A imperatriz que sempre foi...

Autorstwa sunsun_hee_novo

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- Odeio-lhe tanto que sinto que meu estômago se romperá tentando digerir sua tão próxima indesejada presença... Więcej

Por Solaria
Madrugada
Vossa alteza
Estaca zero
União e traição
A caçada
Por ti
Mentira
O que é amar?
Firenz
Quem lutarás por mim?
Quem mais?
Meses
Quem me roubou?
Ao menos mais uma vez
O dia que o céu caiu
Por mais que...
Camadas até você
Eu deveria dormir
I need you
Lembranças
De volta a ti.
Falta pouco
Quase lá
Relembrar de ti

Tempestade

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Autorstwa sunsun_hee_novo

"Eu sinto o dia que os céus irão cair."

Após um longo semestre treinando com todos os deuses, chegou o dia de ir até o palácio da Lua.
Fiquei nervosa, pois nunca me imaginei lá já que me acostumei com a imagem da Imperatriz e como os dois são inimigos, me dei por escolher um lado.

— Venha Hyejin, irei acompanhar-te até lá.— me viro vendo o deus Jungkook, também deus da guerra de Luna.

— Eu saúdo vossa graça, deus das sombras e da guerra.— me curvo após a saudação.

— Aishi menina já disse para não fazer isso.— ele sorri ameno.— Vamos, Namjoon abriu um portal para lá, você vai adorar o palácio da Lua.

— Como vossa majestade é? Desejo estar preparada.

— Talvez você conheça melhor o árbitro           Seungmin, porém Taehyung é tranquilo.— ele dá de ombros chegando até o portal.

— Diz isso por ser seu melhor amigo?— questiono.

— Também, Taehyung mudou pouco durante esses séculos e sendo como ele é, você vai gostar.

Passamos pelo portal e em segundos estávamos repletos com a visão de monumentos com o formato de lua, quedas de água barulhentas e serenas, o espelho d'água se abre para nós mostrando o palácio.

— Wow, é muito bonito aqui.— sorrio vendo o monumento da lua cheia no topo do salão do trono onde Taehyung estava.— Eu saúdo vossa majestade, o deus da lua, que a Lua e suas chamas esteja com vós.

Ele sorri descendo do trono até mim.

— Finalmente te conheci, hein? Você fez o maior barulho, o que está achando dos vários treinos?— me surpreendo por seu modo informal e relaxado.

— E o meu oi fica aonde?— Jungkook reclama e o imperador vai até ele o abraçando.— Irei voltar para o palácio das sombras, certo?— ele se vira para o amigo.— Cuide dela.

— Certo, não se preocupe.— Taehyung sorri se pondo a andar.— Vamos começar?

— Vamos!— digo animada.

Não imaginava que seu treino seria tão difícil, as lâminas lunares eram finas e leves, porém muito difíceis de serem manipuladas.

— Tente concentrar sua magia na lâmina, fará mais estrago.— ele diz entrando em posição de defesa.

Assim eu faço, ficando com raiva na hora e atacando.
Ele se defende, porém me dando abertura para continuar atacando, chuto sua lâmina me dando impulso para atacar por cima porém ele esquiva com maestria me derrubando no chão e erguendo sua lâmina em meu pescoço.

— Eu vi bastante raiva Hyejin.— sorri o homem.— Porém raiva cega, não lhe traz muitos benefícios.

Após isso, começo a caminhar pelos corredores do palácio tentando procurar o caminho de que vim.

— Merda esse lugar é todo igual.— reclamo entrando em um corredor cheio de guardas mas do que o habitual.

Eles nem se mexem ao me ver, como se já tivessem se acostumado.

— Com licença, aonde estou?— questiono ao guarda alto.

— No corredor das artes, imagino que seja uma aluna de vossa majestade porém para passar necessito de seu nome.— o homem diz tranquilo.

— Min Hyejin.— digo e ele sorri.

— Pode passar senhorita Min.— ele me da passagem e assim após alguns passos posso ver uma quantidade exorbitante de quadros.

Eram lindos, delicados e profundos.
Todos tinham a assinatura V, me questiono sobre ele, há um quadro assinado com V escondido no salão de chá da imperatriz, então imagino que seja muito conhecido.
Vejo uma estátua com um rosto familiar e a toco sentindo minha mão se aquecer e um dos quadros abrir uma porta.
Sorrio com o mistério e adentro vendo diversos quadros mais preciosos e um da imperatriz, sim, a imperatriz de Solasta, junto a ele uma chave e uma legenda.

— "O amanhecer e o anoitecer, tudo pertence a você."— recito vendo a chave.

Ela era familiar, seu formato peculiar me lembrava a porta daquele jardim da imperatriz então a copio com magia.
Quando ouço passos me escondo atrás de alguns quadros esperando que ninguém me veja.

— Está ficando empoeirado.— ouço a voz do imperador.— Faz tempo que não venho aqui.

— Deveria conversar com ela.— espio vendo o deus Hoseok.

— Falar o que? O ódio é mútuo, muito maior do que era quando nos conhecemos.— diz se jogando em uma poltrona.— Perigoso ela enfiar uma faca em meu pescoço.

— Você a odeia, faria o mesmo?

— Hoje sim, errei em não ter a matado quando tive chance.— fala.

— Deveria ter anulado.— anulado o que?

— Para isso eu teria que falar com ela e não tenho essa vontade, a mim se anulou sozinho.

— Não perante os céus.

Aproveito a distração deles e saio pela portinha atrás do quadro parando em um outro jardim.

           Após uma semana não vou direto para o palácio da Lua, vamos para Firenz onde seria o festival dos jovens magos.
           Juntos treinamos durante esses meses para apresentar aos outros deuses, era tenebroso.

           Os deuses se colocam em seus postos, como foi na seleção e novamente o trono de Taehyung vazio.

— Sejam bem vindos ao festival das nossa jovens estrelas, onde poderão most-

            Os portões se abrem e rapidamente damos passagem ao ver os guardas lunares.
             Kim Taehyung havia aparecido.

— Sério que iriam começar sem mim? Que falta de educação.— ele ri.

           Seu sorriso cai ao ver o rosto do imperatriz que havia se materializado em um olhar massante.
           De repente começa a chover, trovejar e como se os céus negassem esse encontro.

— Bom continuando, boa apresentação.— ela sorri amena mesmo com a presença do imperador ao seu lado.

            Cada salão faz sua apresentação e por fim erguemos o Sol, em músicas calmas e ao mesmo tempo agitadas como o dia.
             Pego um raio de Sol, que no caso era minha magia e em uma dança a jogo para o nosso "Sol", com isso continuamos e aquele era o novo monumento do salão Solar.

             A imperatriz aplaude de pé a apresentação e eu sorrio com a aprovação dela.

— Ah fala sério! Eles foram incríveis.— Jungkook se levanta aplaudindo.

~

      O silêncio tomava conta do salão de divindades enquanto Sun-hee e Taehyung se encaravam mortalmente.

— Ai que clima de merda vocês estão deixando.— Yoongi quebra o silêncio.

— Se não vão conversar não se encarem assim.—Jungkook reclama indo para o lado de Jimin.

— Vocês tem séculos para por em dia, se resolvam igual adultos, deuses se for necessário.— Namjoon fiz abrindo a porta para que todos saíssem.

        Os dois se encaram por mais alguns minutos.

— Odeio-lhe tanto que sinto que meu estômago se romperá tentando digerir sua tão próxima indesejada presença.

— Pois eu odeio-lhe tanto que posso ouvir meus batimentos cessando em piedade a mim, para não ter que ouvi-la.

— Furarei seus tímpanos então.

— Ainda serei capaz de vê-la.

— Então seus olhos, depois suas narinas e costurarei sua boca...

— Será hábil cortar minha cabeça fora.

— Finalmente disse algo culto, imperador Kim.

        Eles riem incrédulos um com o outro.
    Como um respirar o tremor começa, balançando todo o palácio, o chacoalhando por inteiro e assim derrubando um quadro em direção da imperatriz, o mesmo é impedida pela magia de ambos.
      Ela sente o frio da Lua e ele o calor do Sol.
Tão rápido quanto saíram os deuses entram preocupados.

— Foram vocês?— Jin questiona.

— Não, isso já aconteceu antes em Solasta.— Sunhee diz se recompondo.— Os magos não conseguiram descobrir de onde esse tremor se origina.

— Uma vez aconteceu em Pedra do Dragão.— Dylan se pronuncia.— Mas foi um pouco mais leve, esse foi forte.

Yeji se silencia inquieta.

— Devemos ir até a fonte das visões, sinto uma sensação muito ruim.— ela pronuncia vendo Dylar ir até ela.

No segundo tremor é mais forte que o anterior, fazendo com que a deusa da cura caia sendo apoiada pelo seu marido e por seu irmão.

— Namjoon faça um portal, iremos para lá agora.— Yoongi pede.

— Não! Antes devemos tirar as crianças daqui!— Jimin reclama.

— Aishi eu esqueci foi mal.— Yoongi abre a porta indo com Namjoon até os aprendizes.

— Os levem até Solasta, eles vão ficar seguros!— Sun-hee grita.

— Levem para Luna!— Taehyung contrapõe recebendo um olhar fulminante da mulher.

— Vamos levar para o palácio cósmico, parem de ser infantis.— Namjoon bate a porta.

        Os dois se encaram mais uma vez antes de se afastarem.

— Arrogante.— o imperador sussura.

— Mesquinho.

— Ei o que você falou??— ele se vira para ela.

— Isso mesmo que ouviu, desejas que eu soletre alteza?

— É majestade para você.— ele diz.

— Eu quero que se foda.— ela retruca se sentando em sua cadeira.

— Cara, até eu me surpreendi nessa.— Hyunjin ri se sentando do lado da prima.

       Após alguns minutos estavam todos os deuses parados na frente da fonte.

— Vamos ver isso logo.— Hoseok corta a palma de sua mão fazendo o sangue se espalhar.

— Ainda acho isso nojento.— Jimin reclama cortando sua mão.

       Assim que todos finalizam a ação, a água antes cristalina se torna branca como uma pérola e os deuses mergulham.

        Perda, quebra, destruição, mentira.

      Sun-hee pode ver claramente o mundo mortal.

      Taehyung viu o Sol.

      Namjoon viu a destruição.

      Jungkook viu a chuva.

      Jimin viu o escuro.

      Jin viu o descontrole.

      Yoongi viu o cantar cessar.

       Hoseok se viu adornado em mentiras, em falsas crenças.

       Yeji viu a morte.

       Dylan viu a perdição, a extinção.

       Hyunjin viu a reconstrução, mas algo a mais.

          Em um suspiro fundos todo se levantam.

— Um semi-deus.— Jin fala.— EXISTE UM SEMI-DEUS.

— Não é possível, deuses não vão ao reino dos mortais há séculos.— Sunhee nega.

— Bai, o deus da água.— Jungkook relembra.— Os céus o puniram, ele não existe mais por ter tido um filho, pelo jeito é o meio mortal.

— Uma criança que ao atingir a morte, reinicia para a época que saiu do mundo divino.

— Cada tremor é quando ele entra em nosso mundo.

— Ele pode transitar entre os dois mundos.— Taehyung diz saindo da água.— Devemos matá-lo antes que ele nos mate.

— Não conhecemos nada do mundo mortal, é uma agulha em um palheiro.

— Eu vi seu rosto.— Yeji projeta na água e Namjoon a materializa.— Ele é um ladrão no mundo mortal.

— É uma criança.— Jimin diz.

— Tem dezesseis anos pela segunda vez.— Hyunjin diz.— Morreu na última vida com dezessete anos.

— Os reinos irão se partir se ficarmos separados, como resolveremos isso?— Jungkook questiona.

        Namjoon respira fundo erguendo um enorme projeto da água.

— Faremos todos os reinos um só, será mais fácil e seguro até para o futuro.— Namjoon sugere.

— Conseguirá mover reinos? Isso é muito difícil Nam.— Jin se aproxima do marido.

— Eu consigo.— Namjoon o tranquiliza.— Vão para o palácio cósmico, eu cuidarei das terras divinas.

         Sunhee encarava quieta, tentando arquitetar um plano.

— Precisamos matá-lo no mundo mortal, eu vou.— ela impõe.

— Não vai dar uma de heroína sozinha, eu vou também.— Taehyung se intromete vendo a mulher revirar os olhos.

— Isso não é uma competição, Kim.

— Não para você, Hwang.

           A mulher respira fundo andando até o portal que Namjoon criará.

           Os alunos os olhavam assustados e ao mesmo tempo surpresos por verem os dois juntos.
           Taehyung e Sunhee sobem no palanque com a mesma ideia em mente.

— Ordenamos saber quem daqui já foi para o mundo mortal.— Taehyung diz sério com as mãos atrás das costas e uma feição pouco agradável.

           Soomin encarava a amiga.

— Diga a eles.— a menina pede.

— Não! Olha a cara deles.— sussura.

— É uma ordem direta dos deuses, Hyejin.— repete baixo.— Mas se não quiser falar, tudo bem.

Hyejin pondera por mais algum tempo.

— Ninguém? Ninguém aqui já passou por aqueles portais? Preferem nos dizer ou desejam que eu traga o deus da verdade até aqui?— Sunhee diz seriamente.

A garota com toda a coragem do corpo ergue sua mão.

— Eu, majestade.— ela responde engolindo seco.— Eu já fui.

— Nos acompanhe, Min Hyejin.— Taehyung ordena caminhando até uma sala do palácio.

Os olhares de todo o salão recaíram sobre a garota que recebe um apoio de sua amiga antes de seguir.
Dentro do sala ela já se desculpa.

— Eu sei que é proibido, eu estava curiosa e por iss-

— Está tudo bem.— Sunhee logo fala.— Preciso que nos leve até lá, faça um pequeno tour.

— Para que?— questiona.

— Motivos divinos, menininha.— Taehyung sorri.— Tem que ser agora.

Namjoon havia planejado tudo, inclusive o dinheiro.

— Comprei uma mansão, uma coisa grandiosa lembrem disso pois chamará a atenção do pequeno ladrãozinho.— explica para os dois.— Serão nobres, terão que fingir que são casados, já que não podem ser vistos separados e o mais importante! Nada de magia.

— Que? Nada nada?

— Nada que possam ver.— corrige.— Hyejin pode ser sua irmã mais nova Tae, atuem como mortais para que nada saia do controle e óbvio, mudem essa aparência ai.

— O que tem a minha aparência?— Sunhee questiona.

— Você está literalmente com uma coroa de Sol, uma roupa longuíssima e de calda flutuante e cheia de estrelas em sua volta.— ele coloca a mão em na ponte do nariz.— Mude para algo mortal, nobre porém de gente, o mesmo vale para você Taehyung, esquece esses adornos de Lua e coloque roupas mais mortais.

Sunhee contrariada as muda com magia, seus cabelos estavam presos como ela via no mundo mortal através do espelho que Namjoon a via lhe dado a muito tempo.

— Perfeita.— ele sorri.

Hyejin os esperava no portal, quieta e pensativa.

— Vamos?— Taehyung chama a atenção da garota.

— Ah claro.— ela é a primeira a passar pelo portal que dava em uma floresta cheia.— Estamos em Hanyang, a capital porém segundo Kim Namjoon devemos ir para a cidade ao lado, ele disse que seria sua essa cidade, o que ele quis dizer com isso?

— Seremos nobres aqui, será irmã mais nova do Kim.— Sunhee avisa.

— E vossa majestade?— se vira para Taehyung.

— Marido dela.— ele murmura sério.— E sem títulos aqui.

Sunhee já estava lá na frente, vendo a mansão que Namjoon havia comprado, junto as carruagens.

— É a Lady Kim?— o cocheiro pergunta para o outro.

— Sim sou.— ela diz superior.— Podem abrir a porta ou terei que fazer por mim mesma?

          O homem se desconcerta abrindo rapidamente com uma reverencia a todos.
          Sun-hee encarava a cidade parando para ver a carruagem e dar passagem para eles.
          O caminho foi silêncioso até o momento que chegaram, haviam vários camponeses

— Sejam bem vindos, meus senhores.— a mulher se curva no portão de entrada assim que os guardas abrem as grandes portas.

— Ah não é tão ruim.— Sunhee comenta olhando para os lados.— Uhm, é chamativo.

        Analisando tudo ela percebia a falha na segurança, era perfeito.

— Bom, os senhores devem estar cansados da viagem.— a chefe das empregadas questiona de cabeça baixa.— Devo preparar um chá?

— Exatamente, faça-os.— ela diz passando na frente de Kim.— Vou passear pela propriedade, você vem?

— Claro, minha senhora.— ele sorri irônico, aquele sorriso que apenas Sunhee reconhecia.

— Você viu? Ela passa na frente de seu marido e toma decisões por ele!— uma empregada comenta para a outra.

— Deve ser uma mulher muito poderosa!

— Ela é, minha cunhada é uma mulher poderosa.— Hyejin comenta aparecendo atrás delas.

— Ah jovem mestra.— elas se curvam.— Mil perdões.

— Não se preocupem, estão curiosas e eu entendo.— ela diz caminhando elegantemente.— Só não quero falácias sobre minha família, agradeço.

        A menina entra no seu aparente quarto vendo uma saída pela janela e assim pulando com uma pequena ajudinha de magia imperceptível.

~

— Vamos ver, a mansão está perto de onde? Queria muito comer ramuyn com carne de porco.— escondo meu saco de moedas dentro do vestido e tento passar escondida por trás do muro.

— Ei! Você ai!— ouço alguém gritar e olho para trás confusa.— Você mesmo mimadinha.

       Era um garoto alto, com uma espada em uma bainha e longos cabelos pretos amarrados com tecidos azuis escuros que pareciam ser os mesmos dos detalhes de sua roupa simples, o que lhe diferenciava era seus olhos azuis escuros e o enfeite de cabelo prata em sua cabeça.

— Mimadinha? Você nem me conhece!— reclamo colocando a mão na cintura.— Quem você pensa que é para chamar uma Kim assim?— entro no personagem.

— Kim? Ah deve ser da família nobre daqui?— ele aponta com desdém para o palácio.— Já que é tão poderosa, não se importaria de me entregar de bom grado esse saquinho de moedas, não é?

O olho incrédula e dou uma risadinha.

— Me importaria sim.— me viro para sair quando ouço o desembainhar da espada.— Não faria isso se eu fosse você.

Ele coloca a lâmina em meu pescoço e me defendo com a adaga de meu vestido.

— Uhm, surpreendente.— ele sorri desafiador.

A espada brilha fraco e posso ver seu aço.

— Aço lunariano?— murmuro surpresa.

— O que?— ele parece mais surpreso que eu.

— Hyejin! Cadê você?— ouço Sunhee me gritar e assim saio correndo dali.

— Ei espera.— o vejo correr atrás de mim.

Me escondo em um beco mas logo o frio da lâmina estava em meu pescoço novamente.

— Quem é você? E como sabe sobre o aço?— questiona imponente.

— Já falei quem sou e acredito que ouviu meu nome.— digo me afastando.

— Como sabe sobre a espada?

Penso um pouco antes de falar.

— Me lembra muito as espadas das lendas contadas sobre os deuses.— desvio.— Por que todo esse drama?

— Acredita na lenda dos deuses?

— Acredito, estão muito acima de nós e isso explica nossa existência.— digo.

— Para mim são falsos.— ele sorri de lado se afastando.— Por que correu quando a mulher te gritou?

Pondero sobre responder, mas sei que ele não poderia me fazer mal.

— É minha cunhada, ela não gosta que eu saia de casa assim sem guardas.

— Por que?

— Você tentou me roubar! Não é bem o motivo?— rio irônica.

— Mudo de ideia se você me pagar um ramuyn.— ele barganha na cara de pau.

— Justo.— sorrio fraco.

~

— Ele é só um moleque, vai conseguir passar por esses muros?— Taehyung questiona.

— É um semi deus Kim e invade palácios, isso daqui é brincadeira para ele.— digo cansada.— Quando será que ele atacará?

— Não sei, mas deve ser cedo.— responde.

           Ouço a porta ser aberta e me preparo para atacar.

— Hyejin? Aonde você estava?— Taehyung pergunta ao vê-la.

— Fui comer um pouco, é aqui do lado.— responde se sentando.— Podem me dizer agora o porquê de estarmos aqui?

            Sinalizo para que Kim falasse.

— Existe um semi deus, algo que não pode acontecer.— ele diz.— É o motivo de estarmos aqui e do porquê existem tremores nas terras divinas.

— O que farão quando o encontrarem?— pergunta.

— Matá-lo.— falo tranquila vendo a menina arregalar seus olhos.

— Não tem outro jeito? Tipo ele não tem culpa de ser um semi deus.

— Porém não podemos nos arriscar mais.— contraponho.— Ele é um ladrão aqui, faz isso para sobreviver e tenho certeza que ele tentará furtar onde estamos.

— Os tremores, tem certeza que são dele?

— Tem um período de duas vezes a cada seis meses, tais como o período que o portal é aberto.— Kim toma a palavra.— Não é coincidência.

— Como ele é?

         Transmito com magia a imagem dele.

— Já o viu?

— Não, nunca o vi.— diz rapidamente.— Devo procurá-lo?

— Conhece essas terras melhor que nós.— Taehyung diz.— Faça isso.

          Ela após alguns minutos sai indo para seu quarto.
          Me sento no meu quarto que infelizmente teria que dividir com Taehyung por causa das criadas e sua língua solta.

— Ela parecia transtornada.— digo vendo ele se ajeitar de costas para mim.

— Está se preocupando atoa, Hyejin fará o que pedimos.— fala com preguiça.

— Guarda essa adaga.— aviso.

— Então guarda a sua.— contrapõe se virando para mim.

— A tenho pelo mesmo motivo que você.

— Então não guardarei.

— Não dormirei, então se vire.— digo olhando o teto.

         Queimei a língua dormindo após alguns segundos.
          Pela manhã acordo com um gelo em meu pescoço.

— Idiota.— digo sem me afetar.— Vai esperar eu enfiar isso no seu olho ou não?

         Olho para o lado vendo que a adaga estava sendo mantida com magia e apenas a suspendo.

— Minha lady, podemos entrar?— ouço a criada questionar.

— Certo, entre.— me levanto escondendo as adagas na gaveta.

— Desejamos um bom dia, senhora Kim.— arrepio com o sobrenome e me levanto.— Devemos preparar seu banho?

— Sim... por favor.— coço meus olhos indo até a penteadeira vendo mais uma mulher se preparar para pentear meu cabelo.

— É sedoso minha senhora, o que usa em seu cabelo.— ela questiona.

— Leite de rosas em todas as lavagens.— minto limpando meu rosto com um tipo de pomada estranha que eles tem.— O que é isso?

— Creme de flores e sabão ajuda a manter a pele lisa e clara.— explica.— Não tinha isso na capital?

— Faz muitas perguntas.— digo sem respostas.— E lá era creme de arroz.

— Perdão pela intromissão, senhora.— ela baixa a cabeça ainda os arrumando.

— Tudo bem.— vejo a banheira pronta e me levanto.

— Cuidado, está quente senhora.— a criada mais velha diz.

— Tudo bem, obrigada.— fecho a porta antes que elas inventem de entrar.— Aish humanos são complicados.

        Retiro minha roupa sentindo os raios solares sobre minha pele.
        Entro na água e aquilo não era nem metade do que eu estava acostumada então faço um feitiço a esquentando até sentir as bolhas subirem.

— Perfeito.— me recosto sobre a banheira deixando minha magia me limpar.

         Após alguns minutos coloco uma troca de roupas de baixo e entro correndo no closet para trocar de roupa.

— Foi rápida minha senhora, nem pude te auxiliar.— a criada sorri.

— Prefiro fazer isso eu mesma.— sorrio indo até a penteadeira.

— Penteado costumeiro senhora?— ela questiona.

— Desejo algo mais grandioso, sairei com meu marido hoje.— digo enojando minha fala.— Use os Binyeo de jade.

— Certo.

          Vejo Taehyung entrando no quarto totalmente arrumado se proximando.

— Gostou da surpresa, querida?

— Adorei querido, agora poderia ver como Hyejin está?

— Ela deve ter acordado mais cedo, não estava em seu quarto quando fui.

— Uhm.— murmuro desconfiada.

        Vejo meu cabelo quase pronto e começo uma leve maquiagem.

— Aonde vamos?

— A vários lugares, desejo gastar rios em cada lugar que desejar.— ele diz.

           Odeio esse tom, odeio essa encenação.
    Taehyung sabe que como eu adorava seu lado carinhoso.

— Como quiser.— digo seca me levantando.— Nos de licença por favor.— peço as vendo reverenciar e saírem.

            Jogo uma lâmina de raio solar em sua direção com magia.
            Ele desvia e eu a desfaço enfeitiçando a adaga  até mim e rapidamente atacando Taehyung.
            O mesmo desvia quando eu ia acertar seu rosto e na segunda tentativa Kim segura meu pulso quando eu estava quase perfurando seu rosto, seu belo rosto.

— Wow, por que está tão nervosa?— ele sorri irônico colocando um punhal de aço lunariano em meu abdômen.

— Me irrita, brinca e desrespeita.— digo firme.— Pode ser o imperador da lua, mas ainda sou a imperatriz do sol e exijo que no mínimo me respeite.

— Eu te respeito minha imperatriz.— ele sorri ladino.— Vós que me ataca.

— Não sabe o quanto desejo uma cicatriz em seu rosto, mas isso é o de menos em meus desejos.— digo.

       A porta é rapidamente aberta e vejo a menina fechá-la na mesma velocidade que a abriu.

— Os empregados podem ver!— Hyejin diz nervosa com a situação.— Peço que se suportem por apenas esse mês.

        Saio de cima de Kim ajeitando minhas vestes e respirando fundo saindo na frente.

~

        A menina acabara de voltar de um encontro inesperado com o pequeno semi deus e estava incrédula com a brutalidade daqueles dois deuses.

— O café está pronto meus senhores.— o chef termina de servir a mesa.

— Parece delicioso, muito obrigada.— a deusa sorri se servindo de um pouco de peixe grelhado.

— Podem sair, por favor.— Hyejin pede delicada.— Por que se odeiam?

— Não o odeio, para odiar tem que se importar.— Sunhee diz cortando um pedaço de carne de porco.

— Odeia sim, da mesma maneira que eu lhe odeio Hwang.— ele contrapõe.— Isso é uma longa história Hyejin, não temos tempo para pensar nisso, mas saiba que foi por culpa da cabeça pequena da imperatriz.

       Uma faca voa em direção da cabeça de Kim.

— Viu? Só prova meu ponto.— ele diz irônico comendo o arroz.

       Sun-hee da de ombros.

       Mesmo se passando duas semanas o menino não atacou a mansão e isso preocupava os deuses que corriam contra o tempo.

— Já disse, não pode tentar invadir o palácio, eles vão te matar.— Hyejin avisa.

— Seu irmão e cunhada? Não devem nem saber impunhar uma espada.— ele ri.— Fale sério, só não quer que eu roube suas coisas.

— Já estou te dando ouro para se afastar, o que mais deseja?— questiona.

— Uma menina rica talvez.— ele ironiza.— Aonde está sua família em falar nisso?

— Dando voltas na cidade, minha cunhada deseja conhecer seus domínios.

— Ah claro.— ele ri.— E você, não deseja?

— Conheço pouco para ir sozinha e os dois juntos são muito melosos para eu me aproximar.— mente.

— Me deixe lhe acompanhar.— ele se levanta erguendo sua mão.— Tenho o mapa dessa cidade em minhas mãos.

— Certo então, me faça um tour.

— O que é isso?

— Uma expressão da capital.— ela ri.— Significa percorrer, mas pode ser uma apresentação.— explica.

— Tudo bem, serei seu guia.

          Sun-hee e Taehyung estavam do outro lado da cidade, vendo os mínimos detalhes de magia que pudessem escapar do menino.
           Taehyung estava quase pulando no pescoço de Sun-hee por sua falta de paciência e comentários irônicos.

— Vamos ficar analisando esse muro até quando?— ela diz sem um pingo de vontade de estar ali.

— Até eu achar alguma coisa, sugiro que faça o mesmo.— ele sobe em um monte de palha vendo uma sequência de perfurações na parede e passando o dedo.— Aço lunar.

      As poeiras brilham ao seu toque.

— Ele passou por aqui, sabe a quanto tempo?

— Não faz muito, ele deve se deslocar muito rápido.

           Sun-hee encara o Sol por alguns segundos assim um pequeno raio aponta para um local.

— Vem.— diz segundo o raio solar.

— Para onde isso leva?

— Até alguém que porta a magia lunar aqui.— ela diz seguindo rapidamente.

          Hyejin andava tranquilamente pela floresta com o semi deus até que ela se da conta.

— Nunca perguntei o seu nome.— ela diz.

— Choi Beomgyu.— ele estende a mão para ela.

— Kim Hyejin.— ela aceita sorrindo.— Você mora com quem?

— Com meu tio.

— Sério? Eu moro apenas com meu irmão e cunhada.

— E seus pais?

— Não estão aqui... estão na capital.— ela muda rapidamente.

— Meu tio tem bastante dinheiro.— ele diz.— Só que não o vejo muito, então comecei a saquear mansões para poder levar comida para algumas pessoas que não tinham dinheiro.

— Wow isso é novo!— ela diz surpresa.

— Viu, sou muit-

        Hyejin rapidamente sente um calor a percorrer e ao mesmo tempo um frio vindos em sua direção.

— Corre, se esconde agora!

— O que? Por que?

— Meu irmão e sua esposa estão vindo.— avisa rapidamente.

         Sun-hee encara Hyejin confusa.

— Hyejin? A sua magia está variando minha imperatriz?— Taehyung zomba.

— Ela deve estar com alguma coisa de aço lunar, está Hyejin?

— Ah sim, meu punhal por que?— questiona.

— Viu? Minha magia me atraiu até ela.— Hyejin suspira.— Estava o procurando?

— Ah sim! Sun-hee acredito que não vamos achar nada aqui, não achei nada além de picadas de insetos.

— Ai que nojo.— a deusa diz se arrepiando.

— Tem nojinho disso mas não tem de sangue? Você é esquisita.— Taehyung começa a caminhar.

— Cala a boca Taehyung.— ela reclama andando em direção a saída da floresta.

— Taehyung? Temos intimidade para isso Sunny?— ele ironiza.

— Aishi você me irrita!— ela se vira para ele.— Hyejin fique aqui por perto para que eu consiga o rastrear e bloquear você do radar da magia.

— Tudo bem, majestade.— diz tranquila.

        Quando o frio extremo e o calor se esvaírem ela suspira aliviada indo em direção da saída até ser impedida pela lâmina conhecida.

— Aqueles são os deuses do Sol e da Lua, Hwang Sun-hee e Kim Taehyung, eles não tem nenhuma irmã então quem é você?— ele diz ríspido.

— Min Hyejin, maga do salão dos deuses.— diz honestamente.— Você é o semi deus.

— O que eles querem, por que estão vindo atrás de mim?

— Você... eles... eu não sei ao certo.— responde.— Mas você tem que fugir antes que eles te encontrem.

— Como?

          Seu olhar era perdido, ele não tinha lugar nem na Terra nem nos céus, para onde ele iria?

— Teremos que voltar em duas semanas, se esconda e fuja durante esse tempo.

       Ele a encara ainda perdido.

       Hyejin se afasta indo para a mansão e tentando dissipar a culpa de estar traindo os deuses, mas em seu âmago sabia o que era certo.

        Sunhee e Taehyung após uma semana e alguns dias ainda estavam na busca pelo garoto, como baratas tontas até que algo os chama atenção.

— Nossa aqui tem muita magia, é como um poço!— Sun-hee diz vendo um casarão enorme e bonito.

        A deusa bate no portão vendo os guardas a encararem.

— Viemos fazer uma visita, somos os Lordes Kim e como novos na cidade viemos pessoalmente a todos os membros poderosos dessa cidade.— Taehyung diz simples.

       Os homens nem se movem até que Sun-hee decide agir.

— Congelem.— enfeitiça abrindo os portões com suas próprias mãos e seguindo por dentro do casarão.

      Algumas criadas vem em sua direção e assim eles juntam os braços.

— Estamos um pouco perdidos, viemos visitar o morador dessa residência com um convite.

— Ah sim, os senhores são?

— Lorde Kim e Lady Kim.— Taehyung se apresenta.

— Ah claro senhores, por favor me acompanhem.

       Caminhando até o salão principal eles analisam cada canto sentindo cada vez mais a presença da magia.

— Lorde Hwang, os Lordes Kim estão aqui.— a criada abre a porta.

— Ah claro, mas por q-

— Tio?— Sun-hee fala surpresa.

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