Leah 2

By JaneViesseli

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"O mais novo alfa dos filhos da Lua estava ali em seus braços, meio quileute e meio cherokee, meio metamorfo... More

Uma Vida Normal
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte I
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte II
Genes Quileutes
Lua Cheia e os Genes de um Monstro
A Família Desunida
Mordida Letal
Não Mereço ser Seu Filho
Coisas de Mestiço
Terminando o Namoro
Conquistando-a - Parte I
Conquistando-a - Parte II
Visita a La Push
Compromisso
Mais Poderoso do que Esperávamos!
Família Noolan
Minha Doce Porcelana
Segredo Revelado
Eu te Odeio, Harry Clearwater
Muito Mais que Rejeição
Bom ou Mau Dia?
Sonhos que Desmoronam
É Difícil Perdoar!
Atitudes Impensadas, Consequências Brutais
Lua Cheia
Não Consigo Ficar Longe de Você
O Retorno de Jacob
Ataque de Carlos Noolan - Parte I
Ataque de Carlos Noolan - Parte II
Quero Ser como Você
As Coisas Estranhas Nunca Acabam...
O Veneno Lupino
Não Topem com Vampiros
Mais Um Membro na Família... Ou Seriam Dois?
Acidente
Verdade Seja Dita
Transformação Completada
O Fim é Apenas o Começo

A Garota Perfeita

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By JaneViesseli

― Não posso ficar em casa hoje?

― Não! – retruca Leah. – Desde que se transformou você vem faltando às aulas, não estou criando filho vagabundo, vá estudar agora mesmo! – esbraveja.

― Por favor, hoje eu terei minha primeira aula como um lobisomem de verdade – implora.

― Não.

― Mas...

― Eu disse não!

― Pai, me ajuda!

― Nem pense nisso – corta Leah, ao ver que Lucian intercederia pelo filho. – Fico contentíssima que vocês tenham se acertado, mas se você o defender, sua cabeça vai rolar – grita ela, fazendo o marido fechar a boca e trancar os lábios com uma chave invisível.

Harry resmunga algumas coisas desconexas e começa a se arrumar para, finalmente, retornar a escola. Com certeza teria de inventar alguma doença contagiosa para justificar suas faltas, e, depois de algumas hipóteses, ele acaba escolhendo "conjuntivite" como a desculpa mais aceitável – bem melhor que tuberculose ou H1N1, que eram as suas outras opções.

Ele se despede da mãe com um beijo e do pai com um abraço, esforçando-se para que sua vida voltasse à normalidade, mesmo que nada mais já lhe parecesse normal. E depois de algum tempo de direção, Harry para o carro no estacionamento da escola, atraindo os alunos como um enxame enfurecido, todos interessados em saber de seu sumiço.

Como já vinha ensaiando desde que saira de La Push, ele lança sua desculpa pré-planejada, odiando, pela primeira vez, que fosse tão popular, visto que praticamente a escola inteira estava ao seu redor, fazendo-lhe perguntas.

― Saiam da frente pessoal, deixem o meu namorado em paz! – briga Daniele, tentando abrir espaço em meio ao alvoroço.

A menina finalmente entra no campo de visão de Harry, fazendo-o sorrir. Ela trajava jeans, uma blusa vermelha e all star da mesma cor, e ele não pode evitar encarar seu belo rosto por longos segundos, constando que Daniele estava simplesmente... Irritada! E isso acabou fazendo seu sorriso murchar.

― O que aconteceu com você? – pergunta furiosa, sendo observada por todos os presentes.

― Conjuntivite, é contagioso, você sabe.

― E não existe telefone onde você mora? – retruca, fazendo-o revirar os olhos. – E não faça essa cara de "ela está me enchendo a paciência", a culpa é sua por agir estranho de repente e depois desaparecer! – O sinal toca, fazendo Daniele respirar fundo. – Você escapou por hora, Sr. Harry Clearwater, mas me deve explicações!

Daniele sai com passos firmes, sem dar-lhe sequer um abraço ou beijo de boas vindas. Harry massageia a nuca com pesar, que desculpa poderia dar para o seu lapso de fúria a uns dias atrás? Para o corpo que crescera uns bons centímetros e para a temperatura absurdamente alta de agora? Teria de pensar em algo rápido.

Harry se dirige a sala de aula, ouvindo claramente às cogitações das meninas a seu respeito, que já torciam para que o seu namoro terminasse e, assim, pudessem ter alguma chance de agarrá-lo. Pobres mortais, nunca o agradariam... Talvez ainda estivesse para nascer a garota que ele julgasse 101% perfeita.

Já na sala de aula, o professor de História pigarreia para conseguir a atenção dos alunos:

― Muito bem pessoal, silêncio, por favor. Hoje vocês farão um mapa da América do Norte, demarcando as regiões de habitat indígena no passado... Este trabalho valerá nota, espero que tenham trazido suas canetas para fazer mapas, não quero nada feito com lápis de cor, ouviu senhor Thomas?

A classe ri com a indireta, enquanto Harry vasculhava sua mochila atrás de sua caneta. Por sorte ele nunca retirava nada dali – nem mesmo as folhas amassadas de duas semanas atrás –, bastando apenas procurar um pouco para logo encontrar o pequeno objeto.

― Com licença, professor – pede o diretor abrindo a porta. – Vim lhe trazer sua nova aluna. Desculpe o atraso, ela se perdeu e como estavam todos ocupados demais com o senhor Harry Clearwater – insinua olhando para o garoto, que ri e abaixa a cabeça –, ninguém a ajudou com o horário.

― Seja bem-vinda, entre e se apresente, por favor!

A nova aluna entra na sala com passos tímidos, principalmente pela atenção de todos estarem em seu rosto.

― Olá, eu sou Elena... Elena Noolan.

Harry ouve a voz feminina e agradável, sentindo um arrepio atingir-lhe o corpo e seus olhos serem atraídos imediatamente em direção a sua dona. E quando encontra o rosto da caloura, a magia se inicia, como se tivesse sido ligada por um interruptor...

Por um instante o lobo se esquecera de como respirar, seu coração parecia bater duas mil vezes por segundo e seus olhos não conseguiam deixar de contemplar aquela pessoa tão bonita. Elena era magra, porém, não tão magra quanto Daniele, seu corpo era bem delineado e apresentava curvas muito sedutoras. Seus cabelos castanhos e longos caiam ondulados pelas suas costas, os olhos também castanhos não paravam de fitar o chão, mas, mesmo assim, o lobo podia ver a beleza deles. Seu aroma era agradável e fresco como o das flores silvestres e os lábios eram bonitos, e lhe pareciam muito convidativos naquele momento, por serem mordidos freneticamente devido ao nervosismo dela.

Harry achava que ainda estava para nascer alguém que lhe agradasse 101%, mas errara... Aquela garota com certeza o agradava, ela era... Perfeita!

― Ok, rapazes, podem parar de babar agora – brinca o professor, fazendo-o desviar os olhos rapidamente, tentando disfarçar o quão nitidamente a admirava.

Ele olha ao redor, respirando fundo ao perceber que não era o único a esboçar uma cara de idiota, já que os demais alunos faziam o mesmo.

― Nasci aqui mesmo em Washington – continua ela –, na cidade de Vancouver, mas já morei na Itália, no Japão, no Brasil e na Inglaterra.

― Quanta cultura, senhorita Elena. Por favor, você pode se sentar atrás de Harry, o centro das atenções, acredito que ele não se incomodara em lhe ajudar com a tarefa de hoje.

Harry acompanha o andar de Elena até a carteira atrás de si. Ela parecia não tê-lo notado e isso lhe causou uma sensação estranha, fazendo-o se virar rapidamente, sentindo uma imensa vontade de ser notado e fazendo-a encará-lo com semblante assustado...

O fato é que ela não se assustara com sua virada repentina, mas sim, com o olhar intenso que ele lhe lançava. Ambos ficam em silêncio por alguns segundos, Harry faz menção de dizer alguma coisa, contudo, não sabia o quê, restando à Elena a missão de romper o silêncio:

― Oi, você deve ser o Harry...

― Sim. – Sorri. – Acho que vai precisar disso para a atividade de hoje.

Ele entrega sua caneta à Elena, ganhando seu primeiro sorriso, que imediatamente faz seu coração dar um duplo mortal carpado dentro de seu peito. Harry se vira para frente, novamente dando atenção aos seus livros, sentindo a satisfação de falar com ela e deixando-a a observá-lo com expressão confusa.

É claro que ela tinha uma caneta específica para desenhar mapas, estava na lista de materiais que pegou alguns dias antes, então por que ele estava a oferecer a dele? Por via das dúvidas, Elena decidira aceitar a gentileza, não querendo ser rude com seu primeiro amigo.

― Muito bem – recomeça Harry, voltando-se para trás –, preparada para a tarefa?

Harry abre um imenso sorriso, hipnotizando-a no mesmo instante. Ele coloca o cotovelo direito em sua mesa e apoia o queixo na mesma mão, enquanto aguardava uma resposta. Elena nada dizia, não por falta de tentativa – pois abrira a boca três ou quatro vezes tentando pronunciar algo –, mas porque estava enfeitiçada demais por sua pele morena e seu sorriso branco.

Elena sorri e sacode a cabeça levemente, tentando se concentrar. Será que ele notara que o estava encarando? Com certeza sim e aquilo era bastante embaraçoso.

― Então – diz finalmente –, o que tenho que fazer?

Ele dá uma explicação rápida da atividade e a menina logo se concentra em sua tarefa, não querendo fazer feio em seu primeiro dia de aula. Barulhos estranhos surgem de repente, e quando Elena levanta o olhar de seu mapa, fica boquiaberta ao ver que Harry virava sua carteira para sentar-se frente a frente com ela, mesmo sob os protestos do professor.

― Se tenho que te ajudar, vamos fazer isso direito.

Harry corria um enorme risco de ganhar um castigo pela atitude impensada, mas particularmente não ligava, pois tinha uma descomunal vontade se aproximar e de conhecê-la melhor... A aula passa lentamente, o que, para Harry, era bom. Melhor que isso, somente o fato de ser uma aula dupla, que seria passada na adorável companhia da caloura.

― Muito bem, agora para finalizar, marque outro habitat bem aqui. – Aponta. – Habitat quileute.

― Aqui? – pergunta curiosa. – Mas aqui é Washington, tem um habitat indígena aqui?

― Está brincando? – Ri. – A reserva quileute fica aqui mesmo em Forks, eu moro lá. – O professor chia pedindo silêncio.

― Sério? – sussurra, não querendo interromper a conversa. – Isso é incrível, você é um quileute?

― Na verdade, metade de mim é – corrige no mesmo tom de voz –, meu pai não nasceu aqui.

― Harry, a atividade não era apenas para marcar tribos indígenas do passado? A reserva mantém este povo preservado e ainda no presente.

― Eu sei, mas você é nova aqui e, se colocar, vai ganhar pontos com o professor por estudar a história da cidade. Confie em mim, é nota máxima garantida ou não me chamo Harry Clearwater. – Sorri sedutoramente.

Era tão fácil conversar com ele, que Elena nem sequer se sentia uma novata, pois parecia que já o conhecia há anos. O sinal bate de repente, trazendo-a para sua dura realidade: ela ainda era a aluna nova, e, se não estivesse na mesma sala que ele nos demais períodos, não teria ninguém para conversar. Será que os outros alunos seriam tão atenciosos com ela, como ele fora?

Para seu azar, tudo o que temia lhe aconteceu. As demais aulas não foram com Harry, as apresentações se repetiram várias vezes, como uma tortura longa e lenta, e os alunos não a receberam bem, muito pelo contrário, a encaravam e cochichavam pelas suas costas como se ela tivesse chifres ou um terceiro olho no meio da testa.

O intervalo finalmente chega. Elena segue o fluxo de alunos, confiante de que a levariam ao refeitório, onde provavelmente encontraria seu novo amigo, e quando chega, percorre os olhos pelas mesas a procura de Harry, mas não o encontra.

― Ei, você! – chama uma voz feminina e irritada. – Você é a garota nova de quem todos falam?

― Sim, eu acho – responde receosa, envergonhada de que todos já estivessem falando dela.

― Então é por sua culpa que Harry não veio almoçar hoje, ficou lhe ajudando durante a aula e acabou não fazendo a própria tarefa. Agora ele está preso na diretoria tentando fazer a atividade e se livrar de uma detenção!

― Ow! – resmunga surpresa. – Me desculpe, eu não sabia...

― É claro que não sabia, mal chegou e já está sendo um incômodo. – Cospe com desdém. – Fique longe do meu namorado!

Daniele dá as costas e sai rapidamente. Elena podia não saber o seu nome, mas sabia do mais importante: ele tinha uma namorada. Ela pega seu almoço e senta-se num lugar vago, entretanto, todos os alunos ao seu redor desaparecem, fugindo daquela mesa e a deixando completamente sozinha.

As poucas aulas que se seguiram foram chatas, torturantes e solitárias, na opinião de Elena. Quando tudo se encerrou, ela tratou de correr a procura de Harry, querendo se desculpar por causar-lhe tantos problemas. E lá estava ele, sorridente e simpático, rodeado de pessoas e com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco.

Elena se esconde subitamente onde estava. Haviam testemunhas demais ali e, se ele a xingasse pelo que lhe aconteceu, seria a coisa mais humilhante que poderia acontecer em seu primeiro dia de aula, ainda mais que se apresentar para a classe.

De longe ela fica a observá-lo, reparando muito bem em como ele olhava para os lados freneticamente, como se tentasse fugir de alguém. Porém, sua percepção estava longe de ser a correta, pois, na verdade, Harry não estava exatamente a fugir, e sim, a procurar... Procurar a garota 101% perfeita que conhecera em sua primeira aula!

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