Oliver Turner e os caçadores...

By LuanBelloni

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Oliver já estava indo mal na escola antes de um goblin aparecer e fazer uma brincadeira de mau gosto com sua... More

BOOK TRAILER
Tudo começa na detenção
Eu não sabia que goblins andavam em bando
Dragões do mal, podem destruir o mundo
Definitivamente, ogros não jogam baseball
Um dia quase normal no Memphis Botanic Garden
Quase virei o almoço de um troll fedorento
CONCURSO PROMOCIONAL (ENCERRADO)
Um velho decrépito não vai com a minha cara
Voamos em um avião velho
Uma gangue de hienas tentou nos roubar
Visitei o playground de um deus
Brinquei de pegar com um pinscher assassino
Um monstro invadiu os meus sonhos
Ganhamos um GPS mágico
Retrospectiva
Comemos peixe com o papai noel havaiano
Um rinoceronte ressentido tentou arrancar a nossa pele
Uma divindade da água nos acolheu
Passamos por um liquidificador gigante
Lutamos em um formigueiro
Falei demais, mas dessa vez foi bom
Um homem de vestido me desafia
RESULTADO SORTEIO COMEMORATIVO
Participei do pior programa de auditório do mundo
Tomei uma decisão difícil
Um ótimo dia para ser incendiado
Mais uma surpresa no caminho
WATTYS 2015
Um frisbee gigante quase me cortou ao meio
Um cara com voz de robô coloca fogo em tudo
Sim, os vikings tomavam refrigerante
Tacos de bilhar feitos com ossos de guerreiros mortos? Não, obrigado
Quem entraria na boca de uma caveira gigante? Eu mesmo
Minha vida é uma mentira
Agora eu entendo o verdadeiro significado de: Dragão de Fogo
Recebo ajuda de um velho amigo
Epílogo
ENTREVISTA
FESTIVAL DE VERÃO
FICHAS DOS PERSONAGENS
NOTAS DO AUTOR
REDES SOCIAIS
AVISO

Maia entra em uma briga

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By LuanBelloni

Na maioria das vezes, quando uma voz misteriosa nos chama, quer dizer que estamos encrencados. Isso me faz pensar: porque os monstros precisam sempre fazer uma entrada surpreendente? Às vezes parece que eles ficam ouvindo o que você está falando, esperando o momento certo para aparecer. Isso tem me proporcionado uma alegria muito grande nos últimos dias (sim, essa parte foi ironia).

Mas dessa vez as coisas aconteceram de outra forma. A voz que nos recepcionou não era de um monstro assustador, e sim de uma bela mulher. Ela não aparentava ter mais do que vinte anos, vestia apenas um manto vermelho e aproximava-se lentamente. Seu andar era suave como uma brisa de verão ― eu poderia jurar que seus pés descalços nem tocavam o chão. Há alguns segundos a caverna era fria como uma geladeira, mas com a chegada da mulher o frio simplesmente deixou de existir, sua presença irradiava calor, deixando o lugar com uma temperatura agradável. Somente quando ela parou em nossa frente que eu pude perceber a cor de seus olhos, eles brilhavam em um vermelho incandescente.

Maia invocou ser arco e sacou sua adaga. Eu poderia ter feito o mesmo, mas a mulher de vermelho não parecia representar uma ameaça para nós - é claro que eu poderia estar errado sobre isso

― Quem é você? E o que quer? ― perguntou Maia com uma voz firme e autoritária, demonstrando uma hostilidade que me surpreendeu.

Ela fixou seus olhos de fogo em Maia, por alguns segundos que pareciam uma eternidade ela permaneceu calada, o único som audível era da água descendo entre as rochas e caindo no rio.

Com uma expressão de escárnio no rosto, ela ignorou as perguntas de Maia.

― Eu estava esperando por você... ― disse a mulher.

― Estava espe... ― tentou replicar Maia, mas subitamente foi interrompida.

― Eu estou falando com o Oliver, e não com você... garota ― tenho quase certeza que ela pensou em chama-la de outra coisa, mas decidiu mudar para garota.

Depois dessas palavras, quem estava com os olhos faiscando era Maia. Ela trincou os dentes e apertou o punho de sua adaga. Seu rosto ficou mais vermelho que o manto da mulher a nossa frente. Elas trocavam olhares ameaçadores, talvez apenas esperando um bom motivo para começarem a brigar. Foi tipo amor à primeira vista, mas ao contrário, ódio à primeira vista.

― Fiquem calmas... ― tentei intervir, apenas para ser interrompido.

― É melhor você sair do nosso caminho ― disse Maia com altivez na voz ― ou se não...

― Esperem meninas...

― Ou se não o que garotinha? ― perguntou a mulher demonstrando uma expressão perversa no rosto.

Garotinha?! ― exclamou Maia com total indignação. ― Com quem você pensa que está falando?

― Eu acho... ― mais uma tentativa inútil de acalmar os ânimos.

― Eu sei muito bem quem você é ― disse a mulher misteriosa ― filha da água ― ela pronunciou as últimas palavras com desprezo e arrogância.

― É melhor a gente... ― sim, ninguém mais me deixa falar aqui.

― Você não sabe do que está falando! ― protestou Maia, que já estava alterada.

― CHEGA! ― reclamei. ― Em primeiro lugar, vocês nem sabem por que estão discutindo, temos coisas mais importantes para nos preocupar agora, por exemplo: um dragão maligno está prestes a despertar para destruir o mundo e eu não nos vejo mais perto da Chama Sagrada ― acho que consegui impressionar com a minha atitude responsável. Geralmente quem faz esse papel é Maia, mas por algum motivo desconhecido essa mulher a fez perder o controle.

― Você está certo Oliver ― falou Maia.

― Definitivamente ― completou a mulher de vermelho.

― Mas afinal, quem é você? ― perguntei.

― Que bom que perguntou meu bravo caçador ― respondeu ela delicadamente. O que fez novamente Maia apertar o punho de sua adaga como se quisesse esmaga-lo, ela demonstrava estar furiosa com as palavras da mulher, mas se conteve.

― Sou conhecida por muitos nomes ― disse ela em um tom ameno ―, entre eles... Salamandra, Elemental do fogo e guardiã da Chama Sagrada.

Ao ouvir essas palavras os meus joelhos se transformaram em gelatina. Mesmo com todo o calor que emanava do corpo da Elemental, senti um frio percorreu todo o meu corpo, e sem falar na minha barriga, que parecia estar cheia de borboletas. Mas eu admito: eu esperava que o guardião da chama fosse um monstro assustador com uns cinco metros de altura, cuspindo fogo para todos os lados, no entanto ela parecia uma simples mulher ― tirando os olhos vermelhos e a presença calorosa, é claro.

Depois de colocar os meus pensamentos em ordem, eu só conseguia pensar em uma coisa: Maia esteve esse tempo todo discutindo com a Salamandra?! Ela poderia ter nos transformado em churrasquinho!

Entretanto, eu continuava com aquela sensação de que a Elemental não nos faria mal algum, mesmo depois da pequena confusão com Maia, que ao ouvir essas palavras rapidamente levou uma de suas mãos até a aljava, e preparou uma flecha em seu arco.


― Eu não estou aqui para lutar com vocês ― declarou a Salamandra. Mas seu olhar indicava que ela estava se contendo para não incinerar Maia naquele exato momento.

― E eu fico muito feliz com isso ― falei ―, mas onde está a chama então?

― Não posso dizer ― respondeu ela.

― Ótimo, voltamos há estaca zero ― queixou-se Maia.

A Salamandra se virou, e suavemente caminhou até a beira do riacho. Agora pude perceber que realmente seus pés não tocavam o chão, ela se movia como um fantasma ― um fantasma vermelho com olhos de fogo.

Ela levantou seus braços e recitou alguns versos em uma língua totalmente estranha, e como se respondesse ao seu chamado à caverna começou a tremer. As rochas que formavam a pequena cachoeira sob o rio desmoronaram, revelando três grandes portais logo a trás. Por alguns segundos eu fiquei apavorado, estávamos no subterrâneo, um tremor poderia causar um desmoronamento, e eu detestava a ideia de me tornar uma panqueca enterrada.

― Você não pode simplesmente pegar a Chama Sagrada, você deve conquista-la ― disse ela apontando para os portais.

Os portais estavam organizados lado a lado e mediam aproximadamente uns três metros de altura. Cada um deles continha em seu batente um símbolo diferente.

― Você quer dizer que para conquistar a chama eu devo escolher a porta certa? ― perguntei mesmo isso parecendo um daqueles programas de auditório: o que será que temos a trás da porta um?!

― Na verdade, não existe porta certa Oliver ― disse ela com um sorriso nos lábios.

Eu não estava entendendo nada, e essa Elemental do fogo não estava ajudando com essas charadinhas. Olhei para Maia na expectativa de que ela estivesse compreendendo alguma coisa ― ela parecia estar mais calma, havia guardado seu arco mágico, porém continuava empunhando sua adaga ―, no entanto ela balançou a cabeça em sinal negativo, dizendo que também não estava entendendo.

― Eu vou explicar ― disse a Salamandra ― a trás de cada um dos três portais vocês encontrarão desafios distintos. O primeiro os levará para a Floresta das Sombras. O segundo é um portal direto para o Labirinto do Caos. E por fim, o terceiro é uma entrada para o Abismo do Medo.

― Nomes adoráveis, você mesma que os escolheu? ― mas eu preferia que eles se chamassem: Paraíso Encantado, Primavera Feliz e Lanchonete do Tio Sam. O que? Não me julguem, eu estava com fome.

Ela se aproximou novamente, trazendo consigo o calor que permanecia sempre ao seu redor. ― Quem criou os desafios foi o próprio Belenus, para que somente os heróis de grande valor pudessem chegar vivos até a Chama Sagrada ― explicou a Elemental.


Provavelmente nesse momento Belenus está em seu palácio explodindo bolas de bilhar, enquanto nós temos que enfrentar um desafio mortal que ele mesmo planejou. Isso é reconfortante, ― como é bom ser um caçador de dragões.

― O tempo está acabando se esgotando, vocês devem escolher logo ― advertiu a Salamandra.

― Muito bem, se Maia concordar, eu escolho o portal...



***

O que acharam da Salamandra? Esperavam por uma bela mulher? Eu gostaria de saber a opinião de vocês, se quiserem comentem o que estão achando da história! E não esqueçam de clicar na estrelinha para votar!

Obrigado e até mais!

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