervosismo da situação, a Isadora não se atentou a esse detalhe e entrou na nossa casa tão rápido que eu não consegui alertá-la do perigo.

A minha única reação foi correr atrás dela.

Meu coração acelerou e a minha respiração falhou ao ver um homem com uma arma apontada para a cabeça da minha mãe enquanto ela chorava.

— Fecha a porta e não gritem ou vocês vão dar adeus a ela — ele ameaçou.

— Por favor, não faça nada com as minhas filhas — nossa mãe implorou, chorando ainda mais. —  Elas não têm culpa de nada.

— É só vocês calarem a porra da boca que todo mundo sai com vida daqui ainda hoje.

Definitivamente, esse é um dia complicado para a nossa família.

Eu não mudei nada no primeiro capítulo, mas vou detalhar a parte do sequestro e mudarei alguns acontecimentos. Não esperem nada saudável como uma salada, mas também não esperem nada tão tóxico como uma Coca-Cola.

Se quiserem, me sigam nas redes sociais e interajam nem que seja curtindo os stories. Se não quiserem, tudo bem, talvez eu não queira continuar o livro... Brincadeira, brincadeira KKKKKK

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