Leonardo Siqueira 💪
Estacionei o carro na frente da casa da Luanne. Desliguei a nave e olhei para ela que arrumar as coisas para descer.
Siqueira: Vai fazer o que amanhã?
Ela me olhou.
Luanne: É... Trabalha.
Siqueira: De noite.
Luanne: Nada, porque?
Siqueira: Topa dá um rolê?
Ela ficou me encarando e logo concordou.
Luanne: Pra onde?
Siqueira: Nós decidimos depois. Te pego às nove, fechô? - Ela concordou e eu segurei seu rosto depositando um beijo na sua boca.
Luanne: Qualquer coisa me liga, ou vem atrás de mim... - Sei o que ela quis dizer com isso. Concordei e ela saiu do carro com a bolsa. Logo pegou o bebê conforto atrás. Esperei ela entrar e logo meti o pé para a boca.
Guto: Lembrou que tem trabalho?! - Subi as escadas correndo.
Siqueira: Como não esquece... - Me sentei ao seu lado.
Guto: Samaritano tá vindo aí com o Sandro. Vamos bater um papinho sobre o Filipado e descer lá pra quadra. Os caras vão jogar, tu vai?
Siqueira: Qual o prêmio?
Guto: O cu de quem perguntou. - Encarei ele que soltou a fumaça do baseado. Ele começou a rir e eu neguei com a cabeça.
Siqueira: Se liga, comédia!
Guto: Cinco mil.
Siqueira: Pro time inteiro?!
Guto: Tá reclamando? Sobe mais o preço.
Siqueira: O dó...
Ratinho: Aí chefe, Tatiana tá aí querendo falar com o senhor.
Ergui a sobrancelha concordando.
Guto: Ainda tá com ela?
Siqueira: Sexo grátis.
Guto: Tava cansado de pagar prostituta?
Siqueira: Cansei de pagar você. - Me levantei e ele riu. Sair dali indo para fora da boca onde encontrei a dondoca encostada no carro. - O que tu quer, Tatiana.
Tatiana: Porque não respondeu minhas mensagem?
Siqueira: Tava ocupado.
Tatiana: Ocupado na praia com a Luanne e a filha dela?
Siqueira: Exatamente. - Destravei o carro. - Era só isso?
Tatiana: Podemos ir lá pra casa? - Ela se aproximou. - Quero conversar com você...
Concordei.
(...)
Cheguei na quadra naquele pique. Desci da garupa do mano e andei até os cara que estavam em uma mesa tudo de marola. Inclusive a Luanne e a Camila.
Samaritano: Que isso, irmão?! Tá bem? - Apoei na cadeira da Luanne que me olhou de cima abaixo.
Guto começou a rir e eu revirei os olhos.
Guto: Caiu da moto agorinha, bagulho foi doido.
Luanne: Você tá bem?! - Me olhou preocupada e eu concordei. Me inclinei e dei um beijo na testa da Mel que mamava em seu peito. Senti os olhares do pessoal e o silêncio que ficou. - Como que você caiu?
Guto: Conto feliz. - Ele falou todo empolgado. Ratinho colocou uma cadeira do meu lado e eu balancei a cabeça me sentando. - Menina, tava de marola na esquina aí do nada, Siqueira chegou de moto. Papo vem, papo vai. Do nada, uma viatura, o que nós fez? Meteu o pé pra subi, da fuga nos caras.
Queiroz: Mano! - Falou rindo.
Guto: Na hora que passei pela barreira, Siqueira subiu voado e na hora que foi fazer um grauzinho para gastar com os canas, a moto escorregou e o cara voou e caiu encima da calçada.
Revirei os olhos lembrando.
Soltei um riso e peguei um copo descartável e enchi de cerveja.
Luanne: Ainda nessa do grau?! - Ela me olhou feio e eu joguei a cabeça pro lado, na sua direção. Abri um sorrinho lembrando do dia que ela me salvou do enquadro.
Siqueira: Bagulho pequeno, Luazinha.
Luanne: Pequeno, mas tá sem a metade da perna. Isso aí, vai lá de novo, besta. - Ela virou o rosto e eu ergui a sobrancelha. Tomei um gole da cerveja e olhei para os caras que encarava com a cara mais filha da mãe! Tudo querendo zuar, gastar. Meu olhar desviou para Samaritano, que encarava com outra expressão. De raiva talvez? Sorri para ele que soltou um riso e desviou o olhar.
Os caras começaram a conversa e eu cutuquei o braço da Luanne que me olhou com um bico nos lábios.
Siqueira: Vai ficar com esse cara mermo? - Ela olhou e desceu o olhar para meu corpo inteiro.
Luanne: Cuidando disso aí?
Siqueira: Sim. Tava no hospital, sair agorinha.
Sandro: Nem vai mais jogar, né, pô.
Siqueira: Da não... Bagulho foi feio.
Queiroz: Nunca vamos esquecer. - Bateu no ombro do Guto e começaram a rir.
Siqueira: Vai rindo mermo... Depois que acontece com vocês aí.
Camila: Tá repreendido...
Os caras logo saíram para ir jogar o fute e eu voltei a perturbar a Luanne.
Luanne: Se liga, Siqueira! - Ela riu batendo em mim e eu puxei seu cabelo recebendo mais um tapa.
Siqueira: Caraca, menor! Essa doeu demais, pô! Mão pesada da mulesta! - Esfreguei o lugar que recebi o tapa fazendo ela ri e segura meu rosto. Meu olhar caiu na sua boca e eu abri um sorriso. - Melhor parte... Pode me beijar, eu deixo.
Ela riu e puxei meu cabelo fazendo eu resmunga.
Siqueira: Porra, vida...
Luanne: Vida é? Já tamo nessa? - Ela perguntou rindo.
Siqueira: Prefere o que? Luazinha?
Luanne: Gostei dos apelidos. - Ela me soltou.