Sob Sua Vigilância

By natyrangel

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Spin-off independente da duologia Retratos. Compre na Amazon e leia revisaco e com 3 capítulos inéditos. http... More

Prólogo
Capítulo 1 # Olivia
Capítulo 2 # Bruno
Capítulo 3 # Bruno
Capítulo 4 # Olivia
Capítulo 5 # Bruno
Capítulo 6 # Olivia
Capítulo 7 # Olivia
Capítulo 8 # Bruno
Capítulo 10 # Olivia
Capítulo 11 # Bruno
Capítulo 12 # Olivia
Capítulo 13 # Bruno
Capítulo 14 # Bruno
Capítulo 15 # Olivia
Capítulo 16 # Bruno
Capitulo 17 # Olivia
Capítulo 18 #Bruno
Capitulo 19 #Bruno
Capítulo 20 # Olivia
Capítulo 21 #Olivia
Capítulo 22 #Olivia
Capítulo 23 #Olivia
Capítulo 24 #Olivia
Capítulo 25 #Bruno
Capítulo 26 #Olivia
Capítulo 27 #Bruno

Capítulo 9 # Bruno

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By natyrangel

Na foto, Olivia estava chegando no táxi que Bruno viu estacionado de manhã na frente da casa dela quando voltava da padaria. Alguém tirou aquela foto hoje e a mandou para Jota e estava esse tempo todo no seu e-mail.
"Puta que pariu" pensou. "Devia ter visto a foto antes."
Tudo bem que eles ja tinham transado, mas... Que merda gigantesca ele tinha feito. Porque ele não esperou mais um pouco para foder com a vida da vizinha e a dele?"

Acabou de ferrar com seu primeiro serviço e Fausto ia matá-lo. Literalmente, ele precisaria ir com colete a prova de balas esta tarde e torcer para o amigo não mirar na sua cabeça.

Se arrumou o mais rápido possível e saiu a pé de casa torcendo para não encontrar Liv no caminho. Chegou no escritório, deu um boa tarde nervoso para Larissa e entrou tenso na sua sala. Fausto estava no telefone.

- Então eu passo para pegar você às oito. - Ele parou para ouvir a pessoa do outro lado da linha com um sorriso e continuou. - Não, ele estará de serviço, mas faço ele ir na próxima, pode prometer a ela. Ok, tudo bem, gata. Boa Tarde. Não esquece de colocar aquela calcinha que eu gosto. - E desligou.

Bruno normalmente acharia graça e faria alguma piada para Fausto por estar marcando um encontro para hoje sabendo que amanhã ele tem mais um. Não era com a mesma mulher, Bruno tinha certeza.

Mas hoje ele não estava com humor... Sem contar que ele não sabia quem realmente o tal Jota era. Fausto já tinha dito que o cara fazia algumas coisas erradas e nos últimos dois dias Fausto estava tentando investigar o homem até demais para o gosto de Bruno, mas ele não queria se meter. Agora ele estava enrolado porque tinha transado com a filha do seu cliente.

- Posso saber porque você ainda não está me xingando? - Fausto brinca alheio ao humor de Bruno quando finalmente percebe que ele permanece calado.

Bruno não senta na cadeira a frente como faria normalmente para bater papo com Fausto, ele fica em pé se segurando no encosto da cadeira se preparando para jogar a bomba e esperar que os estilhaços não o machuquem tanto.

- Sabe a garota da foto? Do Jota? - No mesmo instante Fausto ficou sério, se apoiou na mesa e olhou Bruno com cautela. Bruno por sua vez tomou coragem e preferiu contar de uma vez. - Eu transei com ela.

Fausto arregalou os olhos.

- Você o que? Mas a mulher está no país menos de dois dias. - Bruno reparou que ele estava se esforçando para manter seu tom de voz regular. - Será que você pode me contar como você conseguiu fazer isso?

Então Bruno contou do incidente no mercado e como ela o convidou para almoçar para agradecê-lo. Contou que até achou graça por ter salvo exatamente a nova vizinha, mas nunca pensou que ela seria a filha de seu cliente.
Bruno sempre foi muito profissional e nunca misturou o trabalho com prazeres. E por fim contou que viu a foto apenas quando Fausto ligou perguntando por ele. Quando Bruno terminou o amigo encarou-o por alguns segundos completamente sério quando, para o susto de Bruno, Fausto começa a rir.

Primeiro Bruno agradeceu pelo amigo não puxar sua arma da gaveta, mas depois temeu pela sanidade de Fausto. Rir? Nesta situação, é a última coisa que ele pensaria em fazer.

- O que você tem? - Perguntou, ainda suspeitado que a qualquer momento o amigo ia voltar a ficar sério e dizer o quanto Bruno foi um idiota por estragar seu primeiro serviço. Mas ele disse...

- Eu sempre achei que você faz as coisas certas mesmo quando não percebe.

- Do que você esta falando? Quer que eu ligue pro seu psiquiatra?

- Primeiro. Eu não tenho um psiquiatra, imbecil...

- Precisa.

- Segundo - Fausto ignorou Bruno - Eu estava um pouco apreensivo em vigia-la sem que ela soubesse, mas você morando ao lado da casa dela e se tornando íntimo é perfeito. Quem sabe você até pergunta sobre o pai?

- Não! Eu já sei o que você está querendo que eu faça. - Agora que Bruno sabia exatamente a intenção de Fausto sentou na cadeira e os dois emendaram uma discussão dos prós e contras de Bruno continuar a ver a vizinha enquanto a vigiava.

- Não posso.

Disse Bruno depois de muita discussão ainda preso a sua opinião de que misturar o trabalho com sua vida pessoal nunca vai ser uma boa ideia.

- Eu sei Bruno, mas pensa no que eu te falei. Você só precisa encarar o tempo que estiver com ela como trabalho, assim não tem como você confundir qualquer coisa. Pelo que me falou, ela não esta procurando nada sério e o fato dela não estranhar você chegar de repente na casa dela quando desconfiar que tem alguém rondando a sua casa é um bônus, você precisa admitir.

- Pode ser, mas ainda acho que cortar qualquer relação com ela é o mais inteligente. - Bruno insiste.

- Mas não é o mais eficiente, caro amigo. E eu prometo não me meter nos assuntos do pai dela se fizer isso.

Bruno olhou desconfiado. Fausto nunca foi de desistir de alguma coisa tão fácil e a forma que ele andava esses dois dias na frente do seu notebook e telefone no ouvido pesquisando sobre o Jota fez com que Bruno estranhasse essa repentina boa vontade do amigo. Mas pensou que seria capaz de não se apegar a Olivia.

- Ah, já ia esquecendo, ela me disse que iria encontrar com a irmã de Resende. E não sei qual desculpa arrumo para voltar hoje lá. Talvez ela nem queira que eu vá, então pensei em ficar observando de casa. Tenho uma janela perfeita, ela não vai me ver.

- Bruno, você as vezes parece um tanto psicopata.

- Vai a merda, já parou pra pensar que o Jota pode não achar isso tudo tão divertido quanto você?

- É, isso realmente pode complicar, mas levando em conta que ela não quer ver o pai nem pintado de ouro, ele pode nunca descobrir.

- Alguém tirou essa foto essa manhã em frente da casa dela e mandou pro Jota. Você não acha que ele não tem mais gente vigiando a casa dela?

Bruno percebeu que Fausto começou a pensar várias possibilidades, nos prós e contras que ele tanto insiste para que Bruno faça sobre tudo na sua vida.

Até a solterice dele já passou pelo seu discurso de prós e contras apesar de Bruno nunca ter prestado atenção já que ele tem certeza que Fausto só se esforçou em pensar nos prós.

- Você pode contar que é o vizinho da Olivia para o Jota, diz que pode se aproximar dela como amigo apenas para facilitar a vigilância já que vocês moram tão próximos e ela com certeza iria estranhar um vizinho psicopata. O que eu acho que é verdade, mas..

- Cala a boca. Foco. Não é a sua bunda que esta em jogo né?

Fausto parou de brincar e repassaram a história que iriam contar para Jota. Não poderiam errar. Jota não era um homem de muitos amigos. Fausto descobriu algumas histórias bem pesadas sobre Jota e ele não estava fazendo analogia ao peso do homem.

- Ok, então você só precisa evitar um contato mais íntimo com Olivia em locais públicos, o homem tem que pensar que vocês são apenas bons vizinhos. Acho que você deve fingir que é gay.

Bruno pegou duas canetas que estavam em cima da mesa e jogou em Fausto.

-Ei, desculpa, foi só uma ideia que surgiu.

- Com ideias assim, você fica bem melhor calado. Mas não tem problema, eu posso dizer que trabalho o dia todo e assim posso observá-la só de longe.
- Sim, mas hoje é sexta feira. O que farão nesse fim de semana?
- Posso mantê-la dentro de casa muito mais tempo do que você imagina.
- Nojento. - Fausto disse enquanto ria - Não precisa matar a mulher com sexo, seu trabalho é mantê-la a salvo. Mas não é isso que quis dizer. Ela tem os assuntos dela pra resolver, mas precisamos entender do que a estamos protegendo.
- Ele disse.
- Você achou mesmo que ele estava senso sincero naquele dia?
Bruno deu de ombros.
- Não importa.
- Mas ai a sua Olivia pode estar em sério perigo enquanto estamos papeando aqui.
- Ela não é minha e você já está fantasiando a situação Fausto. Pode parar, você sempre faz isso.
Bruno sabe que o amigo pode aumentar demais a seriedade da notícia. Uma vez ele chegou para Bruno aparentando ter visto um fantasma.
- Bruno, a Catia esta no enterro... Acredita que ele morreu? Tão novo, quase um irmão... Nossa, que triste.
Bruno tentou entender o que o amigo dizia e achou que ele estava falando do meio irmão da sua amiga Catia. Ele tinha morrido?
- Meu Deus, o Geovani morreu?
- Geovani? Não, ele também esta no enterro, foi o Spot que morreu. Coitado, atropelaram ele.
O cachorro. Tanto exagero porque o cachorro cego e cheio de problemas que Catia tinha foi atropelado.
Situações como esta fizeram Bruno mais atento as notícias dadas por Fausto. Agora ele faz novamente. Imaginando que ele mora em Hollywood e todos os mafiosos estão em Penedo.
- Tudo bem, Fausto. - Bruno olhou o celular e viu uma mensagem.

Liv: "Que tal ser um bom vizinho e amanhã me mostrar a cidade?"

Bruno mostra a mensagem para Fausto. Ele ri.
Bruno não.
- Viu? Bônus.
Bruno o ignorou, levantou, se despediu e saiu. No caminho ele respondeu a mensagem.

Bruno: "Amanhã podemos pensar nisso, mas que tal hoje você, como uma boa vizinha, dividir aquele resto do almoço num jantar? Já disse que vou usar seus dotes culinários este fim de semana?"

Um pouco depois ela respondeu.

Liv: "Droga, meu vizinho não é um velho raivoso, mas é um oportunista. Pra sua sorte eu gosto muito de cozinhar."

Bruno: "Essas refeições só me dão vontade de ir pra sobremesa"

Liv: "Igual hoje de manhã?"

Bruno: "Não, muito melhor"

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