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By siriuslyblwck

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━ π’π“π”π‚πŠ π–πˆπ“π‡ π˜πŽπ” Esta histΓ³ria nΓ£o tem um final feliz nem Γ© digna de um conto de fadas. Sirius Bl... More

Cast
1. "Who is she?"
2. October's 31
3. First day
4. Alone again
6. "I was a good person, you know?"
7. Dementor
8. "Happy birthday, Harry."
9. Dreams and first day at Hogwarts
10. Cornelius Fudge, the Weasley's and the rat
11. Escaping from Azkaban
12. "I need to see Harry."
13. An animal help and an annoying rat
14. Entering Hogwarts & dealing with the Fat Lady
15. Quidditch, Hogsmead & the "Marauders Map"
16. "...I'll look after him."
17. Sir Cadogan
18. "The Beatles, really?"
19. Animagus
20. Revealing the truth: the Potter's
21. Revealing the truth: the Castle's
22. The Most Ancient and Noble House of Black
23. "...which, sometimes, was very little"
24. The Triwizard Cup
25. Promises we can't keep
26. Crushes and crushes
27. Second task
28. The life of Crouch in the Ministry

5. "...didn't survived."

199 35 80
By siriuslyblwck

- quinto capítulo, 1982 -

"...não sobreviveram."

O TEMPO EM AZKABAN PARECER PASSAR EXTREMAMENTE DEVAGAR, mais do que qualquer um acharia.

Quando não há nada para ser feito e ao se estar preso ao lado de alguém que achamos ser um assassino e com dementadores prontos a sugar nossa alma por qualquer amostra de felicidade, não há grande opção se não ficar todo o tempo pensando.

Pensando na morte e em tudo o que já aconteceu, pensando em como aqueles que já foram nossos conhecidos estão nesse momento e como que o mundo estará fora das quatro paredes que agora são nossa realidade constante.

Os traços na parede junto à cama de Sirius assinalavam os 91 dias em Azkaban.

30 de janeiro de 1982.

Pela contagem que Yasmin fazia todos os dias, seria o aniversário daquela que ela chamava de irmã de consideração. Podiam não partilhar o mesmo sangue, mas Lily Evans — Potter agora —, era sua irmã.

Yasmin desejava poder estar com ela nesse dia, fora de Azkaban, passeando pelas ruas de Londres procurando uma festa para levar a ruiva e fazendo-a esquecer, por uns momentos, das responsabilidades que esta tinha por ser mãe do garoto que, um dia, fora encarregue de alterar o curso da história do mundo bruxo e derrotar o maior bruxo das trevas atual — Voldemort.

Yasmin não sabia de muito do que se passava de fora de Azkaban — por Merlin, ela nem sabia o que acontecia na cela ao seu lado —, mas sabia que Voldemort já estava morto.

Ela tinha-o sentido nas falas dos prisioneiros, aqueles que não tinham escolhido o silêncio ou dizer que estavam sobre efeito da maldição Imperius, a chegarem a Azkaban, no primeiro dia de novembro, a gritarem "Voldemort caiu mas voltará!".

Ela não o confirmara, mas soube. Voldemort estava morto.

Yasmin era das poucas que sabia da profecia que fora lançada pelo nascimento de Harry. Sabia que poderia ser tanto referente a Neville Longbottom, filho de Alice Fortescue e Frank Longbottom, seu amigos, ou a Harry Potter, filho de Lily e James. Mas também sabia que o filho de Lily e James tinha sido o escolhido, soube-o ao ouvir a voz histérica de Bellatrix Lestrange repleta de ódio ao entrar em Azkaban, soube-o no exato momento em que ouviu sair da boca dela as palavras "Maldito seja o bebé dos Potter! Você irá pagar por isso, Harry Potter!".

Ela, na altura, sentiu o seu corpo descansar. Harry podia ser o bebé a que a profecia se referia, mas pelo menos Voldemort estava morto, e Lily e James descansariam, mesmo com a responsabilidade de serem os pais do menino que tinha derrotado Voldemort.

Yasmin deixou-se sonhar acordada sobre como tiraria essa responsabilidade dos ombros de Lils, lembrando-a que ela também era alguém e não apenas mãe de Harry, não apenas aquela que trouxe ao mundo o bebé tão aclamado.

Yasmin sorriu com a lembrança da última vez que viu Harry.

Harry tinha pouco mais de um ano, e seria por meados de Outubro. Tinha um sorriso encantador, e estava sempre colocando as suas mãos na própria boca, se babando todo. O riso dele tornava a casa dos Potter acolhedora como uma lareira quente o faria numa noite fria de inverno, e os olhos dele, os olhos de Lilian, encaixavam perfeitamente com as feições de James.

Tentando aproveitar a paz que sentia, Yasmin se virou para Sirius que estava sentado no chão frio de pedra.

— Black. — chamou e ele olhou para ela, suspeitando o porquê de esta o estar a chamar.

— Diga, Castle.

— Sabe que dia é hoje? — ela inquiriu. Ao ver a cara dele não se alterar, avançou, a sombra de um sorriso querendo aparecer. — Dia trinta de janeiro. Aniversário de Lils.

Compreensão passou pelo rosto de Sirius, e a tristeza o assolou.

— Vá lá, Black. Eu sei que a gente está aqui preso e sem nenhum deles, mas é o aniversário de Lily, caramba! Pense só neles, James, Lily e Harry, em casa deles, cantando os parabéns para Lilian. — os olhos de Yasmin brilharam, encantados com a imagem que esta criava na própria cabeça, sem notar o olhar vazio de Sirius sobre ela. — Harry rindo de James se sujando todo comendo o bolo, Lily beijando Harry na bochecha gorda dele e se zangando com ambos por terem comido demasiado bolo.

Sirius sentiu na voz dela a esperança, e, apesar de acreditar que ela era um ser humano terrível que tinha entregue os seus irmãos para Voldemort, não pode deixar de sentir pena por ela. Ela não sabia de nada.

Yasmin achava que Lily e James estavam vivos, que estavam, nesse exato momento, juntos a Harry, em casa ou num restaurante, felizes e vivos — como estariam num mundo perfeito. Num mundo onde Sirius não tivesse feito com que James confiasse em Peter para fiel do segredo deles, num mundo onde Peter não os tivesse traído.

Yasmin olhou para Sirius esperando ver, pelo menos, um mínimo sorriso na cara dele, encantado pela imagem que ela criou. Tudo o que encontrou, no entanto, foi o olhar dele vazio — quebrado, destruído, sem esperança.

— Sirius...? — chamou.

— Yasmin — interrompeu ele. —, o que você acha que aconteceu para eu ter vindo para ? — questionou, olhando com repulsa ao redor.

A Castle foi apanhada desprevenida pela pergunta, tremendo sobre o olhar penetrante dele.

— Eu... Eu não sei. Suponho que nunca tenha pensado nisso, honestamente. — abanou a cabeça. — Onde você quer chegar com isso? O que tem a ver você estar em Azkaban com o aniversário de Lily, Sirius?

— Dia 31 de outubro, Yasmin. Voldemort foi a casa de James e Lily a trinta e um de outubro. — a voz de Sirius tremeu com a lembrança, os olhos dele escurecendo e provocando um arrepio nela. — Voldemort duelou com James. James e Lily não sobreviveram.

James e Lily não sobreviveram.

James e Lily não sobreviveram.

James e Lily não sobreviveram.

James e Lily não sobreviveram.

James e Lily não sobreviveram.

A voz de Sirius ecoou na cabeça de Yasmin e, mesmo ela sendo uma corvina exemplar enquanto aluna de Hogwarts, ela não compreendeu as palavras que saíram da boca dele. Pareciam não entrar na cabeça dela, se recusando a serem entregues ao cérebro dela e processadas.

Claro que James e Lily tinham sobrevivido. Eram James e Lily — são James e Lily.

Tudo bem, ela poderia aceitar que Voldemort os tivesse surpreendido em casa deles no último dia de outubro, mas não fazia sentido algum que eles não tivessem sobrevivido.

...Certo?

Yasmin não soube quando é que foi, mas, algures entre a notícia que Sirius lhe deu e a sombra dele chegar junto a ela, as faces dela se molharam com lágrimas salgadas, e um soluço escapou da sua boca.

James e Lily estavam mortos.

A notícia finalmente foi processada, mas nada, nada mesmo, a teria preparado para a dor profunda que sentiu no seu peito com isso.

James e Lily estavam mortos.

— Eu estou aqui, Yasmin. — Sirius sussurrou ao lado dela, as pontas dos dedos dele fazendo carinho na sua omoplata.

Ela estava sentada, mas ela não se lembrava de se ter sentado. Não se lembrava de se ter deixado sentar no chão frio da sua cela.

Como que ela fez isso?

Como que ela chegou ali?

Como que ela acabou sentada, ali, em Azkaban, inérte ao tempo que passava fora das quatro paredes de pedra, longe daquela ilha de pesadelos? Sem saber o que era a realidade e o sonho ou o pesadelo; sem saber da morte de dois dos seus melhores amigos.

— C-como? — a voz dela saiu trémula, arranhando a garganta que doía dos soluços altos que soltava.

— O quê? — Sirius franziu as sobrancelhas.

— Como que eles acabaram mortos? — ela levantou o olhar dela para Sirius, os seus olhos bicolores avermelhados, as lágrimas a escorrer sem parar. — Me conta.

— Yasmin... eu não sei se era bom para você...

— Me conte, Sirius. — ela sussurrou com dor, os olhos dela implorando. — Por favor.

Foi no nonagésimo primeiro dia que Sirius contou a Yasmin o que aconteceu com Lily e James Potter — contou-lhe sobre a traição de Pettigrew e o seu papel naquela história toda, deu-lhe a notícia que chocou todo o mundo bruxo a 31 de outubro de 1981, por inteira. Sem meias verdades, sem mentiras e sem ocultar ou esconder nada.

Yasmin chorou com toda a sua alma. Chorou pela morte da sua melhor amiga e do seu esposo, aquela que a acolhera como se fosse sua própria irmã. Chorou pelo pequeno Harry que teria que passar toda a sua vida numa casa e não num lar, e que não teria ninguém que fizesse por ele aquilo que os seus pais fizeram por Yasmin e por Sirius, acolhe-los como irmãos quando estes precisavam. Chorou por saber que agora Lilian estava com Marlene e Dorcas, que Alice estava destinada a sofrer interminavelmente na loucura em que estava a sua mente junto com Frank, e que Mary estava sozinha agora.

Sirius deixou que Yasmin chorasse no seu ombro, mesmo este achando que esta era uma assassina.

NOTAS:

Este capítulo, meu deus.
Sem estabilidade mental depois dessa.

O que acharam?
Votem e comentem, por favor.
Beijo<3

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