MEU CORAÇÃO SUSSURRA SEU NOME...

By DarkWhitches

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"ELES SÃO APENAS AMIGOS, MAS..." Jasper Mendoza e Vallen Bianch são amigos desde o jardim de infância, mas, s... More

APRESENTAÇÃO
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
POSFÁCIO

EPÍLOGO

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By DarkWhitches

VALLEN




Jingle bell, jingle bell…

Finalmente é natal. Não um natal qualquer, mas o melhor natal da minha vida.

Estou no banho, cantando Honey do Måneskin. Passei as últimas duas horas trabalhando na ceia — com “trabalhando” quero dizer “recebendo coisas que havia encomendado em restaurantes” —, enquanto Jasper estar na academia — mesmo hoje ele não deixaria de ir, talvez por causa da relação dele com o natal e tudo mais. Dessa vez, estou usando a banheira, porque me deu vontade. Então foda-se!

Meu corpo está submerso até o pescoço, a sensação é tão boa que já me peguei gemendo ao menos quatro vezes. Mas foda-se, de novo porque sim.

De repente, minhas mãos se esgueiram por meu abdome até chegarem ao meu membro semiereto. Estou tão sensível. Jogo a cabeça para trás, segurando-o com firmeza, fechando os olhos.

Arfo, me estimulando ainda devagar. Porém não demora para que eu comece a acelerar. É tão bom

Uma onda de arrepios passeia pelo meu corpo, fazendo-me arrepiar. Estou tão perto…

— Se divertindo sozinho, bebê? — a voz de Jasper me faz abri os olhos, assustado.

Porra, acabei de brochar.

— Estava!

Ele está só de short, mesmo no frio infernal — se bem que no inferno deve ser quente, isso se o inferno existir realmente, o que duvido muito…

Foco, Vallen!

Meus olhos analisam os músculos firmes, descendo pelos fios que formam o caminho da felicidade que se juntam aos pelos da púbis, escondida sob a peça de roupa justa.

— Então vou deixar você voltar pra sua brincadeira — diz, se virando. — E tomar banho no meu quarto.

— Você não é nem louco, Jasper!

Me levanto, ficando de pé ainda dentro da banheira, sem me importar com a minha nudez. Eu quero que ele me veja e… enlouqueça.

Ele volta a se virar, com um sorriso ladino nos lábios. Assisto o olhar se transformar enquanto analisa meu corpo; de diversão para luxúria em pouquíssimos segundos.

— Você joga tão baixo, bebê! — sussurra, num tom de voz mais grave que o comum.

— Cada um usa as armas que tem, Jasperzinho!

Ele se aproxima, se livrando da roupa em meio aos passos apressados.

Não demora para que eu sinta meus lábios serem roubados pelos dele; forte, bruto e veloz. As mãos dele me seguram pela cintura e as minhas vão para a sua nuca, estamos colados, unidos, grudados. Foda-se, como é gostoso!

Entramos na banheira, mas não apenas para o banho. É o início da noite, apenas o início da noite.

•••

Estamos aninhados no sofá, meio deitados e meio sentados, numa posição nada confortável mas boa o suficiente para que não mudemos.

Os braços de Jasper me seguram, me mantendo junto ao corpo quente dele. Nossas mãos brincam, se buscando a todo instante como se numa dança cheia de flertes subentendidos.

Estranho o fato de que não é nenhum pouco estranho estarmos assim. É como se nossos corpos fossem um só por extensão, o que soa meio louco e… boiola?

Foda-se, somos gays mesmo e boiolas pra caralho! Alguém se importa? É melhor que não, mas… foda-se!

— O que se passa nessa sua cabecinha linda? — pergunta. O olhar dele busca o meu, o cinza no âmbar presos por magnetismo.

— Nada muito mirabolante.

— Quero saber mesmo assim.

Sinto o perfume dele emanando do corpo, principalmente da região do pescoço que é uma das minhas favoritas — depois do pa… Continue sendo romântico, Vallen! O que as pessoas vão pensar se ouvirem esses seus pensamentos? Seja um bom menino ou o papai-noel não vai lhe dar... de mamar. Ah, porra, desisto!

— Vamos, diga! — diz. A voz dele me tira do embate com meu subconsciente.

— Tava pensando em como é bom estar assim com você.

Ele sorrir meio… apaixonado?

— Por mim a gente já tava assim há séculos, mas você não colaborou muito.

— Não colaborar muito é um eufemismo — sentencio. — Eu praticamente chutei a sua bunda com aquela frase idiota. — Suspiro, meio exasperado. — Ah, Jasper! Espero que nossa amizade permaneça assim para sempre! — concluo, com uma voz caricata, repetindo a frase que usei para encerrar aquela conversa no baile de formatura.

— Não repita essa frase — ele geme, grunhindo. — Ela é aterrorizante! Não quero ouvir nunca mais. Eu fui parar na terapia, Vallen!

— Já pedi desculpas! — faço questão de expor.

— E eu já desculpei você, bebê!

— Eu te amo! — digo, roubando um selinho.

— Eu também te amo — responde. — Mas vou amar bem mais se formos jantar agora.

— Ainda não é meia-noite, Jas!

— Mas eu tô com fome! Juro que vou morrer se a gente não comer logo.

— Afz! — suspiro, me levantando. — Vamos logo antes que eu desista.

Dessa vez nos dirigimos até a cozinha, porque é o momento de começarmos uma nova tradição, a nossa tradição de natal. Apenas nós dois, a família que escolhemos — que o destino escolheu.

Sentamos lado a lado. A mesa circular está ricamente ornada com flores vermelhas e brancas que consegui encomendar em uma floricultura no Bronx que encontrei após uma busca no Google Maps. E tem também as comidas. O pernil que encomendei em um restaurante, arroz com uva-passa que foi a única coisa que preparei realmente com a ajuda de um vídeo no YouTube, batatas grelhadas e purê de batata, porque amamos batata e enfim…

Comemos devagar, conversando sobre banalidades. Entre uma garfada e outra, dividimos uma taça de vinho tinto, porque… queremos? Não importa, gostamos de dividir e ponto.

Não tem como não pensar de que é uma nova era que está começando para nós, onde aprenderemos um pouco mais sobre esse tal amor, onde aprenderemos sobre nós dois, sobre tudo o que sentimos. E o mais importante, sobre como faremos a nossa história continuar dando certo, nos descobrindo todos os dias.

Em algum momento, perto da meia-noite, voltamos para sala e ficamos no sofá bebendo vinho na mesma taça.

Estou pensando sobre como as coisas mudam rápido, de um segundo para o outro. Repasso o último ano; como foi difícil no começo e melhorando a medida que caminhava para o final, porque a vida é assim.

É quando Jasper me puxa para um beijo cheio de amor. Me deixo levar por ele, deixando meus sentimentos fluírem.

— Feliz natal — diz, quando nos separamos.

Abro os olhos e encontro os dele bem perto, meu coração chega a falhar me recordando do quanto eu amo esse homem que amo tanto e, o mais importante, que me ama também.

— Feliz natal, amor!

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